Ana Coixão nº 16762 TI- II A economia da inovação na definição de políticas agrárias PDF

Title Ana Coixão nº 16762 TI- II A economia da inovação na definição de políticas agrárias
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Institution Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
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politicas agrárias no ano 2017, para a cadeira de politicas...


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A economia da inovação na definição de políticas agrárias Trabalho Individual II UC: Políticas e Mercados Agrícolas Licenciatura em Agronomia - Produção Vegetal

Ana Maria Páris Coixão nº16762 Refóios do Lima, 2 de Abril de 2018

1. Introdução A imagem familiar a que normalmente se associa a produção agrícola é mais conservadora do que inovadora, mas esta afirmação é completamente errada. A agricultura e a inovação andam de mãos dadas (EU SCAR, 2012). Este trabalho foi realizado no âmbito da Unidade Curricular de Politicas e Mercados Agrícolas, tendo como objetivo a análise de um tema previamente escolhido, relacionado com politicas agrárias ou mercados agroalimentares, de onde resultou o tema “A economia da inovação na definição de políticas agrárias”. Aborda aspetos como o conceito de inovação, a economia de inovação, a inovação na agricultura e os apoios à inovação.

2.1. Conceito de inovação Reis, P. (2013) entende inovação como a “introdução, ou mudança significativa de um produto, método ou sistema de produção, podendo ser uma novidade para o mercado ou apenas para a unidade produtiva”. A inovação poderá ser tecnológica, organizacional, de marketing ou com benefícios ambientais, mas está sempre associada a uma novidade ou alteração significativa e à criação de mais valor.

2.2. Economia de inovação O Comité Permanente para Investigação e Estatísticas justifica que a visão macroeconómica tende a ver a inovação como um processo linear de pesquisa (básica) via I & D (investigação e desenvolvimento) para uma aplicação comercial. A principal razão é a falha de mercado e o principal instrumento político é a política de pesquisa (EU SCAR (2012)). Pardey, P., Alston, J., Ruttan, V., (2010) são da opinião que a inovação económica na agricultura difere de outros tipos de inovação económica de várias maneiras, sendo que a inovação na agricultura deve ter em conta fatores como a natureza da produção agrícola, a especificidade das tecnologias agrícolas, e o papel das pragas e doenças e também das mudanças climáticas. Tudo isto dá origem a pesquisas de manutenção e outras inovações que reduzem a suscetibilidade da produção agrícola a esses fatores não 2

controlados. Estas características da agricultura significam que a natureza e extensão das falhas de mercado na provisão de pesquisa e inovação agrícola diferem de outros tipos de inovação económica.

2.3. Inovação na agricultura Potts, J. e Kastelle, T. (2017) abordam que os processos de inovação dentro das empresas que começam com o impulso de pesquisa e de mercado, tem como objetivo determinar o melhor modelo de negócios para apoiar a difusão de novas ideias e tecnologias usando extensas entrevistas a clientes, para testes de mercados, apoiando os cientistas em empreendimentos através da orientação por empreendedores experientes, e o respetivo desenvolvimento e teste de produtos. Num estudo feito por Reis, P. (2013) relativamente à inovação na produção agrícola, o autor concluiu, após a realização de vários inquéritos sobre o tema, em contexto nacional, que “os principais tipos de inovação introduzidos nas explorações agrícolas ou empresas foram as inovações tecnológicas, destacando-se a introdução de novos produtos, culturas ou variedades, e a introdução ou melhoramento significativo de sistemas de controlo ou certificação da produção.” Os outros tipos de inovação considerados relevantes foram “a alteração do modo de produção, a introdução ou melhoramento significativo de serviços de apoio à agricultura, o processamento de produtos agrícolas da própria exploração e mudanças ao nível da logística de produtos ou fatores de produção.”

2.4. Apoios à inovação Reis, P., (2013) é da opinião que “a União Europeia, através das estratégias «Europa 2020» e da «PAC no horizonte 2020», sublinha o papel fundamental da investigação e inovação para preparar a agricultura europeia para o futuro”, e também que “a estratégia «Europa 2020» pretende transformar a UE numa economia inteligente, sustentável e inclusiva, que proporcione níveis elevados de emprego, de produtividade e de coesão social.” Isto significa, uma economia baseada no conhecimento e na inovação, mais eficiente em termos de utilização dos recursos, mais ecológica e mais competitiva.

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Cláudia Costa (2013), a Diretora Adjunta do Gabinete de Planeamento e Políticas no âmbito do tema: Parcerias para a investigação e inovação no âmbito da Programação para o Desenvolvimento Rural 2014-2020, constata que “o apoio à inovação no setor agrícola nacional no quadro da Parceria Europeia para a Inovação (PEI) para a produtividade e sustentabilidade agrícola deve focar no aumento da eficiência dos recursos, na produção agrícola e florestal, na melhoria da gestão dos sistemas agroflorestais, na melhoria da integração nos mercados e na valorização do território.” De acordo com Da Silva (2017), alguns programas de apoio à inovação são FCT (Fundação para a Ciência e Tecnologia), PT2020, PDR 2020, H2020 e outros programas europeus como Innosup e Interreg.

3. Considerações finais Após uma pesquisa aprofundada sobre o tema analisado posso concluir que a economia de inovação tem extrema importância na definição de políticas agrárias. As politicas agrárias relacionam-se com a inovação, visto que ao serem sistemas de subsídios à agricultura e programas de desenvolvimento em áreas que façam parte das ciências agrárias, ou outras semelhantes, requerem ideias criativas e rentáveis, que possuam instrumentos diretamente ligados à economia de inovação, como a investigação e desenvolvimento e a descoberta de oportunidades de melhoria.

4. Referências Bibliográficas Costa, C., 2013 Parcerias para a investigação e inovação no âmbito da Programação para o Desenvolvimento Rural 2014-2020, Gabinete de Planeamento e Politicas, 24pp Consultado no dia 01 de Abril de 2018 em: http://www.gpp.pt/images/Programas_e_Apoios/PAC/IntervencoesPublicasGPP/ 25_PDR20142020Continente2.pdf Da Silva L. M., 2017, Promover a inovação para um uso eficiente e produtivo de recursos no setor INOVISA, Instituto Superior de Agronomia, Universidade de Lisboa,16pp Consultado no dia 01 de Abril de 2018: http://eco.nomia.pt/contents/documentacao/workshop-ecobio-inovisa.pdf EU SCAR, 2012, Agricultural knowledge and innovation systems in transition – a reflection paper, Brussels, 121pp

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Pardey, P., Alston, J., Ruttan, V., 2010. The economics of innovation and technical change in agriculture. Handbooks in Economics, Vol. 2. Elsevier, Amsterdam, Ch. 22. Potts, J. e Kastelle, T., 2017, Economics of innovation in Australian agricultural economics and policy, Economic Society of Australia, Queensland, 9pp Reis, P., 2013, Inovação na Produção Agrícola, ANIMAR, ISA, INIAV, ROTA DO GUADIANA, Lisboa, 53pp

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