Análise comparativa dos Guias Alimentares para a população brasileira PDF

Title Análise comparativa dos Guias Alimentares para a população brasileira
Author Naisa Souza
Course Biologia geral
Institution Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia
Pages 3
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Summary

Análise comparativa dos Guias Alimentares para a população brasileira....


Description

Atividade de Consolidação do Conhecimento- ACC 2020.1 Semana 6 CURSO DISCIPLINA

NUTRIÇÃO ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO NA SOCIEDADE

PROFESSOR LUCRÉCIA MAIA ESTUDANTE Atividade: Análise comparativa dos Guias Alimentares para a população brasileira. Proposta/Instruções: Utilizando como subsídio os artigos, textos, vídeo e links (disponibilizados na Plataforma Black Board) realize uma análise dos Guias Alimentares para a população brasileira de 2006 e 2014, respondendo as questões abaixo descriminadas. Carga horária para a atividade: 1h/dia Prazo de entrega: 08/05/2020 Valor: 10 pontos

A. Quais são as principais diferenças entre o atual Guia Alimentar para a população brasileira e o antigo? Que aspectos foram levados em conta? Por que havia necessidade de reformulação? A necessidade de reformulação ocorreu exatamente por todas essas mudanças ocorridas no país nos últimos anos. Mudanças essas de ordem social e conômica (diminuição da pobreza e maior acesso a bens de consumo), epidemiológica (doenças infecciosas de certa forma controladas e explosão de doenças crônicas como hipertensão e diabetes), demográficas (envelhecimento da população) e nutricional (mudança nos padrões alimentares). Os dois Guias são radicalmente diferentes. O primeiro Guia dialogava com diversos setores da sociedade (pessoas, profissionais, gestores, indústria) e suas orientações eram majoritariamente baseadas no objetivo de equilibrar a quantidade consumida de nutrientes. As orientações abordavam grupos de alimentos com perfis nutricionais semelhantes e qual a quantidade que deveria ser consumida de cada um deles. O novo Guia direciona-se principalmente às pessoas (e não só aos profissionais), fala mais de comida, usa menos termos técnicos e, como grande inovação, aborda as circunstâncias que envolvem o ato de comer (como, onde e com quem comer). Nesse capítulo, também há uma demarcação do posicionamento feminista do Guia, que é de valorizar o

compartilhamento de todas as atividades relacionados ao ato de comer (desde seleção, compras, preparo até a higienização de utensílios). Sabe-se que historicamente essas tarefas foram de responsabilidade da mulher e, com a dinâmica de trabalho atual, a única forma de mantermos e cultivarmos o prazer pela culinária é não deixarmos as tarefas pesarem apenas para uma pessoa da família. B. Descreva duas inovações do Guia Alimentar para a população Brasileira 2014 em comparação ao anterior, de 2006. Como grande inovação, aborda as circunstâncias que envolvem o ato de comer (como, onde e com quem comer) e fala mais de comida, usa menos termos técnicos C. Descreva quais os princípios que orientaram a construção do novo Guia Alimentar para a população brasileira. Mais que ingestão de nutrientes: este Guia fala de alimentos, dos nutrientes que eles fornecem, de como podem ser combinados entre si e preparados, e também fala sobre os modos de comer e a influência dos aspectos cultural e social nas práticas alimentares. 2. Sintonia com o tempo atual: este Guia considera as condições de saúde mais preocupantes da população, como obesidade, diabetes, pressão alta, doenças do coração e câncer. Também considera os padrões de alimentação - a população consome calorias em excesso e não supre as necessidades de nutrientes de maneira equilibrada. 3. Sistema alimentar sustentável (produção e distribuição): este Guia orienta para a redução do impacto sobre os recursos naturais e a biodiversidade (integridade do ambiente) e sobre a justiça social, valorizando a agricultura familiar e o processamento mínimo dos alimentos. 4. Conhecimento gerado por diferentes saberes: este Guia valoriza tanto estudos científicos (populacionais, experimentais, clínicos e antropológicos) como padrões tradicionais de alimentação, respeitando a identidade e a cultura alimentar da população. 5. Autonomia para fazer escolhas alimentares: este Guia oferece informações confiáveis para que pessoas, famílias e comunidades ampliem a autonomia para fazer escolhas alimentares mais conscientes e exijam o cumprimento do direito humano à alimentação adequada e saudável. D. Em que medida o ato de se alimentar e a escolha de determinados tipos de alimentos se constituem em atos políticos de responsabilidade social? Comer é um ato político. Quando comemos, influenciamos nossa saúde, nosso bem-estar, nossa relação com as outras pessoas, nossa relação com o meio ambiente e o sistema alimentar. Ou seja, isso tem tudo a ver com o sistema de produção e abastecimento de alimentos do país. Quando comemos um alimento orgânico ou um alimento proveniente da produção familiar, por exemplo, estamos nos posicionando a favor de um sistema de produção. Nesse caso, apoiamos a justiça social, a valorização do produtor familiar, o emprego no campo e a sustentabilidade ambiental.

E. Considerando as características atuais da alimentação da população brasileira, qual a expectativa de uso e resultados da adoção das recomendações do Guia? As tendências recentes da alimentação no Brasil, como de resto na maior parte do mundo, não são nada favoráveis: alimentos e preparações culinárias vêm sendo gradativamente substituídos por produtos prontos para consumo, em sua maioria ultraprocessados. O resultado são grandes prejuízos para a saúde e o bem-estar das populações, além de impactos negativos sobre o ambiente, as economias locais, a vida em sociedade e a cultura. O novo Guia Alimentar brasileiro reconhece essas tendências, mas não as aceita como naturais e, menos ainda, como irreversíveis. Ao contrário, como os leitores notarão, o tom da publicação é de um otimismo cauteloso....


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