Title | Aula sobre Método Clínico Centrado na Pessoa - Ludimila |
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Author | Ludimila de Souza |
Course | Medicina Centrada na Pessoa |
Institution | Universidade Estadual de Montes Claros |
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Anotações sobre a aula com tema "Método Clínico Centrado na Pessoa"....
Ludimila Pereira – T71
1 AULA: MÉTODO CLÍNICO CENTRADO NA PESSOA – Dra Katyane Benquerer
MCCP Avaliamos não apenas a doença em termos biológicos, mas também a visão do paciente em relação a essa doença. “O bom médico trata a doença, mas o grande médico trata a pessoa com a doença” – Sir William Oster A mesma doença pode acometer pessoas diferentes, mas cuidamos de cada pessoa de maneira diferente. Entrevista: é muito mais do que fazer perguntas fechadas para obter respostas. É descobrir a visão do paciente sobre aquela dor/doença. Escutar é difícil e não nos daremos a esse trabalho, a não ser que tenhamos um profundo respeito e interesse pelo outro. “Só se escuta bem com o coração”. É querer saber muito mais do que sobre a dor em si, mas também quanto às angústias, as preocupações daquele paciente em relação à queixa. Potencial de saúde do paciente: idade + potencial genético + doenças + status socioeconômico + gênero + metas e valores pessoais 6 componentes do MCCP: explorar a doença e o adoecimento; compreender a pessoa como um todo; negociar um terreno comum; incorporar prevenção e promoção; incrementar a relação médico-paciente; ser realista. Esses componentes não são sequenciais, eles se entrelaçam durante a consulta. Depende das queixas do paciente, depende da clínica do paciente, para sabermos o quanto devemos aprofundar em cada um desses componentes. Existem pessoas que, somente com o MCCP, que conseguimos ajuda-las. o Explorar a doença e o adoecimento: a doença pode ser a mesma, mas o adoecer é individual, porque no adoecer é onde temos expectativas, medos, angústias, sentimentos. A experiência do adoecer é diferente de pessoa para pessoa. Nesse componente, devemos ter ideia do que está errado; compreender os sentimentos do paciente; identificar o impacto dos problemas; conhecer as expectativas do paciente quanto à doença. o Compreender a pessoa como um todo: compreensão integrada experiências do adoecer; fatores socioculturais e religiosos; relação familiar. É conhecer o contexto próximo e distante. o
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Negociar o terreno comum: definir as prioridades do atendimento daquele paciente (muitas queixas o que mais está incomodando o paciente, ou o que mais nos chamou atenção/gravidade, é a nossa prioridade naquele dia, mas esclarecer que, com o tempo, abordaremos as demais queixas). Definir os objetivos do tratamento. Estabelecer o papel do médico e do paciente (avaliar o que é responsabilidade de cada um, quais as prioridades). Evitar linguagem inacessível ao paciente. Incorporar prevenção e promoção: processo de tornar as pessoas hábeis em ter controle e melhorar sua saúde. Diminuição do risco de adquirir doenças. (Ex: paciente de 54 anos diabética controle glicêmico adequado? Controle alimentar? E as demais prevenções para a idade? Fez mamografia?). Desenvolver junto ao paciente um plano prático de prevenção e promoção para toda a vida; monitorar os riscos já identificados de cada paciente e rastrear os ainda não identificados; registrar e arquivar adequadamente; estimular a atuo-estuma e confiança do pct no cuidado consigo. Melhorar a relação médico-paciente: é a relação em que você confia no paciente, e o paciente confia em você. É ter empatia e cuidado mútuos, é sentir compaixão pelo paciente. Consiste em: visitas periódicas, aconselhamento positivo, confiança mútua, compaixão, empatia, cuidado, dividir decisões e responsabilidades, transferência e contratransferência, auto-conhecimento, curar/administrar. Ser realista: é compreender que não conseguiremos fazer tudo para todos os pacientes (“time” e “timing” – é o médico e o paciente compreenderem que não depende so deles, e sim de todo um sistema); entender os limites da medicina e estabelecer objetivos e prioridades razoáveis e factíveis (“teambuilding” e “teamworking”); uso inteligente dos recursos (gerenciar os recursos para o paciente pesando as necessidades dele e as da comunidade).
ALERTA! Consultas frequentes por doenças de pouca importância; consultas frequentes pelos mesmos sintomas ou queixas múltiplas; consultas por sintomas presentes há muito tempo; incongruência entre aflição do doente e a comparativamente pouca importância da natureza dos sintomas indicam a necessidade de aplicarmos o MCCP....