Biogeografia de ilhas PDF

Title Biogeografia de ilhas
Author Camila Maris Santos Caetano
Course Introdução a Biologia Comparada
Institution Universidade Federal da Bahia
Pages 3
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Summary

resumo sobre biogeografia de ilhas...


Description

Biogeografia de ilhas Biogeografia refere-se a análise da distribuição dos organismos e dos padrões de variação ocorridos na terra. Esse estudo analisa tanto o que transcorre no presente quanto no passado e considera a quantidade e os tipos de seres vivos. Na década de 60, MacArthur e Wilson propuseram a Teoria da Biogeografia da Ilha. Essa teoria tem suas raízes no trabalho de Wilson sobre as formigas da Melanésia e busca explicar a variação sobre a riqueza das espécies com base em duas principais variáveis, a extinção e a migração. MacArthur e Wilson ao formular a teoria, observaram o fenômeno de Krakatoa, uma ilha da Indonésia, na qual um vulcão entrou em erupção e destruiu completamente todo o ambiente. Após pouco tempo, observou-se que o número de espécies de aves aumentou rapidamente e em um determinado ponto se estabilizou, havendo assim um balanço entre extinção e migração. Assim, a Biogeografia de Ilhas compete o estudo da complexidade da biodiversidade em ilhas através de fatores biogeográficos ligados a extinção e migração. O termo ilha não refere-se apenas aquelas de caráter marítimo. As ilhas representam em menor escala os fenômenos biológicos que ocorrem no continente. Existem três tipos de ilhas: Oceânicas - surgem nos oceanos como resultado de atividade vulcânica ou do crescimento de formações coralígenas, por não apresentarem formas de vida, precisam ser colonizadas (ex: Fernando de Noronha); Continentais - fragmentos que em épocas remotas se desconectaram do continente (ex: Ilha Anchieta); Ambientais - áreas dentro do continente, mas que se mantêm isoladas, como topo de montanhas. A teoria irá explicar o comportamento do número de espécies com base no balanço entre extinção e migração, associados a variáveis como, formato da ilha, isolamento, extensão territorial, competição. Em uma ilha desprovida de seres vivos, a taxa de migração tende a crescer muito até certo ponto. A partir do momento que o número de espécies for considerável, a taxa de migração terá um decréscimo pois haverá maior probabilidade de uma espécime recém chegada, já ter representantes no local. Assim, o nível de extinção aumentará. A interseção entre a taxa de extinção e migração é o ponto de equilíbrio entre as duas variantes. (Figura 1). Quando em clímax, as ilhas com menor extensão territorial abrigam menor diversidade de espécies quando comparadas a ilhas extensas. Isso ocorre porque a mesma possui maior disponibilidade de recursos, propiciando um alto nível de migração e desenvolvimento de seres vivos. Assim, a taxa de extinção terá maior

impacto sobre as ilhas menores. (Figura 2). Se determinada ilha for mais distante da área fonte, menor será o número de espécies no local e, consequentemente, menor a biodiversidade. A explicação reside no fato de que por estar distante, muitas vezes, vão existir barreiras intransponíveis para determinadas espécies e assim a taxa de migração será reduzida e a de extinção, alta. (Figura 3). Quanto ao formato, é ideal que uma ilha seja o mais aproximado possível do circular. Ilhas com formato irregular sofrem com uma redução no ecossistema devido às bordas com vegetação reduzida. Assim, a taxa de migração será baixa e a de extinção alta. Outra variante é a competição. Com o aumento na taxa de migração, o número de espécies aumentará e assim haverá maior competição. Com isso, o número de extinção aumentará e composição da ilha mudará de acordo com a intensidade da disputa. Como forma de testar a teoria (Biogeografia de Ilhas Experimental), MacArthur e Wilson selecionaram ilhas pequenas. A partir dessas, foram observando como a quantidade de espécies variava em função das mudanças de características, como área e distância. Assim, por meio da análise puderam observar as limitações e os acertos da teoria. Limitações: muitas ilhas podem não estar em equilíbrio por diversos fatores, como processos de ocupação humana; a teoria ignora as diferenças existente entre as espécies e suas estratégias ecológicas; as várias formas de dispersão das espécies aumentam a complexidade do modelo; as áreas são relativas; dificuldade em fazer previsões numéricas; e um equilíbrio perfeito entre imigração e extinção pode nunca ser alcançado. Acertos: Auxiliou no estímulo de novas ideias, juntando a biogeografia tradicional à ecológica; O modelo é simples e acessível; as previsões são claras e testáveis; prevê tendências qualitativas (acréscimo e decréscimo) no número de espécies e nas taxas de retorno em diferentes ilhas....


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