Capítulo I O Mito das Nações - Patrick Geary PDF

Title Capítulo I O Mito das Nações - Patrick Geary
Course História Medieval
Institution Universidade do Estado do Rio de Janeiro
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Esse documento apresenta um fichamento completo do Capítulo I do livro ''O mito das nações- a invenção do nacionalismo" escrito pelo medievalista americano Patrick Geary....


Description

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO FACULDADE DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES

Referência: GEARY, Patrick. Capítulo I: Uma paisagem envenenada etnicidade e nacionalismo no século XIX. In: O Mito das Nações: A invenção do Nacionalismo. São Paulo: Conrad Editora do Brasil, 2005

Fichamento - A história moderna nasceu no século XIX, concebida e desenvolvida como um instrumento do nacionalismo europeu. A história da nação europeia transformou nossa compreensão do passado em um deposito de lixo tóxico impregnado do nacionalismo étnico. (P.27) - Os métodos de pesquisa e escrita da história são ferramentas desenvolvidas para favorecer os propósitos nacionalistas (P.28). - A história do surgimento do nacionalismo começou no final do século XVIII e início do XIX. (P.28) - Estados-nações de base étnica eram descritas como “comunidades imaginadas”. Seria absurdo dizer que pelo fato dessas comunidades serem “imaginadas” elas devam ser descartadas ou trivializadas, ou deduzir que “imaginadas” seja sinônimo de “insignificantes”. (P.28) - Acadêmicos, políticos e poetas do século XIX não inventaram o passado do nada. Eles se basearam em tradições, fontes escritas, lendas e crenças; mesmo que tenham usado de novas maneiras para forjar unidade ou autonomia política. - O processo pelo qual o nacionalismo surgiu como ideologia política variou de acordo com a região. (P.29) - A ideologia nacionalista propicia ação de movimentos de independência através de 3 estágios são eles: 1°: inclui o estudo da língua, da cultura e da história de um povo subjugado; 2°: transmissão das ideias dos acadêmicos por um grupo de patriotas que as disseminam por toda a sociedade; 3°: estágio em que o movimento nacional atinge seu apogeu (P. 29 e 30).

- O nacionalismo pode fabricar a própria nação. No século XIX, com influência da Revolução e do Romantismo, e com a falência da aristocracia, intelectuais e políticos criaram novas nações que foram projetadas no passado da Alta Idade Média. (P.30) - O contexto intelectual que o nacionalismo nasceu consiste na fascinação das elites acadêmicas europeias pelo mundo antigo. Esse fascínio pela cultura e civilização clássica estabeleceu uma inversão radical das autopercepções e da identidade, ignorando séculos de identidades sociais diferentes. (P.31) - Durante a Baixa Idade Média e o início da Renascença, a nação proporcionava um dos meios em comum pelos quais as elites politicamente ativas se identificavam e organizavam ações colaborativas. Quando essas elites se voltavam para um passado em busca de vínculos, identificavam-se conscientemente com a sociedade e cultura romana. (P.31) - Na França renascentista a realidade do Estado era inquestionável, mas não havia existência de um povo unicamente francês. (P.31) - Na Alemanha desde o século IX, havia um povo alemão, mas não tinha um Estado alemão unificado. (P.32) - A reivindicação nacionalista e a ideologia revolucionária defendiam a independência e soberania dos povos, mas negava que um povo pudesse ser definido por língua, etnia ou origem. (P.34) - As regiões habitadas por falantes da língua alemã nunca haviam sido unificadas em um único reino culturalmente homogêneo. Sendo assim, a unidade continuava sendo apenas cultural e não política. (P.35) - O nacionalismo político alemão surgiu durante a era napoleônica. Durante esse período Freiherr Vom Stein (ministro de estado da Prússia) incentivava poetas e escritores a contribuir na formação da imagem de uma nação alemã unificada para quando os franceses fossem expulsos. (P.36) - O sentimento do nacionalismo cultural está relacionado na ênfase em uma língua comum, programa nacional de educação, ênfase no território como uma conexão entre o passado e o futuro da nação, combinar cultura e política. (P.37) - Étienne Bonnot de Condilac (filósofo francês) acreditava que “cada língua expressa o caráter do povo que a fala”. (P.38)

- A Filologia indo-europeia nasceu em 1786 quando o orientalista William Jones reconheceu que o sânscrito, o grego e o latim tinham a mesma origem, e que o gótico, o celta e o persa antigo provavelmente pertenciam a mesma família linguística. (P.40) - Os acadêmicos alemães Franz Bopp, Jacob Grimm e o dinamarquês Rasmus Rask , examinaram as sugestões deixadas por William Jones, corrigiram-nas, elaboraram um método de investigação das afinidades e evoluções das línguas e criaram a nova ciência da filologia indo-europeia. O desenvolvimento dessa disciplina possibilitou a organização e classificação da família linguística, assim como o estudo científico das formas mais antigas dessas línguas (P.40 e 41)...


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