Chasing Ice - Resenha PDF

Title Chasing Ice - Resenha
Author Beatriz Voigt
Course Comunicação Ambiental
Institution Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro
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Summary

Resenha sobre o filme "Chasing Ice" de Jeff Orlowski...


Description

Beatriz Voigt - Comunicação e Meio Ambiente

Resenha de Chasing Ice (Perseguindo o Gelo) O documentário Chasing Ice mostra a expedição desafiadora do fotógrafo ambiental James Balog pelo Ártico, uma jornada longa e lenta em contraste com a aceleração desenfreada das alterações glaciais do planeta. A fotografia mostra que o aspecto visual bem elaborado é o mais importante: é a evidência que faz compreender concretamente esse problema que já vem sendo estudado na teoria há muito tempo. A partir desse contato direto com o degelo, Balog torna-se o fundador do Extreme Ice Survey: uma pesquisa com o uso de câmeras para revelar como a velocidade da transformação climática está afetando extensas regiões do mundo. Com uma equipe interdisciplinar de geólogos, cinegrafistas, engenheiros e voluntários, ele parte na missão de instalar aparelhos que filmam em efeito time-lapse o derretimento das geleiras. O longa-metragem mostra esse processo durante três anos, passando por diversos lugares como Islândia, Groenlândia, Alasca e Montana (EUA). O filme é a representação de um dos desdobramentos do aquecimento  global, o maior desastre ambiental do século XXI. Trata-se do agravamento, causado principalmente pela ação humana, do efeito estufa: fenòmeno natural de aumento da temperatura do planeta através do acúmulo de gases na atmosfera (CO2, CH4, vapor d’água). Assim, participando do aumento da temperatura da Terra, esse degelo contribui  para o aumento do nível dos oceanos e diminui o estoque de água doce disponível. Além disso, o documentário mostra notícias contemporâneas de diversos outros desastres naturais acontecendo globalmente: enchentes, furacões, incêndios florestais. O clímax da narrativa está na filmagem do maior desmoronamento glacial já registrado: uma das geleiras da Groenlândia vai se despedaçando em uma área que equivale a parte sul de Manhattan ao longo de 75 minutos. Ou seja, uma região com cerca de 18 mil metros quadrados, onde vivem mais de 500 mil pessoas, em menos de duas horas. A primeira instalação dos equipamentos é uma aposta arriscada, com tecnologia não testada em temperaturas abaixo de zero. Por isso, perdem grande parte das câmeras e de todo o dinheiro investido. É um fracasso, mas não uma desistência. James Balog e sua equipe seguem em frente, aprimorando a expedição e, finalmente, obtém sucesso. O efeito time-lapse é de extrema relevância: as imagens mostram montanhas de gelo desaparecendo em um espaço/tempo muito acelerado. Os vídeos tornam-se impressionantes pois têm a capacidade de comprimir anos (entre 2007 e 2010) em segundos. Os blocos de gelo exuberantes, as tonalidades e a paleta de cores das paisagens mostradas no filme são de tirar o fôlego. A imagem é de alta qualidade, o enquadramento no ângulo certo.

Eles explicam a dinâmica e flexibilidade da instalação/monitoramento das câmeras: a medida em que as geleiras vão derretendo, devem mudar o foco e a posição para acompanhar os pontos mais frágeis do gelo. Então, realiza-se a edição do conteúdo coletado. O trabalho duro do fotógrafo é de grande relevância para a humanidade. A mudança climática torna-se visível, é assunto principal nas notícias, palestras, estudos. Esse filme já foi rodado por cerca de 172 países, inclusive na Casa Branca e na ONU, pois é impactante. O objetivo da equipe é continuar divulgando para amplas e diversas audiências. Quanto mais pessoas alcançadas, mais cientes do problema. Como afirma Balog, “podemos mudar o arco da história se abrirmos nossos olhos e respondermos a essas evidências.(...)Nós temos as ferramentas, temos as habilidades. Não há dúvida que há esperança.” Pode-se dizer, portanto, que a mensagem e, consequentemente, a consciência ambiental são formadas a partir da imagem capturada com essa tecnologia. Não é só o que, mas também como se conta a história. A fotografia apresenta-se como arte, ciência, crítica, presente, verdade. Resumo do Acordo de Paris e o compromisso do Brasil com ele O Acordo de Paris é um tratado entre 195 países, que tem o objetivo de minimizar as consequências do aquecimento global. Ele foi adotado na capital da França, em 2015, durante a Conferência das Partes - COP 21. Todas as nações devem, voluntariamente, impedir a elevação da temperatura acima de 2 graus acima dos níveis pré-industriais (meta de 1,5 graus). Sendo voluntárias, não recebem multa - fazem porque acreditam que é o melhor a fazer e não por obrigação. Porém, mesmo se as medidas forem seguidas, a previsão é que a temperatura siga elevando-se em 3 graus. Esta convenção tem como antecedentes: Rio-92, conferência das Nações Unidas sobre meio ambiente e desenvolvimento;  Acordo do Clima, do início do século XXI, introduz o objetivo global de redução de emissões; e Protocolo  de Kioto, de 2008 a 2012, que define a redução dos gases estufa (CO2, vapor de água, etc) primeiramente aos países ricos e industrializados. O Brasil está incluso nisso. Seus compromissos diante desse acordo são: redução de 37% das emissões de gases estufa (abaixo dos níveis de 2005) até 2025; redução de 43% das emissões em 2030; aumento de 18% dos biocombustíveis até 2030; e restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas. Uma série de indicações terão de ser seguidas, em diversos setores da gestão pública brasileira dos recursos naturais, até 2030: Aumentar a participação da bioenergia sustentável na matriz energética para 18%; Fortalecer o cumprimento do Código Florestal; Alcançar desmatamento ilegal zero na Amazônia brasileira; Chegar a participação de 45% de energias renováveis na matriz energética; Obter 10% de ganhos de eficiência no setor elétrico; Promover o uso de tecnologias limpas no setor industrial; Estimular medidas de eficiência e infraestrutura no transporte público e áreas urbanas....


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