Cito part 1 - Resumo de citologia, líquidos cavitários e LCR PDF

Title Cito part 1 - Resumo de citologia, líquidos cavitários e LCR
Author Aline Vidal
Course Citopatologia E Liquidos Corporais
Institution Universidade Tuiuti do Paraná
Pages 4
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Resumo de citologia, líquidos cavitários e LCR...


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RESUMO DE CITOPATOLOGIA Citopatologia estuda as células e o que está relacionado a morfologia, componentes e funções. Definições: CÂNCER: mais de 100 doenças. Crescimento desordenado de células, que tendem a invadir tecidos e órgãos vizinhos (metástases). TUMOR BENIGNO: formado por células bem diferenciadas (semelhantes às do tecido normal), estrutura típica do tecido de origem, crescimento progressivo, pode regredir, mitoses normais e raras, massa bem delimitada, expansiva, não invadem nem infiltram tecidos adjacentes, não ocorre metástases. TUMOR MALIGNO: formado por células anaplásicas (diferentes das do tecido normal), atípico, falta diferenciação. Crescimento rápido, mitoses anormais e numerosas. Massa pouca delimitada, localmente invasivo, infiltra tecidos adjacentes, metáfases frequentemente presente. CÉLULAS NORMAIS: coexistem em harmonia histológica, citológica e funcional. Desempenham suas funções fisiológicas. Após a formação de um tecido as células podem continuar a se dividir. - Continuamente: células lábeis (epitélio e sangue) - Eventualmente: células estáveis (hepatócitos) - Perdem a capacidade de dividirem: células permanentes (neurônios). GRAUS DE LESÃO - Reversível: aguda, leve - Irreversível: aguda moderada a grave / crônica. ADAPTAÇÕES CELULARES: modificação quando submetidas a estímulos. Estímulos fisiológicos ou patológicos, depende da capacidade de resposta e adaptação. TIPOS DE ADAPTAÇÃO: - HIPERTROFIA: aumento do tamanho das células, consequentemente do órgão e tecido. Causada por demanda funcional maior ou estimulação hormonal. Aumento dos componentes estruturais da célula, especialmente PROTEÍNAS. Fisiológica ou patológica. Mecanismos: estímulos físicos/químicos. Estiramento. Vias metabólicas de síntese proteica. Mediadores: agonistas alfa adrenérgicos, hormônios esteróides… - ATROFIA: ausência de volume. Redução de volume da célula devido a supressão da síntese proteica. Redução das funções celulares. Fisiológica/patológica. Mudança no equilíbrio da síntese e degradação de proteínas. - HIPERPLASIA: crescimento de tecido ou órgão pelo aumento do número de células. Células com capacidade de mitose. Células lábeis e estáveis, como epiderme e fibroblastos. Regride uma vez cessado o estímulo causador. - METAPLASIA: transformação de uma célula ou tecido em outro com características diferentes. Reprogramação de células tronco (morfologia diferentes). Ocorre em vias respiratórias quando por irritação crônica (fumo). - DISPLASIA: alterações citológicas atípicas no tamanho e estrutura. - NEOPLASIA: (crescimento novo) crescimento celular desordenado e autônomo, sem finalidade biológica. - APLASIA: disfunção das células e tecidos que leva à interrupção do seu desenvolvimento.

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HIPOPLASIA: formação deficiente de um órgão ou tecido que pode ou não funcionar. DISTROFIA: (nutrição difícil) qualquer desordem causada por falta de nutrição.

CITOLOGIA CERVICOVAGINAL (PAPANICOLAU) Método utilizado para rastreamento populacional de câncer de colo do útero. JEC - Junção Escamocolunar - Células colunares + escamosas. VARIAÇÃO NO EPITÉLIO CERVICAL ESCAMOSO POR INFLUÊNCIA HORMONAL: - RECÉM NASCIDAS: padrão progestacional da gestante. Epitélio trófico, predomínio de células intermediarias, lactobacilos, citólise. - INFÂNCIA: ausência de atividades hormonais, baixa número de camadas de células, epitélio atrófico, predomínio de células basais, flora cocoide. - PUBERDADE: atividade hormonal variável, aumento gradativo das camadas de células, com predomínio das intermediárias em relação às superficiais, epitélio atrófico para trófico, lactobacilos. - MENACME: estabilização dos ciclos menstruais, máximo desenvolvimento e diferenciação do epitélio sob ação de estrógenos e progesterona. - 1º FASE DO CICLO MENSTRUAL NORMAL (1º AO 5º DIA): esfregaço sujo e obscurecido por restos celulares, hemácias, PMN, histiócitos abundantes. Predomínio de células intermediárias, grupos de células endometriais em degeneração, flora cocoide. - 2º FASE DO CICLO MENSTRUAL (6º AO 13º DIA): aumento gradativo das células superficiais e diminuição das intermediárias, hemácias escassas, PMN e histiócitos moderados, predomínio de células intermediárias, presença de células endometriais até o 11º dia, flora lactobacilos. - 3º FASE DO CICLO (14º AO 15º DIA): período de ovulação, com ação estrogênica. Diferenciação máxima do epitélio com predomínio de células superficiais. Esfregaço limpo, PMN escassos e ausência de histiócitos, flora lactobacilos. - 4º FASE DO CICLO (16º AO 28º DIA: fase progesterônica, predomínio de células intermediárias, PMN escassos e histiócitos escassos, flora lactobacilos. - GRAVIDEZ: padrão progestacional semelhante a última fase do ciclo menstrual. Predomínio de células intermediárias, PMN moderados e histiócitos escassos, flora lactobacilos e citólise. - PUERPÉRIO: ausência de atividade hormonal, predomínio de células parabasais, hemácias variáveis, PMN e histiócitos moderados, marcada degeneração celular, flora lactobacilos ou cocóide. - MENOPAUSA: atividade hormonal descendente, quadro hipotrófico ou atrófico, com aumento ou predomínio de células parabasais, PMN e histiócitos de moderados a abundantes, flora cocoide. - PÓS MENOPAUSA: ausência de atividade hormonal, quadro atrófico, predomínio de células parabasais, pequenas e pouco coradas, PMN e histiócitos de escassos a moderado, degeneração celular, flora cocoide. LESÕES: - BAIXO GRAU: células maduras (superficiais). - ALTO GRAU: células jovens (profundas)

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ASC-US: célula superficial com atipia, mas sem critério para diagnóstico, lesão de baixo grau. - ASC-H: alteração de células profundas, mas sem critério para lesão de alto grau. - LSIL: lesão intra epitelial de baixo grau, músculo aumenta mais de 3 vezes, núcleo avermelhado, presença de coilocitose. - HSIL: lesão de alto grau, lesão em células escamosas profundas, com núcleo atípico. - CARCINOMA INVASOR: fundo necrótico, figuras celulares bizarras, “células em girino”, cariomegalia. COLORAÇÃO DE PAPANICOLAU: - Corante básico, hematoxilina: afinidade pelo núcleo. - Corante ácido, Orange G: reage com citoplasma de células queratinizadas. - Corante poli, eosina amarela, 36: composto por eosina amarela, verde brilhante e ver usina, oferece diferentes tonalidades citoplasmáticas.

LÍQUIDOS CAVITÁRIOS Líquidos em algumas cavidades. Normalmente estéreis, podem ser infectados por bactérias, fungos, vírus, parasitos, células neoplásicas. Achados de qualquer quantidade de microrganismo é importante para configurar um processo infeccioso. Pericárdico, pleural, peritônio: cavidades fechadas. Função dos líquidos é de purificar, evitar atrito. Os líquidos são delimitados pelo mesotélio. Podem estarem em cavidades fechadas do corpo e revestidos por duas membranas serosas: PARIETAL E VISCERAL. - CÉLULAS MESOTELIAIS: benigna na efusão. Células escamosas achatadas unidas por desmossomos, aglomeradas. Núcleos centrais ou paracentrais, redondos ou ovais, binucleação. Reativas: cromatina grosseiramente pontilhada e exibindo nucléolo. - LÍQUIDO SEROSO: tem função lubrificante, evita contato direto durante o movimento, protecao mecanica, nutrição, excreção, situado entre as membranas. - FLUXO DO LÍQUIDO: membrana parietal (entrada) → formação → pressão hidrostática maior. membrana visceral (saída) → reabsorção → pressão hidrostática menor. - EFUSÕES SEROSAS: acúmulo anormal de líquido entre as membranas serosas. - TRANSUDATOS: acúmulo de líquidos relacionados a alteração mecânica. - EXSUDATOS: processos inflamatórios. Comprometem diretamente as membranas da cavidade. COLETA DAS AMOSTRAS: - Paracentese: punção de líquido ascítico. Para análise, drenagem, diálise peritoneal. - Toracocentese: indicado para drenagem e análise. - líquido pleural: análise é realizada quando ocorre derrame pleural, casos de pneumonias, neoplasias, insuficiência cardíaca, tuberculose pleural. - Neoplasia: hipercromasia severa; discariose; hipercelularidade; cromatina irregular, com depósitos e espaços intracelulares, nucléolos aberrantes, canibalismo; diátese tumoral, sobreposição celular.

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Reação inflamatória: membrana nuclear normal; cromatina bem distribuída, aumento de relação N/C; bi ou multinucleação, nucléolos pouco visíveis, fagocitose, corpos gigantes, metacromasia, halo perinuclear, vacúolos citoplasmáticos. Mesotelioma: neoplasia no mesotélio, relação com exposição ocupacional (amianto).

LÍQUIDO CEFALORRAQUIDIANO Líquor ou fluido cérebro espinhal. VENTRÍCULOS ENCEFÁLICOS → cavidades preenchidas por líquor. LÍQUOR: fluído estéril, incolor, aquoso, proteção hidráulica ao sistema nervoso central. Encontrado no espaço subaracnoideo no cérebro e medula espinhal (entre as meninges aracnóide e pia-máter). Função: fornecimento de nutrientes, excreção de produtos do metabolismo, manutenção da homeostase e amortecimento do sistema nervoso central. INDICAÇÃO DA ANÁLISE DE LÍQUOR: processos inflamatórios do sistema nervoso, desmielinização, leucemias e linfomas, hemorragia subaracnóidea, pesquisa de células neoplásicas. Coleta: punção lombar entre L3 e L4, L4 e L5, pode remover até 20 ml de LCR. AMOSTRA IDEAL: - Tubo 1: testes químicos e sorológicos (pode congelar) - Tubo 2: microbiologia (permanecer em temperatura ambiente) - Tubo 3: hematologia (pode ser resfriado) ASPECTOS: - Xantocromia: coloração amarelada, laranja ou rosa. As hemácias permanecem cerca de duas horas no LCR antes da hemólise visível, formando o sobrenadante xantocrômico. - Hidrocefalia: produção aumentada de liquor/redução da absorção (comunicantes). Obstrução da passagem do líquor através dos ventrículos . - Meningites: ocorrência de um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro. - Hemorragia subaracnóide: ruptura de uma artéria cerebral com sangramento no espaço subaracnóide....


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