Colapso Mundial: Sociologia e Empresas PDF

Title Colapso Mundial: Sociologia e Empresas
Author Yas Hoff
Course Sociologia Geral
Institution Universidade Federal do Espírito Santo
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Summary

Redação com tema: COMO AS EMPRESAS E A SOCIEDADE PODERÃO SOBREVIVER AO COLAPSO DO MUNDO TAL QUAL O CONHECEMOS?...


Description

SOCIOLOGIA DA ADMINISTRAÇÃO COMO AS EMPRESAS E A SOCIEDADE PODERÃO SOBREVIVER AO COLAPSO DO MUNDO TAL QUAL O CONHECEMOS? Antes de pensarmos sobre possíveis soluções para o “colapso” do mundo, é necessário identificar a origem destes colapsos e a história destes até os dias de hoje. Usando da perspectiva patológica, não é possível um prognóstico antes do diagnóstico, e não há diagnóstico sem sintomas. Todavia, esta análise não é tarefa fácil, e até os especialistas talvez não saibam por onde começar ou onde a “patologia” termina. Tendo isto em mente, este texto tem como objetivo delinear algumas reflexões ainda primárias sobre o complexo processo de “colapso” do mundo contemporâneo. Embora seja senso comum a ideia geral de que “o mundo vai de mal a pior”, nem todos os especialistas concordam. Steven Pinker, psicólogo e linguista renomado da universidade de Harvard, argumenta positivamente sobre as relações internacionais modernas em seu livro Os Anjos Bons da Nossa Natureza. Ao analisar dados e documentos históricos, Pinker defende a tese de que a sociedade moderna é muito mais pacífica que nossos antecessores medievais ou antigos, por exemplo. O autor ressalta o quanto nossas leis modernas e nossos avanços em relação às políticas internacionais diminuíram largamente a intensidade da violência no mundo quando comparado a momentos históricos anteriores. Isto é, a Humanidade para Pinker está mais pacífica e civilizada do que jamais foi outrora, por incrível que pareça. A análise de Pinker é importante por que desloca nosso olhar contaminado pela experiência do presente e o localizada na histórica onde podemos enxergar verdadeiramente o que fomos e o que somos através da comparação histórica. No caso da violência explícita e direta, é muito provável que já tenhamos sido piores. Portanto, o discurso do “colapso iminente” talvez seja em parte uma falácia que, de tanto repetirmos a cada mal que nos acontece, se torna uma máxima. Embora o ditado popular de que “nada que já esteja ruim não possa piorar” seja igualmente verdadeiro, isto não quer dizer que a sociedade moderna possa colapsar a qualquer momento sem que não possamos fazer nada. O papel das empresas para a viabilização de uma sociedade civilizada tornou-se cada vez mais importante conforme se intensificavam o sistema capitalista como modelo econômico e social. As empresas, o Estado e a sociedade civil são o tripé que sustenta a civilização moderna como a conhecemos. E como toda estrutura sustentada por tripés, somente a harmonia entre os três sustentáculos manterá o equilíbrio. Segundo esta analogia, se há de fato um colapso no mundo, é fruto de uma desarmonia destas três entidades e também responsabilidade destas a resolução conjunta das crises. Historicamente, as empresas e os negócios privados em geral sempre interviram na política local apenas conforme a possibilidade de benefícios próprios. No entanto, com a economia cada vez mais globalizada, já não se pode agir em benefício próprio sem que estas atitudes “egoístas” interfiram no cotidiano de muitas pessoas e em muitos lugares. Não é um processo fácil incutir na gerência de uma empresa a responsabilidade ética de pensar cada ação de negócio como também uma ação social. Isto é, entender que a ação administrativa e de negócio é também uma ação que intervém na dinâmica social por consequência.

Para resumir, é preciso que as empresas assumam a responsabilidade pelo mundo junto ao Estado e a sociedade civil. O Estado sozinho não dá conta das nuances econômicas, a sociedade civil sozinha ou tendo apenas o Estado como suporte já não é capaz de suportar as pressões econômicas e sociais que advém das grandes crises que são sempre econômicapolítica-ideológicas. As empresas, por outro lado, também não sobreviverão ao colapso do mundo em caso de desmonte do Estado e da sociedade civil. O equilíbrio deste tripé nada mais é ou precisa do que uma participação ética e conjunta dos três setores, isto significa assumirem a responsabilidade pelo mundo como um todo em detrimento do domínio ou ascensão de apenas uma das partes....


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