Curso Bandagem Rígida E Elástica ( Apostila) PDF

Title Curso Bandagem Rígida E Elástica ( Apostila)
Author Carina Paiva
Course Fisioterapia Ortopédica
Institution Universidade Cruzeiro do Sul
Pages 51
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curso de bandagem ...


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BANDAGEM RÍGIDA E BANDAGEM ELÁSTICA

BANDAGEM RÍGIDA E BANDAGEM ELÁSTICA

Dra. Ft. Prof.ª Carina Paiva Reabilitar Fisioterapia de Sorocaba 10/06/2018 Dra. Ft. Prof.ª Carina Paiva

BANDAGEM RÍGIDA E BANDAGEM ELÁSTICA

Índice Este material é parte integrante do curso “Bandagem Rígida e Bandagem 1. INTRODUÇÃO À TÉCNICA...............................................................................................5 Elástica” oferecido pela empresa Reabilitar Fisioterapia de Sorocaba e de 2. AÇÃO BIOMECÂNICA.......................................................................................................8 propriedade destas e do autor. A reprodução deste material ou parte dele é proibida. 3. AÇÃO NEUROFISIOLÓGICA.............................................................................................9 4. APLICAÇÃO CLÍNICA / AVALIAÇÃO..............................................................................11 4.1. Avaliação.................................................................................................................... 11 5. PRINCÍPIOS DA APLICAÇÃO.........................................................................................12 6. BANDAGEM ELÁSTICA (KINÉSIO)................................................................................14 7. BANDAGEM RÍGIDA....................................................................................................... 16 8. PRÁTICA PARA MEMBROS SUPERIORES....................................................................17 8.1 instabilidade multi direcional........................................................................................17 8.2. Bandagem kinésio para carga do deltoide (síndrome de impacto).............................18 8..3. Bandagem kinésio para inibir tríceps.........................................................................19 8.4. Bandagem kinésio para inibir bíceps braquial............................................................20 8.5. Bandagem rígida para hiperextensão de cotovelo......................................................21 8.6. Bandagem kinésio para epicondilite lateral / medial...................................................22 8.7. Bandagem kinésio para síndrome do túnel do carpo..................................................23 9. PRÁTICA PARA MEMBROS INFERIORES.....................................................................24 9.1. Bandagem rígida anti-pronação..................................................................................24 9.2. Bandagem rígida para estabilização de tornozelo......................................................25 9.3. Bandagem rígida para hálux valgo.............................................................................26 9.4. Bandagem kinésio para fascite plantar em x..............................................................27 9.5. Bandagem kinésio para fascite plantar e tendinopatia de aquiles..............................28 9.6. Bandagem kinésio para inibição de músculos isquiostibiais.......................................29 9.7. Bandagem rígida ou kinésio para distensão de panturrilha........................................30 9.8. Bandagem kinésio para músculos glúteos..................................................................31 9.9. Bandagem kinésio para dor geral em joelho...............................................................32 9.10. Bandagem rígida para deslizamento medial e lateral / inclinação lateral e medial de patela / rotação de patela..................................................................................................33 9.11. Bandagem rígida para deslocamento do tendão patelar...........................................34 9.12. Bandagem rígida para redução da carga da gordura infra-patelar...........................35 9.13. Bandagem kinésio para facilitar o músculo vmo.......................................................36 9.14. Bandagem rígida para lesão de lcm / lcl...................................................................37 9.15. Bandagem kinésio para dor em lcm / lcl...................................................................38 9.16. Bandagem rígida para diminuir carga na tendinopatia / bursite anserina.................39 9.17.bandagem rígida para diminuir carga na síndrome do atrito iliotibial.........................40 Dra. Ft. Prof.ª Carina Paiva

BANDAGEM RÍGIDA E BANDAGEM ELÁSTICA 10. PRÁTICA DE COLUNA..................................................................................................41 10.1. Bandagem kinésio para espasmos de eretores lombar............................................41 10.2. Bandagem rígida para estabilização lombar / Kinésio para diminuição de dor lombar .......................................................................................................................................... 42 10.3. Bandagem rígida para correção postural lombar......................................................43 10.4. Bandagem Kinésio para chicote cervical..................................................................44 10.5. Bandagem rígida para dor em região de trapézio.....................................................45 10.6. Bandagem Kinésio em X para Trigger Points...........................................................46 11. PRÁTICA PARA APLICAÇÃO GERAL..........................................................................47 11.1. Bandagem rígida em caixa.......................................................................................47 11.2. Bandagem kinésio para edema (drenagem).............................................................48 11.3. Tipo Leque................................................................................................................ 49 11.4. Tipo BASKETWAVE..................................................................................................50 12. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...............................................................................51

Dra. Ft. Prof.ª Carina Paiva

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CAPÍTULO

1 1. INTRODUÇÃO À TÉCNICA A bandagem funcional tem sido utilizada de várias maneiras como ferramenta nos diversos tratamentos fisioterápicos e/ou atléticos. Mas somente nos últimos 20 anos, a técnica tem sido usada com maior clareza. Desde que Jenn McConnell (McConnell,1986) começou a aplicar a técnica clinicamente, a quantidade de evidencias comprovadas cresceram assustadoramente. Ela é usada para o tratamento e prevenção de lesões ortopédica, práticas esportivas e lesões neurológicas. Desta forma, sabemos que a técnica pode ser utilizada nas disfunções neuro-musculoesqueléticas agudas e crônicas em todas as regiões do corpo. Utilizando faixas, esparadrapos, bandagem elástica e outros materiais é possível realizar imobilizações muito especificas para cada articulação, mantendo sempre em funcionamento as amplitudes de movimento fisiológicas e não patológicas. Com isso, é possível potencializar a recuperação de diversas patologias, e proteger o paciente para a realização de exercícios de maior impacto. Com as bandagens elásticas podemos ainda ativar e inibir músculos, causar analgesia local, além de facilitar os movimentos articulares, de forma a auxiliar o movimento e corrigir o gesto esportivo. As técnicas de Bandagem Funcional se dividem em 3 tipos: a restritiva serve para preservar os movimentos de uma articulação lesionada e inibindo movimentos patológicos, evitando os métodos tradicionais e ultrapassados (como o gesso, por exemplo) e assim acelerando a recuperação. Pode ser realizada em qualquer articulação, sem tirar o movimento e a função do paciente, ou seja, sem perder força muscular, alongamento e rendimento (no caso de atletas). A bandagem compressiva vai complementar uma drenagem manual ou mecânica e ainda vai conter o edema por todo o tempo que o paciente a utilizar. Pode ser usada também para conter edemas traumáticos junto com crioterapia evitando ou reduzindo o uso de anti-inflamatórios, e diminuindo o tempo de recuperação. E finalmente as bandagens proprioceptivas que corrigem desvios posturais, alivia dores e facilitam o movimento. São bastante utilizadas em atletas durante a prática esportiva, e torna se uma forte aliada dos tratamentos quando associada a R.P.G., Terapia Manual e Osteopatia. 5 Dra. Ft. Prof.ª Carina Paiva

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Nem sempre deverá existir a patologia para que possamos aplicar qualquer tipo de bandagem. As bandagens são utilizadas para tratar a incapacidade e o impedimento, assim agindo indiretamente no tratamento das patologias. Desta forma podemos dizer que a aplicação deste tipo de técnica não é exata para a patologia e sim para as consequências.

Os objetivos da aplicação das bandagens funcionais são: 1. Corrigir a biomecânica das articulações e/ou tecidos 2. Diminuir edema local, através de compressões (bandagem tipo BASKETWAVE) 3. Limitar movimentos articulares indesejados 4. Facilitar o processo de cicatrização tecidual 5. Proteger e dar suporte às estruturas já lesadas ou já tratadas

Indicação para a Bandagem Funiconal: 

Lesão por Overuse



Algumas lesões ligamentares agudas



Condições recindivante (estágios crônicos)



Prevenção de lesão durante a prática esportiva.

Lesão por Overuse Uma lesão por Overuse ocorre quando uma estrutura é exposta à forças repetidas além da capacidade da estrutura lidar com as mesmas (Stanish, 1984). Lesões Ligamentares Algumas lesões ligamentares podem ocorrer por um trauma direto na região ou até mesmo por sobrecarga local, trazendo desta forma incapacidade e dor ao paciente/atleta. Condições recindivantes Lesões crônicas, como as tendinopatias, levam o indivíduo à maior dificuldade nas atividades, desta forma a aplicação da faixa irá colaborar com o retorno das funções e desta forma melhor desempenho nas atividades físicas. 6 Dra. Ft. Prof.ª Carina Paiva

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Prevenção das lesões O uso das bandagens rígidas em atletas que necessitam de maior deslocamento nas atividades, podem dificultar ou até mesmo inibir por completo as lesões articulares, tendo como exemplo o entorse de tornozelo. Contra Indicações para aplicação da Bandagem Funcional: 

Reações prévias severas (anafiláticas/sangramento)



Pele rachada/feridas abertas



Áreas com dormência e/ou sensibilidade diminuída



Locais com infecção



Distrofias Simpato-reflexas

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CAPÍTULO

2 A bandagem funcional produz seus efeitos por meio de mecanismos neurofisiológicos e biomecânicos.

2. AÇÃO BIOMECÂNICA Qualquer

intervenção

biomecânica

aplicada,

deverá

ser

baseada

na

curva

carga/deformidade, a qual irá enfatizar as propriedades mecânicas dos tecidos no corpo. Cada tecido, quando levado a uma carga, irá rapidamente alterar/deformar-se como resultado da aplicação, porém quando essa carga for aplicada com excesso de força e por período prolongado, o tecido sofrerá sobrecarga podendo trazer dor. Em áreas com edema, a bandagem funcional irá agir com uma determinada compressão para a redução do mesmo agindo assim no sistema linfático e circulatório local. Nas bandagens rígidas, podemos observar com melhor clareza esse tipo de ação, pois quando colocada a articulação em estabilização observa-se o funcionamento da mesma sendo realizado com equilíbrio e segurança.

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CAPÍTULO

3 Tratamento de dor e patologias pelo sistema nervoso central

3. AÇÃO NEUROFISIOLÓGICA A melhor forma de se pensar como uma aplicação da bandagem irá realizar a ação neurofisiológica é pensando na dor e nas respostas proprioceptivas. Utilizando a bandagem somente como resposta a uma ação mecânica, irá restringir a aplicação e negar ao paciente/atleta o melhor resultado.

Sistema Nervoso Periférico

Estímulos das bandagens

Medula Espinal

Sistema Supraespinhal (Sistema Nervoso central)

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Sistema Nervoso Periférico As lesões musculoesqueléticas induzem uma resposta inflamatória na periferia que inicia o processo de reparação e influencia o processo de dor. Os mediadores inflamatórios e os nociceptores (receptores de dor) periféricos interagem em resposta à lesão. Desta forma a bandagem intervém nesse processo, diminuindo assim os sintomas. Com o efeito mecânico da bandagem funcional, diminuindo o edema por compressão, a redução da inflamação também será mediada pela ativação dos nociceptores periféricos.

Medula Espinhal As técnicas de bandagens podem também exercer seus efeitos moduladores à nível de medula espinhal. Estudos mostram especulações que o sistema nervos central poderá sofrer ativação através de proprioceptores musculares, usando os gatilhos de dor, reduzindo a ação dos nociceptores, portanto diminuindo a dor. Desta forma o mecanismo espinhal irá fornecer esses estímulos para a melhora do paciente/atleta.

Sistema Nervoso Central No contexto da bandagem funcional, a ativação ou uso dos mecanismos supraespinhais são aumentados pelo clínico através da explicação da eficácia desta aplicação e encorajamento de exercícios ativos logo após a lesão. Desta forma observamos que quaisquer aplicações, sendo bandagens ou terapias manuais, irão fornecer segurança para que o paciente e/ou atleta realize suas atividades com melhor desempenho.

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CAPÍTULO

4 4. APLICAÇÃO CLÍNICA / AVALIAÇÃO 4.1. Avaliação A avaliação antes de qualquer aplicação será imprescindível, pois só assim o profissional poderá direcionar para qual técnica irá usar. Durante esse exame clínico o profissional deverá saber todas as atividades exercidas pelo paciente/atleta, pois se o mesmo realizar as funções com dor, a aplicação terá que ser realizada, pedindo ainda em avaliação a execução no movimento para que possa ser visualizado a melhora ou não da dor e performance. Nos casos de lesões crônicas, a biomecânica e anatomia deverá ser muito bem analisada, pois só assim a bandagem rígida irá ter melhor resultado. Usar a bandagem com restrições e orientações durante os exercícios nos casos de dor, liberando os paciente/atleta aos poucos. Ao avaliar o paciente, o profissional terá que escolher a melhor técnica de aplicação e não esquecer da tensão aplicada por ele. Tipos de tensão: - 20% de tensão: estimula o músculo - 50 a 70% de tensão: diminui edema (aumentando espaço entre as camadas da pele) - 100% de tensão: realiza o deslocamento das estruturas

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CAPÍTULO

5 5. PRINCÍPIOS DA APLICAÇÃO 

Explicar o propósito da aplicação ao paciente: após uma avaliação minuciosa e correta, a bandagem irá tratar a incapacidade e o impedimento do paciente, desta forma tendo como resposta positiva o tratamento da patologia instalada.



Preparação da pele do paciente: 1. Tricotomia (a retirada total dos pelos, um dia antes, da área a ser aplicada a bandagem irá facilitar a aderência e aumentar a resposta ao tratamento); 2. Limpeza da pele (usar álcool 70% ou pano umedecido em água quente para retirar a oleosidade do local. Desta forma diminuindo a possibilidade de alergia. 3. Para realizar a remoção, tire a bandagem vagarosamente rolando-a sobre si mesmo. Não puxar com rapidez para não provocar lesão. 4. Após retirar a bandagem, friccionar a pele com álcool, para ajudá-la a se fortalecer novamente.



Posicionamento do paciente: após a avaliação o profissional que irá aplicar a bandagem deverá escolher sua conduta e tipo de aplicação, para que posicione o corpo do paciente/atleta de forma que se mantenha em postura sem perder o foco. Se necessário, manter a posição com a outra mão.



Seguir o contorno do corpo: respeitar o contorno do corpo de cada paciente/atleta, mantendo a bandagem lisa, sem frisos.



Aplicar a bandagem de forma oblíquo, não realizando a aplicação circunferencial, pois a essa poderá causar dificuldade na função vascular e linfática.

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Tipos de pressão: ao escolher a melhor bandagem a ser aplicada no paciente, não deixar ao esquecimento a pressão a ser aplicada. Lembrar que para cada tipo de bandagem existe uma forma de pressão.



Aumentar a aérea de contado da bandagem, sendo assim diminuir a pressão. Ex: usar mais que 1 feixe para distribuir a força nos casos de bandagens funcionais.



Reavaliar o paciente/atleta, considerando o movimento da parte corporal a ser tratada. Lembrando sempre que ao diminuir a dor, iremos aumentar o movimento. Esse benefício terá de ser imediato.



Após a aplicação, reforçar os cuidados que o paciente/atleta terá que ter com a pele, prevenindo irritações. Após o banho, o mesmo deverá secar a bandagem com toalha e se possível, usar o secador de cabelos para que a função da técnica não seja comprometida.

Minimizando riscos



Cuidados com problemas potenciais: áreas do corpo com pele mais fina e sensível estará mais susceptível às irritações causadas pela bandagem. Faces mediais de cotovelos ou joelhos e a superfície anterior do ombro podem apresentar esse tipo de problema.



Caso ocorra o quadro alérgico, o paciente poderá necessitar de cremes à base de cortisona na área afetada. Isto precisará ser aplicado pelo médico.



Indivíduos com a pele vermelha irão sofrer com maior frequência irritações nas áreas aplicadas.



Pessoas com artrite reumatoide e outras doenças inflamatórias podem ser mais sensíveis à bandagem.

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CAPÍTULO

6 6. BANDAGEM ELÁSTICA (KINÉSIO) Conhecida como bandagem KinésioR, a mesma foi desenvolvida pelo quiroprata, Kenzo Kase, nos finais dos anos 80 e vem tendo um crescimento nas aplicações desde então. De natureza extremamente elástica, este tipo de bandagem atua promovendo estímulos sensoriais e mecânicos duradouros e constantes, mantendo assim a comunicação com tecidos mais profundos através de diversos receptores encontrados na epiderme, derme e outros. A tensão aplicada nesse tipo de técnica deve ser respeitada. Lembrando sempre que em suas extremidades NÃO haverá tensão, sendo assim aplicada somente no meio da faixa elástica.

Zona Terapêutica (força para elasticidade mantida)

Colar sem pressão

Colar sem pressão

Orientação das tensões durante a aplicação: Quando a bandagem é aplicada no sentido da origem do músculo para a inserção, teremos um efeito excitatório, já quando aplicamos a tensão no sentido inserção para origem o efeito será dito como inibitório.

Origem à inserção / Proximal para distal: excita o músculo Inserção para origem /Distal para proximal: inibe o músculo 14

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Pensando desta forma, através de uma avaliação e analise anterior feita no paciente/atleta poderemos aplicar a bandagem com a intensão de diminuir a dor ou melhorar o empenho muscular do mesmo. O local a ser aplicado deverá estar em alongamento completo, desta forma mantendo a posição, podendo ocorrer o uso de mecanismos externos para...


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