Deformidades angulares e rotacionais dos MMII PDF

Title Deformidades angulares e rotacionais dos MMII
Course Ortopedia
Institution Universidade Federal do Maranhão
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Deformidade dos membros...


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Deformidades angulares e rotacionais dos MMII As modificações do alinhamento dos MMII durante os primeiros seis anos de vida são, na grande maioria, fisiológicas, pelo que apenas uma escassa minoria dos casos necessita de tratamento ortopédico;           A) o o B) o

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Joelhos em varo: joelhos afastados com os tornozelos em contato; Joelhos em valgo: os joelhos aproximam-se da linha média e as pernas ficam divergentes, com um exagerado afastamento dos tornozelos; Importante: no final do crescimento, o varo é mais frequente nos homens, enquanto que o valgo é mais frequente nas mulheres; Fisiopatologia: Fisiológico: Posição intra-uterina  criança com os membros sobrepostos e enrolados um sobre o outro  deformidade em varo dos MMII, associada a uma rotação interna das tíbias e a uma anteversão dos colos do fêmur; Nos primeiros anos, fruto da ação muscular, a deformidade vai corrigindo espontaneamente, ajudada pelo hipercrescimento do côndilo femoral interno (cerca de 2 anos de idade); Vê-se um varismo dos 0-1,5/ou 2 anos de idade e um valgismo de 2-5 anos de idade (pico aos 3 anos); Não fisiológico: Alterações biomecânicas mantidas e progressivamente agravadas  desequilíbrio das forças exercidas a nível do joelho  sobrecarga do componente interno (varo) ou do externo (valgo); Geno varo: Idiopático: observam-se casos de geno varo persistente após o 2° ano de vida, com angulação significativa, mas que corrigem espontaneamente após 1-2 anos de evolução. Epífises radiologicamente normais; Secundário: é mais frequente dos 3 aos 10 anos. Pode ser causado por raquitismo, tíbia vara ou doença de Blount, artrite inflamatória, epifiodeses assimétricas e poliomielite; Geno valgo: Idiopático: é mais comum em adolescentes; coexiste, geralmente, com dor anterior e interna do joelho, associada a uma marcha com necessidade de um joelho contornar o outro e, por vezes, com instabilidade patelo-femoral. Não corrige espontaneamente, requerendo tratamento cirúrgico; Secundário: mais comum dos 3 aos 10 anos. Pode ser causado por raquitismo, displasias ósseas, síndrome de Down, neurofibromatose, síndrome de Marfan, fratura proximal da tíbia, poliomielite, etc; Semiologia clínica: História clínica: motivo da consulta, história natural das queixas, deformidades e progressão; Deformidades assimétricas devem ser sempre valorizadas, pois traduzem existência de patologia subjacente; Varismo progredindo após os 2 anos não é fisiológico, e valgismo progredindo após os 4 anos também não; Pesquisar, ainda, antecedentes pessoais (dieta, doenças prévias, antecedentes traumáticos) e antecedentes familiares; Exame físico: Peso e altura, deformidade localizada ou generalizada, dismetria dos MMII; Hiperlaxidão ligamentar: geno valgo que aumenta em carga; Joelhos que roçam na marcha (marcha em circundão), gonalgia no compartimento medial e anterior em carga; Casos mais graves: luxação da rótula e fraturas ósteo-condrais; Avaliação dos desalinhamentos rotacionais dos MMII: aumento da anteversão femoral, rotação tibial interna (pseudo geno valgo), pé plano valgo e rotação externa da tíbia compensada com o geno valgo; Fatores associados a cada tipo de desvio: Geno varo: habitualmente, crianças com cerca de 2-3 anos e com: Raquitismo; Doença de Blount: neste caso particular consegue-se palpar um bico ósseo no lado interno, correspondente à proeminência da metáfise proximal da tíbia; Geno valgo: frequentemente, crianças com cerca de 4-6 anos e com: Baixa estatura, traumatismo prévio, história de infecção, doença metabólica; Quando há assimetria importante, sugere situação patológica;

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Exames complementares de diagnóstico: Imaginológico, laboratoriais (estudo do metabolismo fosfo-cálcico); Classificação: Geno varo: Classificação de Langenskiold da doença de Blount em 6 graus. Trata-se de uma classificação radiográfica que nos indica o prognóstico. A partir do grau III existem repercussões futuras em termos de crescimento, pelo que esta doença obriga a um tratamento precoce; Geno valgo: distância intermaleolar normal < 2cm; Leve = 2-5 cm; Moderado = 5-9 cm; Grave > 9 cm; Tratamento: Deformidades fisiológicas: não carecem de tratamento; Geno varo não fisiológico: Doença de Blount: cirurgia a partir do grau III da doença; Geno valgo não fisiológico: Idiopático: se sintomático, alterações na marcha, dificuldade na corrida, gonalgia, mau alinhamento patelar, instabilidade ligamentar; Secundário: a necessidade de tratamento é frequente; Tipos de tratamento: Conservador: tratamento de estados carenciais (raquitismo), com órteses e fisioterapia. Pode ser usado em associação ao tratamento cirúrgico; Cirúrgico: Hemiepifisiolidese temporária: paragem provisória do crescimento de um dos lados da cartilagem de crescimento, através do uso de grampos ou placas/parafusos;  Em doentes sintomáticos, com crescimento;  DIM > 5 cm depois dos 8 anos de idade Hemiepifisiolidese definitiva: paragem definitiva do crescimento ósseo por brocagem percutânea da cartilagem de crescimento ou cirurgia invasiva;  No final do crescimento; Osteotomia corretiva da deformidade;  Quando o paciente já parou de crescer;...


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