Ementa - Introducao ao Estudo da Historia PDF

Title Ementa - Introducao ao Estudo da Historia
Author MÁRCIO RIOS LIMA SILVA
Course Introdução ao Estudo da história
Institution Universidade Federal da Bahia
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Programa da disciplina Introdução ao Estudo da História (UFBA)...


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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - UFBA FACULDADE DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA SEMESTRE: 2017.2 CARGA HORÁRIA: 68 h PROGRAMA DE DISCIPLINA CÓDIGO NOME DA DISCIPLINA FCH 024 INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA HISTÓRIA PROFESSOR CARLOS ZACARIAS DE SENA JÚNIOR EMENTA Estuda conceitos e problemas teóricos e metodológicos fundamentais para a produção do conhecimento histórico, exemplificados através da história da historiografia nas grandes linhas, da antiguidade à contemporaneidade. OBJETIVOS - Compreender a História e suas interfaces com a memória como espaço de disputa pelo passado; - Identificar o desenvolvimento da História como campo específico de conhecimento e sua relação com a verdade; - Refletir sobre a escrita da história; - Analisar a concepção de histórica que aponta o paradigma científico como indiciário; - Refletir sobre os desafios teóricos e os caminhos metodológicos do conhecimento histórico contemporâneo. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1. Introdução ao estudo da História: a História como campo de batalha; 1.1 O presente, a história e memória; 2. Objeto, escrita e problema da verdade no conhecimento histórico; 2.1. O historiador: um mestre da verdade; 2.2 O fato histórico; 2.3 A escrita da História; 2.4 O paradigma indiciário; 3. Desafios teóricos e questões metodológicas do conhecimento: o debate entre historiadores e cientistas sociais; 3.1 Teóricos e historiadores; 3.2 Marx versus Weber: História ou teleologia? 3.3 Levi-Strauss versus Braudel: estruturalismo ou longa duração? 3.4 Thompson versus Althusser: história ou lógica? METODOLOGIA Aulas expositivas com bibliografia específica para leitura, análise e fichamentos de textos. Exibição de filmes com debates em classe. AVALIAÇÃO A avaliação constará do fichamento de 10 textos selecionados (3 pts.), de uma atividade em sala (1 pt.) e de um seminário (6 pts.).

LEITURAS OBRIGATÓRIAS

Introdução ao estudo da História: a história como campo de batalha TRAVERSO, Enzo. “Introducción: escribir la historia en el cambio del siglo”. In: La historia como campo de batalla. Interpretar las violencias del siglo XX. Buenos Aires, Fondo de Cultura Económica, 2012, p. 11-34. BENJAMIN, Walter. “Sobre o conceito da história”. In: Obras escolhidas: Magia e Técnica, arte e política. 7 ed. São Paulo, 1994, p. 222-232.

Objeto, escrita e problema da verdade no conhecimento histórico DOSSE, François. “O historiador: um mestre da verdade”. In: A História. Bauru, SP: EDUSC, 2003, p. 13-46. CARR, E. H. “O historiador e seus fatos”. In: Que é história? 6 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, p. 11-29. PROST, Antoine. “A história se escreve”. In: Doze lições sobre a história. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2008, p. 235-252. GINZBURG, Carlo. “Sinais: raízes de um paradigma indiciário”. In: Mitos, emblemas e sinais. Morfologia e história. São Paulo: Companhia das Letras, 1991, p. 143-180. VOLTAIRE, “Zadig ou o destino, história oriental”. In: Contos. São Paulo: Círculo do Livro, 1995, p. 9-75.

Desafios teóricos e questões metodológicas do conhecimento: o debate entre historiadores e teóricos sociais BURKE, Peter. “Teóricos e historiadores”. In: História e teoria social. São Paulo: Edunesp, 2002, p. 11-37. WOOD, Ellen Meiksins. “História ou teleologia: Marx versus Weber”. In: Democracia contra o capitalismo: a renovação do materialismo histórico. São Paulo: Boitempo, 2011, p. 129-154. LÉVI-STRAUSS, Claude. “Introdução: História e Etonologia”. In: Antropologia estrutural. 6 ed. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 2003, p. 13-41. BRAUDEL, Fernand. “História e Ciências Sociais: a longa duração”. In: Escritos sobre a história. 2 ed. São Paulo: Perspectiva, 1992, p. 41-78. MARTÍN, Pedro Benítez. Thompson versus Althusser. Crítica Marxista, n. 39, p. 129-139, 2014. ALTHUSSER, Louis. “A transformação da filosofia”. In: A transformação da filosofia seguido de Marx e Lénine perante Hegel. Lisboa: Editorial Estampa, 1981, p. 9-60. THOMPSON, Edward P. “Intervalo: a lógica histórica”. In: A miséria da teoria ou um planetário de erros: uma crítica ao pensamento de Althusser”. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1981, p. 47-62.

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BARROS, José D’Assunção. O campo da história. Especialidades e abordagens. 6 ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009. BIANCHI, Álvaro. Arqueomarxismo. Comentários sobre o pensamento socialista. São Paulo: Alameda, 2013. BORGES, Vavy Pacheco. O que é História. 4 ed. São Paulo: Brasiliense, 1998. BURKE, Peter. A escola dos Annales, 1929-1989. A Revolução Francesa da Historiografia. São Paulo: Ed. da UNESP, 1997. ------------------ (Org.). A escrita da história: novas perspectivas. 2 ed. São Paulo: Edunesp, 1992. CARDOSO, Ciro F.; VAINFAS, Ronaldo (Org.). Domínios da história: ensaios de teoria e metodologia. Rio de Janeiro: Campus, 1997. CERTEAU, Michel de. A escrita da história. 2 ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2002. COLLINGWOOD, R. G. A idéia de história. 7 ed. Lisboa: Editorial Presença, 1989. DOSSE, François. A história à prova do tempo: da História em migalhas ao resgate do sentido. São Paulo: Editora UNESP, 2001. ---------------------. A História em migalhas: dos “Annales” à “Nova História”. São Paulo: Ensaios, 1992. ---------------------. História e Ciências Sociais. Bauru, SP: EDUSC, 2004. FONTANA, Josep. História: análise do passado e projeto social. Bauru-SP: EDUSC, 1998. FOUCAULT, Michel. As palavras e as coisas. Uma arqueologia das ciências humanas. 8 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2002. GARDINER, Patrick. Teorias da História. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1984. GINZBURG, Carlo. A micro-história e outros ensaios. Lisboa: Difel, 1989. GRAMSCI, Antonio. Cadernos do cárcere. Introdução ao estudo da filosofia. A filosofia de Benedeto Croce. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1999. HARTOG, François. Os antigos, o passado e o presente. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2003. --------------------. Regimes de historicidade. Presentismo e experiências do tempo. Belo Horizonte: Autêntica, 2014. HOBSBAWM, Eric. Sobre história. Ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 1998. KOSELLECK, Reinhart. Futuro passado. Contribuição à semântica dos tempos históricos. Rio de Janeiro: Contraponto, Editora PUC-Rio, 2006.

LE GOFF, Jacques. História e Memória. 5. ed. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2003. -----------------------; Nora, Pierre (Org.). História: Novos problemas, novas abordagens, novos objetos. 2 ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1979, 3 vols. LÉVI-STRAUSS, Claude. “Raça e História”. In: CAMAS, Juan et. all. Raça e ciência I. São Paulo: Perspectiva, 1970, p. 231-269. LÖWY, Michael. Walter Benjamin: aviso de incêndio. Uma leitura das teses “Sobre o conceito de história”. São Paulo: Boitempo, 2005. ----------------------. A jaula de aço. Max Webber e o marxismo weberiano. São Paulo: Boitempo, 2014. MARTINS, Estevam de Rezende (Org.). História pensada. Teoria e método na historiografia europeia do século XIX. São Paulo: Contexto, 2015. MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. A ideologia alemã. Crítica da mais recente filosofia alemã em seus representantes Feuerbach, B. Bauer e Stirner, e do socialismo alemão em seus diferentes profetas. 1845-1846. São Paulo: Boitempo, 2007. ----------------------. Manifesto comunista. São Paulo: Boitempo, 2007. MARX, Karl. O 18 Brumário e cartas a Kugelman. 6 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997. MELO, Demian Bezerra de (Org.). A miséria da historiografia. Uma crítica ao revisionismo contemporâneo. Rio de Janeiro: Consequência, 2014. MOMIGLIANO, Arnaldo. As raízes clássicas da historiografia moderna. Bauru, SP: EDUSC, 2002. ROUSSO, Henry. A última catástrofe. A história, o presente, o contemporâneo. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2016. SCHAFF, Adam. História e verdade. 4 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1987. SENA JÚNIOR, Carlos Zacarias de. A dialética em questão: considerações teórico-metodológicas sobre a historiografia contemporânea. Revista Brasileira de História. São Paulo, v. 24, nº 48, p. 3972, 2004. --------------------------. “Revisão e revisionismo na historiografia brasileira contemporânea”. In: GODINHO, Paula; FONSECA, Inês; BAÍA, João. (Coord.). Resistência e/y memória: perspectivas ibero-americanas [E-book]. Lisboa: IHC-FCSH/UNL, 2014, p. 325-338. SENA JÚNIOR, Carlos Zacarias de; MELO, Demian Bezerra de; CALIL, Gilberto Grassi (Org.). Contribuição à crítica da historiografia contemporânea. Rio de Janeiro: Consequência, 2017. SELL, Carlos Eduardo. Max Weber e a racionalização da vida. Patrópolis-RJ: Vozes, 2013. THOMPSON, Edward P. As peculiaridades dos ingleses. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2002. VEYNE, Paul. Como se escreve a história. Foucault revoluciona a história. EDUNB, 1982.

WILSON, Edmund. Rumo à estação Finlândia: escritores e atores da história. São Paulo: Companhia das Letras, 1986. FILMOGRAFIA Utopia e barbárie – Sílvio Tendler (BRA, 2005/2010); Negação – Mick Jackson (GB/EUA, 2016); Narradores de Javé – Eliane Caffé (BRA, 2003); O nome da Rosa – Jean-Jacques Annaud (FRA/ITA/ALE, 1986);

O jovem Karl Marx – Raoul Peck (ALE/FRA/BEL, 2016).

CALENDÁRIO DE PROGRAMAÇÃO DAS ATIVIDADES 10/10 – Apresentação do professor e dos(as) alunos(as); 17/10 – Discussão do programa e do calendário de atividades; Congresso da UFBA; 19/10 – Introdução ao estudo da História: a História como campo de batalha (Utopia e barbárie); 24/10 - Introdução ao estudo da História: a História como campo de batalha (Traverso); 26/10 – Introdução ao estudo da História: a História como campo de batalha (Traverso); 31/10 – O presente, a história e a memória (Benjamin); 07/11 – O historiador: um mestre da verdade (Dosse); 09/11 – O historiador: um mestre da verdade (Dosse); 14/11 – O fato histórico (Carr); 16/11 – O fato histórico (Carr); 21/11 – V Seminário de História Política (SEHPOLIS); 23/11 – V Seminário de História Política (SEHPOLIS); 28/11 – O fato histórico (exibição do filme Negação); 30/11 – Atividade de classe; 05/12 – A escrita da História (Prost); 07/12 – A escrita da História (Narradores de Javé);

12/12 – O paradigma indiciário (Ginzburg); 14/12 – O paradigma indiciário (Ginzburg); 19/12 – O paradigma indiciário (O nome da Rosa); 21/12 – O paradigma indiciário (Voltaire); 04/01 – Teóricos e historiadores (Burke); 16/01 – Teóricos e historiadores (Burke); 18/01 – Teóricos e historiadores (O jovem Karl Marx); 23/01 – Marx versus Weber: História ou teleologia? (seminário 1 - Marx) 25/01 – Marx versus Weber: História ou teleologia? (seminário 2 - Weber) 30/01 – Levi-Strauss versus Braudel: estruturalismo ou longa duração? (seminário 1 – Levi-Strauss) 01/02 – Levi-Strauss versus Braudel: estruturalismo ou longa duração? (seminário 2 Braudel) 15/02 – Thompson versus Althusser: história ou lógica? (seminário 1 - Althusser); 20/02 – Thompson versus Althusser: história ou lógica? (seminário 2 - Thompson); 22/02 Último dia de aula....


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