Esôfago de Barret PDF

Title Esôfago de Barret
Course Citologia/Histologia
Institution Universidade Estadual de Montes Claros
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Características Esôfago de Barret ...


Description

Resumo – Esôfago de Barret A histologia do esôfago se dá pelo epitélio pavimentos estratificado, com presença de glândulas mucosas. Existe, entretanto, uma patologia denominada esôfago de Barret (EB), na qual esse epitélio sofre metaplasia, tornando-se mais suscetível ao desenvolvimento de câncer. Passa-se a ter, portanto, na porção distal do esôfago, um epitélio colunar metaplásico , que irá se desenvolver devido a lesões no epitélio, podendo ser provenientes da acidez causada por problemas como o refluxo gastroesofágico crônico. A consequente regeneração dessas lesões pode acontecer através de células-tronco subepiteliais ou submucosas, tornando o epitélio isento de células especializadas ou então através da transdiferenciaçao , que diz que o desenvolvimento se dá a partir de células basais do próprio epitélio escamoso. Ademais, a metaplasia ocorre como uma resposta ao refluxo, tornando o epitélio mais resistente com células caliciformes, o que se associa à diminuição da inflamação. Após a substituição de tecido epitelial pavimentoso estratificado pelas células epiteliais colunares, ocorre o processo de instestinalizaçao do epitélio colunar, que aumentará em extensão, podendo ser de 3 tipos, de acordo com alguns autores: juncional (com células colunares e glândulas mucosas, também podendo ser considerado como normal na região do estômago proximal por outros autores), fúndico gástrico (células parietais e principais) e o tipo especializado/metaplasia intestinal (células caliciformes). O EB pode ser identificado por meio de endoscopia e ser confirmado por meio de análise histopatológica. A substituição da mucosa escamosa (fisiológica) pela mucosa colunar é observada através da cor característica rosa-salmão e do novo aspecto, agora aveludado. Existe também o ponto de referência da junção gastroesofágica (mais proximal das pregas gástricas) e a junção escamocolunar (união do epitélio escamoso pálido e brilhante com o colunar vermelho aveludado). O EB pode variar em extensão de acordo com essas junções. A endoscopia, entretanto, não permite identificação das células caliciformes, mostrando a importância da análise histológica. Existem tipos histológicos diferentes de EB. Há a metaplasia intestinal, que pode estar tanto no esôfago quanto no estômago por meio da H. pylori, sendo classificada em tipo I, com criptas retas e regulares revestidas por células colunares absortivas, células caliciformes e células de Paneth e tipo II, com criptas irregulares com células caliciformes produtoras de sialomucinas . Há também o não displásico,, caracterizado por células caliciformes (com citoplasma distendido preenchido por mucinas ácidas) e células colunares azuis, da superfície epitelial, sendo que essa mucosa está intacta, apresentando glândulas redondas/ovais sem ramificações, circundadas por estroma rico em tecido conjuntivo frouxo. No EB, podem acontecer alterações do estroma, como a duplicação e fragmentação da camada muscular da mucosa (MM), aumento no número de vasos e alterações nas células inflamatórias que o constituem. Essa duplicação da MM pode dividir a mucosa em lâmina própria interna, MM interna, lâmina própria externa e MM externa. Na distinção entre EB e e metaplasia da cárdia, pode ser possível observar nesse último tecido a presença de células pseudocaliciformes, sendo possível também a diferenciação por meio de imunoistoquímicas. Existe um outro tipo, o adenocarcinoma, que seria uma progressão da displasia, a qual por diagnóstico histológico possui alterações citológicas como depleção de mucinas, perda de células caliciformes, dentre outras; e morfológicas, com alterações pré malignas. Apesar do consenso do EB como a presença de epitélio colunar com células caliciformes, existem divergências quanto ao diagnóstico. Abrangendo a definição e considerando as células clunares não

caliciformes, iria aumentar bastante o número de casos de EB. Há, portanto, a necessidade de pesquisas mais aprofundadas a fim de que as controvérsias na definição dessa patologia sejam melhor esclarecidas...


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