Estratégia PICO - Anotações da aula ministrada pelo professor Pedro, docente do curso de medicina PDF

Title Estratégia PICO - Anotações da aula ministrada pelo professor Pedro, docente do curso de medicina
Author Laís Ferro
Course Bases Científicas da Medicina III
Institution Centro Universitário Cesmac
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Anotações da aula ministrada pelo professor Pedro, docente do curso de medicina do CESMAC. ...


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CENTRO UNIVERSITÁRIO CESMAC



Avaliação BASES CIENTÍFICAS DA MEDICINA III

Laís Ferro Barros

PRÁTICA BASEADA EM EVIDÊNCIAS É um método de resolução de problemas que incorpora a melhor evidência científica disponível, a experiência clínica e os valores e preferências dos pacientes. O alicerce da prática baseada em evidências é a MBE (Medicina Baseada em Evidências). Uso consciencioso, explicito e criterioso da melhor evidência disponível para a tomada de decisão sobre o cuidado individual de pacientes. Integração da competência clínica individual com a melhor evidência externa disponível.

Os quatro princípios fundamentais para estruturar a MBE são: a identificação da questão clínica que suscita dúvida, a realização de revisões sistemáticas de publicações

científicas contemporâneas, a análise crítica das evidências encontradas nos artigos e, finalmente, a ação de implementar, na prática clínica, a decisão validada pelas revisões sistemáticas. ETAPAS DA PBE 1) Formulação de uma questão (clínica) no formato que proporcionará a melhor e mais relevante evidência; 2) Busca da melhor e mais relevante evidência para a resposta da questão; 3) Avaliar criticamente a evidência em relação à validade, relevância e aplicabilidade; 4) Integração da evidência com a competência clínica do profissional, avaliação das condições do paciente e dos recursos de saúde disponíveis junto com os valores e as preferências do paciente para a implementação da decisão clínica; 5) Avaliação da mudança resultante da implementação da evidência na prática. REVISÃO SISTEMÁTICA A revisão sistemática é um importante recurso da PBE. É um tipo de estudo secundário que reúne de forma organizada resultados de pesquisas clínicas de boa qualidade, de modo a facilitar as decisões clínicas. *Pode ou não ser acompanhada de matanálise (método estatístico somatório dos resultados de dois ou mais estudos primários).

Características  Tem um projeto;  Visa buscar toda a informação (mapeamento);  Sintetiza resultados semelhantes;  Pode ser reproduzida ou criticada. A crítica pode ser incorporada em sua publicação eletrônica;  Visa evitar duplicação de esforços;  Pode ser facilmente atualizada. A pergunta crítica tem como objetivo colaborar com a prática clínica e definir prioridades de pesquisa clínica e em políticas de saúde. Sua execução baseia-se em métodos sistemáticos, numa sequência de passos recomendados pela Centre for Review and

Dissemination e pela Colaboração Cochrane. Esta última é uma organização internacional que tem como objetivos preparar, manter e assegurar acesso a revisões sistemáticas sobre efeitos de intervenções na área de saúde. O método de uma Revisão Cochrane: 

Definição do tema e seu registro junto ao grupo específico do assunto = evitar duplicação de esforços;



Um protocolo é preparado, discutido e checado por revisores do grupo específico e só então publicado.

A partir do protocolo, os autores fazem a revisão que segue a seguinte estrutura: introdução (panorama do conhecimento, definições, etiologia, impacto e intervenções); objetivos e justificativa. O método inclui: critérios de inclusão, exclusão, tipo de participantes, intervenções e desfechos primários e secundários. A estratégia de pesquisa visa buscar toda a informação, independente de idioma, em bases eletrônicas, nas referências de artigos, em comunicação pessoal com os principais autores e por meio de busca manual. Dois revisores independentes definem a inclusão dos artigos. Nos artigos incluídos, faz-se a extração de dados, (ano, método, participantes, intervenção e desfechos). Depois, seguem-se a avaliação de qualidade dos estudos (sigilo de alocação, mascaramento, seguimento e ITT), a análise, a apresentação e a interpretação dos dados. Por último, são apresentadas as conclusões, juntamente com as implicações para a prática e para a pesquisa. Podem ser criticadas e a crítica será incorporada à publicação. A revisão sistemática pode apresentar resultados conclusivos favoráveis ou desfavoráveis a uma determinada intervenção, ou ainda ser inconclusiva, no caso de não haver estudos de qualidade suficiente para referendar ou refutar qualquer intervenção. NÍVEIS DE EVIDÊNCIA Evidência é o conhecimento resultante de uma série de pesquisas. Sabendo disso, é importante elencar os níveis de evidência.

Os níveis de evidência são hierarquizados de acordo com o grau de confiança dos estudos que está relacionado à qualidade metodológica dos mesmos. Assim, no topo da pirâmide está a revisão sistemática da literatura. Confira na sequência os ensaios clínicos randomizados (com mais de mil pacientes e com menos de mil pacientes), os estudos coorte, caso-controle, série de casos , relato de casos, e por último, opinião de especialistas e pesquisas em animais ou in vitro. Nível I: a. Revisão sistemática de ECR b. Revisão sistemática de ensaios não randomizados Nível II: a. ECR individual b. Ensaio não randomizado Nível III: Revisão sistemática de estudos de correlação/observação Nível IV: Estudo de correlação/observação Nível V: Revisão sistemática de estudos descritivos, qualitativos, fisiológicos Nível VI: Estudo descritivo, qualitativo, fisiológico individual Nível VII: Opiniões de autoridades, comitês de especialista.

Para cada condição, pode ser necessária ou possível a escolha de cada um desses estudos. Cada desenho tem suas vantagens e limitações. Entretanto, é fundamental saber até onde se pode aplicar os resultados de cada um deles. O estudo pode ter somente a função de descrever um caso clínico raro (relato de caso) ou de comparar intervenções com resultados significantes favoráveis a uma intervenção numa população definida, semelhante a sua população clínica. Nesse caso é possível utilizar aquela intervenção e esperar resultados semelhantes. COMPONENTES DA PERGUNTA – PICO P – Participantes Quais os tipos de participantes? I – Intervenções Quais os tipos de intervenções? 

Tratamento, tipo de teste diagnóstico, tipo de agente causador, tipo de fator de prognóstico.

C – Comparação Grupo com o qual os participantes escolhidos serão comparados.

*Geralmente não entram na pergunta.

O – Outcomes (Resultados) 

Para o tratamento: incluem todos os resultados importantes para as pessoas que tomam decisões definirem o sucesso da terapia;



Para o prognóstico: o resultado é o ponto final escolhido da doença.



A mortalidade / sobrevivência; período livre de doença; qualidade de vida; absenteísmo ao trabalho; deficiência/duração e gravidade da doença; dor.

EX.: Um programa de TV tem destacado um hospital em numa cidade dos EUA em que uma unidade de AVC foi criada, especializada no tratamento de pacientes que sofreram acidentes vasculares cerebrais. O hospital Esperança quer saber sobre a eficácia das unidades de AVC em termos de vidas salvas antes de decidir investir em uma. P = Pacientes que sofreram AVC I = Unidades de AVC

As unidades de AVC salvam vidas?

C = Hospital com cuidados normais O = Vidas salvas. Ex.: A tosse aguda é um motivo comum para os pacientes consultarem o seu médico de família. As causas da tosse aguda variam muito. O tratamento muitas vezes inclui antibióticos. A eficácia dos antibióticos é questionável e tem havido uma grande preocupação sobre a resistência bacteriana a partir de excesso de prescrição. P = Pacientes com tosse aguda I = Uso de antibióticos

Os antibióticos são eficazes na

C = Pacientes que não utilizaram antibióticos

melhora do quadro em pacientes

O = Duração e gravidade da doença

com tosse aguda?...


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