Exame Físico Abdominal - Inspeção%2c ausculta e percussão PDF

Title Exame Físico Abdominal - Inspeção%2c ausculta e percussão
Course Programa da Prática Médica I
Institution Universidade do Oeste Paulista
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anotações de aula...


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INSPEÇÃO, AUSCULTA E PERCUSSÃO ABDOMINAL 1.INTRODUÇÃO A dor abdominal pode significar muitas coisas (colecistite aguda, úlcera péptica, cólica biliar, coledocolitíase, aneurisma dissecante, pneumonia de base, enfarte inferior, perfuração víscera oca, isquemia intestinal) de situações mais amenas até situações mais graves, por isso é importante um exame físico bem detalhado. O diagnóstico da dor abdominal é extremamente complexo, grande número de estruturas podem ser afetadas e existe um grande número de doenças com sintomas semelhantes. Logo, a dor abdominal é potencialmente grave e pode levar à morte do paciente. 70% dos diagnósticos gastroenterológicos são feitos com a história clínica do paciente e 90% estão associados ao exame físico abdominal. Frequentemente, exames complementares são feitos desnecessariamente e podem até confundir no diagnóstico. 2.EXAME ABDOMINAL Sequência do exame: 1° Inspeção (estática e dinâmica) 2° Ausculta 3° Percussão 4° Palpação (superficial e profunda) DIVISÃO TOPOGRÁFICA DO ABDOME - Dividido em 4 quadrantes por duas linhas: (1) linha vertical – liga o apêndice xifoide à sínfise púbica; (2) linha horizontal – cruza a linha vertical, perpendicularmente, à altura do umbigo. Essas duas linhas formam os quadrantes superiores direto e esquerdo e os quadrantes inferiores direito e esquerdo. - Dividido em 9 regiões por três linhas horizontais e duas linhas verticais. Linhas horizontais: (1) linha passando pela 6ª cartilagem costal e apêndice xifoide; (2) linha passando no cruzamento do rebordo costal com a linha hemiclavicular; (3) linha unindo as cristas ilíacas. Linhas verticais: (1) prolongamento da linha hemiclavicular até a sínfise púbica. ABORDAGEM GERAL PARA O EXAME FÍSICO - Boa iluminação - Paciente tranquilo e relaxado - Exposição total da região

- Bexiga vazia - Decúbito dorsal (lateral ou em pé) - Braços ao lado do corpo e pernas não cruzadas - Região dolorosa, examinar por último - Aquecer as mãos - Examinar do lado direito - Distrair o paciente se necessário. 1° INSPEÇÃO DO ABDOME - INSPEÇÃO ESTÁTICA Tipos de abdome: normal levemente abaulado e simétrico; ventre em batráquio; distendido/globoso; em avental; escavado ou retraído; gravídico; em tábua; atípico. Cicatriz Umbilical: protusão, hérnia, nódulo, plana. Também deve-se observar: abaulamentos, retrações, cicatrizes, distribuição anormal de pelos, turgência venosa, fístulas enterocutâneas. - INSPEÇÃO DINÂMICA Abaulamentos: manobra de Smith-Bates ou Carnet – para diferenciar abaulamentos de parede dos intra-abdominais. Respiração: utiliza o abdome; contratura muscular durante a inspiração. Movimentos Peristálticos: localização/sentido Pulsações 2° AUSCULTA DO ABDOME OBJETIVOS: avaliar o estado da mobilidade intestinal, pesquisar a presença de sopros vasculares na aorta e seus ramos principais. TÉCNICA: utilizar o diafragma do estetoscópio, auscultar durante um minuto em um ou dois pontos. - Ruídos Hidroaéreos (RHA) . presente nos quatro quadrantes . auscultar por pelo menos 3 minutos cada quadrante para ausência de peristalse. . peristalse normal, aumentada, diminuída ou ausente

. peristalse de luta (obstrução): ruído de alta intensidade e frequência, podendo chegar ao timbre metálico. - Os ruídos (RHA) são ouvidos no abdome pelo deslocamento de líquidos e gases na luz intestinal. Ruídos aumentados  diarreia, oclusão intestinal Ruídos diminuídos  íleo paralítico - A ausculta também é útil no pós-operatório de cirurgias intraperitoneais. Quando ocorre o íleo paralítico, os movimentos intestinais cessam ou diminuem por um tempo variável (24 a 72 horas) e a realimentação do paciente só se inicia com a normalização dos ruídos. Numa infecção peritoneal, pode haver íleo paralitico por tempo maior que 72 horas. - Atrito Hepático  cirrose ou neoplasia hepática - Sopro Hepático  cirrose ou neoplasia hepática por neovascularização - Sopro contínuo Venoso periumbilical  sopro por circulação colateral, hiperfluxo na veia umbilical.

3° PERCUSSÃO OBJETIVOS: avaliar a intensidade e distribuição dos gases no abdome; identificar massas sólida ou líquidas; identificar presença de líquido livre na cavidade abdominal. . presença de maciez na área hepática . presença de timpanismo no Espaço de Traube (estômago) . limitar e dimensionar o fígado e o baço - Percussão Hepática: Avaliação do tamanho do fígado – HEPATIMETRIA (percussão da amplitude hepática) Avaliar o limite superior do fígado: 5º ou 6º espaços intercostais na linha hemiclavicular direita

Avaliar a borda inferior – com o desaparecimento da maciez hepática Avaliar dor - Percussão Esplênica (Baço): Para avaliar esplenomegalia Percussão do espaço de Traube – desaparecimento do timpanismo Posição do paciente: decúbito dorsal (Posição de Schuster) ESPAÇO DE TRAUBE Em baixo: reborda costal esquerda Em cima: uma linha curva de concavidade ínfero-mediana, inicia ao nível da 6ª cartilagem costal esquerda e dirige-se para fora até a linha hemiclavicular esquerda, curvando-se para baixo até o 10º arco costal, na linha axilar anterior. - Percussão dos Rins: Sinal de Giordano: percussão com a borda ulnar da mão direita espalmada Punho-percussão de Murphy: semelhante à Giordano porém com a mão fechada...


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