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Entrevista exclusiva com o treinador do Duque de Caxias para o campeonato carioca...

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Tinoco – Treinador do Duque de Caxias

Cheguei no Duque em novembro, inicialmente eu procurei o clube pq precisava fazer um estágio na CBF (obrigatório) para ser treinador. Aconteceu natural, de iniciar um processo na base, para atender a demanda de base e profissional, partindo do sucesso nas categorias inferiores. Como o processo inicial foi muito bom, o Presidente acreditou que seria ideal ir ao time principal, nesse trabalho de metodologia de renovação. Identidade de jogo em todas as categorias, a montagem do elenco profissional está em cima do modelo de jogo que a base já trabalha. Quando eu cheguei na base, a base tinha como características jogar campeonatos amadores, jogos que não são da FERJ. Jogava o Metropolitano e a Copa Light, e nessas competições conseguimos ser campeões com o sub-13 e vice com o sub-14. A principal mudança na base a curto prazo foi o intercâmbio com times grandes, ou seja, fazer amistosos com Flamengo, Fluminense... Fizemos 2 ou 3 vezes no Flu, clube que eu tive 12 anos lá dentro e é próximo de Xerém. Fizemos com o Bota e Vasco, com o Fla já estava agendado, mas a pandemia atrapalhou tudo. Nos primeiros jogos foi difícil, fomos goleados no começo, mas na medida que a metodologia foi implementada, tivemos jogos de mais igualdade. Empatamos com o Bota, vencemos um tempo contra o Fluminense nos amistosos, e os meninos passaram a equilibrar mais. Nosso objetivo é ser comparado com os grandes clubes, temos que jogar nível alto para formar jogador, assim teremos mais estrutura e faremos mais jogos. O sub-20 é terceirizado, é um projeto a parte dessa diretoria, o Duque se responsabiliza pelo sub-17 para baixo, mas o pessoal do sub-20 se empolgou tanto, que pediram para participar dessa metodologia, e essa relação é maravilhosa, é bem amistosa. Teremos 2 goleiros da base, Pedro (2000) titular do sub-20 e Victor (2003) sub-17, Juninho meia, Tatá ponta (voltou emprestado do Volta Redonda) Roger Fafá (atacante) integram o elenco profissional, mas o número pode aumentar. É um time que vem muito forte para subir, é um conjunto de jogadores que se conhecem e não precisaremos de muito tempo para entrosamento. Montamos um banco de dados, traçamos um perfil de atletas, com histórico vencedor, que tenha conhecimento de acesso, já viveram a competição, não tenham problemas extra-campo. Como ex-atleta a gente ganha alguma experiência e eu sei que é uma competição difícil, com vários fatores que influenciam além do aspecto técnico. Você vê exemplos de equipe que se reforçam bem, mas não correspondem à altura, pq varia logística, o lado pessoal, algo além que exige muito. Teremos um grupo um pouco maior, caso percamos jogadores, consigamos suportar a reposição bem, com essa demanda de quarta e sábado... Quando anunciarmos os atletas, a expectativa da torcida tende a subir porque é realmente um grupo que chega para subir. Tinoco participou do acesso em 2008, como jogador. “Foi um período muito bom, inicialmente foi ótimo, mas acabou caindo demais, a gestão foi terceirizada e o time foi rebaixado várias vezes”.

“Conheço muito o clube, joguei aqui em 2007, 2008 e 2010. Conheço o pessoal que cuida do gramado, o torcedor me conhece, então é uma identificação muito grande. Fazemos reuniões por vídeo, vamos ao clube em pequenos grupos para resolver questões de vestiário, gramado, sempre com toda segurança, para fazer o clube andar. Tem sido bacana participar desse processo, todo mundo está muito mobilizado” “Passamos mais tempo no clube do que com um familiar, com a esposa ou filhos, temos atletas que vêm de outro estado, uns que estão saindo pela primeira vez, temos que colocar o jogador em um ambiente confortável. Essa gestão tem sido cuidada no clube, e na competição isso se manter” “Temos um planejamento já feito há muito tempo, independente da data de início. Não sabemos quando começará por causa da folha salarial, mas trabalhamos com o número de semanas, especialmente para honrar com seus compromissos” “O clube tá focado no acesso, estamos pensando nisso, não vai acontecer de qualquer maneira, mas vamos fazer por onde. Queremos trazer essa alegria pro povo de Caxias, a gente imagina que não teremos torcida, vamos sentir muito esse peso, porque a torcida apoia de verdade, especialmente no Marrentão. Eu não me lembro de perder um jogo nesse estádio como jogador. Nossa comissão técnica é jovem, mas muito capacitada, muito preparada para o desafio. O Caxias nunca teve um analista de desempenho, agora vai ter, acho que essa comissão é a mais preparada da história do clube. Estamos alinhando melhor o lado da fisioterapia, tudo isso vai refletir forte na gente, vamos ter o melhor suporte possível para essa temporada”....