fármacos agonistas colinérgicos parassimpáticos PDF

Title fármacos agonistas colinérgicos parassimpáticos
Course Farmacologia
Institution Universidade Estadual do Oeste do Paraná
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fármacos agonistas colinérgicos parassimpáticos...


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TRANSCRIÇÃO FARMACOLOGIA – 18/10/1 – aula 2 Os fármacos agonistas colinérgicos parassimpáticos são divididos em agonistas colinérgicos de ação direta e de ação indireta. Pode ocorrer a intoxicação por muscarínicos, pois os fármacos surgiram da substância (muscarina) de um cogumelo: a Amanita muscarina. A ingestão de alguns tipos de cogumelo – gênero inocybe sp e clitocybe sp, podem levar a efeitos de um agonista colinérgico: Salivação, lacrimejamento, náuseas, vômito, distúrbios visuais, cólica abdominal, diarreia e broncoespasmo.  Antídoto: Atropina (antagonista colinérgico) e epinefrina (agonista adrenérgico) – via parenteral. ANTAGONISTAS COLINÉRGICOS MUSCARÍNICOS  Bloqueiam efeitos da acetilcolina nas vísceras, agindo sob receptores muscarínicos. Medicamentos: Atropina (usado como antídoto para intoxicação por acetilcolina), escopolamina (hiosina), ipatrópio e tiotrópio, pirenzepina e telenzepina, tropicamida, ciclopentolato e oxibutinina. Aplicações clínicas/ Efeitos: a. CORAÇÃO: Aumento da frequência cardíaca, aumento da força de contração e consequente aumento do débito cardíaco. b. TGI: Diminuição da motilidade/peristaltismo, relaxamento do útero e da bexiga (musculatura lisa) e contração do esfíncter. c. OLHOS: Relaxamento do músculo ciliar – midríase (dilatação), podendo gerar aumento da pressão intraocular. OBS: pessoas com glaucoma não podem tomar antagonistas colinérgicos. d. TRATO RESPIRATÓRIO: Broncodilatador – usado em casos de asma, mas não é tratamento de primeira linha (primeira linha é agonista adrenérgico). Apenas utilizado caso o paciente não responda ao agonista adrenérgico. e. Inibe secreções exócrinas (lacrimal, salivar e gástrica). Uso terapêutico/ Clínica médica:  Tratamento de asma e DPOC;  Enurese noturna;  Diminui secreção HCl (doença péptica) – INOVADOR;  Adjuvante de cirurgia;  Utilidade clínica limitada no coração;  Antiespasmódico;  Prevenção de SEP (sintomas extrapiramidais – ocorrem devido aumento de acetilcolina por causa do uso de antipsicótico, que diminui a atividade da dopamina – desenvolve Parkinsionismo medicamentoso) e na doença de Parkinson;  Intoxicação por organofosforados.

Uso clínico dos antagonistas muscarínico

ATROPINA

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TROPICAMINA e CICLOPENTOLATO e ATROPINA TIOTRÓPIO e IPRATRÓPIO OBS: O mais utilizado é o Atrovent com Berotec – perigoso errar porque tem janela terapêutica pequena. ESCOPOLAMINA (antiespasmódico) - Buscopam normal! OBS: O Buscopam plus vem com escopolamina + parecetamol (analgésico). BENZOTROPINA (agonista muscarínico de ação central)

OXIBUTININA

PIRENZEPINA e TELENZEPINA OBS: Supressores de ácidos e citoprotetores.

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Tratamento da bradicardia (pode ser pós IAM). Utilidade limitada, pois usa-se mais o agonista adrenérgico. Antídoto (bloqueia receptores muscarínicos) em intoxicações, principalmente por organofosforado. Tratamento de incontinência urinária. Efeito antiespasmódico. Efeito pré-anestésico. Midríase – dilatação da pupila em exames oftalmológicos.

 Tratamento de asma e DPOC. OBS: Tratamento de segunda linha. O de primeira linha é agonista adrenérgico.

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Diminui espasmo – utilizado em cólicas. O buscopam plus ajuda na dor também. Utilizado também como anti-emético e para náuseas (escopolamina atua no centro do vômito – fica próximo a barreira e a barreira não proteje, por isso alcança o centro do vômito). Prevenção de efeitos de SEP em pacientes esquizofrênicos que fazem uso de antipsicóticos convencionais (os primeiros que surgiram no mercado, porque os mais novos não fazem mais esses efeitos extrapiramidais). Tratamento do Parkinson. Tratamento da enurese noturna. Diminui a frequência urinária; Aumenta a capacidade da bexiga (relaxamento do músculo detrusor e contração do esfíncter); Utilizado também em casos de bexiga superativa; Tratamento de incontinência urinária. Antagonistas de receptor muscarínico M1. Reduz produção de ácido basal de 40 a 50%. Utilizado para úlceras pépticas (diminui secreção de HCl). Efeitos colaterais anticolinérgicos significativos (raramente utilizados).

Supressores de ácidos e citoprotetores: Pirenzepina e Telenzepina São os dois fármacos mais recentemente desenvolvidos dentro da classe de inibidores de ácido clorídrico (gástrico). - Obs. o Omeoprazol e a Ciletidina são extremamente eficazes, esses novos fármacos são utilizados como opção pelo bom mecanismo de ação. Antagonistas de receptor muscarínico M1 Reduz produção ácido basal de 40 a 50%  Um inibidor de bomba (omeoprazol) inibe 95% da produção de ácido clorídrico, ou seja, pirenzepina e telenzepina não são tão eficazes.  Utilizado para úlceras pépticas  Não vai ser utilizado em tratamento de primeira linha, e sim como segunda ou terceira opção. Pois há opções, como os antiácidos que são mais eficazes.  Efeitos colaterais anticolinérgicos significativos (raramente utilizados):  Faz efeito anticolinérgico em todo M1, e se não tiver seletividade, também em M2, o que causa mais efeito colateral. Obs. Não há motivo para utilizar um medicamento que não foi totalmente desenvolvido e anticolinérgico se há possibilidade de trabalhar com um fármaco mais específico que é inibidor de bomba. Imagem: Mostra as células parietais e as células superficiais da mucosa, e aonde agem esses fármacos. Há estímulos de HCl para fazer o processo fisiológico normal: através da histamina por receptores H2, pela acetilcolina e também pela gastrina se ligando em receptores de colicistoquinina (CCK). Ou seja, há vários estímulos: a gastrina, a acetilcolina e a própria histamina para atuar nessa bomba, para fazer a ativação dessa bomba e ela secretar HCl. Os fármacos então são propostos: inibem tanto M1 que estão nas células do sistema nervoso entérico, como M3 que estão nas células parietais gástricas. (Onde está apenas M e não tem a identificação, é porque não se sabe onde ele atua e está sendo desvendado). Agem inibindo esses receptores muscarínicos, podendo atuar tanto diretamente quanto indiretamente – diretamente diminuindo a atuação da bomba. Indiretamente (maior parte) não estimulando as células enterocromafinícas a não inibir a histamina e sucessivamente não estimular a bomba. Observa-se também as prostaglandinas, que atualmente é protetor da mucosa. Há receptores de prostaglandina nas células parietais – quando a prostaglandina se liga nesses receptores, ela atua sobre a bomba, INIBINDOA, e especificamente atua estimulando as células epiteliais superficiais a fazer muco e bicarbonato. (Quando se usa muito anti-inflamatório (AINEs), desenvolve ulcera porque não tem mais proteção gástrica pela prostaglandina).  



Efeitos adversos: Inibição de secreções o que pode levar a xerostomia, taquicardia, midríase/visão turva (paciente com glaucoma não pode utilizar) e causa constipação (paciente que já tem, pode agravar).



Contra-indicação: Gravidez, glaucoma e retenção urinária (piora porque relaxa o musculo liso e tem contração do esfíncter).

Obs. Dependendo da situação, fármacos que relaxam a musculatura e fazem a contração do esfíncter não é contraindicado. Ex. se a mulher está com uma gravidez prematura e quer segurar o bebê, o médico aplica injeção para tentar fazer esse efeito e consequentemente manter o bebê mais tempo sem nascer. OBS. PROVA: a professora disse que vai focar em casos, por exemplo, paciente tal toma um agonista colinérgico...o que acontecerá com ela? Vai agravar, vai poder tomar o fármaco? Pode tomar adrenérgico? Etc. AGONISTAS COLINÉRGICOS NICOTÍNICOS (ação direta)    

Agonista colinérgico nicotínico: NÃO é fármaco. De ação direta, age em receptor. Dessa substancia que surgiu a nicotina sintética. Pessoas usam adesivos transdérmicos de nicotina  A nicotina virou sintética apenas para tirar a dependência do cigarro, mas não é fármaco.

Efeitos dos agonistas nicotínicos: NICOTINA  Cigarro – causa estado de alerta.  Em altas doses pode levar a tremor, vômito e estimulação do centro respiratório.  Superdosagens: convulsão, coma e morte. Importância clínica  Nenhum valor terapêutico – somente plasters para combate ao fumo.  Foi também muito utilizada para ferramenta farmacológica - serviu muito para descobrir o que se sabe hoje sobre receptores, etc.  É usado também como inseticida. AGONISTAS COLINÉRGICOS (ação indireta)  

Não age com receptor, age na enzima. São chamados de inibidores da acetilcolinesterase ou também pode encontrar como anticolinesterásicos.

Anticolinesterásicos  Potencializam a transmissão colinérgica inibindo a acetilcolinesterase (enzima que degrada Ach). o Organofosforados; Neostigmina; Fisostigmina; Edrofrônio.  Inibem a acetilcolinesterase: vimos na fenda que há enzimas que degradam acetilcolina em colina e acetato. O acetato é utilizado hoje como metabólito, mas a colina é

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reutilizada como precursor para sintetizar uma nova molécula de acetilcolina. Ou seja, a acetilcolinesterase nada mais faz, do que quebra a acetilcolina. Inibindo a enzima que degrada acetilcolina  não degrada a acetilcolina  aumento a acetilcolina na fenda. O que faz com que seja agonista. É um agonista de ação indireta.

Drogas que interferem na transmissão: A acetilcolina está sendo liberada na fenda. A acetilcolinesterase, pode degradar a acetilcolina, mas essa acetilcolina pode também se ligar em receptores (se for a atropina é antagonista, se for o carbacol é agonista). Os receptores muscarínicos e nicotínicos estão presentes: muscarínicos – em coração, trato gastrointestinal e glândula; nicotínico – em gânglio e junção neuromuscular. Ou seja, a acetilcolina ela tem esses dois alvos, porém, ela pode ser degradada. Se ela for degradada na fenda, ela vira acetato e colina, aí perde a finalidade porque essa colina vai ser recaptada por um transportador na membrana do neurônio, e utiliza-se isso como precursor para fazer uma molécula nova de acetilcolina. Efeitos farmacológicos: Todos os fármacos (Neostigmina; Fisostigmina; Edrofrônio) surgiram porque foi descoberto o efeito dos organofosforados (potencializa a atividade colinérgica em todo o organismo.  O estudo veio do organofosforado veio dos venenos/inseticidas – na época houve uma grande incidência de pessoas sendo acometidas por intoxicação. Somente por utilizar os organofosforados sem proteção, trabalhando na própria plantação, potencializaram a atividade colinérgica de todo o organismo.  O contato direto levava a intoxicações agudas  broncoconstrição, aumento das secreções respiratórias, enfraquecimento das vias respiratórias, bradicardia, hipotensão, micção e defecação involuntários, diminuição dos reflexos e convulsão. Quando exagerado, a morte ocorria dentro de 5 a 24 horas. Tratamento para intoxicação:  Anticolinérficos (atropina), e regeneradores da AchE (pralidoxina).  Regenera a atividade da enzima, então por exemplo: o organofosforado inativa a enzima, não degrada a acetilcolina, e consequentemente há muita acetilcolina. O que fazem pra reverter isso? Utiliza a colina, que desloca o organofosforado, além disso, a segunda opção é regenerar a atividade da enzima que estava perdida (desloca o organofosforado, regenera a atividade da enzima, e a enzima volta a degradar acetilcolina). USO TERAPÊUTICO DE AGONISTA NICOTÍNICO INDIRETO: anticolinesterásicos

• Aumenta acetilcolina do mesmo jeito que no direto, só não tem tantos, só 3 medicamentos. • Inibem a acetilcolinesterase • Usado para: 1. Glaucoma (fisostigmina= substância ativa) - não é o medicamento de preferência 2. Atonia de bexiga (neostigmina) 3. Miastenia grave (neostigmina e piridostigmina) 4. Reverter bloqueio neuromuscular (neostigmina) EFEITO FARMACOLÓGICO (NEOSTIGMINA e PIRIDOSTIGMINA): acetilcolina (ACH) • Maior uso: Tratamento da retenção urinária - ↑ motilidade (atividade) do bexiga urinária, atonia da bexiga. - Agonista colinérgico de ação indireto: acetilcolina contrai a musculatura do precursor e relaxar esfíncter no trato urinário. - Neostigmina: dose: Adm parenteral 0,5 mg, Adm oral 15 a 30 mg. • Tratamento sintomático da miastenia grave – fraqueza muscular - Doença/resposta autoimune: anticorpos contra a membrana da célula muscular. COMO? Corpo não reconhece os receptores nicotínicos da junção

neuromuscular e degrada os receptores nicotínicos, causa deficiência de impulsos na placa motora. Logo, não tem contração muscular e pessoa vai paralisando aos poucos. É degenerativa. - Enquanto tiver receptor é tratamento. Depois não tem resposta.

• Tratamento do glaucoma. USO TERAPÊUTICO DE AGONISTA NICOTÍNICO INDIRETO: • DONEZEPILA - Usado para tratamento da doença de Alzheimer - Melhora cognição (consolida no hipocampo e armazena no córtex) - Melhora a qualidade de vida - São limitados. PQ?Enquanto tem neurônio, tem resposta. - Doses de 5 a 10mg/dia • Agonista porque aumenta proporção de acetilcolina. ANTAGONISTAS COLINÉRGICOS nicotínicos: • Bloqueiam os efeitos da acetilcolina agindo sobre receptores nicotínicos. • Tem receptor nicotínico no SNA (pequena quantidade), gânglio pré e pós-ganglionar, na junção neuromuscular. • Fármacos: TUBOCURARINA, PANCURÔNIO, ATRACÚRIO e VENCURÔNIO. - Bloqueiam receptores somente na junção neuromuscular.

• UTILIDADE: Fármacos adjuvantes na anestesia cirúrgica para causar relaxamento da musculatura esquelética. • Hoje não tem algum que atue em gânglio ou SNC na clínica. - EXPLICAÇÃO DA FOTO: Receptores nicotínicos são canais permeáveis ao sódio e potássio. A acetilcolina vai se ligar ao receptor. Vai haver um aumento de concentração de sódio (influxo). Ocorre uma despolarização e contração da musculatura esquelética.

• Inibição da Ach no receptor pós sináptico -> Bloqueia R Ach competitivamente -> BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES -> TUBOCURARINA, PANCURÔNIO, ATRACÚRIO, VENCURÔNIO. • Anticolinesterásicos (neostigmina) revertem a ação dos bloqueadores neuromusculares. UTILIZAÇÃO CLÍNICA DOS BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES • Relaxamento muscular durante cirurgias: - aumenta a acetilcolina e competem • Controle de convulsões (epilepsias): - quando pacientes chegam com crise sem o médico saber se ele é um paciente epilético ou não. Então, aplicam relaxantes para fazer relaxamento. • Intubação endotraqueal durante a indução de anestesia REFERÊNCIAS: 1) GOODMAN & GILMAN. As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 12a Ed, McGraw Hill, Rio de Janeiro-RJ, 2012. 2) RANG, H.P.; DALE, M.M.; RITTER, J.M.; MOORE, P.K. Farmacologia. 6° Ed: Elsevier, 2008 3) CRAIG, CHARLES; STILZEL, ROBERT E. Farmacologia moderna com aplicações clínicas. 6 a Ed, Guanabara, 2016 4) FUCHS & WANNMACHER. Farmacologia Clínica: Fundamentos da Terapêutica Racional. 4a Ed, Guanabara Koogan, Grupo Gen, 2010....


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