Febre sem sinais localizatórios PDF

Title Febre sem sinais localizatórios
Author Sabrina Pinotti
Course Unidade Pediátrica
Institution Universidade de Caxias do Sul
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Febre sem sinais localizatórios...


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PEDIATRIA FEBRE SEM SINAIS LOCALIZATÓRIOS Definição: Febre é definida como a elevação da temperatura corporal em resposta a uma variedade de estímulos, mediada e controlada pelo SNC (hipotálamo). Os valores normalmente utilizados são: • Temperatura retal: > 38,3ºC. • Temperatura oral: > 38ºC. • Temperatura axilar: > 37,8ºC A febre sem sinais localizatórios é a ocorrência de febre com menos de 7 dias de duração em uma criança em que a história clínica e o exame físico cuidadosos não revelam a sua causa. Hipertermia pode ser considerada em bebê pequeno, que apresenta temperatura de até 38,5ºC, mas apresenta redução em menos de 30min e, no momento da medida, identifica-se algum fator extrínseco (sol, excesso de roupas, etc.). Doença bacteriana grave: infecção urinária, pneumonia, bacteremia oculta (+ hemocultura), meningite bacteriana, artrite séptica, osteomielite, celulite e sepse. OBS: Vacinação completa para Haemophilus influenzae tipo B, pneumococo ou meningococo é considerada quando a criança recebeu pelo menos 2 doses de cada uma dessas vacinas.

Quando não pensar em FSSL: • Presença de sinais e sintomas localizatórios (p.ex.: bronquiolite viral aguda); • Prematuros – depende da IG;

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Doenças prévias – depende de qual a doença; Doenças crônicas – observar situação; Síndromes genéticas (p.ex.: Síndrome de Down); Toxêmicos (pele moteada, acinzentada, pulso fraco/filiforme, gemente, sonolento, pouco consolável); Em uso de ATB – conforme o tempo.

RN: todo RN com FSSL deve ser hospitalizado, submetido à investigação para sepse (hemograma, hemocultura, EQU, urocultura, LCR, PCR, RX de tórax) e receber antibioticoterapia empírica até o resultado das culturas. • EQU: punção suprapúbica ou sondagem. • Empírica: cefalosporina de 3ª geração (cefotaxima ou ceftriaxona). Lactente jovem (30 a 90 dias de vida): critérios de Rochester. • Baixo risco: seguimento clínico diário. • Alto risco: hospitalização + coleta de laboratoriais + antibioticoterapia empírica.

Crianças (3 a 36 meses): Um agente infeccioso, geralmente viral, é identificado em 70% dos lactentes com menos de 36 meses com febre. Entretanto, a febre em lactente jovem deve sempre sugerir a possibilidade de uma doença bacteriana grave. • TAx ≤ 39ºC: considera-se a coleta de sedimento urinário e urocultura, uma vez que a infecção urinária é a infecção bacteriana mais frequente. o Meninos < 12 meses não-circuncisados e < 6m circuncisados. o Meninas < 24 meses. OBS: Resultado normal – observação clínica (reavaliação diária + antitérmicos usuais). • TAx > 39ºC: investigação laboratorial. o Suspeita de bacteremia oculta: cefalosporina de 3ª geração (ceftriaxona 50mg/kg IM ou cefotaxima 50mg/kg a cada seis horas + ampicilina 50mg/kg a cada seis horas) e retorno diário. OBS: se houver suspeita de meningite devido a anormalidades liquóricas, associar vancomicina 15mg/kg a cada seis horas). ▪ Leucócitos: > 20.000/mm³.

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Neutrófilos: > 10.000/mm³. Radiografia de tórax normal.

Medicações: 1. Antipiréticos: sintomáticos (oferecer conforto à criança, não alteram a história natural da doença – diminuir a dor, o desconforto e a irritabilidade). • Paracetamol e dipirona > 3 meses. • Ibuprofeno > 6 meses. OBS: não previnem a síndrome da crise convulsiva febril (caracteristicamente ocorre nas primeiras 24h de febre – dificilmente ocorre após 3 dias). A febre é um evento central (hipotalâmico), portanto, modificar a periferia não auxilia....


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