Ficha de Leitura de Revista Científica (Alunos) PDF

Title Ficha de Leitura de Revista Científica (Alunos)
Author Margarida Dias
Course Técnicas e Estratégias de Ensino (TEE)
Institution Universidade Lusófona de Humanidades e Technologias
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Ficha de Leitura de Revista Científica

Nome da Revista: Boletim SPEF Título do Artigo: “A Actividade Física e Desportiva, uma Actividade de Enriquecimento Curricular” Autores: Isabel Bayo; José Alves Diniz. Data: 2010 Número: 35 Páginas: 61-85 Referência Bibliográfica: Bayo, I., & Diniz, J. (2010). A actividade física e desportiva, uma actividade de enriquecimento curricular. Boletim SPEF, 35, 61-85.

Desenvolvimento O estudo em questão teve como objectivo a análise das convicções e conhecimentos dos Professores Titulares de Turma (PTT) a leccionar o 4º ano de escolaridade, dos Técnicos/Professores da Actividade de Enriquecimento Curricular Actividade Física e Desportiva (AEC -AFD), dos Pais/Encarregados de Educação (EE) e dos alunos do 1º Ciclo do Ensino Básico (1º CEB), no Concelho da Amadora (CA), tendo como objectivo aprofundar algumas das pistas que ficaram em aberto no estudo apresentado por Bayo (2002). Assim, o mesmo pretende reflectir e compreender todo o funcionamento da AFD no Concelho da Amadora, utilizando também a ponte e a ligação com os documentos legislativos sobre a AEC referente ao ano de 2006 e 2008. Era objectivo também a análise do bom funcionamento das actividades em questão e a frequência quer facultativa quer obrigatória nas mesmas por parte dos alunos noa anos lectivos 2006/2007 e 2008/2009. Desta forma, concluir até que ponto são um factor beneficiador e enriquecedor do Currículo da Expressão e Educação FísicaMotora (EEFM) existente no 1º CEB.

Observando primordialmente o ponto que analisa o comportamento dos alunos, o estudo foca vários aspectos e define hipóteses de estudo que envolvem a atitude dos alunos do 1º CEB face à Escola, à EEFM, a participação dos mesmos em Actividade Física extra curriculares ou se têm actividades predominantemente 1

sedentárias fora da Escola, se todos tiveram EEFM na Escola e, por fim, a atitude relativa à AEC – AFD. Participaram no estudo alunos de ambos os sexos do 4º ano do 1º CEB, com idades entre os 9 e os 12 anos, pais dos alunos, PTT de ambos os sexos do 4º ano do 1º CEB, com idades entre os 25 e os 40 anos, Técnicos/Professores da AEC – AFD de ambos os sexos com idades entre os 26 e os 30. Relativamente aos Professores, cerca de 28% não são Licenciados e metade destes são estudantes na área do Exercício Físico (EF) / Desporto. No seguimento das respostas aos questionários e das entrevistas realizadas, os principais resultados deste estudo baseiam-se nas hipóteses de estudo referidas anteriormente. Primeiramente, no que diz respeito à atitude dos alunos face à escola, a maioria “Gosta muito” de ir à Escola por gostarem do Professor, porque o que é ensinado é interessante e ainda pelas brincadeiras e jogos no recreio, sendo a primeira justificação a da maioria dos alunos. No que toca à atitude face à EEFM/EF, esta área disciplinar aparece como a primeira preferência dos alunos (28,8%). Neste caso os Pais/Encarregados de Educação manifestam que a mesma deve ser obrigatória nas Escolas dando razoes baseadas no desenvolvimento das crianças, na aprendizagem de actividades, desportos, regras, jogos, brincadeiras, “saber estar” e socializar, alguns também defendem o benefício do desenvolvimento da saúde das crianças. Dos Professores do 1º CEB, 61,8% conhecem bem e 14,5% muito bem o Programa de EEFM. Relativamente ao objectivo da EEFM, tanto os PTT como os Técnicos/Professores da AEC-AFD valorizam a influência da EEFM/EF na promoção da saúde, como forma de descontracção e divertimento dos alunos, nas possibilidades que esta oferece no desenvolvimento de condições socioculturais e a valorização da promoção das aprendizagens.

Um ponto muito relevante também é a ocupação dos alunos nos seus “tempos livres”, observou-se que a maioria (60,2%) quando volta da escola vai realizar os trabalhos de casa, ver televisão ou jogar no computador, sendo que cerca de 64,5% dos alunos não tem possibilidade de realizar Actividade Física Desportiva fora do ambiente escolar. Tanto a maioria dos Pais/Encarregados de Educação (62,1%), como os PTT (63,6%) revelaram não ter hábitos de prática de Actividade Física e revelaram possuir hábitos sedentários. Os alunos, em todos os anos de escolaridade durante o 1º CEB, revelam que nem 50% usufrui da área disciplinar EEFM/EF, sendo que apenas 5,6% dos alunos usufruiu da mesma durante os quatro anos de escolaridade correspondentes ao 1º CEB, embora a maioria destes apenas tenha realizado a disciplina uma vez por semana, o que não corresponde ao estipulado no Programa. 2

Concluiu-se ainda que grande parte dos PTT revelaram não conhecer claramente o Programa de EEFM/EF o que se vai ressentir depois na leccionação da mesma aos alunos, como foi também possível observar, pois apenas cerca de 21% admitiu que leccionaram EEFM/EF aos alunos, sendo uma área de carácter obrigatório é um valor muito reduzido. As razões utilizadas

pelos PTT para estes factos foram

maioritariamente relacionadas com as instalações e materiais das escolas, com o excesso de conteúdos e de apoio necessário noutras áreas como o Português e a Matemática e a falta de qualidade e quantidade de formação ao nível da EEFM/EF. Por último, no que toca à atitude dos alunos face à AFD, no âmbito das AEC, aqueles que experimentaram essas sessões (84,3%), a maioria afirma gostar muito dessa actividade. Os Pais dos que realizam estas sessões, consideram “muito importante” (45,4%) e “importante” a participação dos filhos nas AEC – AFD. A maioria dos PTT (60%) não domina os conteúdos das Orientações Programáticas das AECAFD, devido a desconhecimento ou pouco conhecimento das mesmas, embora a maioria considere as mesmas importantes e muito importantes. Encontra-se assim uma contradição na valorização das AEC-AFD por parte dos PTT, pois apesar de a maioria assumir essa valorização nem todos estão envolvidos na programação da AFD, no acompanhamento através de reuniões e nas avaliações.

Verifica-se assim a falta de cumprimento do Programa, por parte dos alunos, PTT e Técnicos/Professores, sendo a Educação Física uma actividade curricular obrigatória os níveis de frequência (principalmente) obrigatória não são minimamente satisfatórios, segundo os resultados apresentados no estudo em questão.

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