Fichamento - A cidade como um jogo de cartas PDF

Title Fichamento - A cidade como um jogo de cartas
Author THALITA EMANUELE TEIXEIRA SANTIAGO
Course urbanismo
Institution Universidade Católica do Salvador
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Summary

Trabalho apresentado à disciplina planejamento urbano ...


Description

UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR ARQUITETURA E URBANISMO URBANISMO II

THALITA SANTIAGO

SALVADOR 2019

UNIVERSIDADE CATÓLICA DO SALVADOR BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO URBANISMO II PROFESSORA: LIANA VIVEIROS ALUNA: THALITA SANTIAGO

FICHAMENTO - IN SANTOS, Carlos Nelson Ferreira dos. A cidade como um jogo de cartas. Niterói: Universitária, 1988 O AUTOR: Carlos Nelson Ferreira foi um arquiteto e urbanista, professor universitário e antropólogo brasileiro, nascido em 1943 no Rio de Janeiro, tendo dedicado a vida a contribuir para o entendimento do espaço público no Brasil, porém, teve uma vida curta, falecido em 1989, aos 46 anos. Formou-se pela Universidade do Brasil, em 1966, e em 1979 tornou-se mestre em antropologia pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em 1984, tornou-se doutor em Arquitetura pela Universidade de São Paulo.

RESUMO DA OBRA: Começou sua carreira 1964, com trabalhos sobre habitação popular (assessor da FAFEG e elaboração de planos de urbanização de favelas para a Companhia de Desenvolvimento de Comunidades (CODESCO). A partir de 1975 foi chefe do Centro de Estudos e Pesquisas Urbanas do Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM). Carlos foi também professor do Instituto de Economia Industrial da Universidade Federal do Rio de Janeiro e professor titular da Universidade Federal Fluminense, onde até hoje exerce profunda influência na formação dos alunos.

BIBLIOGRAFIA ATUALIZADA:

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SANTOS, Carlos Nelson Ferreira dos. Movimentos urbanos no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro : Zahar, 1981.

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SANTOS, Carlos Nelson Ferreira; VOGEL, Arno; MELLO, Marco Antonio da Silva et al. Quando a rua vira casa. São Paulo . Projeto Arquitetos Associados, 1985. SANTOS, Carlos Nelson Ferreira dos. A cidade como um jogo de cartas.

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Niterói: Universitária, 1988 -

SEGAWA, Hugo. Arquiteturas do Brasil 1900-1990. 2a. Ed. - São Paulo: Editora da USP, 1999. RESUMO

O livro implica numa série de reflexões sobre como se formam e desenvolvem as cidades, de modo a se ordenarem e modificarem gradativamente . Após a leitura do mesmo, é possível perceber que o título se trata de uma metáfora, quando trata as relações de poder na cidade (especificamente de Roraima) como u jogos de interesse que circulam o processo do planejamento urbano e municipal, sendo os jogadores, os grupos que interagem nessa instância, como o governo, as empresas, os políticos e a população (Santos, 1988). De acordo com Santos, no livro A cidade como um jogo de cartas, “[...] o espaço urbano é colocado como ‘locus’ de expressão das forças políticas: a cidade, portanto, devendo ser desenvolvida como um jogo de cartas, em que os participantes conhecem e obedecem às regras” (Santos, 1988, apud Del Rio, 1990, p. 192). O livro está dividido em diversos capítulos, onde cada um apresenta soluções para que um arquiteto e urbanista consiga lidar com a cidade e o modo como os cidadãos se comportam dentro dela, além de ilustrações que auxiliam na compreensão do leitor e possibilitam uma melhor visão do tema abordado no texto. Nelson defende que para que a cidade cumpra corretamente todas as suas funções, é necessário que as regras do jogo sejam respeitadas, de modo que o arquiteto se torna o principal jogador, o que torna a partida possível esclarecendo todos os pontos do jogo, que seriam os problemas presentes na cidade. Então, a infraestrutura se torna o ponto alto do projeto. Ele toma as ruas, os lotes e quarteirões e os chama de “elementos estruturantes do espaço urbano” o que leva a crer que seriam as cartas principais do baralho, por assim dizer. Um ponto muito importante do livro é o conceito de densidade no que diz respeito ao espaço urbano. Nelson traz define como “relação entre pessoas e terra disponível”, o que pode facilmente pode se tornar um problema, tendo em mente que as cidades brasileiras possuem um crescimento populacional desenfreado. É preciso salientar que a densidade implica inversamente no custo das edificações, por exemplo: quanto mais baixa a densidade, mais elevado é o custo e vice-versa,

devido à fatores como esgoto, água, luz e pavimentação. Então, o autor faz a seguinte indagação: “como manter as vantagens dos lotes utilizando densidades mais altas?”. Tomando as ruas, quarteirões e etc como sendo as cartas, é possível perceber o modo que elas refletiam à sociedade que se inseriram, como por exemplo nas classes sociais, em que cada naipe poderia representar uma: copas, o clero; espadas, a nobreza; ouro, a burguesia; e paus, os camponeses, de uma forma retrospectiva, tendo como ponto de partida o século XVIII, onde segundo Santos, foi descoberta a importância do urbanismo, afirmando que as mudanças que ocorreram no urbanismo ao longo dos anos começaram na Europa, onde surgiu a ideia de que o poder estava centrado no Estado, de onde partiu o conceito de “ordem” e logo depois as primeiras disputas por poder e por território.

“As ideologias racionalistas,as proposições resultantes dos CIAM foram incapazes de perceber que a forma é a maneira mais direta de expressar e perceber a dimensão social da arquitetura.Criando espaços para ordenar as relações sociais, os edifícios revestem a sociedade como são de fato, não apenas no que aparentam ou pretendem ser”. (SANTOS, 1988, p. 25). Outro momento crucial tratado no livro é o que Nelson chama de “a operação tríplice” - que seria basicamente a produção de um espaço próprio; a substituição da resistência teimosa das tradições por um “não tempo” ou um sistema sincrônico; e a criação de um tema universal e anônimo que é a própria cidade. Em que para compreender é necessário que haja a análise das práticas microscópicas, singulares e plurais que um sistema urbanístico deveria controlar ou suprimir e que (no entanto) sobrevivem à sua caducidade”. Nessa afirmação, Santos se baseia no pensamento de Certeau, Santos resumindo as relações entre espaço, jogo e poder, como se pudessem haver várias cidades em uma só. O quarto capítulo, “as cidades como foram sendo em todo mundo” cita a constituição, bem como o surgimento e a evolução das cidades, que anteriormente eram baseadas nas crenças divinas, e passaram a ser pensadas para atenderem às condições do campo intelectual hegemônico. Santos fala da criação de teorias respeitáveis e de alcançar o tipo de cidade mais universal possível. Então são citados dois tipos de arquitetos e urbanistas: os culturalistas e o progressistas, partindo finalmente ao final deste capítulo para a história das cidades do Brasil. As primeiras l foram criadas através dos trabalhos que eram realizados na época, destinados à exportação, favorecendo assim a fixação das mesmas na extensão do litoral. Para Nelson, a funcionalidade das cidades impulsionou o desenvolvimento e sedes do capitalismo das mesmas, fazendo-as crescer gradativamente, de modo que foram criados vários conflitos, a exemplo do governo brasileiro, que sempre enfrentou dificuldades de gestão devido aos dois “lados” presentes na sociedade.

Era preciso controlar a população que se deslocava para as cidades, pois existia uma limitação de recursos, sendo necessário organizar melhor os impactos provocados. O governo passa a intervir no cenário urbano com novas propostas somente a partir dos anos 30. Com a chegada dos anos 60, as correntes ligadas à prática teórica tomam mais destaque. Onde os quesitos são relativos ao uso e ao mercado (voltando então ao conceito de densidade - custo x população). Seja ela por iniciativa pública ou privada, a configuração global do espaço sempre provém da ação do governo. “Os espaços públicos e arquitetônicos no Brasil estão sendo gerados sobre representações artificiais separadas: representações simbólicas e representações materiais. No entanto, nas cidades jamais serão encontradas distinções rígidas entre análise e síntese, entre usos e trocas, sejam materiais ou simbólicas.” Ao fim deste capítulo, Nelson diz que o lugar onde está cada pessoa no mundo é percebido como o lugar da vida e é o símbolo daquele tipo de vida que a situa em relação a outras possibilidades. Apresenta a essência social do espaço. Em “a cidade como um jogo de cartas”, Carlos Nelson traz, de forma mais evidente, a relação entre a cidade e o baralho, título do livro em análise. Afirma que o jogo serve para representar, de uma forma suave e sem maiores traumas, as maneiras de estabelecer alianças e oposições, de enfrentar conflitos preservando a união do conjunto, respeitando-se as diferenças e atribuindo um papel a cada um....


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