Fichamento DO Livro Pergunte AO SOLO E ÀS Raízes PDF

Title Fichamento DO Livro Pergunte AO SOLO E ÀS Raízes
Author Apoio acadêmico Brasil
Course Espanhol para Fins Acadêmicos
Institution Universidade Federal de Minas Gerais
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Summary

Olá, saudações a todos, estamos a disposição nesse momento de pandemia. Nosso contato: 27 99750-6033. Fazemos todos os tipos de trabalho, da escola até o doutorado....


Description

INSTITUTO FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS AGRICOLAS

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FICHAMENTO DO LIVRO “PERGUNTE AO SOLO E ÀS RAÍZES” (2014)

COLATINA-ES 2020

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FICHAMENTO DO LIVRO “PERGUNTE AO SOLO E ÀS RAÍZES” (2014)

Trabalho apresentado ao curso de Licenciatura Em ciências agrícolas do Instituto Federal do Espírito Santo IFES campus ITAPINA, como requisito parcial para a obtenção do título de Licenciado em ciências agrícolas. Orientador:

COLATINA-ES

2020

SUMÁRIO 1.

INTRODUÇÃO...............................................................................................4

2.

DESENVOLVIMENTO...................................................................................5

3.

CONSIDERAÇÕES FINAIS...........................................................................8

REFERENCIAS....................................................................................................9

1. INTRODUÇÃO A autora possui graduação em Engenharia Agronomica pela Universidade de São Paulo(1970), mestrado em Solos e Nutrição de Plantas pela Universidade de São Paulo(1977) e doutorado em Solos e Nutrição de Plantas pela Universidade de São Paulo(1985). Atualmente é Pesquisador III da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Tem experiência na área de Agronomia, com ênfase em Ciência do Solo. Atuando principalmente nos seguintes temas: sorgo sacarino, corretivos, Toxidez Al e Mn, nutrientes. Ana Primavesi, reconhecida mundialmente por sua atuação de sucesso na área da agroecologia, com 93 anos de vida e 70 de profissão, consegue trazer o sucesso na agricultura de forma clara e simples, por meio de uma visão integrada e sistêmica, ensinando onde medir, onde e como agir nesta gestão da atual complexidade agrícola, com exemplos práticos. O autor afirma que o solo saudável tem uma resistência natural a pragas e, portanto, não precisa de herbicidas altamente tóxicos como os usados em larga escala. O solo saudável produz plantas saudáveis e bonitas de alto valor biológico, muito diferentes dos produtos ditos “orgânicos” encontrados em feiras, mercearias e supermercados. O tratamento adequado e eficiente do solo tropical é possível torná-lo produtivo através da aplicação de medidas simples, viáveis para qualquer agricultor. Mas é preciso conhecer o solo e as necessidades do que nele se planta. Por meio de uma análise cuidadosa, as causas da deficiência da planta podem ser descobertas e medidas podem ser tomadas para remediar a deficiência. Este livro apresenta vários exemplos práticos de culturas comprometidas e os tratamentos usados. Frequentemente convocada por agricultores daqui e de outros países, Ana foi capaz de resolver mais de 70 problemas em diferentes safras, salvando inúmeras economias dependentes do solo.

2. DESENVOLVIMENTO A autora inicia dizendo que “No mundo inteiro a consciência ecológica despertou. A poluição dos rios, mares e ar, terras e alimentos já não é mais somente razão de baderna de alguns ativistas verdes, mas está começando a preocupar seriamente os povos e até os governos neocapitalistas” (p13). “Dizem que os ricos teriam de ter compaixão para com os pobres e famintos, fazendo campanhas de “cesta básica” ou de doações de roupa, ou até de casas. Mas esse não é o problema. Não são esmolas dadas pelos abastados por “compaixão” que as famílias pobres querem. Elas querem uma vida digna, querem ganhar a vida. Será que os mais eficientes em amealhar recursos financeiros simplesmente não são mais capazes de ver o que acontece ao seu redor? Será que eles estão tão cegos pelo dinheiro e tão aparvalhados pelo bem-estar que não conseguem mais compreender o que ocorre?” (p15) A miséria não é problema somente dos famintos, mas de todo mundo. Todos sabem que o que mais destrói o meio ambiente é a pobreza e a ganância. Na tentativa desesperada de conseguir algo comestível, destroem-se os solos e, consequentemente, os cursos de água que não se abastecem mais, exterminam animais, às vezes já raros, como tartarugas, capivaras, javalis, pacas e outros. Não são somente as madeireiras na mata amazônica que exterminam as árvores mais preciosas, como mogno e pau-brasil, dos quais todo mundo fala e que os ricos ambicionam. Também os pobres e famintos da caatinga, região semiárida do Nordeste, exterminam suas árvores mais importantes, como os faveleiros e os umbuzeiros, estes últimos por causa das bolotas grandes de depósito de água e reservas alimentícias que carregam em suas raízes e que os ajudam a sobreviver à seca. (p14) Nos últimos 50 anos, milhares de milhões de pessoas, ou exatamente 4,2 bilhões de pessoas, perderam suas terras ou seus empregos no campo graças às monoculturas e sua mecanização, ao uso de herbicidas e de transgênicos. Na Europa e nos Estados Unidos, os desempregados foram recebidos de braços abertos pelas indústrias, no Brasil, pelas favelas. O grande

problema não é a falta de alimentos, mas a falta de poder aquisitivo, isto é, de empregos, que nunca vão existir porque a indústria não é nossa. As decisões, os novos desenvolvimentos e os componentes de alta tecnologia vêm de fora. (p19) Outro fator que se torna extremamente importante para aqueles de nós que focam nosso trabalho nos agricultores mais pobres dos trópicos é que o Conceito de Quantidade de Nutrientes leva quase inevitavelmente a um uso excessivamente alto de fertilizantes químicos. O custo de fertilizantes químicos frequentemente representa o maior custo em dinheiro para agricultores com poucos recursos nos trópicos. Em nosso planeta existem 13 bilhões de hectares de terra, sendo mais ou menos 2,3 bilhões de hectares de terra de uso agrícola ou pastoril, ou seja, entre 15% e 18%. Conforme a região, 24% a 30% ainda são florestas tropicais ou vegetação nativa (tundra), que ocupam cerca de 3,100 bilhões de hectares. Se, porém, o desmatamento continuar na velocidade atual, em 40 anos não haverá mais floresta nenhuma. Perderemos nossa biodiversidade, nossos “termostatos” ambientais, e ganharemos um clima com temperaturas extremas (muito frio ou muito quente) e vento permanente que baixará a produção agrícola à metade ou até ⁄₅ da atual. (p21) No entanto, a experiência em cada nação mostra que, com uma despesa total muito menor, os agricultores podem obter rendimentos iguais ou até maiores. Além disso, com o passar dos anos, o uso da maioria dos fertilizantes químicos extrai micronutrientes do solo, acidifica o solo ainda mais e ajuda a erodir, queimar ou simplesmente deixar de substituir a matéria orgânica do solo. Com o tempo, todos esses fatores trabalham juntos para reduzir a resposta que os fertilizantes químicos alcançam em termos de produtividade, a ponto de, em muitos casos, não restar nenhuma vantagem econômica líquida para seu uso. Os solos tropicais são formados em áreas com alta temperatura anual e pluviosidade. Embora a savana e as florestas tropicais sejam MUITO diferentes em organismos e extensão, ambas têm um clima que resulta em solos profundos e altamente intemperizados. O intenso desgaste faz com que esses

solos sejam pobres em nutrientes e com baixo teor de matéria orgânica. Os solos tropicais foram influenciados por fenômenos geológicos importantes, como placas tectônicas, intemperismo de paisagens antigas, elevação de cadeias de montanhas, saídas vulcânicas e submersão ou emergência oceânica. Muitos solos tropicais estão severamente esgotados em matéria orgânica do solo, cujo reabastecimento permaneceu intratável usando os principais regimes de cultivo. O aumento da matéria orgânica do solo (MOS) melhora a capacidade de troca catiônica dos solos tropicais intemperizados, e a calagem é necessária para alcançar altos rendimentos nesses solos. Apesar da diminuição da MOS em curto prazo, a calagem pode aumentar a MOS com o tempo, melhorando as ligações químicas dos cátions com os colóides do solo. O solo C também pode ser aumentado em sistemas de cultivo com alto teor de matéria seca. É um pequeno absurdo supor que o solo tropical seja um solo de clima temperado, somente muito mais intemperizado, ou seja, decomposto pela ação do clima, muito mais pobre e, portanto, muito mais desfavorável para a agricultura do que o solo do clima temperado. Logo, o solo tropical necessitaria ser adaptado ao solo rico, de pH neutro, do clima temperado, o que quer dizer que o alumínio alto e o pH baixo têm de ser corrigidos, usando-se até 35 t/ha de calcário, como no Projeto Tatu, bem como a pobreza mineral precisa ser eliminada, adubando-se com dosagens elevadas de NPK; os solos têm de ser mantidos limpos por herbicidas, uma vez que o “mato” cresce com muita rapidez e insistência, e as enormes quantidades de parasitas devem ser controladas por defensivos de alta toxidez. (p23)

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS Se quisermos atingir ou manter altos níveis de produtividade agrícola nos trópicos, é crucial que entendamos adequadamente a relação entre os nutrientes do solo e a produtividade da cultura. Esse entendimento é especialmente importante se quisermos atingir essa produtividade com os menores custos possíveis, tanto econômicos quanto ecológicos. A tese deste artigo é que a visão convencional da relação entre os nutrientes do solo e a produtividade das culturas nos trópicos está levando a políticas agrícolas prejudiciais e a práticas agrícolas ineficientes e prejudiciais. De importância primordial para os pequenos agricultores em todo o mundo é que este conceito convencional resulta na recomendação consistente do uso de grandes quantidades de fertilizantes químicos que são biologicamente desnecessários, economicamente extravagantes e ecologicamente prejudiciais. O dano ecológico causado pelo fertilizante químico por si só talvez não seja tão grande. No entanto, se incluirmos seu impacto indireto causado pelo fato de que a maioria dos pequenos agricultores reduz o uso de matéria orgânica uma vez que começam a usar fertilizantes químicos, o dano ecológico indireto causado por fertilizantes químicos na agricultura e ecologia do mundo em desenvolvimento é nada menos que de tirar o fôlego.

REFERENCIAS PRIMAVESI, Ana. Pergunte ao solo e às raízes: uma análise do solo tropical e mais de 70 casos resolvidos pela agroecologia. SP. Nobel, 2014....


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