Filosofia Moderna - Resumo sobre René Descartes, David Hume, John Locke e Immanuel Kant PDF

Title Filosofia Moderna - Resumo sobre René Descartes, David Hume, John Locke e Immanuel Kant
Author Luana Lantyer
Course Filosofia e Ética
Institution Universidade do Vale do Paraíba
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Resumo sobre René Descartes, David Hume, John Locke e Immanuel Kant...


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Filosofia Moderna: Racionalismo e Empirismo CONTEXTUALIZAÇÃO: → Na filosofia moderna a ciência e filosofia não se misturam, diferentemente da filosofia na Grécia. Baumann e Foucault são exemplos de filósofos modernos que demonstram a distância da ciência e da filosofia. → A busca da filosofia na Grécia é a verdade, ao querer achar a verdade metafísica, não existe mais de uma teoria filosófica possível. Um filosofo negaria o outro, pois são ideias distintas. →Filósofos como Platão (428/27-347 a.C.), Santo Agostinho (354-430), e Descartes (1596-1650) acreditavam na doutrina das ideias inatas, ou inatismo, que sustenta que o homem nasce com determinadas crenças verdadeiras. Segundo eles, a alma humana teria uma espécie de repositório de informações conferidas por Deus, e isso validaria as certezas sobre as coisas do mundo. → A filosofia é um conhecimento da Doxa e não da Episteme. → A psicologia, o estudo da psyché, é algo muito subjetivo e amplo. A psicanálise, behaviorismo e Gestalt, por exemplo, demonstram que a psicologia não possui uma verdade única. A psicologia é a união das vertentes, sem uma verdade universal. CETICISMO: HISTÓRIA HELENÍSTICA →Pirro de Élis foi um filósofo grego, braço direito de Alexandre O Grande, nascido na cidade de Élis é considerado o primeiro filósofo cético e fundador da escola que veio a ser conhecida como pirronismo. Dizia que em todos os lugares as coisas mudavam, a verdade de um lugar é distinta da verdade de outro. Não existe nenhuma possiblidade de conhecer o mundo. Nada garante que as coisas serão as mesmas sempre. O sol nascerá amanhã? Não sabemos com certeza, apenas presumimos que ele nascerá pela experiencia dele ter nascido hoje e ontem. →A ciência é um habito e não uma prova do mundo. A gravidade só existe porque as coisas se comportam dessa forma. →Começa a pensar no cidadão do Cosmos (cosmopolita- oriundo ou próprio dos grandes centros urbanos, das grandes cidades.) e na ética. CETICISMO CIENTÍFICO: → Não existe verdade cientifica. São apenas hábitos.

→ A verdade da ciência são hábitos repetidos, apenas. Mas, a ciência é a mais próxima da “verdade” do mundo, tudo é embasado nela. O campo da verdade que a ciência busca é infinito. →Todo ceticismo está muito ligado a impossibilidade de conhecer a verdade, diante disso, surgem duas escolas: o racionalismo e o empirismo. EMPIRISMO: → é uma teoria do conhecimento que afirma que o conhecimento sobre o mundo vem apenas da experiência sensorial. O método indutivo, por sua vez, afirma que a ciência como conhecimento só pode ser derivada a partir dos dados da experiência. O Empirismo defende que o conhecimento humano provém da nossa percepção do mundo externo e da nossa capacidade mental, valorizando a experiência sensível e concreta como fonte do conhecimento e da investigação. Segundo os empiristas, o conhecimento da razão, da verdade e das ideias racionais é importante, mas desde que estejam ligados à experiência, pois as ideias são adquiridas ao longo da vida e mediante o exercício da experiência sensorial e da reflexão. O método empirista baseia-se na formulação de hipóteses, na observação, na verificação de hipóteses com base nos experimentos. O empirismo provoca uma revolução para a ciência. A partir da valorização da experiência, o conhecimento científico, que antes se contentava em contemplar a natureza, passa a querer dominá-la, buscando resultados práticos. → Principais precursores: David Hume, Francis Bacon, John Locke, Aristóteles. RACIONALISMO →é a corrente filosófica que iniciou com a definição do raciocínio como uma operação mental, discursiva e lógica que usa uma ou mais proposições para extrair conclusões, ou seja, se uma ou outra proposição é verdadeira, falsa ou provável. O racionalismo sustenta que há um tipo de conhecimento que surge diretamente da razão. É baseado nos princípios da busca da certeza e da demonstração, sustentados por um conhecimento que não vêm da experiência e são elaborados somente pela razão. O racionalismo considera que o homem tem idéias inatas, ou seja, que não são derivadas da experiência, mas se encontram no indivíduo desde seu nascimento e desconfia das percepções sensoriais. Enquanto a ciência cristã e

antiga constituía um corpo de verdades teóricas universais, de certezas definitivas, não admitindo erros, mudanças ou crítica, a ciência moderna e racional vai propor formular leis e princípios que expliquem o funcionamento da realidade. 7 O pensamento racional ao introduzir a dúvida no processo do pensamento, introduz a crítica como parte do desenvolvimento do conhecimento científico. São esses princípios da ciência moderna que encontramos hoje. →Principais precursores: René Descartes, Immanuel Kant.

→Tal forma de abordar o mundo chamamos de guilhotina de Hume. Por ele rompe a relação de causa e efeito. →Não há verdade possível a ser conhecida.

DAVID HUME (1711-1776): →Movimento de falar “o que é a verdade”. Há uma retomada do ceticismo proposto por Pirro, um cidadão cosmopolita que está migrando com Alexandre O Grande no império macedônico dissipando sua teoria. →Epoché: significa 'colocar entre parênteses', é a atitude de não aceitar nem negar uma determinada proposição ou juízo. Opõe-se ao dogmatismo, em que se aceita uma proposição, suspendendo o termo. →Ataraxia: paz de espírito. →Todo conhecimento provém da experiência para Hume, mas nós acreditamos que o mundo respeita certas regras. Exemplo: Toda caneta cai no chão? Não se sabe, pois, a relação de causa e efeito é criada por hábitos. (A lei da gravidade postulada por Newton até os dias atuais não possui uma explicação, é apenas uma teoria). →O hábito para Hume se constitui em: semelhança, contingência e causalidade. Exemplo: É necessário a caneta para o mundo? Não. Se nada é necessário no mundo, como é a verdade? Não há verdade para Hume (contingência). “Newton ainda está certo” →Deus é uma crença. O Deus cristão é o Deus da pós morte, não é possível experenciar. →Desta forma vemos que Hume se mostra como um cético ao conhecimento científico, pois os meios que temos de conhecer o mundo são embasados nas experiencias dos fatos. Hume faz uma crítica ao método indutivo, pois, ao afirmar isso, ele coloca em xeque as relações certas do mundo que tentam garantir que um causa x terá um efeito y.

→A ideia é a percepção fraca do mundo. →Impressão simples: objeto em si; Impressão complexa: conjunto que a forma →Obra: “Investigação sobre o entendimento humano” JOHN LOCKE (1632-1704): → ‘‘Pai do empirismo” é o primeiro a organizar as ideias para seguir isso. Para ele não existem conhecimentos inatos, apenas podemos conhecer através das impressões, conhecemos o mundo a partir da experiencia sensível das qualidades desses objetos. →Qualidades primárias (objetivas): forma, movimento, repouso, solidez. →Qualidades secundárias (subjetivas): Cor, cheiro e gosto. →A partir das qualidades criamos uma ideia simples, que vão imprimindo as ideias da menta. →A partir das ideias simples, racionalizamos isso, refletimos e criamos ideias complexas. Ex: Existência, causalidade, substância →Tábula Rasa: “Suponhamos, pois, que a mente é, como dissemos, um papel em branco, desprovida de todos os caracteres, sem quaisquer ideias; como ela é suprida? De onde lhe provém este vasto estoque, que a ativa e que a ilimitada fantasia do homem pintou nela com uma variedade quase infinita? De onde apreende todos os materiais da razão e do conhecimento? A isso respondo, numa palavra, da experiência. Todo o nosso conhecimento está nela fundado, e dela deriva fundamentalmente o próprio conhecimento.” →A mente não cria nada! O que Locke diz é que somente a experiência nos fornece as ideias que habitam nossos pensamentos. Em outras palavras, que

o conhecimento tem um início externo, fora do homem. →Obra: “Ensaio Acerca do Entendimento Humano” (1690)

este ceticismo aos nossos próprios estados passados, de tal modo que tudo o que resta é o eu presente.

RENÉ DESCARTES (1596-1650) →Nasceu na França, em 1596, em um momento de profunda crise da sociedade e cultura europeia, passando por grandes transformações e ruptura com o mundo anterior. Foi um dos principais pensadores do racionalismo. Expôs suas ideias com cautela para evitar a condenação da igreja. É considerado um dos pais da filosofia moderna. O princípio básico de sua filosofia é a frase: “Penso, logo existo” / “Duvido, logo sou” – Posso duvidar de tudo, menos da dúvida. A base de seu método é a dúvida de todas as nossas crenças e opiniões. Para ele, tudo deve ser rejeitado se houver qualquer possibilidade de dúvida. O pensamento é algo mais certo que a matéria. Ele valorizava a atividade do sujeito pensante em relação ao real a ser conhecido. Descartes acreditava que o método racional é caminho para garantir o conhecimento de uma teoria científica. →Primeiro filosofo a falar de subjetividade, funda a ideia de Eu. Eu represento, eu penso, eu imagino, eu duvido, eu faço o mundo. O mundo é aquilo que EU represento. →Discurso sobre o Método funda o racionalismo moderno. É a primeira obra a afirmar que todos os homens têm, por natureza, a mesma razão e a capacidade de pensar com lógica. A obra estuda o método para conquistar a verdade. Tem como fundamento duvidar sempre daquilo que suscitar dúvidas, o chamado “ceticismo metodológico”, que tem 4 preceitos: nunca conceber algo como verdadeiro que não se evidencie como tal; dividir as dificuldades resultantes do estudo do objeto em quantas parcelas forem necessárias para um melhor julgamento; conduzir o pensamento ordenadamente, começando pelo que é fácil até atingir o difícil, e, por último, fazer revisões para certificar-se de que nada foi omitido . →Solipsismo é a concepção filosófica de que, além de nós, só existem as nossas experiências. O solipsismo é a consequência extrema de se acreditar que o conhecimento deve estar fundado em estados de experiência interiores e pessoais, não se conseguindo estabelecer uma relação direta entre esses estados e o conhecimento objetivo de algo para além deles. O "solipsismo do momento presente" estende

IMMANUEL KANT (1724-1804)

→Filósofo alemão do século XVIII, Immanuel Kant foi um dos principais pensadores do período moderno da filosofia. Abordando questões que abrangiam desde a moralidade até a natureza do espaço e do tempo, Kant é reconhecido particularmente por promover a reunião conceitual entre o racionalismo, que tem em Descartes seu maior expoente, e o empirismo, tal como apresentado por Hume. Desta forma reunindo o potencial da razão humana e a relevância da experiência no processo de aquisição produção de conhecimento. →Kant comparou a si mesmo com Copérnico, que reverteu a forma como vemos o sistema solar, na medida em que seu trabalho promoveu uma revolução similar na filosofia. Isto ocorreu quando Kant demonstrou como os problemas metafísicos tradicionais poderiam ser superados pela suposição de que a concordância entre os conceitos que usamos para conceber a realidade e a própria realidade surge da conformação desta realidade a mente humana, de modo ativo e de forma que todos os humanos possam experimenta-la, e não porque nossos conceitos mentais passivamente reflitam a realidade, sem nada adicionar. Destarte, para Kant, a experiência era de extrema importância, mas a mente humana era a condição de possibilidade para qualquer experiencia. A mente humana é o que nos permite transcender a mera atitude passiva em relação a realidade e termos experiências genuínas. →Revolução copernicana filosófica: tira Deus do centro do conhecimento e coloca o homem (Teocentrismo – Antropocentrismo). →Relação entre sujeito e objeto: relação da psiquê com o mundo, de um EU com o mundo →Em sua CRÍTICA DA RAZÃO PURA , de 1781, Kant leva este trabalho a cabo e busca afastar o ceticismo de filósofos como David Hume, promovendo a dissolução do impasse entre racionalistas e empiristas. Sua posição não implica em relativismo da realidade, de fato Kant defende uma realidade objetiva, para a qual cunhou o termo "COISA EM SI", porém, se não pelas configurações específicas da mente humana a experiência da coisa em si é impossível, de modo que só temos acesso ao resultado de nossos conceitos aplicados sobre a realidade, para o que utilizou o termo "fenômeno". Desta forma, não temos acesso a coisa é

si, mas a mente humana não altera s realidade, enquanto coisa em si, ela altera a nossa experiência da realidade, o fenômeno, em última instância, a mente humana torna possível a experiência. →Devido a estas mesmas configurações, conceitos como espaço e tempo são compartilhados por todas as mentes, de modo a tornar possível a comunicação, o conhecimento e a moral. A mente significa as coisas, gera significado. “O “Eu-Penso” deve poder acompanhar todas as minhas representações.”...


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