Title | Formações do Inconsciente |
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Course | Introdução ao Estudo do Inconsciente |
Institution | Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul |
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Resumo de um dos conteúdos abordados da disciplina de Introdução ao Estudo do Inconsciente. ...
FORMAÇÕES DO INCONSCIENTE - (CONTEÚDO DA DISCIPLINA DE INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO INCONSCIENTE) ⇒ Uma formação do inconsciente é uma elaboração psíquica e simbólica. ⇒ O que há, então, de simbólico quando esquecemos datas, nomes e lugares? E quando contamos piadas, quando sonhamos e quando cometemos equívocos? ⇒ Em nossas experiências diárias não ficamos pensando se nossos atos, nossos sonhos e nossos esquecimentos são destinados a alguma finalidade. Mas nossa vida é feita de ações que almejam um propósito, elas tem um sentido. Qual? ⇒ Freud - final do século XIX - início do desvendamento desses enigmas, a partir da escuta de seus pacientes. O que a princípio não tinha sentido, estava carregado de razões de ser. Depois da Psicanálise tornou-se impossível pensarmos nossas ações sem serem como formações do inconsciente e como tal, atreladas aos desejos subjacentes presentes no inconsciente. ⇒É possível pensarmos e nos comunicarmos sem a palavra, sem a linguagem? ⇒ Só podemos falar nas formações do inconsciente porque elas se manifestam na linguagem. ⇒ A palavra verdadeira irrompe na fala do sujeito que se esforça para burlar a censura, provocando uma ruptura entre o significante e o significado, permitindo demarcar o desejo inconsciente do sujeito. ⇒ A forma pela qual o inconsciente se manifesta é, então, através da fala, revelando o inusitado, alguma coisa que sempre surpreende. ⇒ Formações inconscientes significam sempre outra coisa diferente daquilo que efetivamente aparece, como efeito a ser interpretado. ⇒ Partimos do pressuposto de que a Psicanálise é uma forma de desordenamento do que é dito, na direção de um não-saber, pelo avesso ao saber que se tem. ⇒ O sonho, o chiste, a piada, o lapso, o esquecimento do nome, atos falhos e o sintoma são todas formações do inconsciente. E não se trata de reencontrar o inconsciente em
alguma profundeza, mas de balizá-lo a partir do discurso consciente no ponto onde, sem o sujeito ter desejado, alguma coisa escapa, revelando desejos recalcados oriundos do inconsciente. ⇒ Sintoma (para Freud e Lacan): é a expressão de um conflito psíquico. É uma mensagem do inconsciente. A palavra que o sintoma aprisiona ao orgânico encontra ressonância na escuta e na leitura do analista. ⇒ Atos falhos e lapsos: são palavras que tropeçam, mas são palavras que confessam. Revelam a verdade, portanto, são atos bem sucedidos. Normalmente na vida cotidiana nos desculpamos dizendo: "me enganei, não era bem isso o que eu queria dizer”. ⇒ Esquecimento de nome: na verdade não há esquecimento absoluto porque, no lugar do nome esquecido, apresenta-se outro ou outros nomes. Aquele nome que foi esquecido não acontece por acaso, se foi esquecido é porque há uma implicação provinda do inconsciente. ⇒ Chiste ou dito espirituoso (gracejo, piada) - é em “Os chistes e sua relação com o inconsciente” de 1905 que Freud faz estudo criterioso da satisfação que ele provoca e a relação com a vida psíquica. E Lacan no seminário cinco “As formações do inconsciente” de 1957- 1958 revisitando o assunto, traz contribuições significativas para o tema....