Title | G1 - Aventura Sociológica 2018.1 |
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Course | Aventura Sociológica – (Sociologia I) |
Institution | Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro |
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Anotações da matéria para a G1 da professora Carla Soares. ...
Aventura Sociológica
Sociologia da sociologia (13/03) 1. Associação sociologia – modernidade Modernidade está sempre em transformação, é um fluxo intenso e movimentado. A modernidade pode ser estética, histórica ou estilo de vida (o que é ser moderno?). Não há sociologia de sociedades paradas, somente em transformação. 2. Modelos de análise/ perspectiva Marx o A luta de classes gera o fluxo da modernidade, gera a transformação social. o O indivíduo é irrelevante, só o grupo é capaz.
Durkheim o Assim como Marx, Durkheim acredita na mudança social. o A sociedade vem antes do indivíduo. o A divisão do trabalho social faz com que a sociedade progrida.
Weber o Acredita na racionalidade. o Apresenta certo pessimismo quando comparado aos outros.
3. Evolucionismo x determinismo social Empirismo x reação teológica 4. Dupla hermenêutica Anthony Giddens Hermenêutica é a capacidade de interpretação, de reflexão.
5. Dupla revolução Fundação da modernidade e da sociologia amadurecimento material, intelectual e político. Revolução Industrial o Transformações econômicas na sociedade. Revolução Francesa o Desenvolvimento por conta do Iluminismo. o Avanços na consolidação do individualismo e na constituição de direitos civis. o Solapamento do feudalismo e consolidação do capitalismo. 6. Por que vocês estão aqui? Wright Wills (1916 – 1964)
Anthony Giddens (20/03) 1. Neutralidade axiológica (valores) É inviável para a sociologia. 2. Sociologia – questões e problemas A sociologia é ambivalente. o Fomento de rebeliões/ estímulo à revolta. Tese – caráter subversivo ou crítico não acarreta que ela seja um empreendimento intelectual sem valor. A sociologia só tem caráter porque ela lida com problemas que se mostram prementes para todos nós, problemas que geram os principais controvérsias e conflitos na própria sociedade. o Ciência (razão) – não possui tanta força explicativa quanto as ciências naturais ela não pertence a esse grupo.
3. Definição A sociologia é o estudo das sociedades humanas. o Sociedades são conjuntos/ sistemas/ grupos de modos institucionalizados de conduta instituições: modalidades de agir e pensar, em um determinado tempo e espaço, que agregam conjuntos de regras e características sociais. 4. Leis Universais Não há na sociologia, porque a natureza os humanos não é a mesma dos objetos materiais. 5. Nascimento da sociologia Dupla revolução o Revolução Francesa (1789) A ordem social foi transformada. Liberdade e igualdade universais. Mudou o regime para a democracia. o Revolução Industrial (final do século XVIII) Inovações técnicas; mudanças sociais e econômicas. Migração em massa da força do campo para a indústria. Mecanização da produção agrária. Expansão da cidade. 6. Sociologia multidisciplinar História, antropologia (insight antropológico) olhar de fora, se colocar no lugar do outro. Não é possível traçar linhas divisórias entre a sociologia e outras áreas.
7. Comte Se descobrirmos as leis que regem a sociedade humana, poderemos forjar nosso próprio destino. “Ver para prever”.
8. Durkheim A sociologia diz respeito aos “fatos sociais” que podem ser abordados do mesmo modo objetivo que os fatos com que lidam as ciências da natureza. Duplo envolvimento: criamos a sociedade e ao mesmo tempo somos criados por ela. 9. Imaginação sociológica Várias formas relacionadas de sensibilidades que se mostram indispensáveis à análise sociológica. Só podemos compreender o mundo social com sensibilidade histórica, antropológica e crítica.
10. Etnocentrismo no Ocidente O modo de vida é considerado superior ao de outras culturas. Pierre Clastres (27/03) “A sociedade contra o Estado” isso é uma escolha.
Etnocentrismo o Vê uma concepção familiar como uma forma mais correta. Etnologia o Ciência/ estudo dos povos “primitivos”. 1ª Crítica/argumento o Crítica ao cientificismo europeu e a forma de estudar as tribos que não fazem parte dessa realidade. o Ele estuda as tribos da América do Sul lhes faltam fé, lei, rei, Estado e são tecnologicamente inferiores (segundo o cientificismo europeu). o Incas, maias e astecas organizações “mais civilizadas” que as da América do Sul. o Argumento antievolucionista ------------------evolução--------------------- América Incas sociedades do Maias Sul Astecas europeias 2ª Crítica – Econômico o Tipo de organização econômica das tribos = economia de subsistência era dito que elas eram inferiores economicamente porque são inferiores tecnologicamente segunda Clastres isso não existe. O que existe é adaptação a um meio e a deles é satisfatória.
o
Primeiro modo de produção “Comunismo Primitivo” administração pública é comunidade.
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Essas sociedades são voltadas para o lazer e não para o trabalho.
3ª Crítica – Política não é falta de organização estatal. o “Chefe” Não tem poder, mas tem prestígio. Representa as melhores virtudes que a tribo quer. Possui dons oratórios reprodução da histórica/ tradição.
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UM (mal) – Estado
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Materialismo Histórico Vulgar Crítica Modos de produção: Conceito abstrato Organizado em duas estruturas:
Superestrutura (política) Infraestrutura (economia) Forças produtivas Atividade humana (capacidade de transformação) Objetos (matérias-primas e os meios de produção) Relações sociais de produção
Karl Marx (1818 – 1883) – (03/04) Tradição Filosófica Alemã SER é essencial para compreensão dos fenômenos históricos. o Feuerbach – inaugura o materialismo (crítica a tradição religiosa cristã) Deus é inventado para justificar problemas da realidade; alienação. o Hegel – perspectiva idealista (a ideia é essencial para compreender os fenômenos históricos) “a priori” das manifestações humanas. Dialética – a perspectiva dialética oscila de acordo com o momento histórico, ou é valorizada ou desvalorizada. Parte da totalidade e é um processo de conhecimento (forma de apreensão da realidade). Lógica dos opostos.
Materialismo Histórico Dialético
o
Marx - luta de classes move a realidade e é responsável pelas transformações históricas.
Filosofia da Práxis o Filosofia ativa (não adianta entender o mundo sem querer transformálo e acabar com seus males).
Tese, antítese e síntese
o Modo de produção antigo Tese: classe dos senhores Antítese: classe dos escravos Negação Síntese: feudalismo movimento posterior à negação = negação da negação o Feudalismo Tese: classe dos barões Antítese: classe dos servos Negação Síntese: Capitalismo o Capitalismo Tese: Burguesia Antítese: proletariado Negação Síntese: comunismo (segundo Marx)
Circulação simples de mercadoria o Como nós não entramos no mercado não é o que se vende que define a economia, é como se vende. o Valor de uso – equivalente em dinheiro – valor de uso 2
Circulação ampliada de capitais o Pré-condição histórica = separação da Atividade Humana e dos Objetos. o Capital = dinheiro ampliado em constante circulação no mercado.
Força de trabalho o Exemplo: 10h = 10 casacos 5h = 5 casacos = Salário Valor de troca tempo socialmente necessário 5h (resto) tempo excedente = MAIS VALIA taxa de mais valia (exploração do capital) – proporção entre o que o trabalho rende e quanto se recebe por ele.
Mais Valia ABSOLUTA o Amplia a jornada de trabalho para aumentar o LUCRO e a MAIS VALIA. o Gera depreciação do capital: Desgaste do trabalhador
Desgaste das máquinas Aumento no preço das contas Mais Valia RELATIVA o Valorização da eficiência do trabalhador. o Inovações tecnológicas. Fetiche da Mercadoria (valorização do objeto) o Fetiche – feitiço. o Valoriza o objeto e não do trabalhador (ou das relações sociais por trás dele).
A burguesia cava sua própria cova Departamento 1: bens de produção (máquinas) Departamento 2: bens de consumo
Continuação Marx (10/04) Marx e Freud uma perspectiva que une a prática com a teoria une os dois. Filosofia da Práxis – filosofia ativa – aposto da alienação Falta de consciência histórica. o A ideologia é falsa consciência. A alienação vem antes da produção e reprodução de ideologia. o Formas de produção ideológica: Inversão – coloca-se o efeito no lugar da causa. Silêncio Produção e reprodução do imaginário social – prescrição de normas; padrões estabelecidos para a sociedade.
3 formas da Alienação o Social – forma mais ampla e geral de alienação; o indivíduo não percebe que ele institui a sociedade e que ele é instituído pela sociedade. gera rebeldia individual ou aceitação passiva. o Econômica Trabalho abstrato – a mercadoria é uma relação social (força de trabalho, transporte, etc). o trabalhador não percebe que produz determinado produto pois foi reduzido a uma coisa: mercadoria que produz mercadoria. Fetiche da mercadoria – o trabalhador não se percebe na produção, não se vê na produção do produto. o Intelectual – os aparelhos superestruturais são aparelhos de dominação das classes. Tudo é formado pela burguesia. Esse aparelho produz falsas consciências, já que produz inversões da realidade. A alienação intelectual faz com que o trabalhador não perceba que os ideais são formados pela superestrutura.
Para Marx, o que importa é o ser social, não o ser. “O resultado geral a que cheguei e que, uma vez obtido, serviu de fio condutor aos meus estudos, pode resumir-se assim: na produção social da sua vida, os homens contraem determinadas relações necessárias e independentes da sua vontade, relações de produção que correspondem a uma determinada fase de desenvolvimento das suas forças produtivas materiais. O conjunto dessas relações de produção forma a estrutura econômica da sociedade, a base real sobre a qual se levanta a superestrutura jurídica e política e à qual correspondem determinadas formas de consciência social. O modo de produção da vida material condiciona o processo da vida social, política e espiritual em geral. Não é a consciência do homem que determina o seu ser, mas, pelo contrário, o seu ser social é que determina a sua consciência.”
Émile Durkheim (1858 – 1917) 1. Marcos sociais Coletivista – explicação da anterioridade da comunidade/sociedade. Preocupado com a harmonia/densidade da sociedade. “vazio moral III República” o Sucessão de crises econômicas. o Criação da 1ª confederação geral dos trabalhadores. o Princípio de organização das leis trabalhistas. o Lei Naquet – discussão das leis sobre divórcio na França. o Educação obrigatória e passa a ser laica forma de transmitir conteúdos éticos e morais. Ele busca distinguir a sociologia de outras matérias. 2. Principais ideias/conceitos DTS – divisão do trabalho social. Fatos sociais – analisar as representações mentais coletivas com abordagem científica, a partir de sua exterioridade; busca o lado mais palpável. Forma de pensar e de agir, que se impõe sobre nós. o O direito é anterior a nós, a nossa existência individual e é um fato social. Crime o Consciência coletiva. o Consciência individual.
CC > CI consciência coletiva Propriedade Coletiva Semelhança
CI > CC
inversamente proporcionais
solidariedade orgânica propriedade privada interdependência
Solidariedade mecânica Divisão do trabalho social
O suicídio (1897) – (26/04) 1. Paixões x poder moral Como pode uma coleção de indivíduos constituir uma sociedade? Consenso? Solidariedade possibilita formações de consensos/coesão social e moral.
2.
(Visão evolucionista) CC Solidariedade mec. Consciência coletiva
CI Solidariedade orgânica consciência individual
Solidariedade orgânica – adesão ao princípio coletivo de justiça para que todos respeitem a individualidade. Os indivíduos não podem ser diferentes antes da diferenciação social. o Divisão do trabalho social – causa social o Enfado x felicidade progresso? Não é possível responder se as sociedades atuais são mais felizes que as antigas. Volume, densidade material e moral Luta pacífica pela vida
3. O suicídio fato social (comprovar isso; demarcar, delimitar os campos da sociologia). Pode ser, assim como todo fato social, normal (constante) ou patológico (oscilante) não há julgamento de valor. Ele quer analisar as taxas de suicídio Divisão do trabalho social é positiva, liga funções. Traz a possibilidade de buscar prazer em mais fontes, de que haja mais prazeres pode levar a frustração, uma vez que não é possível realizar todos eles. Anomia Mais prazeres Princípio individualista de justiça torna o princípio coletivo indispensável Disciplina 4. Como o livro é dividido a) Definição Todo caso de morte (...) resultado. b) Refutação
Refuta várias teorias (psicologia, teorias do determinismo racial, entre outras). c) Tipologia Suicídio egoísta – excesso de individualidade e pouca consciência coletiva demonstra apatia social. Suicídio altruísta – sociedade demais e falta de consciência individual excesso de paixão. Suicídio anômico – falta de regulação – associado a crises econômicas frustração. d) Teoria geral Conclusões - faltam regras na solidariedade, o mercado e amoral, o Estado está distante do indivíduo....