Geografia da População PDF

Title Geografia da População
Course Geografia
Institution Universidade Federal de São João Del Rei
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI - UFSJ Curso: Geografia Disciplina: Geografia da População Turma: 2019.1 Licenciatura e Bacharelado Profa.: Ana Carolina Ribeiro Monteiro Aluno/a: Márcio Morais de Oliveira___________________. Data: 04/07/2019.

Valor: 40 pontos

Nota: ________.

AVALIAÇÃO FINAL GEOGRAFIA DA POPULAÇÃO

1 – A partir das citações abaixo, produza um texto abarcando os seguintes temas: a) Malthusianismo (contexto de surgimento e proposta); b) Crítica de Marx a Malthus; c) Neomalthusianismo (contexto de surgimento e proposta). O texto deve ter no mínimo 30 linhas, em Arial 12 e espaçamento simples. Deve ser enviado para o e-mail [email protected] até quinta-feira, 04/07/19. Deve ser um texto autoral.

“Um homem que nasce em um mundo já ocupado não tem direito a reclamar parcela alguma de alimento. No grande banquete da Natureza, não há lugar para ele. A Natureza intima-o a sair e não tarde em executar esta intimação” (Thomas Malthus) “(...) Malthus transforma as relações historicamente diferentes em uma relação numérica abstrata existente somente na fantasia, que não se fundamenta nem nas leis naturais nem nas leis históricas. (...) O homem malthusiano abstraído do homem historicamente determinado, só existe no cérebro de Malthus” (MARX, 1985, p. 112 apud VIANA, 2006, p. 91). “A profissão médica moderna, ainda estabelecendo a sua ética de acordo com as dúbias afirmativas de um homem ignorante que viveu há mais de dois mil anos17 (...) Mediante assistência médica e melhoria das condições sanitárias, são responsáveis pelo fato de milhões de pessoas viverem mais tempo em crescente miséria” (VOGT, 1951 apud MENDONÇA, 2011) “(...) os povos chamados subdesenvolvidos já se aperceberam da profunda contradição que existe entre os preceitos morais de igualdade, fraternidade e humanitarismo pregados e defendidos pelos teorizantes da civilização ocidental e a crua e cínica disputa pelo lucro a que se entregam os grupos mercantilistas dominantes nos países bem desenvolvidos e industrializados do mundo.(CASTRO, 1968 apud MENDONÇA, 2011)

TEXTO SOBRE A QUESTÃO 01

Diante as tensões do período europeu das transformações ocupacionais e populacionais da primeira revolução industrial, e da mesma forma, os anos pós napoleônicos, o início da segunda fase da revolução industrial, que deixava de se concentrar no Reino Unido e passava a acontecer também em demais potências européias, como a França e Prússia, além de atingir as emergentes nações dos Estados Unidos, principalmente após a Guerra da Secessão, e do Japão, consequência do inicio da abertura do país durante o período Meiji, as cidades dessas nações passaram a ficarem apinhados de migrantes, em sua grande maioria, camponeses empurrados para as urbes, com pouca, ou nenhuma, qualificação, para trabalharem, principalmente, em fábricas e na mineração, em ambiente totalmente insalubre, horríveis condições de trabalho, tudo aliado as grandes massas populacionais carentes de quaisquer formas de saneamento e meios salutares, surgiram teóricos estudiosos sobre a demografia, suas causas e resultâncias. Um dos primeiros a se notabilizarem, foi o britânico Thomas Malthus, em seu trabalho denominado “Ensaio sobre a população”, de 1798, narrava que não havia compatibilidade para a capacidade de reprodução humana e a capacidade de produção de alimentos e demais meios de subsistência. Conseguinte, ele também narrava à fome, a miséria e as guerras por áreas cultiváveis fariam um restabelecimento do equilíbrio populacional a produção de alimentos, baseando-se principalmente em projeções matemáticas de progressão geométrica, quanto à população e seu crescimento, e de progressão aritmética, na questão de formas de prosseguimento dos meios de sobreviver. Por final, ele ainda enunciaria e outros de seus escritos que deveriam ser exercidos controles como o preventivo, buscando diminuir as taxas de natalidade e através de convenções restritivas morais, tal como, controles chamados positivos, como não se evitar as causas da restauração da estabilidade proposta por ele mesmo, dita anteriormente neste parágrafo. Alguns autores posteriores chegaram a enfatizar que a grande fome da Irlanda, que aconteceu entre os anos de 1840 e 1850, foram ocasionadas em parte por parte por suas conclusões, cujas obras foram amplamente publicadas por todas as ilhas britânicas, com resultados comparáveis ao Holomodor ucraniano, bem como por seres escritos considerados simplistas e recheadas de falácias. Assim como Malthus foi crítico e criticado por seus contemporâneos e conseguintes, da mesma forma, foi amplamente criticado pelo famoso filósofo e economista alemão Karl Marx, ao afirmar em suas considerações que não é possível entender as dinâmicas populacionais de forma isolada, e da mesma maneira, sem uma aplicação de sua historicidade diante os fenômenos presenciados, demonstrando que a teoria malthusianista abstrai um homem fora de um contexto, um sistema geral influenciador. A seguir, Marx demonstra sua própria proposição, defendendo que a dinâmica populacional esta centrada sobre aos condicionamentos dos regramentos capitalistas, ou seja, devido um processo de acumulação do capital, geradora da pobreza, diferenças sociais, e por sua vez, dos problemas relacionados às superpopulações. Ao passar dos anos, mais uma nova teoria veio a surgir, através das argumentações do estadunidense William Vogt, através de seu livro “Um Caminho para a Sobrevivência”, no contexto da guerra fria, denominado como o trabalho guia dos Neomalthusianistas. Em seus apontamentos diz que os países pobres não devem aumentar suas populações, de maneira que as nações mais ricas não devem ajudá-las, principalmente nas questões sanitárias e medicas, devendo até incentivar medidas para disseminação de métodos contraceptivas, esterilizações, chegando a defender o aborto. De frente com essas falas, Josué de Castro, médico, ativista e importante pensador da geografia brasileira rebate o que foi dito pelo americano, ao dizer que as verdadeiras causas da pobreza e fome são os processos históricos da colonização, imperialismo, concentração fundiária e não distribuição igual de terras, além de apresentar dados que demonstra à baixa densidade demográfica da América Latina em comparação a grande disponibilidade de recursos....


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