Globalização - Perguntas de Exames PDF

Title Globalização - Perguntas de Exames
Course Globalização Cidadania e Identidades
Institution Universidade Aberta
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Questões De ExamesPergunta 1Com a globalização, a intensificação das relações internacionais e o enorme movimento de pessoas, a rutura da ligação entre a nacionalidade como comunidade cultural e cidadania como participação política é inevitável. Embora o estado nação continue a manter a sua influênc...


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Questões De Exames Pergunta 1 Com a globalização, a intensificação das relações internacionais e o enorme movimento de pessoas, a rutura da ligação entre a nacionalidade como comunidade cultural e cidadania como participação política é inevitável. Embora o estado nação continue a manter a sua influência, perdeu grande parte do seu poder para as instituições supranacionais, para os interesses económicos das redes globais e também para o poder local. Com a globalização, a evolução da rede de transportes e comunicações, originou um maior movimento de pessoas que podem se estabelecer noutro país e continuarem a manter uma relação mais frequente com o país de origem, este livre acesso de pessoas em diferentes países, faz com que surjam atores sociais a nível transnacional, em prol da proteção de interesses múltiplos, como, ambientalistas, étnicos, religiosos, entre tantos outros. Tal situação torna-se possível devido à debilidade do estado nação, dando espaço às sociedades civis para adotarem progressivamente as responsabilidades da cidadania global. Pergunta 2 Multiculturalismo emancipatório, assenta numa pressão ativa e complexa entre a política de igualdade e a política da diferença. A política da igualdade, apoiada nas lutas progressistas de redistribuição igualitária de direitos sociais e económicos e lutas contra as diferenciações de classes, deixou de lado as formas discriminatórias de orientação sexual, de diferença étnica, entre muitas outras, e foi a emergência pela luta destas formas de discriminação que fizeram eclodir a politica da diferença, que não é resolvida pela progressista redistribuição, mas sim pelo reconhecimento. O multiculturalismo progressista é um multiculturalismo que tem por base dois objetivos que não devem chocar um com o outro, sendo eles, o objetivo da redistribuição socioeconómica e o objetivo do reconhecimento da diferença cultural. O multiculturalismo emancipatório deve partir da pressuposição de que todas as culturas são diferentes internamente e que o seu reconhecimento entre as outras culturas é tão importante como o reconhecimento da diversidade de cada cultura, aceitando a resistência e a diferença dentro de cada uma. Pergunta 3

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A globalização tem tido um papel nas contradições existentes no conceito de cidadania e os Estados-nação. 1. A globalização debilita as relações na política interna de um estado-nação, perderem uma parte da sua soberania interna em proveito do direito internacional, ao qual prestam submissão, ficando o Estado-nação limitado em termos de poder 2. A globalização tem também debilitado a cultura nacional e distinta, pois com os progressos a nível de transportes e comunicações, o intercambio cultural tornou-se muito mais amplo. 3. A livre circulação de pessoas, fazem com que existam migrações diversas: movimentos temporários e permanentes, migrações económicas; êxodos de refugiados, movimentos individuais e familiares. 4. A globalização tem alterado a noção de espaço social, originando o conceito de comunidade transnacional As principais contradições são: 

Inclusão e exclusão



Cidadão e cidadão nacional de cada país



Cidadão ativo e cidadão e cidadão passivo



[ CITATION Cas05 \l 2070 ]Cidadão enquanto soberano político e cidadão guerreiro

Pergunta 4 Para que a cidadania hierárquica passe para uma cidadania transnacional é necessário que se considerem 3 elementos: 1. Tendo em conta que o Estado -nação mantém o principal foco de poder, é importante que medidas de inclusão de participação de grupos de cidadãos que sofram algum tipo de exclusão, sejam apresentadas eficazmente, através, da presença de representantes de etnias, de programas sociais educacionais e normas contra a discriminação, em prol de igualdades de direitos 2. Exista uma maior participação dos governos do Sul e também representantes da população mundial, que devido à maioria das decisões importantes serem tomadas pelos organismos internacionais, os governos do Sul pouco têm a dizer, ficando os seus 2

cidadãos, quer sejam trabalhadores ou agricultores sem qualquer representação, não sendo as suas necessidades contempladas. 3. Se as instituições globais tivessem uma maior legitimidade para interceder em questões de domínio ou conflitos, detendo um mandato mais democrático e uma representação mais ampla dos interesses da sociedade civil. Pergunta 5 Identidade legitimadora é a inserida pelas entidades reguladoras e dominantes da sociedade, com o objetivo de ampliar e justificar a sua preponderância sobre os atores sociais. Esta identidade origina a sociedade civil, ou seja, origina conjuntos de instituições, organizações, e atores sociais organizados e preparados para retratar a identidade de dominação estrutural, encontram-se enraizados no seio da população ao mesmo tempo que alargam o domínio do Estado, possibilitando-lhe maior controlo sem recurso à violência. O processo de globalização, expôs os Estados-Nação a uma crise profunda, debatendo-se como novos problemas. tais situações evidenciaram ainda mais a sua incapacidade de ação e resolução, abrindo portas a uma sociedade civil global (coletivo de atores sociais transnacionais) de agir e denunciar situações como, a carência democrática nas sociedades a nível mundial e a ausência de um sistema de regulação internacional eficaz e verdadeiramente empenhado na promoção efetiva dos direitos humanos, justiça social e proteção ambiental.

Pergunta 6 Os movimentos anti-globalização do seculo passado são os Zaparistas, as Melicias Norte Americanas e o movimento da Verdade Suprema, os movimentos atuais são: Occupy Wall Street – inspirados na revolta Primavera Árabe, os movimentos do Médio Oriente contra os regimes ditadores, iniciados a 17 de setembro de 2011, no Zuccotti Park, Manhattan, debatia-se contra as desigualdades económicas e sociais, contra a corrupção, ganância e influência das empresas, na governação, principalmente do setor financeiro, este movimento continua presente nos dias de hoje, lutando e denunciando a impunidade dos principais responsáveis e beneficiários pelas crises financeiras. A estratégia do movimento, visava a ocupação constante do setor financeiro de Nova 3

Iorque (Wall Street), organizando grupos para participarem presencialmente e ativamente nas assembleias gerais, expondo os seus argumentos e participando nas decisões coletivas. Indignados – serie de protestos espontâneos que surgiu em 2011, em Espanha, por indivíduos, organizados inicialmente pelas redes sociais mais propriamente pela plataforma civil e digital Democracia Real Ya, conseguindo obter o apoio de mais de duzentas associações pequenas. O movimento teve inicio em 15 de Maio de 2011, com em cinquenta e oito cidades do país, reivindicando por uma mudança na política e na sociedade civil, visto considerarem que não estavam a ser dignamente representados pelos partidos políticos nas medidas impostas, nomeadamente nos benefícios socias e económicos. Grupo II Pergunta 1.2 Cidadania hierárquica Embora exista uma lei internacional regulamentada na Carta das Nações Unidas, que determina a igualdade absoluta em termos de direitos humanos, esta situação não se confirma na realidade social, porque, muito embora, todos os cidadãos devam ter direitos iguais, a verdade, é que muitos necessitam de oportunidades e recursos para que possam efetivamente gozar desses direitos. Assim como os estados dependentes, também os cidadãos se encontram organizados hierarquicamente segundo os seus direitos e liberdades. Ser cidadão comporta determinados direitos civis, políticos e sociais, distintos entre países. Desta forma apresentam-se cinco níveis de hierarquia segundo os seus direitos e liberdades. Nível 1 – Embora os cidadãos na sua maioria detenham nível elevado de direitos formais, onde as suas reivindicações são aceites pelas estruturas democrática, não muitos há que são excluídos da participação política económica e social, como, os povos nativos, minorias étnicas e religiosas, ou outros grupos estigmatizados como os que recebem subsídios sociais. Nível 2 - Os cidadãos oriundos de outros países desenvolvidos, embora detenham de direitos, estes são mais débeis do que os detidos pelos cidadãos nacionais, como por 4

exemplo no âmbito da proteção jurídica, carecendo muitas vezes do poder social para revindicar os seus direitos Nível 3 - Os cidadãos provenientes de países em fase de transição e intermédios, têm a direitos inferiores a nível da proteção local. Devido à enorme presença de corrupção e a uma ineficaz proteção por parte das forças de autoridade, perdura o défice da segurança social. Os eventos eleitorais não decorrem democraticamente como era espectável e existe um grande défice nos serviços de saúde, que se tornam menos eficazes. Nível 4 - As populações oriundas dos países pobres do Sul, embora sejam tidos como cidadãos de nome, na realidade não o são, onde as eleições só servem para manter o regime ditador existente. As forças de autoridade e as forças Armadas têm uma função de imposição de regras e normas e não de proteção como é espectável. São pouco notórios os sistemas sociais, no entanto podem ser impostas pelos países do Norte algumas restruturações a nível social. Nível 5 - Os cidadãos considerados como não cidadão - são pessoas que habitam em países em que houve uma fragmentação total do Estado, como é o caso da Somália, ou República Democrática do Congo, entre outros. Assim como é igualmente mal viver num país definido como estado pária pelos Estados Unidos isto quer dizer que existe pressão por parte do governante local, mas também ameaça de bombardeamento, ou mesmo evasão por parte dos EUA.

Pergunta 2 A renovação estrutural do sistema económico incitada pela globalização diminuiu o espaço de manobra do Estado-nação retirando-lhe em grande parte a capacidade de enfrentar os impactos dos mercados internacionais. Pode-se apontar como principal facto de influência do Estado-nação, a partilha de soberania com várias representações de poder, como, as redes de produção, de capital, a comunicação, as organizações não governamentais, instituições internacionais e movimentos da sociedade civil de opinião pública; as numerosas reivindicações de identidade e de pertença; os fluxos migratórios e o poder dos média e das novas tecnologias de informação que podem amotinar o papel de regulamentação do estado no domínio total de poder. Desta forma, os Estados-nação passam a integrar uma intrincada rede de poderes e contrapoderes e ficando dependentes de um sistema muito mais vasto de domínio e de poder de decisão, tornando-se 5

interdependente, se não mesmo refém, de uma rede de sistemas económicos, nos quais não detém o poder de controlo.

BIBLIOGRAFIA Castells, M. (2003). O Poder da Identidade. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. Castles, S. (2005). Globalização, Transnacionalismo e Novos Fluxos Migratórios:Dos trabalhadores convidados às migrações globais. Lisboa: Fim de Século. dhnet- Direitos Humanos na Internet. (s.d.). dhnet.org.br. Obtido em junho de 2020, de http://www.dhnet.org.br/direitos/militantes/boaventura/boaventura4.html. Sousa Santos, B. (2001). Globalização. Fatalidade ou Utopia? Porto: Edições Afrontamento.

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