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Prof. Alexandra Pelúcia...

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História da Índia

Professora Alexandra Pelúcia [email protected] Password do moodle: ganesh dois testes de frequência sem consulta (à parte da cronologia): 50%/50% 1 teste à distância: 20-25 de novembro 1 teste presencial: Auditório 001, 11 de dezembro, 16h

O MUNDO INDIANO: GEOGRAFIA E POVOS A geografia da Índia contém condicionalismo que influenciaram o curso da sua história – falamos dos mares, das fronteiras com outros territórios asiáticos. Línguas marginais: - Línguas mundá ou colarianas (Orissa e Assam) - Línguas do grupo tibeto-birmano (faldas dos Himalaias) - Línguas iranianas (região noroeste) Línguas principais: - Sânscritas ou neo-áricas: Punjabi, Hindi, Guzerate, Urdu, Bihari, Bengali, Marata, Concanim. - Dravidianas: Telugu, Malaiala, Canarim ou Canará, Tamil

Grandes Períodos da História da Índia: - Índia Antiga, subdividida da seguinte forma: 1500 a.c. / 500 a.c. - Índia Védica (predomínio religioso do Vedismo de 1500 a 900 a.c. e do Bramanismo de 900 a 500 a.c.) 500 a.c. / 500 d.c. – Índia Búdica Sécs. III – VI (meados) d.c. – Índia Clássica (dinastia dos Guptas) - Índia Medieval: Meados do séc. VI / Inícios do séc. XVI

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- Índia Moderna: Inícios do séc. XVI / Meados do séc. XVIII - Índia Contemporânea: Meados do séc. XVIII / Actualidade, com as seguintes subdivisões: 1757-1857 – Época da Company Raj 1858-1947 – Época do Raj 1947… - Índia Independente

CIVILIZAÇAO DO VALE DO INDO Nesta cronologia, não podemos ainda falar de civilização ou civilizações indianas – na verdade, quando falamos de civilização do vale do Indo falamos de uma précivilização, que acabou por desaparecer e não deixou nenhuma influência para a evolução histórica do mundo indiano. Devido a este corte com a consequente história atual, é chamada muitas vezes de civilização pré-indiana, que nasceu, desenvolveu-se e colapsou entre 1300 e 1500 a.C. Esta civilização estruturou-se nas margens do rio Indo, um dos grandes rios indianos, que atualmente está maioritariamente localizada no território do atual Paquistão. Durante vários séculos, esta civilização foi completamente ignorada. Só começa a ser alvo de interesse graças a trabalhos arqueológicos desenvolvidos neste mesmo espaço, durante a década de 1920 – assim, a arqueologia tornou-se a principal fonte de estudo. Todas as investigações que incidem sobre esta pré-civilização indiana apontam para a existência de uma sociedade, bastante caracterizada pela unidade e uniformidade. As suas principais indústrias incluíam o ouro, prata, olaria, tecelagem, carpintaria e gramação de selos. Religiosamente, a civilização do vale do Indo baseava a sua religião no culto da fertilidade. O eventual colapso desta civilização deveu-se a:

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1. Recuo do espaço urbano – perda da qualidade das estruturas; 2. Declínio das práticas agrícolas; 3. Massacres, destruições e eventos de violência e bandidismo; ORGANIZAÇÃO SOCIAL Vaga migratória ariana caracterizada pela violência levou a: Mudanças sociais, mudanças religiosas. Sistema de organização social bastante peculiar. O que e que esteve na origem desta organização social no mundo indiano? As invasões dos arianos dao origem a esta organização. A tal penetração com cargo de violência associada. Gradual sedentarização Que designações podemos utilizar para falar desta organização social? Sistema de Caturuarnya com 4 ordens: Varnas, Jatis.

RELIGIÃO Vedismo Corresponde ao politeísmo que podemos dizer que era idêntico a vários politeísmo religiosos que tiveram expressão no mundo antigo greco-romano. Estes deuses correspondiam à divinização das forças da natureza, que os homens e as mulheres não conseguiam controlar, e esperavam que a relação que eles mantinham com os deuses fosse suficiente para os deuses que controlavam essas forças da natureza lhes fosse benignos. Era considerado que estes deuses tinham intervenção na vida dos homens. A ritualização da religião não era acompanhada pela construção de templos. 3

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Alguns dos deuses principais do panteão védico:  Dyaus Pitr: pai dos Deuses. Não há uma grande presença nos textos védicos, mas tinha a categoria de pai dos Deuses (uma espécie de Zeus grego ou Jupiter romano). Esposo da Deusa Terra.  Prithvi: Deusa Terra.  Indra: Deus do Trovão e da Chuva  Agni: Deus do Fogo O sacrifício estava no centro do culto védico. Em que momentos era praticado? Há dois momentos fundamentais: o inicio do dia e o pôr do sol. Clericalização do Vedismo: Quando o conjunto dos textos védicos, os vedas, está terminado, chega-se à conclusão que é preciso que haja profissionais para a respetiva análise, memorização e uso religioso. Complexificação dos rituais ao longo do tempo e solenização progressiva. Este movimento contribui para que os Bramas se tornem os sacerdotes profissionais. Os sacríficos deixam de ser apenas praticados em casa. Os rituais ficaram imbuídos em simbologia e complexificação de tal quantidade que tudo isto nos ajuda a perceber esta evolução de uma expressão religiosa que podemos considerar puramente védica para bramica. Nesta fase védica os sacrifícios podiam incluir animais e humanos. O sacrifício assegura a nutrição dos deuses – estes precisam de ser alimentados pelos humanos. Sacrifício do cavalo: consagração do poder real. Presidido pelos Brâmanes. É um sacrifico muito longo, com um ano de duração, e consistia na libertação de um cavalo – o território que era percorrido por esse cavalo constituía os domínios territoriais do tal rei que 4

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desejava ser consagrado. No final, o epilogo deste evento culminava no sacrifício físico do cavalo para honrar os deuses e selar o poder real desta figura que ascende ao trono. Entre “obras” fundamentais, deuses, culto centrado no sacrifício e a ideia da reencarnação já presente na época védica – está apresentado o Vedismo.

Jainismo Origem da palavra: provém da expressão Jin, que quer dizer o Conquistador. Mas neste caso, este cognome não foi aplicada a um Conquistador militar, mas sim a um Conquistador Espiritual, de seu nome Mahavira (c.530 a.C.). Este foi o grande sistematizador da religião, aquele que deu origem ao corpo doutrinário do Jainismo. Quais são as ideias bases do Jainismo? Do ponto de vista desta doutrina, o espirtio está aprisionado na matéria, que corresponde ao corpo humano. O objetivo é encontrar a libertação do espirito relativamente ao corpo, à matéria – separar os dois, tornar entidades distintas. Qual é a maneira de alcançar isto? Através da morte. É aqui que está a salvação. No entanto, isto nem sempre podia acontecer. Não é qualquer vida que dá origem a uma morte suscetível de libertar o espirito da matéria. O Jainismo considera que a vida deveria ser pautada por uma serie de características, e se fosse devidamente pautada, é que então, no momento da morte, é que o espirito se libertaria. Há condições para a morte conseguir separar o corpo do espirito. O Jainismo defende ainda as ideias de não violência, não roubar, não mentir, não possuir, abstinência sexual, entre outras, para poder alcançar esta transfusão de almas. Tem tudo a ver com atitudes ou decisões humanas que envolvem a relação dos seres humanos com os outros seres humanos. Há praticas individuais que poderiam ser essenciais para fazer a separação entre o corpo e a matéria – desse ponto de vista, a mortificação do corpo era bastante importante. Falamos aqui de uma morte ideal do ponto de vista jainista – a morte à fome, o jejum severo.

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Budismo Buda, que significa o Iluminado, quando nasceu recebeu o nome de Siddarta Gautama (560-480 a.C.). O que é que marca a existência do Buda? Falamos de uma personagem com um tremendo impacto religioso, na sua época e nos seculos vindouros. Assim, houve claramente uma mitificação desta figura, e o cânone budista (a doutrina budista) só foi afixada após a morte do Buda, à semelhança das restantes grandes religiões que conhecemos (Cristianismo e Islamismo). O Buda nasceu num território no supê dos Himalaias (na base), e era filho de um dignatário. Muitas vezes, Buda é associada à figura de um principe, que viveu numa vida principesca, vivendo uma vida protegida. Aos 29 anos de idade, ele sai do palácio, e é confrontado com as misérias da vivencia humana. Encontrou 4 figuras – um ancião (idoso: decadência da matéria física), um doente incurável, um defunto (um morto), e um monge. Em face desta conjuntura, foram estes 4 encontros que suscitaram a necessidade de refletir, procurar respostas.

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