Infarto Agudo do Miocárdio com supra desnível de ST PDF

Title Infarto Agudo do Miocárdio com supra desnível de ST
Author Larissa Alves Marcelino
Course Clínica Médica
Institution Universidade Estadual de Montes Claros
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Summary

Resumo referência ao problema de ICC do módulo de Dor torácica da Unimontes. Apresenta todos informações, inclusive tratamento, de acordo com ao Sociedade Brasileira de Cardiologia....


Description

Larissa Marcelino T71- Unimontes

P4- INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

OBJETIVOS 1. Definir síndrome coronariana aguda. 2. Analisar o IAM com supra, quanto à etiologia, fisiopatologia, quadro clínico, fatores de risco e desencadeantes, propedêutica, terapêutica, prevenção (primária e secundária), complicações e prognóstico. 3. Correlacionar as alterações do ECG com a topografia do IAM. SÍN DROME CORONARIANA AGUDA (SCA) A doença isquêmica do miocárdio pode se apresentar de forma assintomática, aguda ou crônica. A forma assintomática é chamada de isquemia silenciosa → Os indícios de isquemia miocárdica só podem ser detectados através de exames complementares (ausência de queixas clínicas). A forma crônica é a angina estável → paciente refere sinais e sintomas de isquemia durante o esforço, mas no repouso essas manifestações desaparecem. Não há instabilidade da placa de ateroma como na SCA, mas a placa é grande o suficiente para obstruir a maior parte do lúmen coronariano, produzindo isquêmica somente em face do aumento da demanda miocárdica.

Larissa Marcelino T71- Unimontes A forma aguda é a Síndrome Coronariana Aguda, em que o paciente evolui em curto espaço de tempo com sinais e sintomas de isquemia progressiva (que acabam se manifestando no repouso), existem 3 SCA diferentes: Angina instável, infarto agudo do miocárdio com supradesnível de ST (IAMST) e o infarto agudo do miocárdio sem supra de ST (IAMSST). O IAM é a necrose de uma porção do músculo cardíaco, devido isquemia. O IAMSST está associado a uma oclusão subtotal de uma artéria coronária, esse tipo de oclusão é causado por trombos “brancos” (rico em plaquetas), e corresponde a 70% dos casos. Já o IAMST está associado a uma oclusão total de uma artéria coronária, relaciona-se com trombos “vermelhos” (ricos em fibrina) e corresponde a 30% dos casos. Quando o paciente com dor isquêmica em repouso é atendido no PS, a hipótese diagnóstica é SCA. O ECG de 12 derivações é um recurso essencial para rastreamento e diagnóstico, porque ele permite diferenciar os pacientes que apresentam elevação do segmento ST do que não apresenta → isso orienta a terapêutica.

INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO COM SUPRA DE ST (IAMST) O IAM é uma das maiores causas de morte no Brasil e no mundo. Estima-se que haja cerca de 1 óbito a cada 5/7 casos, temos cerca de 300 a 400mil casos/ano com algo em torno de 60 mil mortes. Apesar da taxa de mortalidade intra-hospitalar ter caído consideravelmente com o advento das terapias de reperfusão coronariana, a taxa de mortalidade geral ainda é alta, por volta de 30%. Isso porque, a maioria das mortes por IAM ocorre nas primeiras horas da manifestação da doença, 40 a 65% na primeira hora e 80% nas primeiras 24h, logo a maioria das mortes ocorre fora do ambiente hospitalar. ETIOFISIOP ATOLOGIA Os infartos do miocárdio são causados por oclusões agudas nas coronárias epicárdicas. As 3 coronárias principais são as mais acometidas: artéria descendente anterior (irriga porção anterior do septo interventricular), artéria circunflexa (irriga maior parte VE) e artéria coronária direita (irriga maior parte VD). A oclusão do tronco da coronária esquerda é quase sempre fatal, causa 40% há grande risco de choque cardiogênico (altas pressões de enchimento + baixo débito cardíaco com hipoperfusão tecidual generalizada). A disfunção diastólica é mais precoce e mais comum que a disfunção sistólica, levando ao aumento na pressão de enchimento do VE e consequente congestão pulmonar. Surgimento de B4 é regra no IAM, e reflete a ocorrência de disfunção diastólica → déficit de relaxamento, com redução da complacência ventricular. 2.

MIOCARDIO ATORDOADO

O déficit contrátil instalado pode demorar horas ou mesmo dias para se normalizar após uma reperfusão miocárdica bem sucedida, mesmo que não haja necrose. Esse é o fenômeno do miocárdio atordoado, mais comum quando a reperfusão é tardia.

Larissa Marcelino T71- Unimontes 3.

NECROSE MIOCARDICA

A necrose inicia no subendocárdio da região de sofrimento isquêmico, e estende-se para o epicárdio até que toda área isquêmica esteja infartada (isso leva cerca de 6 a 12h). Se a necrose atingir toda parede teremos → necrose transmural . Existem alguns fatores que determinam a evolução para a necrose miocárdica: •

Capacidade das redes colaterais: Esta rede se hipertrofia na presença de isquemia, elas se tornam fundamentais para reduzir a extensão da área de necrose, quanto maior for a capacidade de irrigação desta, menor será a área de necrose.



MVO2 (consumo de oxigênio do miocárdio) em sofrimento isquêmico: A isquemia é pior quanto mais elevado a necessidade de O2 (comum na fase aguda do IAM devido a hiperatividade adrenérgica). Reperfusão precoce: é a recanalização da coronária ocluída, com retorno do fluxo sanguíneo. Pode acontecer de maneira espontânea em até 30% dos casos, por ação de fibrinolítico endógeno; como a necrose começa se desenvolver 30 minutos após o infarto → a base do tratamento é a reperfusão precoce pelo uso de trombolíticos ou angioplastia (como será descrito no manejo/tratamento logo abaixo).



4.

EXPANSÃO DA ÁREA INFARTADA

Secundário ao estresse mecânico na parede do VE (aumento da pós-carga), em infartos extensos a região lesada pode se “remodelar” (ficando maior e mais fina), após 3 a 10 dias, devido ao deslizamento das fibras necróticas entre si → Isso altera a geometria do VE → se dilata. Esse remodelamento costuma piorar a disfunção sistólica → instalar um quadro de insuficiência cardíaca congestiva dias após o IAM. Por isso, recomenda-se uso de IECAs, em pacientes com disfunção sistólica pós-IAM pois melhora o prognóstico desse paciente → eles inibem o remodelamento cardíaco, bloqueando o SRAA → reduzindo pós-carga VE. Em contrapartida, deve-se evitar uso de corticoides nas primeiras 4/8semanas pois eles prejudicam a cicatrização miocárdica e favorecem o remodelamento. As áreas não infartadas tendem a hipertrofiar na tentativa de manter a fração de ejeção (mecanismo compensatório). QUADR O CLÍNICO FATORES DESENCADEANTES (em até 50% dos casos): Exercício físico intenso, farta refeição, estresse emocional, doença clínica ou cirúrgica, mais comum pela manhã (horas após despertar) apesar de poder acontecer em qualquer hora do dia. SINTOMAS 1/3 dos pacientes apresentam pródromos → desconforto anginoso aos mínimos esforços, mal-estar indefinido ou exaustão, pode ter início 4 a 6 semanas antes do evento, e nada mais é que uma angina instável.

Dor precordial em peso, aperto ou opressão, também pode ser descrita como dor em queimação ou lancinante, de início agudo e intensa, acontece no repouso, acomete região precordial (central o tórax/ epigástrio) e rotineiramente irradia para o braço. Outros locais menos comuns de irradiação, mas que podem acontecer são abdome, dorso, mandíbula e pescoço (a dor pode irradiar até a região occipital, mas não abaixo do umbigo). Pode simular a dor da pericardite aguda (dor irradia para trapézio), embolia pulmonar, dissecção aórtica, costocondrite e distúrbios gastrointestinais (considerar no diagnóstico diferencial). Com frequência é acompanhada de fraqueza, sudorese, náuseas, vômitos, ansiedade e sensação de morte iminente. Pacientes também podem cursar com IAMST indolor ou apresentação clínica atípica, mais comum em idosos, mulheres, portadores de DM, ICC, marca-passo definitivo e transplante cardíaco. Os exemplos clássicos dessas apresentações atípicas são: •

Dor torácica “em queimação”, “em facada”



Exaustão, lipotimia ou síncope (baixo DC)



Dispepsia (epigastralgia + náuseas e vômitos)



Choque cardiogênico indolor



Edema agudo de pulmão



Larissa Marcelino T71- Unimontes Morte súbita (geralmente por fibrilação ventricular)

Nos idosos o IAM pode apresentar como dispneia súbita, evoluindo para edema pulmonar. Outras manifestações menos comuns (com ou sem dor): sensação de fraqueza profunda, aparecimento de arritmia, evidência de embolia periférica ou uma queda inexplicada da PA. ACHADOS FÍSICOS Estado Geral: Pessoa apresenta-se ansiosa e inquieta, tentando aliviar a dor movimentando-se. Palidez associada à sudorese e extremidades frias são comuns. Cerca de ¼ dos pacientes com infartos anteriores apresentam sinais de hiperatividade do SNS (adaptação ventricular) → taquicardia e hipertensão, e até ½ dos pacientes com infartos inferiores mostram evidências de hiperatividade do SNP (reflexo vagal) → bradicardia e/ou hipotensão. A temperatura pode elevar na primeira semana chegando até 38°C. Sinal de Levine, sinal da palma. ACV: Bradicardia sinusal (IAM inferior), Taquicardia sinusal (IAM anterior extenso), B4 (regra) e B3, hipofonese da primeira bulha e desdobramento paradoxal de B2. Pode haver um sopro meso ou telessistólico devido a disfunção do aparelho mitral. Um atrito pericárdio é audível em muitos pacientes com IAMST transmural em algum momento de evolução da doença, o pulso carotídeo muitas vezes exibe redução de volume em função do volume sistólico diminuído. Sinais de Edema Agudo de Pulmão: dispneia, ortopneia, estertoração pulmonar e presença de B3. Sinais de Choque cardiogênico: hipotensão, pulsos finos, palidez, sudorese fria, oligúria, confusão mental.

DIAGNÓSTICO A confirmação diagnóstica do IAMST se baseia na análise de 3 dados principais: história clínica sugestiva + ECG + Curva enzimática (curva de marcadores de necrose miocárdica). Qualquer um dos critérios a seguir satisfaz o diagnóstico de IAM: 1.

2.

Aumento e/ou queda dos marcadores de necrose miocárdica, na presenta de pelo menos um dos abaixo: a. Sintomas de isquemia miocárdica; b. Desenvolvimento de onda Q patológica no ECG; c. Desnivelamento de ST ou BRE de 3° grau novo ou supostamente novo (QRS alargado maior ou igual a 0,12s/ QRS monofásico com ondas R alargadas e entalhadas em D1, aVL, V5 e V6/ em V1 morfologia do QRS com rS ou QS com QRS negativo); d. Imagem “nova” compatível com perda de miocárdio viável (acinesia/discinesia). Evidências anatomopatológicas de IAM (ex: necrose de coagulação).

Larissa Marcelino T71- Unimontes ECG Deve ser obtido e interpretado em menos de 10 minutos → Ele pode CONFIMAR O DIAGNÓSTICO, e orienta a conduta. Importante lembrar que a ausência de sinais de isquemia não descarta a SCA, como até 50% das isquemias tem ECGs dentro da normalidade no início, deve-se repetir o ECG a cada 5/10 minutos em todo paciente que continua sintomático. CRITÉRIOS ELETROCARDIOGRÁFICOS DE IAMST : Supradesnível de ST > ou igual a 1mm em duas derivações contíguas, exceto V2 e V3 (nestas é preciso um supra desnível em homens >40 anos de > ou igual 2mm, ou em homens ou igual a 2,5mm, e >ou igual a 1,5mm em mulheres de qualquer idade). Veja quais artérias correspondem a cada derivação e quais as derivações são consideradas contíguas: o Artéria descendente anterior: irriga a parede anterior, septal e ápice do VE, que se expressa no ECG nas derivações V1 a V6. o Artéria coronária circunflexa: irriga parede lateral do VE e eventualmente a parede posterior que se expressa no ECG nas derivações D1 e aVL. o Artéria coronária direita: irriga a parede inferior e eventualmente a posterior e se expressa no ECG nas derivações D2, D3 e aVF.

Temos uma evolução cardiográfica típica do IAMST de acordo com a evolução temporal: 1.

FASE HIPERAGUDA (Primeiras horas): Supradesnível de ST, com onda T positiva, levando a um formato côncavo ou retificado do ST-T, a onda R pode ter amplitude aumentada, e a onda Q patológica ainda não apareceu.

2.

3.

Larissa Marcelino T71- Unimontes FASE SUBAGUDA (após primeiras horas até 28 dias): Onda T começa a se negativar e o segmento ST passa a ter um formato de abóboda (convexo), a onda R reduz sua amplitude e surge a onda Q patológica. Essa onda indica inatividade elétrica transmural, quando se torna crônica significa necrose transmural, geralmente ela possui >0,04s e amplitude >0,2mV (2 quadradinhos), essa amplitude deve representar pelo menos 1/3 da amplitude do QRS.

FASE CRÔNICA OU INFARTO ANTIGO (após 29 dias): O supra de ST desaparece, permanecendo a onda Q patológica marca a sequela/cicatriz de infarto, ela representa uma área de necrose ou fibrose miocárdica, inversão da onda T pode persistir.

BLOQUEIO DE RAMO E IAM: Um BRE completo dificulta a visualização do IAMST no ECG, mas a associação entre os dois é muito frequente, por isso recomenda-se interpretar um BRE completo novo ou supostamente novo como uma evidência de oclusão coronariana total equivalente ao supra de ST. IMAGEM ESPERTO DO IAMST DORSAL: A oclusão da parede posterior ou dorsal se expressa de maneira diferente. A parede dorsal não está voltada para as derivações precordiais convencionais, mas sua atividade pode ser captada por V1-V2, V1-V3, V1-V4, ou mesmo V1-V5 como uma imagem espelho, ou seja, com uma onda R com infradesnível de ST. Nesses casos o traçado das derivações posteriores V7 e V8 podem revelar “supra” de ST na parede dorsal. Essa imagem espelho é muito comum no IAMST, sendo regra no infarto de parede inferior (se espelha na parede lateral alta) e no infarto de parede lateral alta (se espelha na parede inferior).

Larissa Marcelino T71- Unimontes ENZIMAS CARD ÍACAS / MARCADORES DE NECROSE MIOCÁRD ICA (MNM) META: em até 30 minutos (custo elevado para fazer essa análise à beira leito). A injúria dos cardiomiócitos libera macromoléculas intracelulares para o interstício → os MNM. Na persistência da isquemia essas moléculas lentamente absorvidas pelo sistema linfático, levam a uma cinética estereotipada de elevação de diminuição no plasma desses marcadores. Uma análise evolutiva dos níveis séricos dos MNM confirma o diagnóstico de IAM, assim como avalia sua extensão e prognóstico, além de poder detectar a ocorrência de reperfusão. Existem vários MNM, com diferentes sensibilidades e especificidades, segundo as diretrizes da SBC, apenas 2 são sugeridos para uso rotineiro: 1.

TROPONINAS CARDIOESPECÍFICAS:

São constituintes dos sarcômeros, e duas de suas isoformas são exclusivas do tecido miocárdico: TROPONINA I (cTnI) e TROPONINA T (cTnT), elas são muito mais específicas que os demais MNM. Seus níveis se elevam 4/8h após o início dos sintomas, atingindo pico em 36/72h, com normalização após 5/14 dias. Elas são consideradas os MNM de escolha para o diagnóstico de IAM, devido especificidade. Por permanecer bastante tempo aumentadas também são os MNM de escolha para diagnóstico tardio. Hoje o método ultrassensível consegue detectar níveis séricos aumentados de troponinas cerca de 2/3h após a lesão miocárdica → por isso é o método de escolha em lugares com disponibilidade. VR >0,1ng/mL (>percentil 99). P/ diagnóstico após angioplastia → aumento de >3x o limite superior da normalidade. P/ diagnóstico pós-operatório → aumento de >5x o limite superior da normalidade.

2.

CK-MB MASSA:

A creatinoquinase (CK) é uma enzima presente em todos os tipos de músculo, e ela existem em três isoformas (CK-MM, CK-BB, CK-MB), o ensaio que mede todas as isoformas é chamado CK- total (bastante sensível, mas não é específico para infarto do miocárdio). A CK-MB é a isoforma predominante no músculo cardíaco, por isso ela é mais específica. Existem duas metodologias para a sua dosagem: CK-MB atividade e a CK-MB massa; A CK-MB atividade se altera 4/6h após o início do evento, com pico de 18h e normaliza em 48/72h e ela é pouco sensível nas primeiras 6h, já a CK-MB massa se eleva em 3/6h do início do evento, com pico entre 16/24h e normaliza em 48/72h, sua sensibilidade gira em torno de 50% nas primeiras 3h → por isso a CK-MB massa é melhor que a atividade para o diagnóstico de IAM (é o método de escolha para dosagem de CK). VR: CK-MB massa >5ng/mL ➔ Considerado positivo para necrose miocárdica. MIOGLOBINA: Apesar de não ser pedida de rotina é útil em casos selecionados. Ela é um hemoproteína encontrada no citoplasma de todos os miócitos, e tem como característica a rápida ascensão de seus níveis séricos após lesão muscular. Eleva-se 1/2h após evento, com pico de 6/9h e normalização dentro de 12/24h. Ela é usada para exclusão de IAM (e não para diagnóstico). Como é altamente sensível a qualquer tipo de lesão muscular o valor preditivo negativo da mioglobina é muito alto ➔ Pacientes que se apresentam precocemente na emergência (delta T20%

KILLIP I

KILLIP II

KILLIP III KILIIP IV

Sem dispneia, estertoração pulmonar ou B3 (sem evidências de IVE). Dispneia e estertoração pulmonar discreta, b3 ou TJP. Franco edema agudo de pulmão. Choque cardiogênico.

COND UTA INICIAL NO IAM Devido o IAMST se tratar de uma emergência médica, as primeiras 12h são extremamente importantes do ponto de vista terapêutico, a fim de reduzir ou evitar a necrose miocárdica. Todo paciente com SCA deve ser avaliado com ANAMNESE E EXAME FÍSICO DIRECIONADOS, ECG com 12 derivações, acrescidos das derivações V3R, V4R, V7 e V8 em caso de IAM de parede inferior → ECG deve ser feito e interpretado em no máximo 10 minutos. Se o ECG for inconclusivo, na persistência dos sintomas, repeti-lo a cada 5/10 minutos. Se ECG mostrar supra de ST ou BRE completo novo ➔ INDICADA REFERFUSÃO CORONARIANA EMERGENCIAL!! A reperfusão pode ser feita por trombólise química ou angioplastia mecânica (é o melhor método). O intervalo entre a chegada do paciente e a infusão do trombolítico, deve ser de, no máximo, 30 minutos. Já que o tempo ideal para realização de angioplastia, deve ser, no máximo, de 90 minutos após a chegada. Caso o hospital não possua serviço de hemodinâmica, a angioplastia ainda sim será o método de escolha se o paciente puder ser transferido para outro hospital capaz de realizar o procedimento, isso tudo, em no máximo 120 minutos. SOLICITAR: Hemograma, lipidograma, glicose, ureia, creatinina, eletrólitos e TAP/PTT, MNM, RX-Tórax (ser feito no máximo em 30 min). NÃO PRECISA ESPERAR RESULTADOS PARA INICIAR REPERFUSÃO (SE INDICADA). TERAPÊU TICA O paciente deve ser colocado em monitorização cardíaca, obter acesso venoso, medicar-se o paciente com dupla antiagregação plaquetária, avalia-se a necessidade de oxigênio suplementar, o controle da dor deve ser obtido com nitrato, morfina e betabloqueador (a morfina não está mais sendo usada na rotina). OXIGÊNIO Faz parte da abordagem inicial nos casos de SCA. Esses pacientes podem ficar hipoxêmicos devido a congestão pulmonar (secundário a disfunção diastólica e sistólica do VE), se SatO2 48h de nitrato IV, a dose deve ser trocada pela formulação oral (após 48h ocorre tolerância). A dose VO é feita de 8/8h ou de 6/6h (com a omissão da última dose do dia). CONTRAINDICAÇÕES: Hipotensão, Bradicardia, Infarto de VD, uso de inibidores da fosfodiesterase nas últimas 24h, se for o tadalafil nas últimas 48h. BETABLOQUEADORES Reduzem a FC, o inotropismo e a PA (reduzem a MVO2) e ao mesmo tempo aumentam o fluxo sanguíneo na rede de colaterais e no subendocárdio ➔ Exercem efeitos sinérgicos no combate a isquemia. Eles reduzem a mortalidade precoce e a morbidade do IAMST, reduzem taxa de fibrilação ventricular e morte súbita na fase aguda do evento. NA AUSÊNCIA DE CONTRAINDICAÇÕES DEVEMOS CONSIDERAR ADMINISTRAÇÃO A TODO PORTADOR DE IAMST. Tanto uso imediato como tardio é por VO (IV reservada para casos refratários ou crise hipertensiva). Esquema padrão: Metoprolol 50mg VO 6/6h no primeiro dia, seguindo-se 100mg VO 12/12h em diante. (evitar pindolol porque possui efeito simpaticomimético). Não realizar uso imediato para pacientes com risco para choque cardiogênico: FC>110btm, idade >70 anos, PA sistólica...


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