Modelo de Relatório Neuropsicopedagógico PDF

Title Modelo de Relatório Neuropsicopedagógico
Author Ana Gonçalves
Course Psicopedagogia
Institution Universidade Salgado de Oliveira
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Psicopedagoga – CRPp Sindical 267 Neuropsicopedagoga – SBNPp 1. Educadora Especial – Pesquisadora do AutismoAVALIAÇÃO NEUROPSICOPEDAGÓGICA27 de abril de 2019I – IDENTIFICAÇÃONome: Ryan Gonçalves Ribeiro Data do nascimento: 17/09/2008 Idade: 10 anos Escolaridade: 3º ano Escola: Nova Escola LTDA Domin...


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Ana Carolina Gonçalves Psicopedagoga – CRPp Sindical 267 Neuropsicopedagoga – SBNPp 1.186 Educadora Especial – Pesquisadora do Autismo

AVALIAÇÃO NEUROPSICOPEDAGÓGICA 27 de abril de 2019 I – IDENTIFICAÇÃO

Nome: Ryan Gonçalves Ribeiro Data do nascimento: 17/09/2008

Idade: 10 anos

Escolaridade: 3º ano Escola: Nova Escola LTDA Dominância manual: canhoto Filiação: Mãe: Juliana dos Santos Gonçalves Pai: Ronald do Amaral Ribeiro Faz uso de medicamento: Sim, Arnica Montana (Homeopático) II – QUEIXA

A queixa principal é a falta de atenção, dificuldade de aprendizagem e retenção de memória. Segundo a professora de Ryan, toda vez que ele é posto diante de um novo conhecimento ou é solicitado que realize uma atividade que requer maior atenção dele, Ryan diz estar com dor em diversas partes do corpo. III – HISTÓRICO DA SAÚDE

Infelizmente não há histórico da gestação tão pouco dos seus cinco primeiros anos de vida. A vó paterna do paciente, atual tutora, relatou que seus pais são jovens e de caráter duvidoso, acredita que a mãe do Ryan não tenha feito pré-natal e diz

Ana Carolina Gonçalves

Psicopedagoga – CRPp Sindical 267 Neuropsicopedagoga – SBNPp 1.186 Educadora Especial – Pesquisadora do Autismo

AVALIAÇÃO NEUROPSICOPEDAGÓGICA que ambos pais tinham o hábito de ingerir bebidas alcoólicas, não sabe dizer se havia consumo de drogas ilícitas.

Os pais do Ryan viveram juntos até que o pai foi preso por tráfico de drogas, quando ele completara três anos. Logo depois da prisão do pai, o paciente vive uma história de abandono materno, passou dois anos sem lar fixo, vivendo em casa de vários parentes. Quando Ryan completou cinco anos a avó paterna assumiu sua guarda e Ryan vai pela primeira vez à escola. III.1 – Antecedentes familiares: Ryan não faz nenhum acompanhamento terapêutico.

Não há histórico familiar de transtornos do neurodesenvolvimento. III.2 – Jeito de ser da criança, segundo a vó paterna De acordo com a avó, Ryan é agitado na escola, suas professoras reclamam que ele se distrai muito e que quando posto diante de algo novo diz ter dores de cabeça, dores na barriga, o corpo todo dói. Com isso sua escrita e leitura estão comprometidas e suas notas baixas. Sua avó ainda relata a dificuldade de Ryan fazer suas tarefas, pois não consegue manter o foco nos exercícios, e não quer obedecer as regras que estabelecemos para seus estudos em casa. IV – VIDA ESCOLAR

Ana Carolina Gonçalves

Psicopedagoga – CRPp Sindical 267 Neuropsicopedagoga – SBNPp 1.186 Educadora Especial – Pesquisadora do Autismo

AVALIAÇÃO NEUROPSICOPEDAGÓGICA Ryan à escola pela primeira vez aos cinco anos. Alfabetizou sem muitas dificuldades, mas a partir do 2 º ano suas dificuldades acentuaram, fazia-se necessário

maior

autonomia

e

habilidades

das

funções

executivas

desenvolvidas de acordo com a idade, começa então as dificuldades escolares. Hoje, a equipe pedagógica envolvida no processo de aprendizagem diz que na horas da avaliações a impressão que se tem é que Ryan “se desliga”. V – COMPORTAMENTO DA CRIANÇA DURANTE A AVALIAÇÃO

Ryan se mostrou receptivo e participativo durante todo processo de avaliação, entretanto a queixa da escola a respeito das dores manifestadas diante do novo ou das atividades que exigiam mais dele, apareceram durante algumas sessões, bem como a falta de interesse pelas atividades de desenho, pinturas, leitura e escrita. Percebe-se falta de motivação por qualquer atividade que remeta a escola ou ambiente escolar já que nas atividades lúdicas ele se mostrou empolgado e competitivo.

Nota-se a partir da quinta sessão um forte vínculo estabelecido, os atendimentos passam a ser mais produtivos. Ryan demonstra uma carência afetiva. As dores somem e aparecem tiques. VI – AVALIAÇÂO

Para a Avaliação Neuropsicopedagógica foram utilizados testes padronizados, qualitativos, ecológicos, além da observação clínica, lúdica, do material escolar, das informações obtidas pela escola, pela família e pela criança, realizou-se

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AVALIAÇÃO NEUROPSICOPEDAGÓGICA dez sessões as quais discorreram sobre as áreas: Sócio afetiva/Emocional; Habilidades Sociais; Psicomotora; Funções Executivas, Memória e Atenção; Linguagem (Leitura e Escrita) e Pensamento Lógico-Matemático/Aritmética, além do IAR (Instrumento de Avaliação do Repertório Básico para a Alfabetização), aos quais Ryan respondeu aos testes específicos a seguir: VI.1 – Instrumentos:

INSTRUMENTO

OBJETIVO

Conversa Informal

Construção de vínculo com o paciente.

Projetivos: Compreender melhor os sentimentos, as relações

Testes

Desenho da família e familiares e o nível de maturidade afetiva das Planta da sala de crianças. aula.

Investigar a representação do campo geográfico da sala e sua posição, real e desejada na mesma.

Instrumento

de Avaliar os pré requisitos para aprendizagem da leitura

Avaliação

do e escrita.

Repertório

Básico

para a Alfabetização Verificar quais habilidades ou conceitos precisão ser

(IAR)

trabalhados para melhor desenvolver as habilidades de leitura e escrita. Teste de Atenção por Funções Cancelamento

Executivas

padrão:

Organização,

Planejamento e Execução das ações.

(TAC) Teste

de

Partes A e B Teste

Trilhas: Funções

Executivas

padrão:

Organização,

Planejamento e Execução das ações. do Avalia

as

desempenho escolar desempenho

capacidades escolar,

fundamentais

mais

para

especificamente

o da

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AVALIAÇÃO NEUROPSICOPEDAGÓGICA (TDE)

escrita, aritmética e leitura. Indica de uma maneira abrangente, quais as áreas da aprendizagem escolar que

estão

preservadas

ou

prejudicadas

no

examinando. Avaliação da Leitura Avaliar a aquisição da habilidade da leitura , para e

Escrita

-

Borel posterior avaliação da escrita.

Maysony - Tompson

VI.2 – Interpretação dos resultados Instrumento

Resultado

TAC

Desempenho Médio

TRILHAS

Desempenho Médio

TDE

Desempenho inferior para o ano que frequenta.

IAR

Falhas em Lateralidade; Tamanho; Discriminação auditiva; Verbalização das palavras e coordenação motora final.

Leitura e escrita

Na escrita: O Ryan apesar de reconhecer todas as letras, ainda apresenta troca de fonemas na escrita; Apresentou troca fonéticas x/ch, in/em, s/z, s/c, u/l, c/g. Sua memória auditiva é razoavelmente boa; Não foi capaz de organizar o pensamento para escrita da história. Não enumera os elementos de forma estática ou dinâmica, tão pouco apresentou o personagem central: quem é, onde está, que ação executa. Demonstrou pouca criatividade e

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AVALIAÇÃO NEUROPSICOPEDAGÓGICA uma escrita pobre.

Na leitura: Não existem trocas fonéticas na leitura, embora o ritmo não tenha sido adequado. Foram feitas pausas inapropriadas e por vezes leitura silabada, indicando esforço de decifração.

VII – CONCLUSÃO As teorias e práticas que amparam a avaliação Neuropsicopedagógica decorrem dos estudos das Neurociências e da Educação, com a finalidade de compreender a enredamento do funcionamento cerebral e as articulações entre cérebro, comportamento e os processos de aprendizagem humana. Com isso, os problemas na aprendizagem podem emergir de problemas neurofuncionais e das dificuldades escolares, como transtorno de déficit de atenção, depressão, transtorno de humor, problemas emocionais em decorrência a baixa autoestima, dentre outros, como também por problemas vinculados ao ambiente em que a criança está inserida e do método de ensino que é adotado pelos professores.

Faz-se necessário portanto, destacar que muitos dos elementos trazidos nas narrativas de Ryan sinalizaram, como hipóteses, os comprometimentos na aprendizagem vinculados a sinais característicos de ansiedade, bem como sinais de déficit de atenção e hiperatividade, ao qual demonstrou sintomas vinculados a instabilidade e insegurança, o qual merece maiores investigações, já que tais hipóteses podem estar intimamente vinculado aos fatores familiares, sociais e emocionais/psíquicos, além de baixa autoestima, sempre destacando “Eu não sei” ,” Eu não consigo”, “Eu me sinto sozinho”, “Me ajuda.”

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AVALIAÇÃO NEUROPSICOPEDAGÓGICA

Tais fatores, vinculados ao longo do desenvolvimento da criança, influenciam a qualidade e no resultado da aquisição das experiências de aprendizagem. Fato é que a autoestima e a afetividade são elementos essenciais para que as experiências de vida do indivíduo se façam possíveis e necessárias. A história de vida de Ryan, compreendendo seus contextos sociais e a partir das respostas dos testes específicos, pode-se inferir que a mostra da capacidade cognitiva dentro da normalidade conforme sua faixa etária, mas, muitos foram os momentos em que apresentou comportamentos característicos de desatenção, bem como insegurança, baixa autoestima e necessidade de realizar as atividades propostas com auxílio, mostrando-se bem dependente.

Após a análise dos instrumentos padronizados aplicados , da observação lúdica e das provas qualitativas conclui-se que Ryan apresenta:  Consciência Fonológica em desenvolvimento;  Desatenção;  Problemas de memória e raciocínio logico;  Falhas perceptivas que interferem no processo de codificação e decodificação dos sons;  Hipótese de TDAH;  Hipótese de problemas emocionais interferindo no processo de aprendizagem. VIII – INDICAÇÕES DE TRATAMENTO

Para melhor posicionamento e acompanhamento seguintes avaliações:

terapêutico solicito as

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AVALIAÇÃO NEUROPSICOPEDAGÓGICA  Avaliação Neurológica  Avaliação Psicológico  Acompanhamento Neuropsicopedagógico IX – ORIENTAÇÃO À ESCOLA

- Valorizar as potencialidades e habilidades; - Estimular a participar de atividades coletivas; - Propiciar espaços com atividades lúdicas; - Acompanhar o caderno; - Elogiar; - Avaliar a capacidade de realizar as tarefas de maneira diferenciada; - Propor que ela seja ajudante da professora e dos colegas, buscando fortalecer sua autoestima; - Demonstrar que acredita na sua capacidade, vislumbrando a zona de desenvolvimento proximal X – ORIENTAÇÃO AOS RESPONSÁVEIS

- Construir regras e combinados comportamentais com a participação; - Propiciar momentos de lazer e integração entre a família; - Propor momentos de brincadeiras coletivas; - Realizar momentos de brincadeiras e jogos em família; - Manter a rotina diária de estudo e realização de tarefas, sob o olhar sensível da família, bem como sua estimulação e incentivos; - Mediar e negociar nos momentos de conflitos; - Valorizar as potencialidades e habilidades; - Estimular a participar de atividades coletivas com demais crianças e seus familiares;

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AVALIAÇÃO NEUROPSICOPEDAGÓGICA

Coloco-me à disposição para quaisquer outros esclarecimentos.

Atenciosamente, _____________________________ Ana Carolina Gonçalves Psicopedagoga – CRPp Sindical 267 Neuropsicopedagoga – SBNPp 1.186...


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