PBO Marcelo - Sobre os Gêneros Cinematográficos, PDF

Title PBO Marcelo - Sobre os Gêneros Cinematográficos,
Author Janayna Parreira de Morais
Course História Do Cinema I
Institution Universidade Estadual de Goiás
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Summary

Sobre os Gêneros Cinematográficos, ...


Description

ATIVIDADE 6

Sobre os Gêneros Cinematográficos, desenvolva: 1)

Definição (O que é então um género?);

Género é uma categoria ou tipo de filmes que congrega e descreve obras a partir de marcas de afinidade, principalmente, de narrativas ou as temáticas. Identifica-se três ideias: Em primeiro lugar, que, virtualmente, a partilha de uma dada característica implica a pertença de um filme a um género; • Em segundo, que toda a obra pode, em princípio, ser integrada num determinado género; • Em terceiro, que uma obra pode exibir sinais ou elementos de diversos géneros. Um género será uma categoria classificativa que permite estabelecer relações de semelhança ou identidade entre as diversas obras.

2)

Os critérios de identificação desses gêneros;

Critérios de ordem essencialmente narrativa pode identificar aquilo que designa por géneros clássicos como o western, o drama, o musical, o terror, a ação ou o film noir. São elementos que se manifestam recorrentemente e que permitem um fácil reconhecimento das características da história (o que se conta) e do enredo (o modo como se conta): As situações e padrões narrativos, a tipologia e perfil das personagens, a morfologia e semiótica dos locais, os temas abordados, a época dos acontecimentos, a iconografia e a simbologia dos adereços e objetos, bem como opções estilísticas convencionais ao nível da música, da montagem ou da fotografia, são aspectos essenciais dessa caracterização.

3)

Os géneros – e, sobretudo, os clássicos – possuem funções

centrais em seis contextos: produção, consumo, criação, crítica, análise e divulgação. Comente.

Produção: Os géneros – e, sobretudo, os clássicos – possuem funções centrais em seis contextos: produção, consumo, criação, crítica, análise e divulgação. No que respeita à produção, os géneros permitem jogar com um repertório de elementos testados e instituídos que criam familiaridade nas expectativas do espectador.

Permitem, portanto, antecipar as possibilidades de

sucesso e controlar o risco do investimento na produção de uma obra (ou produto, se quisermos). Consumo: Assumindo o consumo como o complemento da produção, podemos dizer que os géneros servem para o espectador organizar a sua experiência cinematográfica através da identificação, discriminação e arrumação dos filmes em categorias, em função da cultura cinematográfica que vai acumulando. Os géneros constituem, portanto, um capital interpretativo seguro para o espectador – conhecer os géneros ajuda a interpretar um filme, e ajuda a escolher o filme que se pretende ver, com um risco mínimo de engano. Criação: Os géneros surgem, de algum modo, como uma forma de mediação entre as expectativas do espectador e o cálculo do produtor. O criador tem no género um quadro de referências que lhe permite balizar o desenvolvimento e os intentos da sua obra, seja em termos de reconhecimento e homenagem de uma tradição, seja em termos de subversão ou quebra dos códigos partilhados. Análise: Enquanto ferramenta de análise, os géneros são, para o Teórico que, num contexto académico, procura compreender e explicar as formas cinematográficas um fundamento importante da sua reflexão. Estudar um filme deverá mesmo passar pela identificação do género ou dos géneros a que pertence, uma vez que dificilmente a compreensão, a interpretação ou a explicação de uma obra podem ignorar a sua genealogia e a sua família artística.

Divulgação: Enquanto ferramenta de análise, os géneros são, para o teórico que, num contexto académico, procura compreender e explicar as formas cinematográficas um fundamento importante da sua reflexão. • Estudar um filme deverá mesmo passar pela identificação do género ou dos géneros a que pertence, uma vez que dificilmente a compreensão, a interpretação ou a explicação de uma obra podem ignorar a sua genealogia e a sua família artística.

4)

Gênero e autor – O ESTILO;

No caso do cinema de autor, um esforço de diferenciação ou de ruptura com convenções e expectativas orienta, portanto, todo o processo criativo. O valor artístico de uma obra tende, neste caso, a obedecer a critérios como a singularidade, a especificidade ou a consistência criativas das propostas. onde a concepção do cinema como entretenimento tende a tomar o género como fator de avaliação de uma obra, a concepção do cinema como arte tende a tomar o estilo como critério de valorização do autor. Assim, onde o cinema de autor privilegia a perspectiva pessoal e a relevância cultural, o cinema de género tende para a padronização

ou

estabilização

de

formas

como

garantias

de

êxito

e,

consequentemente, como premissas criativas. Determinados autores adquiriram a sua notoriedade precisamente a partir das contribuições artísticas que deram à instituição, rejuvenescimento ou reavaliação de um género em particular, noutros casos, a notoriedade adveio da elevada capacidade de compreensão e domínio dos códigos e pressupostos de diferentes géneros.

5)

Cânone (ou Clássicos ou Referências)

O cânone não é mais do que a eleição de um conjunto, isto é, um corpus de obras que representam as mais elevadas virtudes estéticas de um certo tipo de

filmes,

em

função

das

premissas

convencionadas

quer

estilística

quer

tematicamente para um determinado gênero. É o cânone que permite identificar as características imprescindíveis e superlativas a que uma obra deve conter, no sentido de pertencer a, ou se destacar num, determinado género. A avaliação crítica (ou seja, a eleição de um grupo de obras de referência) e a aceitação popular (ou seja, o sucesso público de certos tipos de filmes) são os princípios fundamentais de instauração do cânone de um género. Temos assim que, em larga medida, um cânone aspira a instituir as premissas e qualidades da beleza eterna numa determinada arte. Sem a existência de um cânone, dificilmente os géneros poderiam cumprir, portanto, as funções anteriormente enunciadas para o teórico, para o crítico, para o espectador, para o criador e para o produtor....


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