Peter Mclaren - síntese do texto PDF

Title Peter Mclaren - síntese do texto
Author fabricia lopes
Course História Antiga
Institution Universidade Federal de Rondônia
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síntese do texto...


Description

Peter McLaren, professor da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, é bem conhecido de outros trabalhos, muitos deles publicados no Brasil. Dentre os diversos títulos podemos citar Rituais na escola: em direção a uma economia política de símbolos e gestos na educação (1992), Multiculturalismo crítico (1997a), A vida nas escolas: uma introdução à pedagogia crítica nos fundamentos da educação (1997b), Multiculturalismo revolucionário: pedagogia do dissenso para o novo milênio (2000). Ao longo dos anos, amplas correntes do pensamento pedagógico estiveram atentas às relações de ensino e ao papel da educação na sociedade, inserindo-se nas disputas pela construção dos sentidos e significados dos projetos educacionais na sociedade capitalista. Dessa lucidez sobre o caráter político do processo educacional e do papel crucial que desempenham os sujeitos da práxis pedagógica, diversos pensadores identificados com as teorias pedagógicas históricas-críticas dedicaram-se à construção de matrizes educacionais de cunho, tendo como base de atuação as práticas sociais concretas (Saviani, 2008). Essa critica é acerca de uma análise entre a Pedagogia Crítica (PC). Muito se utiliza "Teoria Crítica" ao invés de "Pedagogia crítica", porém, aqui, escolhemos a segunda opção por entender que a primeira costuma ter estreita relação com os teóricos da Escola de Frankfurt, embora esses exerçam influência sobre a Pedagogia Crítica que aqui retratamos na ótica de McLaren (1997). Acerca da multiplicidade de significados do termo, Sales e Fischman (2010, p.6) explicam: Referimo-nos às pedagogias críticas como um conglomerado

de

perspectivas

que

tomam

emprestados princípios e orientações dos ideários de John Dewey, da Escola de Frankfurt da Teoria Crítica, de Antônio Gramsci, de Paulo Freire, das perspectivas feministas, dos modelos antirracistas e até da educação popular e os aplicam à análise das instituições educativas.

Segundo McLaren , este tipo de pedagogia apresenta oposição à análise positivista pretensamente neutra e despolitizada da educação, usada por críticos liberais e conservadores. Ao perceber todas essas dimensões e articulá-las sob o objetivo de transformação social, a Pedagogia crítica, segundo McLaren, está inevitavelmente comprometida com quem sofre a opressão,

com

quem

dificilmente

possui

voz,

sendo

assim,

está

inexoravelmente marcada pela crítica sistemática às desigualdades sociais, cuja preocupação deve ser de primeira ordem, para futuros profissionais da educação. a pedagogia crítica tem sido uma corrente libertadora central na educação das últimas duas décadas. A PC tem servido como uma forma de luta dentro e contra as normas sociais e as forças que estruturam os processos de educação. A maior parte das abordagens da pedagogia crítica limita-se a questionar as fundações sobre as quais o conhecimento burguês está construído, colocando o próprio termo “educação” sob escrutínio. Contudo, a pedagogia que advoga e que tem construído a partir das raízes do trabalho de Freire e Marx e do trabalho de muitos outros, tais como o grande revolucionário Che Guevara, envolve a erradicação destas sementes de naturalização – plantadas por meio da reificação das relações sociais e da subordinação da diferença à identidade através da lei do valor – e isto significa o desvelamento das dimensões exploradoras, sexistas, racistas e homofóbicas da sociedade capitalista contemporânea. Em outras palavras, a pedagogia revolucionária ensina-nos que necessitamos não nos acomodar à permanência da lei capitalista do valor. De fato, ela revela para nós como podemos começar a pensar em continuar a luta de Marx para uma revolução permanente. Um grande número de pensadores tem ajudado a explicitar as implicações revolucionárias do pensamento de Freire – Donaldo Macedo, Henry Giroux, Ira Shor, Peter Mayo, entre outros. Tentando fazer isso através da divulgação do potencial multifacetado de seu trabalho para a revolução social e não apenas para a democratização das relações sociais capitalistas. Vários trabalhos contemporâneos

sobre

Freire

superestimam

sua

inventividade

na

transformação das práticas de aula, mas desvalorizam seu potencial para a mudança social revolucionária do espaço além da sala de aula, na sociedade

mais ampla. É preciso encontrar a chave para ver além do coro de invisibilidades que nos envolve, e para identificar como as demandas atuais por uma democracia estável são apenas um pouco mais do que políticas de recuperação, uma cortina de fumaça para o neoliberalismo e para tornar o capitalismo governável e regulável – um capitalismo de “acionistas”. McLaren não acredita que tal capitalismo funcionará, nem é a favor de um socialismo de mercado. Diz que Necessitamos mapear um tipo de humanismo positivo que possa fundamentar uma democracia socialista genuína sem relações de mercado, um humanismo marxista que possa conduzir a uma transcendência do trabalho alienado. Seguindo Marx, Eagleton afirma que somos livres quando, como artistas, produzimos sem o aguilhão da necessidade física; esta natureza é, para Marx, a essência de todos os indivíduos. Acha que precisamos tirar o foco de como as identidades individuais são mercantilizadas nos espaços pós-modernos do consumo e colocar mais ênfase sobre a criação de possibilidades para uma reconstrução radical da sociedade. Gosto do novo papel público de Pierre Bourdieu – de fazer sua política nas ruas e fábricas da França, lutando contra as injustiças estruturais e instabilidades econômicas provocadas pelo capitalismo e neoliberalismo – lutando contra o que, na verdade, são práticas totalitárias que facilitam a exploração dos trabalhadores do mundo. No meu modo de ver, é deste modo que a ciência social – e política – deveria ser praticada....


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