Português 12º - resumos importantes para o exame PDF

Title Português 12º - resumos importantes para o exame
Author Tomás Costa
Course Português
Institution Ensino Secundário (Portugal)
Pages 34
File Size 1 MB
File Type PDF
Total Downloads 12
Total Views 37

Summary

“ Olá! Espero que este resumo vos seja útil!Este resumo aborda uma pequena parte da matéria dada no 12º ano.Quando aparece a referência ao manual, o manual em questão é o: “Outras expressões 12”da Porto Editora.Se encontrarem algum erro ou tiverem alguma dúvida, sinalizem através dos comentários.Boa...


Description

“ Olá ! Espe ro que este resumo vos seja útil ! Este resumo aborda uma pequena parte da matéria dada no 12º ano. Quando aparece a referência ao manual, o manual em questão é o: “Outras expressões 12” da Porto Editora. Se encontrarem algum erro ou tiverem alguma dúvida, sinalizem através dos comentários . Boa sorte para os exames Ideias fundamentais: 1ª e 2ª parágrafos: introdução; agradecimento a Adolfo CM pela carta recebida e indicação do objetivo desta carta: responder a uma pergunta sobre a origem dos heterónimos 3º,4º e 5º Parágrafos: Fundamentação da heteronimia → tendência para a desporsinalização e para a simulação, aspetos que sente desde a infância. 6º e 7º Parágrafos: Criação de Alberto Caeiro, um poeta bucólico (fala da natureza), que escreveu “O guardador de Rebanhos” e que Fernando Pessoa considerou o seu mestre. 8º Parágrafo: Aparecimento de Ricardo Reis e de Àlvaro de Campos 9º Parágrafo: Caracterização e biografia dos diferentes heterónimos (ver doc. 4) 10º Parágrafo: Classificação de Bernardo Soares como semi-heterónimo e sua justificação 11º, 12º e 13º Parágrafos: Conclusões e despedida

ii. Alberto Caeiro: - O fingimento artístico e o poeta bucólico - Reflexão existencial, a importância das sensações IX - Sou um guardador de rebanhos. Sou um guardador de rebanhos. O rebanho é os meus pensamentos E os meus pensamentos são todos sensações. Penso com os olhos e com os ouvidos E com as mãos e os pés E com o nariz e a boca. Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la E comer um fruto é saberlhe o sentido. Por isso quando num dia de calor Me sinto triste de gozá-lo tanto, E me deito ao comprido na erva, E fecho os olhos quentes, Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,

Poesia: sensacionista; deambulatória (o pastor anda de um lado para o outro) e bucólica (concentrada na natureza). 3 metáforas: 1ª Metáfora: identifica-se com um pastor // 2ª Metáfora: compara o rebanho a pensamentos // 3ª Metáfora: compara os pensamentos a sensações → só conhece a realidade com as sensações Começa por referir os sentidos + importantes para o conhecimento do mundo → são hierarquicamente apresentadas Pensa com os diferentes sentidos (não reflete) → enumeração dos vários órgãos (valorizar os 5 sentidos) associada à repetição anafórica, ligada a uma escrita simples. → reforçam a valorização das sensações como fonte de saber Utiliza exemplos da natureza, de forma a mostrar que usa os sentidos, ou seja, conhece a flor, o fruto e a erva, através apenas dos sentidos. Está a ter consciência de que está contente, então fica triste porque não quer pensar. Quer uma integração total na Natureza, através das sensações táteis → Há a afirmação do sensacionismo como única forma de conhecimento autêntico e como fonte de felicidade. É através do corpo e do seu contacto direto com a realidade q pudemos aceder à verdade, sem qlqr interferência do pensamento.

Sei a verdade e sou feliz. → não pensado mas sentindo

II-O meu olhar é nítido como um girassol.

Sugere que vê tudo com grande claridade → noção sensacionista

O meu olhar é nítido como um girassol. inocência, Tenho o costume de andar pelas estradas inocência é não pensar... Olhando para a direita e para a esquerda, E de vez em quando olhando para trás... E o que vejo a cada momento É aquilo que nunca antes eu tinha visto, E eu sei dar por isso muito bem... Sei ter o pasmo essencial Que tem uma criança se, ao nascer, Reparasse que nascera deveras... Sinto-me nascido a cada momento Para a eterna novidade do Mundo...

Amar é a eterna E a única

Só quando os sentidos não funcionam é que somos obrigados a pensar Caracteristicas formais: +Linguagem simples e objetiva +Liberdade estrófica e métrica +Versos brancos/soltos = sem rima +Comparações para concretrizar ideias abstratas +Predomínio da coordenação Caracteristicas presentes: → poesia sensacionista/poeta observador: -olha para todas as direções, em todos os momentos -campo lexical relacionado com a visão = do olhar = olhando,vejo → Poeta deambulante → Poeta da Natureza: descobre sempre as coisas novas e diferentes que provocam a sua admiração → Poeta Bucólico → Poeta anti-metafísico = recusa o pensamento porque trata a realidade através dos sentidos.

Creio no Mundo como num malmequer, Porque o vejo. Mas não penso nele → acredita no mundo Porque pensar é não compreender... O Mundo não se fez para pensarmos nele (Pensar é estar doente dos olhos) Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo… Eu não tenho filosofia: tenho sentidos... Se falo na Natureza não é porque saiba o que ela é, Mas porque a amo, e amo-a por isso, Porque quem ama nunca sabe o que ama Nem sabe porque ama, nem o que é amar...

Se, depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia, Um dia deu-me o sono como a qualquer Se, depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia, Não há nada mais simples. Tem só duas datas—a da minha nascença e a da minha morte. Entre uma e outra coisa todos os dias são meus. Sou fácil de definir. conselhos que dá:

→ Características que considera essenciais → →

Vi como um danado. Amei as coisas sem sentimentalidade nenhuma. Nunca tive um desejo que não pudesse realizar, porque nunca ceguei. Mesmo ouvir nunca foi para mim senão um acompanhamento de ver. Compreendi que as coisas são reais e todas diferentes umas das outras;

criança.

Fechei os olhos e dormi. Além disso, fui o único poeta da Natureza. O resto foi tudo simples, logo é como se fosse dono da sua vida Toda a vida esteve permanentemente a ver Sem criar afetividade, sem pensar nelas Logo foi sempre feliz A importância das sensações e a sua felicidade O poeta que recusa o pensamento - poeta Antimetafísico //O pensamento deturpa a realidade

Compreendi isto com os olhos, nunca com o pensamento. Compreender isto com o pensamento seria achá-las todas iguais. iii. Ricardo Reis: Poeta clássico (fingimento artístico) e na sua poesia estão subjacentes duas doutrinas filosóficas da antiguidade: Epicurismo = considera que a felicidade se obtém gozando o momento presente, evitando paixões intensas e procurando aproveitar os pequenos prazeres da vida (relação com o “carpe diem”) Estoicismo = considera que a felicidade se obtem aceitando a condição humana e a passagem do tempo, conformando-se com a ordem natural das coisas. Assim, o homem deve ser passivo, mostrar-se indiferente a tudo e aceitar resignadamente aquilo que o destino lhe traz. Reflexão Existencial: a consciência da morte

Mestre, são plácidas A Alberto Caeiro

Mestre, são plácidas Todas as horas Que nós perdemos. Se no perdê-las, Qual numa jarra, → comparaç ão Nós pomos flores. Não há tristezas Nem alegrias Na nossa vida. Assim saibamos, Sábios incautos, Não a viver, Mas

O tem po pass a, Não nos diz nad a. Env elhe cem os. Saib amo s, quas e Mali cios os, → nteli gente mente

Sent irnos ir.

Oferece o poema a A.Caeiro = dedicatória = conisdera que Caeiro é o sue mestre 1ªEstrofe: - dedicatória e vocativo - objetivo: explicar a sua teoria/atitude de vida face à sua existência → aceitação serena, calma, da passagem do tempo - utiliza a adjetivação As flores também vão murchando, morrendo, por isso, também devemos aceitar o envelhecer como algo natural como as flores. A arte de viver sem envolvimento emocional forte Ensinamentos: Não viver de forma intensa, seguir o exemplo dascrianças, e é na Natureza que encontramos os pequenos prazeres da vida. Deixar o tempo passar sem sofrimento,. aceitar a efemeriodade da vida, aceitar a passagem do tempo e os seus efeitos. Devemos viver de forma passiva, não devemos ter um papel muito ativo ou intenso

Motivo da sua teoria de vida Seremos como o girassol

Não Referência à morte = aceitar a morte porque não vale se viveu intensamente a pena Faze

decorrê-la, Tranquilos , plácidos, Tendo as crianças Por nossas mestras, E os olhos cheios De Natureza… A beirario, A beiraestrada, Conforme calha,→ elementos da

Natureza

Sempre no mesmo Leve descanso De estar vivendo.

r um gest o. Não se resis te Ao deus atro z Que os próp rios filho s Dev ora sem pre. Colh amo s flore s. Mol hem os leve s As noss as mão s Nos rios calm os, Para apre nder mos Cal ma tam bém . Gira ssóis sem

pre Fita ndo o Sol, Da vida irem os Tran quil os, tend o Nem o rem orso De ter vivid o. Conclusões apartir do poema: - Tanto Ricardo Reis como Alberto Caeiro, amam a Natureza e inspiram-se nela para construir a sua filosofia de vida: + Alberto Caeiro vive no campo procurando captar essa realidade através dos sentidos + Ricardo Reis defende uma vida simples apenas com os pequenos prazeres proporcionados pela Natureza Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira do rio. Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas. (Enlacemos as mãos). Depois pensemos, crianças adultas, que a vida Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa, Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado, Mais longe que os deuses. Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos. Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio. Mais vale saber passar silenciosamente E sem desassossegos grandes.

Convite; Vocativo; Aproveitar os pequenos prazeres Intencionalmente → Metáfora: o rio simboliza a vida que vai em direção à morte (o mar) Porque se tiverem de mãos dadas correm o risco de se apaixonarem \\Comparação Algo voluntário, sem obrigação \\ Aproveitar os pequenos prazeres da vida\\despreocupados, inconscient Eufemismo = Morte + Perífrase = podia dizer: se tu morresses primeiro 2 condições: ele morrer primeiro ou ela morrer primeiro → aceitas as mortes com naturalidade porque não houve sentimento Assunto: O sujeito poético dirige-se à sua amada: Lídia (nome clássico), e convida-a a sentar-se à beira o rio onde vão pensar\refletir sobre a vida Estrutura do Texto: Estrofe 1 e 2: A efemeridade da vida: - o convite a Lídia através da apóstrofe e verbos no

Exemplos dos grandes desassossegos: Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz, Nem invejas que dão movimento demais aos olhos, Nem cuidados, porque se os tivesse o rio sempre correria, E sempre iria ter ao mar. Amemo-nos tranquilamente, pensando que podíamos, Se quiséssemos, trocar beijos e abraços e carícias, Mas que mais vale estarmos sentados ao pé um do outro Ouvindo correr o rio e vendo-o. Colhamos flores, pega tu nelas e deixa-as No colo, e que o seu perfume suavize o momento — Este momento em que sossegadamente não cremos em nada, Pagãos inocentes da decadência. Ao menos, se for sombra antes, lembrarte-ás de mim depois Sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova, Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos Nem fomos mais do que crianças.

imperativo e no conjuntivo com valor imperativo - desejo de aproveitar com calma a vida que passa (uso expressivo do advérbio) - reflexão sobre a efemeridade/transitoriedade da vida (uso da metáforas, palavras de caráter negativo) Estrofe 3 e 4: Inutilidade de qualquer compromisso: - A ideia de recusa de qualquer ligação (quando desenlaçam as mãos - simbolizada) - Aceitação passiva da morte (v.10,15 e 16) dada através de metáforas e comparação - Ausência de ambições/atitude passiva perante a vida dada através da enumeração, repetição anafórica de palavras de caráter negativo e o uso expressivo do advérbio silenciosamente. Estrofes 5 e 6: A procura de serenidade: - a recusa do amor intenso, do envolvimento físico através da enumeração (polissíndeto) - opção por um amor tranquilo e por uma vida calma e silenciosa, aproveitando apenas os pequenos prazeres da natureza - aceitação com naturalidade da morte e dos efeitos da passagem do tempo (efeitos nocivos|) → devemos ser inocentes da decadência Estrofes 7 e 8: A aceitação da morte: - a morte como o fim natural da vida - a morte que não provoca dor porque nunca se viveu intensamente, há algumas recordações de momentos agradáveis - perífrases, eufemismos, a enumeração, as anáforas, verbos no futuro

E se antes do que eu levares o óbolo ao barqueiro sombrio, Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti. Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim — à beira-rio, Pagã triste e com flores no regaço.

➢ ➢ ○ ○ ○ ➢ ○ ➢ ○

iv. Álvaro de Campos: “Tudo é diferente de nós e, por isso, existe” Aspetos a analisar em cada Dados Biográficos: estrofe: Espaço envolvente Curso de engenharia naval na Escócia Forma como o Viajou para o oriente sujeito poético Regresso por Marselha, Lisboa e Ribatejo onde perceciona o espaço conhecem Alberto Caeiro e Ricardo Reis Temperamento / Caracterização: Muito sensível, inteligente, sensacionista (influência de Caeiro) Produção/Literária: Antes de conhecer Caeiro: estava “sem amparo” e escreveu poucos poemas

○ ➢ ○

Depois de conhecer Caeiro: escreveu a “Ode Triunfal” e encontrou-se como poeta As diferentes fases da sua obra: 1ª Fase → Decadentista: Nesta fase, os poemas de Álvaro de Campos refletem o cansaço, a falta de sentido da vida, a necessidade de evasão e a procura de novas sensações. Ex.: “Opiário”

2ª Fase → Futurismo/Sensacionismo: Nesta fase, a sua poesia está ligada a 2 correntes: o futurismo e o sensacionismo Segundo o futurismo, a arte devia romper com o passado e exaltar tudo o que é moderno, todas as vitórias do homem na ciência e na técnica. Campos vai cantar as máquinas, os motores, a velocidade e outros símbolos da civilização industrial Ligado ao futurismo, está o sensacionismo: o poeta deveria “sentir tudo, de todas as maneiras”, revelar os progressos da civilização tecnológica através de sensações. Ex.: “Ode Triunfal” e “Ode Marítima” ○ 3ª Fase → Fases Intimista, abúlica e pessimista: O poeta sente uma grande tristeza perante o absurdo da vida. É o poeta cético, que se auto analisa, que experimenta a dor de pensar, que sente nostalgia da infância e que se sente fragmentado, é o regresso de Álvaro de Campos ao ortónimo, é o alter ego de Fernando Pessoa. Ex.: “Aniversário” Ode Triunfal ○

■ ■

■ ■ ■



À dolorosa luz das grandes lâmpadas eléctricas da fábrica Tenho febre e escrevo. Escrevo rangendo os dentes, fera para a beleza disto, Para a beleza disto totalmente desconhecida dos antigos. Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r-r eterno! Forte espasmo retido dos maquinismos em fúria! Em fúria fora e dentro de mim, Por todos os meus nervos dissecados fora, Por todas as papilas fora de tudo com que eu sinto! Tenho os lábios secos, ó grandes ruídos modernos, De vos ouvir demasiadamente de perto, E arde-me a cabeça de vos querer cantar com um excesso De expressão de todas as minhas sensações, Com um excesso contemporâneo de vós, ó máquinas! Em febre e olhando os motores como a uma Natureza tropical — Grandes trópicos humanos de ferro e fogo e força — Canto, e canto o presente, e também o passado e o futuro, Porque o presente é todo o passado e todo o futuro E há Platão e Virgílio dentro das máquinas e das luzes eléctricas

“Ode” = cantar\elogiar (as máquinas) “Ode Triunfal” = canto de louvor/elogio ao triunfo da civilização industrial Estrofe 1: - Espaço Envolvente: a fábrica - Perceção do Suj. poético: percepciona a realidade através das sensações visuais - Relação do Eu com a realidade ext.: Por um lado elogia e por outro lado há um sofrimento, o ambiente é agressivo, que magoa. O espaço moderno, percecionado através de sensações e tem uma relação ambígua: atração e sofrimento. Estrofe 2: - Espaço Envolvente: fábrica, através dos elementos - Perceção do Suj. poético: +Através de sensações: auditiva, visual (máq, a trabalhar - o movimento é sugerido), táteis, gustativas +Admite a sua perceção da realidade pelas sensações - Relação do Eu com a realidade ext.: +Agressividade e violência → v.8 = frase própria do futurismo = nova construção frásica +Fusão entre ele e o ambiente exterior, integra-se naquele ambiente Estrofe 3: - Espaço Envolvente: fábrica - Perceção do Suj. poético: Capta através das sensações visuais (* → sensação de movimento), auditivas e táteis - Relação do Eu com a realidade ext.: Relaçao entre os 3 tempos = Ideia do futuro, exalta o futuro e o momento presente que reflete o

Só porque houve outrora e foram humanos Virgílio e Platão, E pedaços do Alexandre Magno do século talvez cinquenta, Átomos que hão-de ir ter febre para o cérebro do Ésquilo do século cem, Andam por estas correias de transmissão e por estes êmbolos e por estes volantes,* Rugindo, rangendo, ciciando, estrugindo, ferreando, Fazendo-me um acesso de carícias ao corpo numa só carícia à alma. Ah, poder exprimir-me todo como um motor se exprime! Ser completo como uma máquina! Poder ir na vida triunfante como um automóvel último-modelo! Poder ao menos penetrar-me fisicamente de tudo isto, Rasgar-me todo, abrir-me completamente, tornar-me passento A todos os perfumes de óleos e calores e carvões Desta flora estupenda, negra, artificial e insaciável! (...) Ó fazendas nas montras! Ó manequins! Ó últimos figurinos! Ó artigos inúteis que toda a gente quer comprar! Olá grandes armazéns com várias secções! (...) Amo-vos a todos, a tudo, como uma fera. Amo-vos carnivoramente. Pervertidamente e enroscando a minha vista Em vós, ó coisas grandes, banais, úteis, inúteis, Ó coisas todas modernas, Ó minhas contemporâneas, forma actual e próxima Do sistema imediato do Universo! Nova Revelação metálica e dinâmica de Deus! (...) Eh-lá-hô fachadas das grandes lojas! Eh-lá-hô elevadores dos grandes edifícios! Eh-lá-hô recomposições ministeriais! Parlamentos, políticas, relatores de orçamentos, Orçamentos falsificados! (Um orçamento é tão natural como uma árvore E um parlamento tão belo como uma borboleta). (...)

passado (referência dos heróis passados da Antiguidade), foi o passado que permitiu as novas descobertas. (Futurismo => Ferreando) Estrofe 4: - comparação - Simbiose/fusão completa entre ele e a máquina - Recursos: comparação, frases exclamativas, adjetivação expressiva, metáfora (compara todos os elemento à flora) Estrofe 9: começa com a recordação da infância no meio rural; relação amor-ódio Futurismo:“Árvo fábrica” -A sua fusão com as máquinas -Já se identifica com as máquinas -Quer se fundir completamente com a realidade

Resumo: -Espaço envolvente: espaço moderno, dominado pela evolução industrial (fábrica, lâmpadas elétricas, motores, engrenagens,...) -Relação entre o sujeito poético e o espaço envolvente: ● o espaço é captado através de sensações ● Há uma relação ambigua (o sujeito poético sente paizxão pela realidade envolvente, mas também se sente febril, havendo assim, uma relação conlituosa) ● Há um fusão, uma simbiose, entre o sujeito poético e as máquinas, ele sente-se como uma parte integrante da socieadade tecnológica que apresenta. ● O momento presente, as máquinas, e a vida moderna são transformados em matéria épica que vai ser enaltecida / elogiada ● Há a exaltação do momento presente, onde se reflete o passado e que se projetará no futuro - Estilo excessivo/torrencial, com muitos recursos expressivos

O Momento estridentemente ruidoso e mecânico, O Momento dinâmico passagem de todas as bacantes Do ferro e do bronze e da bebedeira dos metais. Eia comboios, eia pontes, eia hotéis à hora do jantar, Eia aparelhos de todas as espécies, férreos, brutos, mínimos,

Eu podia morrer triturado por um motor Com o sentimento de deliciosa entrega duma mulher possuída. Atirem-me para dentro das fornalhas! Metam-me debaixo dos comboios! Espanquem-me a bordo de navios! Masoquismo através de maquinismos! Sadismo de não sei quê moderno e eu e barulho! (...) (Na nora do quintal da minha casa O burro anda à roda, anda à roda, E o mistério do mundo é do tamanho disto. Limpa o suor com o braço, trabalhador descontente. A luz do sol abafa o silêncio das esferas E havemos todos de morrer, Ó pinheirais sombrios ao crepúsculo, Pinheirais onde a minha infância era outra coisa Do que eu sou hoje...) Mas, ah outra vez a raiva mecânica constante! (...) Eh-lá grandes desastres de comboios! Eh-lá desabamentos de galerias de minas! Eh-lá naufrágios delic...


Similar Free PDFs