Title | Português - Resumos 10 ao 12 para exame nacional |
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Course | Português 1 |
Institution | Universidade do Minho |
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Contos português
A concentração, as descrições dos espaços e das personagens são curtas. Assim, a caracterização indireta ganha importância e surge através do discurso direto e indireto.
Maria Judite de Carvalho, “George” As três idades da vida
No conto "George", configura-se o balanço da toda uma vida através do diálogo, que o texto reproduz, entre
representações da mesma personagem em três fases diferentes da vida : Gi, George e Georgina. ! O reencontro com o passado, de que a personagem guarda apenas uma velha do fotografia sua, acaba também por proteja-la no futuro, obrigando-a a confortar-se, 1º com a sua juventude, após a referência à fotografia (ponto de partida para a menção ao passado); depois, com a sua velhice. As 2 imagens de mulher com quem dialoga são seus duplos com nomes de formas curtas ou alongadas de George: Gi, a jovem frágil de 18 anos, e Georgina, a mulher idosa a rondar os 70. A marcha do Tempo, no afastamento progressivo da infância e na aproximação da velhice, estrutura o conto.
Memória, realidade e imaginação
Contos português
Resumo
Contos português
Resumo (continuação)
Mário de Carvalho, “famílias desavindas”
O conto surge como uma confluência de modos de ver, de satirizar, de pensar, um cruzamento de olhares, uma
intercessão dos planos do quotidiano e do fantástico, uma fusão da memória do passado e projeção para o futuro, que parodia, mas perspetiva a reflexão critica. Numa realidade contemporânea tão acelerada e mutável, o conto acaba por traduzir a crise das ideologias, das grandes narrativas e da cultura.
História pessoal e história social: as duas famílias
A história pessoal de duas famílias, a dos “semaforeiros” e a dos médicos, cruza-se com a história social do
Portugal do século XIX até à atualidade. No dobrar do século XIX, a sociedade portuguesa sofre alterações causadas pelo progresso, o que vai levar ao aparecimento de novas engrenagens. Numa rua do Porto, passa a haver um semáforo a pedais, criando-se então a profissão de “semaforeiro”. A inimizade entre o “semaforeiro” Ramon e o Dr. João Pedro Bekett, que mora na rua do semáforo, surge pelo facto de o médico, ao contrário de todos os outros transeuntes e condutores, não reconhecer a autoridade de Ramon e não lhe pedir para mudar o sinal. Apesar da passagem dos anos, as duas famílias mantêm as mesmas profissões e assim perpetuam o ódio existente entre elas.
Contos português
Dimensão irónica do conto
Resumo
Contos português
Manuel da Fonseca, “Sempre é uma companhia”
O conto encerra a memória de um momento histórico: a narração de situações de precariedade extrema que contêm em
si os germes de transformações profundas e urgentes. Consagra um retrato económico e sociocultural do Alentejo na primeira metade do século XX.
Solidão e convivialidade
O conto é marcado pelo isolamento geográfico da aldeia - Alcaria - e pela solidão de Batola. A sua relação tensa
com a mulher bem como o facto de ter uma ocupação diferente do grosso da população conduzem-no ao afastamento e ao silêncio. Por vezes, as conversas com Rata quebravam esse isolamento, mas acaba quando este se suicida. A chegada da radiotelefonia, nos anos 40 do século XX, traz benefícios à população desta pequena e isolada aldeia alentejana, na medida em que os habitantes começam a sair de casa à noite para irem ouvir as notícias do País e do mundo ou para ouvir música e dançar. Assim, o convívio entre os habitantes aumenta.
Caracterização das personagens. Relação entre elas
Batola - homem pouco polido e fraco, entregando-se ao vício de beber. Revela-se preguiçoso e conformado com a sua
vida, mas é também agressivo com a sua mulher. Não consegue ultrapassar o vazio interior que o invade. Contudo, após a aquisição da telefonia, vence a solidão e transforma-se num homem com vitalidade e ânimo. Mulher do Batola - é o oposto do marido. Demonstra determinação, organização e sensatez na forma como gere a casa e o negocio, o que lhes permite ter uma vida mais desafogada do que os trabalhadores agrícolas da aldeia. Relação dos dois - marcada pelo sil ncio, frieza e um vazio de sentimentos. Por vezes, o mal-estar e a tensão dão lugar à agressão mulher. Rata - tem amizade com Batola. S
se quando a miséria e a doença o obrigam a uma vida de grande privação.
Habitantes da aldeia - quase exclusivamente trabalhadores agrícolas com uma vida dura, miserável, que trabalham, de sol a sol, mas não conseguem ultrapassar as suas difíceis condições de existência. Vendedor da telefonia - homem elegante, sedutor, convincente, como convém a qualquer vendedor.
Caracterização do espaço:físico, psicológico e sociopolitico AA
a é um espaço físico claustrofobico, que determina as vidas rotineiras, vazias e tensas das personagens.
O narrador tem acesso aos pensamentos e angústias, espaço psicológico marcado pelo vazio interior e frustração. Alcaria é isolada do mundo, logo parada no tempo e seus habitantes enfrentam uma vida de pobreza e atraso social e cultural que reflete o Estado Novo. Este espaço social permite à critica ao governo de Portugal (década 40, séc. 20). A chegada da telefonia permite aos habitantes o contacto com o resto do mundo, atenuando-se o isolamento.
Importância das peripécias inicial e final
No início são indicados o isolamento geográfico, a solidão e o silencio que no final com a radiotelefonia, uma
inovação para a aldeia, devolve a todos parte da humanidade perdida ou nunca antes experimentada.
Contos português
Resumo...