Resumos para o Teste de História PDF

Title Resumos para o Teste de História
Course História e Geografia de Portugal I
Institution Instituto Politécnico de Lisboa
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Resumo de toda a UC...


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História e Geografia de Portugal I

Módulo 3 - A Península Ibérica: Primeiros Povos e Ocupação do Território

1. Identificar e ordenar cronologicamente os diferentes povos que estabeleceram contactos ou que se fixaram na Península Ibérica. Primeiros povos que ocuparam a Península Ibérica: ➢ Comunidades Recolectoras ➢ Comunidades Agropastoris ➢ Celtas, Iberos e Celtiberos ➢ Lusitanos ➢ Fenícios ➢ Gregos e Cartagineses ➢ Romanos

Povos

➢ Suevos ➢ Visigodos ➢ Muçulmanos

2.

Identificar os principais legados da civilização romana.

Com um início modesto no século VIII a.C., Roma tornou-se num poderoso império, controlando vastos territórios. Em 218 a.C., os Romanos chegam à Península Ibérica expulsando os cartaginenses e conquistando o litoral leste da Península. Os Romanos efetuaram uma verdadeira conquista do território, seguida do estabelecimento de medidas de administração que perduraram durante séculos e dos quais ainda hoje há vestígios importantes no território português. Podemos, assim, considerar que os principais legados da civilização romana deixados na Península Ibérica foram: ➢ Importância das cidades no processo de romanização: foram um importante fator de romanização, uma vez que no seu interior se vivia de acordo com as leis e os costumes romanos, sendo que as populações abandonavam os antigos povoados e fixavam-se nas cidades;

➢ Importância dos equipamentos públicos construídos pelos romanos: algumas das cidades possuíam edifícios destinados a equipamentos de lazer, aos divertimentos apreciados pelos romanos, como o teatro, as lutas de gladiados e as corridas de carros de cavalo. Outra característica era a sua magnificência monumental, para fins religiosos e institucionais; ➢ Vitalidade económica das cidades: as cidades romanas eram importantes centros de comércio e de artesanato e, para elas, confluíam inúmeras riquezas que atraíam as populações; ➢ Importância da construção de vias de comunicação: os romanos tiveram necessidade de estabelecer uma rede de comunicação que lhes permitisse administrar convenientemente tao vasto território e, por isso, construíram estradas e pontes, sendo estas umas das mais impressionantes manifestações do poder imperial e da superioridade da arquitetura e engenharia romanas. ➢ Desenvolvimento do comércio: a circulação de produtos para alimentar a população provocou um enorme desenvolvimento comercial no espaço ocupado pelos romanos, intensificando as trocas e a circulação monetária entre os vários pontos do Império; ➢ Exploração de recursos marinhos: as atividades económicas ligadas à exploração dos recursos marítimos também se desenvolveram durante o período do domínio romano, especialmente as conversas de peixe e extração do sal; ➢ Novas indústrias: uma das produções artesanais que se desenvolveu com o incremento da vida urbana foi a cerâmica para satisfazer as necessidades da vida quotidiana de uma cidade, tornando-se indispensável a existência de oficinas que produzissem os números objetos cerâmicos do uso corrente; ➢ Exploração mineira: os centros mineiros contribuíam para o desenvolvimento das regiões em que se situavam, desenvolvendo o comércio (era necessário vender e transportar os próprios metais), como chamavam para o local uma série de outros trabalhadores; ➢ Transformações na agricultura: generalizou-se a utilização de instrumentos agrícolas de ferro, incrementaram-se certas culturas, como a vinha e o olival, a cultura cerealífera também alcançou um maior desenvolvimento em todo o território português e a pecuária também seria uma componente bastante importante nas explorações rurais, como é sugerido pela representação de numerosas figuras de animais em mosaicos.

➢ Língua (latim): conscientes da importância da língua e da cultura como elementos de união entre os povos, os romandos fundaram escolas na Península Ibérica para educarem os futuros cidadão, sendo que a primeira onde se ensinava o latim foi fundada por Sertório. Após a sua morte a escola não teve continuação mas foi surgindo várias escolas romanas onde se praticava uma educação semelhante à da capital do Império para preparar os filhos dos colonos para a vida pública e para a participação política; ➢ O Direito Romano: outro dos legados romanos no território peninsular foi o Direito. Os romanos, desde há muito, elaboravam códigos legais onde estavam registadas as leis que organizavam toda a vida em sociedade, sendo eles a estabelecer a divisão entre os vários Ramos do Direito. Durante vários anos, o Direito Romano foi a base da legislação dos povos que viviam na Península e, mais tarde, tornou-se a base da legislação portuguesa, mantendo-se a sua influência até aos dias de hoje; ➢ Expansão do Cristianismo: depois de uma fase de perseguição a cristãos, o Imperador Constantino estabeleceu a liberdade religiosa no Império e fez restituir aos cristãos os bens que lhes tinham sido confiscados. No ano de 380, o Imperador Teodósio adotou o cristianismo como religião oficial do Estado.

3. Identificar a herança muçulmana. A partir de meados do século VI, os árabes iniciam um período de expansão com o objetivo de levar a sua nova religião, o islamismo, a todos os povos, sendo que em 711 os exércitos Muçulmanos invadem a Península Ibérica. Depois da derrota do exército visigodo (fixos na Península Ibérica), os exércitos muçulmanos avançam pelo norte, os visigodos não conseguem fazer a sua expansão e os cristãos refugiavam-se nas Astúrias. Durante cerca de 500 anos, os muçulmanos ocupam parte do território que é hoje Portugal, tendo permanecido ainda mais 200 anos na Península Ibérica, até à sua expulsão definitiva em finais do século XV. Deste modo, a herança muçulmana deixa na Península Ibérica foi: ➢ Desenvolvimento da agricultura: ricos em frutas, produtos hortícolas e produtos frutícolas (figo, amêndoa e uva). Aumentaram a área cultivada do território devido à introdução de sistemas de irrigação inovadores (como a nora, a azenha

e a picota). Introduziram novas culturas, como o limão, a laranja azeda e a doce, o açafrão e o arroz. O azeite era muito apreciado e um dos mais importantes produtos de exportação; ➢ O comércio e o artesanato: outras atividades importantes eram a salicultura e a pesca. Os muçulmanos desenvolveram ainda avarias atividades artesanais como a carpintaria, a olaria, a selaria, a alfaiataria, entre outros. Desenvolveram, também, técnicas de moagem dos cereais em dois tipos de moinho: movido por animais e movido por água. Ocorreram, ainda, importantes transformações económicas, sendo que, de uma económica marcadamente rural passou-se para uma económica marcadamente urbana; ➢ Avanços técnicos e científicos: no campo da astronomia, os muçulmanos destacaram-se pela construção de instrumentos de observação astronómica, como o astrolábio que, depois de aperfeiçoado, foi usado pelos navegadores portugueses. Desenvolveram a matemática pela invenção dos algarismos, o que veio facilitar as operações aritméticas. Desenvolveram a medicina e deixaram algumas obras em que foram descritos diversos procedimentos cirúrgicos que praticavam. Na botânica e na farmacologia, estudaram as plantas da Península Ibérica, do Norte de África e do Médio Oriente. No âmbito da geografia, produziram grandes obras onde descreveram os aspetos geográficos, climáticos, económicos e históricos de todos os países conhecidos na época. Com estes contributos, foi possível que Portugal e Espanha fossem pioneiros na expansão marítima e os conhecimentos das várias disciplinas foram decisivos para a concretização da expansão portuguesa; ➢ Influência da língua árabe no léxico português: a língua portuguesa conservou muitos vocábulos de origem árabe, num total de mais de 600 palavras; ➢ As manifestações artísticas: os muçulmanos deixaram importantes monumentos que, além da sua beleza, apresentavam características arquitetónicas próprias e uma decoração original. A religião islâmica proibia a representação de figuras humanas e os elementos decorativos utilizados foram os motivos geométricos ou vegetais e os animais (reais ou fantásticos).

Módulo 4 - Portugal Medieval: Reconquista e a formação de Portugal (séc. VIIIXIV)

1. Explicar o que se entende por Reconquista e identificar a dinâmica política da atuação de D. Henrique (Condado Portucalense). A Reconquista Cristã é o nome que geralmente se dá à recuperação, pelos cristãos, do território hispânico depois da invasão muçulmana, desde a revolta de Pelágio (718) até à conquista de Granada (1492). A Reconquista foi feita a partir das Astúrias, onde os grupos de cristãos, fugidos das zonas conquistadas pelos muçulmanos, formaram o primeiro núcleo de resistentes e, desde aí, iniciaram os ataques conta os invasores muçulmanos. Dos primeiros confrontos, o mais importante foi o que ficou conhecido como batalhada de Covadonga, altura em que os muçulmanos estavam mais interessados no avanço para além dos Pirenéus. Assim, após a vitória de Covadonga, os cristãos refugiados nas Astúrias começaram a organizar a resistência ao invasor. A Reconquista foi um processo complexo, com vários avanços e recuos, durante o qual houve uma série planeada de expedições militares de grande envergadura com o objetivo de conquistar territórios e cidades aos muçulmanos. Dependia, ainda, da situação interna entre os muçulmanos, ou seja, da sua estrutura e organização enquanto comunidade. Teve uma grande importância para a formação dos reinos cristãos (Astúrias, Leão, Navarra, Castela e Aragão). Perante o avanço cristão, os representantes das Taifas (Córdova, Granada, Badajoz e Sevilha) pediram auxílio aos Almorávidas (berberes fanáticos do Norte de África). A luta pela reconquista assumiu então o caracter de cruzada (combate ao infiel). A reconquista ibérica era considerada a Cruzada do Ocidente, atraindo à Península Ibérica muitos nobres e cavaleiros que pretendiam tomar parte ativa na luta contra os muçulmanos, destacando-se dois: D. Raimundo e D. Henrique (a vinda desta foi decisiva para a formação de Portugal). Face à derrota de Raimundo e à sua incapacidade de defender Território, Afonso VI de Leão separou da Galiza o Condado Portucalense e o de Coimbra, entregando-os a D. Henrique (Henrique de Borgonha), após o casamento desde com D. Teresa, filha ilegítima de Afonso VI. A concessão do Condado Portucalense a D. Henrique teve carácter feudal, já que era um direito que podia transmitir aos seus descendentes, pelo qual prestava homenagem a Afonso VI. A principal missão do conde D. Henrique era a defesa as fronteiras contra os Almorávidas, tendo, assim, sucesso na sua defesa e conquista do território, cumprindo

os seus deveres de vassalo auxiliando Afonso VI sempre que lhe foi solicitado. Após a morte de Raimundo e de Afonso VI, D. Henrique teve várias intervenções decisivas nas lutas que opuseram D. Urraca (viúva de Raimundo) ao seu segundo marido, Afonso I de Aragão, em virtude dos problemas de sucessão ao trono de Leão, procurando fomentar a autonomia do território. D. Henrique escolheu para residência principal a cidade de Guimarães, a que concedeu foram em 1096. Ao longo do seu governo, concedeu forais a varias outras localidades, o que mostra o seu interesse em valorizar os centros não senhoriais que gozavam de prosperidade económica. Favoreceu os principais membros da aristocracia portucalense, procurando assegurar a sua colaboração e fidelidade, chamando-os a desempenhar funções importantes e concedendo-lhes amplas regalias e imunidades, através de cartas de couro. Perante o crescimento do poder de Santiago de Compostela, D. Henrique conseguiu que o Papa concedesse à Sé de Braga a dignidade de metropolitana. Após a sua morte, a sua viúva D. Teresa herdou o governo e continuou a política do marido, intervindo nas lutas pela posse de Galiza e de Leão. Em 1116, os Almorávidas recomeçaram as suas investidas e ameaçaram conquistar a cidade de Coimbra, sendo que D. Teresa, pressionada pelos violentos ataques, deixou de poder intervir na política galesa, já que era necessário congregar todos os esforços na defesa da fronteira sul do Condado Portucalense.

2. Reconhecer os principais eixos da ação política de D. Afonso Henriques. D. Urraca, irmã de D. Teresa, faleceu. Afonso Raimundes, seu filho, foi coroado rei de Leão e Castela, com o nome de Afonso VII e tratou de submeter pela força D. Teresa que se recusava a prestar-lhe vassalagem. Em Outubro do mesmo ano, veio cercar o Castelo de Guimarães. Pela primeira vez surgiu como interveniente Afonso Henriques, filho de D. Teresa, um jovem de 18 anos. Para que o primo levantasse o cerco, Afonso Henriques teve de se render e de prometer vassalagem. A ação política de D. Teresa desagradava cada vez mais aos nobres portucalenses que achavam que ela estava sob a influência de Fernão Peres de Trava (membro de uma importante família galega que desempenhava funções importantes no Condado). Entretanto, Afonso Henriques, que atingira a idade de governar e já fora armado em cavaleiro, podia assumir o governo do Condado Portucalense. Porém, D. Teresa, em vez de passar o governo ao filho continuou na mesma política. Como não foi possível o

acordo entre os partidários do jovem infante e os de sua mãe, a situação acabou por evoluir para um confronto violento entre ambos os campos. As tropas de Afonso Henriques e as de Fernão Peres de Trava defrontaram-se na batalha de São Mamede (1128). Afonso Henriques saiu vitorioso, sendo que a sua mãe fugiu para a Galiza. Após São Mamede, Afonso Henriques assumiu o governo. Nos anos seguintes, Afonso VII viu-se envolvido em várias lutas internas e externas com os muçulmanos, pelo que não se preocupo muito com a exigência de vassalagem a D. Afonso Henriques, que continuava a governar com relativa autonomia. Em 1137, Afonso Henriques, aproveitando mais uma situação de guerra em que o primo estava envolvido, invadiu a Galiza e venceu os exércitos galegos na batalha de Cerneja mas, pouco depois, teve de se retirar para sul para defender os territórios. Afonso VII também estava com dificuldades para suster os avanços dos mouros e os dois primos resolveram assinar um acordo de paz em Tui, a 1137, jurando, Afonso Henriques fidelidade ao primo. Em 1139, Afonso Henriques alcançou uma importante vitória contra os mouros – batalha de Ourique – e após este triunfo, a partir de 1140 passou a utilizar o título de rei. Em 1141, Afonso Henriques voltou a invadir a Galiza e Afonso VII acorreu com as suas tropas. Afonso Henriques continuava a gozar de autonomia interna e resolveu assegurá-la de uma maneira mais efetiva. Assim, em 1143 veio à Península o cardeal Vico, legado do Papa. Afonso Henriques aproveitou para prestar vassalagem à Santa Sé, solicitando ao Papa o reconhecimento da honra e dignidade da sua terra, oferecendo o pagamento anual de quatro onças de ouro e afirma não reconhecer nenhum outro poder a não ser o do Papa. Assim, Afonso Henriques, desejando garantir a sua independência política, prestava vassalagem ao Papa para deixar de estar sujeito a Afonso VII. Em 1143, Afonso Henriques e Afonso VII reuniram em Zamora, na presença do cardeal Vico, para acordarem as condições definitivas da paz. A política do rei de Portugal passou a orientar-se no sentido de conseguir que a Santa Sé reconhecesse oficialmente Portugal como reino independente. As negociações concluíram-se em 1179, quando o papa Alexandre III, através da bula Manifestis Probatum, reconheceu a independência política do novo reino português, atribuindo a Afonso Henriques o título de rei e tomando-o a ele e aos seus herdeiros sob a proteção da Santa Sé.

3. Identificar as principais medidas da I Dinastia. As maiores preocupações dos nossos primeiros reis residiram no povoamento, na administração e na organização económica e social do país, para que fosse possível não só resistir melhor às ameaças externas, como também criar riqueza e constituir uma sociedade estável e bem administrada. Assim, em 1297, foi assinado o Tratado de Tordesilhas entre D. Dinis (rei de Portugal) e Fernando IV (rei de Leão e Castela), ficando fixadas definitivamente as fronteiras entre Portugal e Castela, consolidando o território português, promovendo a sua defesa. A defesa militar do território foi uma das maiores preocupações para os reis portugueses. Aumentar o povoamento do país tornou-se, igualmente, uma prioridade, atraindo colonos de outras regiões e povoador através de concessões. A concessão de forais foi usada para atrair povoadores para as zonas mais próximas da fronteira de forma a aumentar a população do país. Houve várias doações às ordens religiosomilitares devido a ação destas no povoamento do território, dado que nos seus domínios se vieram fixar muitos colonos. A relação com o clero e com a nobreza teve episódios de confronto e os monarcas sujeitavam à confirmação régia as prerrogativas dos senhores e procuravam limitar abusos, através das Inquirições Gerais de 1920, Inquirições de 1258 e Confirmações Gerais em 1217-1221, de forma a conhecer a propriedade de cada um, os direitos da Coroa e evitar abusos. Em relação ao clero, a Lei de Desamortização, em 1211, proibida a compra de bens imóveis por parte deste. Para além disto, houve um desenvolvimento do comércio, nomeadamente através das feiras francas, da agricultura e da marinha. Criou-se a Bolsa dos Mercadores, em 1293 e os Estudos Gerais. O português passou a ser a língua oficial com D. Dinis.

4. Reconhecer as diferenças entre ordens ou grupos na sociedade medieval portuguesa. A sociedade medieval portuguesa estava dividida em três grandes grupos ou ordens sociais – clero, nobreza e povo. No topo da hierarquia social encontra-se o Rei. A cada um destes grupos eram atribuídas funções muito específicas. Assim, a principal função dos clérigos era rezar, os nobres lutar e aos membros do povo trabalhar. O rei encontrava-se no vértice superior da pirâmide, estando no topo da hierarquia social. O rei e a corte real (régia) não estavam sempre no mesmo local mas Lisboa foi-

se tornando o centro político do reino. O papel do rei no período da Reconquista teve grande importância na condução da guerra, sendo que este pode decidir sobre a paz e sobre a guerra. É responsável pela feitura as leis gerais, aplica a justiça suprema e cunha moeda. O rei era o juiz supremo do reino, sendo a sua vida marcada pelo luxo, realizando-se torneiros, banquetes e saraus. A nobreza era um grupo privilegiado (não pagava impostos). A partir do século XIV tornava-se comum o uso do termo fidalgo, tinham uma importante função guerreira (combate a cavalo) e participavam em torneiros e justas. A vida nas casas senhoriais era semelhante à da corte. O clero era um grupo privilegiado (não pagava impostos). Não tem de prestar serviço militar e não se submete aos juízes régios. Têm uma função religiosa, educativa e davam assistência aos doentes. Os monges oravam e copiavam manuscritos, faziam iluminuras ou trabalhos agrícolas. Os bispos podiam viver como grandes senhores. Por fim, os servos (o povo) era um grupo não privilegiado (pagavam rendas e impostos). Trabalhavam nas atividades produtivas, prestavam serviço aos senhores e serviços domésticos. Entre os que trabalhavam a terra existiam diferentes condições sociais e económicas. Designavam a maioria da população e levavam uma vida de trabalho. Tinham condições de vida muito difíceis, tinham uma habitação muito modesta, uma alimentação pobre (baseada em pão). Havia uma elevada importância da vida religiosa na própria sociabilidade do grupo, sendo que as missas, as procissões e as romarias eram momentos importantes.

5. Identificar as principais questões da conjuntura de 1383-85. Desde o início do século XIV que um ciclo de maus anos agrícolas provocou por toda a Europa grande carência de bens alimentares. Com a escassez de cereais, que eram a base da alimentação medieval, os preços foram subindo, e os mais pobres sentiram cada vez maiores dificuldades em aceder aos alimentos. A fome, associada às más condições higiénicas e médicas, provou uma menor resistência às doenças e epidemias, frequentes naqueles tempos. Depois da morte da rainha de Castela (1373) acordou-se pelo Tratado de Salvaterra de Magos que D. Beatriz, em vez de se casar com o fil...


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