Princípios da Exodontia PDF

Title Princípios da Exodontia
Author Fernanddo Spagnol
Course Cirurgia e Traumatologia BMF I
Institution Universidade Federal do Paraná
Pages 9
File Size 338.2 KB
File Type PDF
Total Downloads 21
Total Views 142

Summary

Resumo da disciplina de Cirurgia BMF I...


Description

1

EXODONTIA Princípios mecânicos envolvidos na exodontia

SET 3 e 10

→ Alavanca • Utilizadas principalmente como elevadores; • Pequenos movimentos podem gerar grandes forças; • Aplicar uma força sobre um apoio. Quanto mais longa for a barra (cabo da alavanca) mais força será transmitida para o corpo que se deseja movimentar; • Alavanca apical reta – forma mais arredondada e uma concha na ponta onde encaixa a raiz e faz a cunha; • Alavanca seldin reta – quadrada na ponta e espessura mais larga que a alavanca apical; • Começa a cunha com a alavanca apical reta e depois que conseguiu um espaço no ligamento entra com a Seldin. → Cunha • Esse princípio é visto na ponta ativa dos fórceps e na utilização das alavancas retas. → Roda e eixo • Utilizadas com as alavancas em forma de bandeira em casos onde uma parte da raiz permanece no alvéolo após a extração, então o cabo funciona como eixo e a ponta ativa da alanca como roda; • Se rodar a alavanca, multiplica a força (roda grande girando a roda pequena); • Empurrar o dente – vai distender o ligamento de um lado e comprimir do outro; • Fulcro – faz o dente girar; • Vai aumentar o espaço de um lado do alvéolo e diminuir o outro, permitindo que se utilize o princípio da cunha e consiga entrar com a alavanca nesse espaço no alvéolo; • A regra é que não pode apoiar no dente vizinho, mas na prática acaba apoiando.

Técnica I – Uso de fórceps APREEN SÃO •



Deve ser realizada com uma pinça extratora (também chamada de fórceps e boticão) que se adapte na cervical; O fórceps para extração deve ser posicionado com forte pressão apical para expandir a crista óssea e para deslocar o centro de rotação o mais apicalmente possível.

2

INTRUSÃO •

• •

O fórceps é posicionado na porção cervical da raiz com o objetivo de expandir o alvéolo com o movimento de cunha realizado pelas pontas do instrumento e deslocar o centro de rotação do dente em direção apical, diminuindo uma possibilidade de fratura da raiz no terço apical; A intrusão também rompe os ligamentos periodontais por inteiro; Se o centro de rotação não estiver suficientemente apical, ele fica muito oclusal, causando excesso de movimento do ápice dentário (A), que resulta em fratura do ápice radicular.

LUXAÇÃ O • •

• •

São movimentos realizados juntos com a intrusão no sentido vestibular, lingual/palatino e rotacionais no sentido mésio-distal; Pressões vestibulares resultam em expansão da crista óssea vestibular e pressão para lingual/palatina no terço apical, porém forças excessivas podem gerar fratura da raiz ou fratura da crista óssea vestibular por ser mais fina que a palatina/lingual; Pressões linguais/palatinas funcionam no mesmo princípio das vestibulares e tem o objetivo de expandir a crista óssea lingual/palatina e evitar pressão excessiva no osso vestibular; Pressões rotacionais são aquelas empregadas por movimentos no sentido mésio-distal, com giros que promovem mais expansão do alvéolo e o rompimento dos ligamentos periodontais, dentes com raízes únicas ou não tão curvas são mais fáceis de luxar com essa técnica.

3

TRAÇÃO •

Forças de tração só devem ser empregadas quando a devida expansão óssea é atingida, e devem ser gentis, pequenas e sem forças excessivas.

Técnica II – Uso de alavancas • •

Jamais deve-se usar com força direta no dente, a força resultante é no dente sendo imprescindível estabelecer um apoio (não dental) para usar a força direta; Utilizadas em raízes residuais onde não tem possibilidade de uso dos fórceps

EMPUNHA DURA •

Palma da mão no cabo e indicador na haste



Princípios envolvidos são os da cunha e da roda de maneira simultânea

LUXAÇÃ O • • •

A luxação da raiz com uma alavanca reta consiste na inserção do instrumento paralela ao longo eixo, com a parte ativa tocando a raiz, no espaço existente entre o dente e o alvéolo; Os movimentos de cunha e roda são aplicados de maneira que o instrumento vai ocupando o espaço que era ocupado pela raiz do dente; O movimento de cunha é feito até o instrumento travar, com isso é introduzido o movimento de roda e a cunha promovida pelo instrumento se aprofunda mais um pouco até que a raiz “salte” do alvéolo.

Sequência do procedimento de extração → Sindesmotomia • Descolar o tecido mole ao redor do dente com sindesmótomo ou descolador de Molt; • É feito com o propósito de verificar se a anestesia profunda foi atingida e com o propósito de posicionar a alavanca ou fórceps adequadamente. → Apreensão • Adaptação do fórceps ao dente com o respectivo instrumento para o dente que vai ser extraído na região cervical da raiz.

4

→ Intrusão • Pressão apical para deslocar o centro rotacional do dente, resultando numa maior efetividade da expansão óssea e menor probabilidade de fratura do ápice radicular. → Luxação • Pressões vestibulares, linguais/palatinas e rotacionais. → Extração • Devem ser leves e no momento que a devida expansão do alvéolo e rompimento dos ligamentos periodontais foram atingidos.

Técnica III – Técnica aberta INDICAÇÕES • • • • • • •

Dentes inclusos; Raízes residuais intra-ósseas; Dentes anquilosados/ dentes com hipercementose; Dentes com grandes fraturas, isto é, com grandes cáries no colo anatômico ou grande perda tecidual na região coronária; Dentes com raízes divergentes; Necessidade de força excessiva para executar a técnica fechada devido ao osso muito espesso, principalmente na cortical óssea alveolar vestibular; Dentes com lesões periapicais extensas.

INCISÕES (DIÉRESE) • • • •

Lâmina afiada, sendo o plano final o osso pois quando o bisturi toca o osso, perde o fio fácil. O tamanho da lâmina deve ser adequado; Incisão firme e contínua, com bordas regulares, cortando também o periósteo; Bisturi em posição perpendicular à superfície epitelial; Incisar deve maneira ampla, sempre sobre superfície óssea que não sofrerá osteotomia também, para quando fazer a síntese, ter apoio de superfície óssea e obter cicatrização de primeira intenção.

DESENHO DO RETALH O •





O retalho cirúrgico é a divisão dos tecidos moles que é demarcada por uma incisão cirúrgica, que possui seu próprio suprimento sanguíneo, permite acesso cirúrgico aos tecidos subjacentes, pode ser recolocado na posição original, mantido com suturas e que se espera cicatrização por primeira intenção. o A cicatrização por primeira intenção se dá quando é realizada incisão/cirurgia e depois junta-se as bordas do retalho e realiza a sutura. Sempre a base do retalho é maior do que a região das papilas para promover, após sutura, um correto aporte sanguíneo das papilas evitando a necrose; o Base do retalho mais ampla que o ápice; o Incisões divergentes para o fundo de vestíbulo. O tamanho do retalho deve ser adequado para gerar a visualização necessária e permitir um correto afastamento pelo afastador;

5



Para que o rebatimento dos tecidos não danifique o retalho, deve ser feita uma incisão longa, estendendo-se através das papilas para mesial e para distal do dente alvo;



Para prevenir a deiscência do retalho, deve-se incisar sobre a superfície óssea que não sofrerá osteotomia, sempre fazendo um dente para frente e um para trás da incisão. As extremidades do retalho devem ser manipulados cuidadosamente e não deve-se tensionar o retalho; o A manipulação do retalho deve ser delicada, para conseguir deslocar o periósteo junto com o tecido e consequentemente um melhor trans e pós-operatório devido ao periósteo ser o principal tecido responsável pela cicatrização óssea; o Não tensionar o retalho. Deve-se proteger o retalho pois o tecido sangra menos e terá menor edema pós-operatório; Para evitar a dilaceração do retalho o Não realizar acesso insuficiente; o Incisão longa tem sua reparação ao mesmo tempo de uma incisão curta; o Incisão para papilar (ao lado da papila); o Incisão única sempre.

• •

TIPOS DE RETALHO • • •

Triangular: incisão vertical (alívio ou relaxante) unida à incisão horizontal (intra-papilar, como se fosse uma sindesmotomia); Envelope: incisão intra-sulcular; Quadrangular: duas incisões verticais → é pouco usada.

DESCOLAM ENTO DO RETA LHO • • • • • • • •

Divulsão Afastar o tecido do osso Descolador de Molt → osteotomia para manter o tecido afastado pode detonar o instrumento Descolador de periósteo Empurra o tecido, secando com uma gaze Ponta romba para não furar o periósteo Afastador de retalho posicionado sobre o osso, senão o retalho volta Ponta do afastador sobre o tecido ósseo.

MANIPULAÇÃO DOS TECID OS • • • •

Técnicas adequadas de incisão e desenho do retalho. Não usar força ou compressão excessiva. Evitar extremos de temperatura. Irrigação constante → se deixar o tecido seco pode causar necrose.

6

• • • •

Substâncias químicas fisiológicas. Não retrair de forma agressiva. Proteger os tecidos moles quando usar ICR. Não deixar os tecido secos. Irrigar constantemente.

DESCON TAMIN AÇÃO E DEBR IDA MENTO •

• •

Contaminação bacteriana em todas as feridas abertas ao meio externo ou bucal. Reduzir a quantidade de bactérias – irrigar a ferida repetidamente durante a cirurgia e o fechamento da ferida – soro fisiológico; Debridamento – remoção de tecido traumatizado, necrosado, material estranho ou áreas isquêmicas. Exérese: Remove algo do organismo

→ avulsão, osteotomia, curetagem.

OSTEOTOM IA (EX ÉRESE) → TÉCNICA A BERTA • •









Quanto menos, melhor, pois menos agressiva será a cirurgia; Indicações o Não é possível usar o fórceps ou alavanca; o Criar um nicho para adaptar a alavanca; o Remover osso sobre dentes inclusos ou impactados. Instrumentos manuais utilizados o Cinzéis com ou sem modelo cirúrgico; o Cinzéis: reto e meia-cana → pressão manual ou com martelo; o Cinzéis de Oschembein; Instrumentos cortantes rotatórios o Baixa rotação: esférica e tronco-cônica → peça de mão o Alta rotação: Zekrya o Refrigeração constante → calor gera necrose. Soro tem que sair exatamente na ponta do instrumento. Vantagens e desvantagens desses instrumentais o Vantagens: instrumentos são mais rápidos agilizando o procedimento cinzel e martelo não necessitam de irrigação constante; o Desvantagens: instrumentos precisam de irrigacao constante cinzel e martelos são muitos traumáticos Remoção de pequenos fragmentos o Pinça Goiva: alveolótomo e lima para osso.

HEMOSTA SIA - SÍNTESE •

Repor as condições iniciais do organismo e dar condições para ele se recuperar nas melhores condições possíveis. o Restituir a função e acelerar a cicatrização; o Fio de sutura agulhado; o Iniciar pela borda livre; o Pontos separados ou contínuos.

→ Fios de sutura • Quanto a absorção: absorvíveis (categute, ácido poliglicólico e poligalactina 910), ou não absorvíveis: naturais (seda, linho e algodão) ou sintéticos (náilon, poliéster e poliproplieno);

7

• • •

Diâmetro: varia de 0 a 11-0 (quanto maior o número, mais fino o fio); Comprimento: 13cm a 2,5m; Construção: monofilamentar ou multifilamentar. o Inerte aos tecidos; o Absorção simultânea ao processo de cicatrização; o Força tênsil adequada; o Não favorecer o desenvolvimento bacteriano; o Não capilar; o Não alergênico; o Não carcinogênico; o Flexível; o Pouco elástico; o Boa visualização perante os tecidos; o Baixo custo; o Esterilização sem alteração de estrutura.

ODONTOSECÇÃ O → Indicações • Separar as raÍzes mesiais de dentes bi ou trirradiculados; • Separar a coroa da raiz; • Evitar danos aos dentes adjacentes facilitar a extração do dente; • Diminuir o trauma cirúrgico.

Técnicas de exodontia - Técnica aberta e técnica fechada • •

Complemento com resumo que eu já tinha (não lembro se foi falado em sala)!! A diferença entre a técnica aberta (alveolectomia) e a fechada é a remoção de parte do tecido ósseo na aberta (osteotomia) e na fechada não.

AVALIAÇÃO CLÍ NICA DOS DENTES QUE SERÃ O SUBM ETIDOS À EXODONTIA • • • • •

Acesso ao dente. Posicionamento do dente no arco dental. Grau de abertura bucal. Avaliação do estado da coroa. Mobilidade dental.

AVALIAÇÃO RADIOGRÁFI CA DOS DEN TES QUE SERÃO SUBMETIDOS À EXODON TIA • •



Configuração radicular: tamanho, forma, número, divergência, curvatura, hipercementose, reabsorção. Relação com estruturas anatômicas vizinhas; o Seio maxilar (mais importante, molares superiores); o Forame mentoniano; o Canal mandibular (molares inferiores não irrompidos podem estar relacionados com canal mandibular). Aspecto ósseo local.

8

• •

Tratamento endodôntico (maior chance de fratura). Patologias periapicais.

TÉCNICA FECHA DA • • • •

Aumento do alvéolo por meio da expansão das paredes alveolares e descolamento das fibras do ligamento periodontal, com ou sem seccionamento do dente. Técnica I e II Dentes que permitam sua apreensão pelos fórceps ou que possam ser luxados com alavancas. Princípio principal: aumento do espaço alveolar.

TÉCNICA ABER TA • • • •

Aumento do alvéolo pela remoção de uma parede alveolar, preferentemente a vestibular; Técnica III ou alveolectomia; Exodontia pela via não alveolar; Ampliação do alvéolo tirando parte da parede (osteotomia) → DIFERENÇA ENTRE TÉCNICA ABERTA E FECHADA.

→ Indicações da técnica aberta • Necessidade de força excessiva para a execução da técnica fechada devido ao osso muito espesso, principalmente na cortical óssea vestibular. • Dentes com hipercementose. • Dentes inclusos. • Dentes com raízes divergentes. • Dentes com grandes cáries no colo anatômico, ou perda de grande quantidade tecidual na região coronária. • Dentes com lesões periapicais extensas. • Impossibilidade de realizar a exodontia pela técnica fechada.

PRINCÍ PIOS DA TÉCNI CA CIRÚRGI CA • • •

Visibilidade; Auxilio adequado; Técnica asséptica.

TEMPOS CIRÚR GICOS • • • • •

Incisão; Descolamento do periósteo; Osteotomia; Remoção do dente; Tratamento da cavidade.

PRINCÍ PIOS BÁSICOS DAS INCISÕES (D IÉRESE) • • • •

Retalho mucoperiostal: total, incluindo mucosa, submucosa e periósteo. Presença de células osteogênicas no periósteo. Zona osteogênica de Ollier; Cabo de bisturi n°3, lâmina ° 15; Lâmina afiada e de tamanho adequado;

9

• •

Incisão firme e continua, com bordas regulares, cortando também o periósteo; Deslocamento do periósteo → descolador de Molt.

OSTEOTOM IA • • • • • • •

Cinzéis com ou sem martelo cirúrgico Cinzéis reto e meia cana. Cinzéis de Oschembein. Cinzéis de Microschembein. Instrumentos cortantes rotatórios: baixa rotação (esférica e tronco-cônica), alta rotação (Zecrya). → sempre com refrigeração. Alveolótomo ou lima para osso. Janela na região do ápice com instrumento que caiba nessa região, deixando apenas uma janela no osso, daí empurra.

TRATAMENTO DA CAVI DADE • • • • • • •

Debridamento se necessário → remoção de restos, sejam eles próprio do alvéolo (fragmento ósseo) ou estranhos ao organismo (lesão). Regularização do tecido ósseo Irrigação Sutura Ponto de reparo Alvéolo → tem que ter cicatrização de segunda intenção; Incisão → cicatrização de primeira intenção....


Similar Free PDFs