Psicologia e Emoções - parte 1 PDF

Title Psicologia e Emoções - parte 1
Author Francisca Morais
Course Psicologia e Emoções
Institution Universidade do Porto
Pages 29
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Summary

Psicologia e EmoçõesFrancisca MoraisQuando falamos de emoções, falamos tanto em ​expressar​ como ​reconhecer​. Então, ao comunicarmos com outra pessoa, focamo-nos maioritariamente nos olhos e na boca: são dois locais centrais na expressão de emoções. Tanto expressar como reconhecer tornam-se quase i...


Description

Psicologia e Emoções Francisca Morais

Quando falamos de emoções, falamos tanto em expressar como reconhecer. Então, ao comunicarmos com outra pessoa, focamo-nos maioritariamente nos olhos e na boca: são dois locais centrais na expressão de emoções. Tanto expressar como reconhecer tornam-se quase iguais entre todas as pessoas - reconhecemos de uma forma quase universal, atribuindo um significado rápido - já é uma capacidade que nasce connosco (é inata). 1.1 Definição de Emoção (O que é uma emoção?) Sempre que falamos em emoção, em qualquer contexto que seja, é importante definir os pressupostos teóricos subjacentes à nossa forma de pensar. Historicamente, o construto de emoção varia entre a parte mais física e fisiológica (o “arousal” - ativação neuropsicológica; perturbação - no sentido de interferência, não com uma conotação negativa; como algo que interfere com o nosso equilíbrio de uma certa forma) e a parte mais psicológica (sistema motivacional do comportamento, - motivação com um valor afetivo/emocional e não meramente fisiológico - cognição e interação com os outros). A definição de emoção tornou-se difícil - segundo Strongman, assumia-se mesmo como um desafio, pois a emoção não é uma entidade única ou a causa de uma variável - é um processo complexo onde existem sensações corporais, cognições (eu) e expressão facial (permite-nos perceber as pistas emocionais das outras pessoas, mas também tentar inibir as nossas, por, p.e. Não ser contexto adequado ou não se sentir confortável, ou no caso particular dos call centers em que uma pessoa se vê numa posição em que está a ser avaliada e tem de responder de uma certa forma ao cliente e não expressar raiva e frustração sob risco de perder o seu emprego - é mais imediata e inconsciente do que as verbalizações), verbalizações (o que dizemos perante o outro), variando com estímulos e com os indivíduos. Oatley e Jenkins (2002, p.124): Este autores definem as emoções como sendo provocadas pela avaliação de um acontecimento que interfere de forma relevante quando estamos a tentar atingir um objetivo importante. Então, acabam por ser positivas quando o objetivo acaba por avançar e negativas quando o objetivo é impedido. O seu núcleo é a prontidão para agir e a sugestão de planos. É urgente e interrompe ou compete com ações ou cognições que decorriam naquele momento. A emoção é sentida como um estado mental distinto acompanhado de mudanças corporais, cognições, ações e expressões próprias. É imediata e intensa, logo há uma apreciação rápida da situação (temos de tomar uma decisão rápida - em função da nossa experiência passada podemos ter pistas contextuais e associações prévias que nos direcionem o comportamento) que leva à prontidão para a ação (interfere de forma rápida no estado atual - interrompe-o de uma forma imprevista), provocando alterações psicológicas e corporais. Assim, só depois emerge a cognição sobre o corpo e mente abalados (porque o caráter urgente da emoção impede as cognições, logo só vamos pensar nelas depois do

acontecimento decorrer e das alterações psicológicas e corporais ocorrerem é que temos consciência delas). Posteriormente, há uma reflexão acerca do sucedido e uma recuperação ou mudança no estado atual (ideia de haver um antes e um depois). Tomemos como exemplo, quando ouvimos um estrondo. A nossa primeira reação poderá ser a de paralisar (não ter uma reação imediata e exterior) e, só depois, dar um salto da cadeira (reação corporal - isto é a prontidão para agir, que é muito instintiva geralmente, logo irá estar muito associada ao instinto de sobrevivência). De facto, a questão de saber se a componente fisiológica associada às emoções ocorre previamente ou posteriormente em relação à cognição é um debate muito aceso ainda hoje em dia, havendo teorias para ambos os pólos. Antes de termos tempo para pensar, muitas vezes já o nosso coração disparou e a nossa respiração ficou mais acelerada, etc., porém à medida que vamos crescendo, vamos sabendo controlar cada vez melhor a expressão emocional. Esta prontidão para a ação vai fazer com que a emoção tenha uma reação urgente e que irá competir com o que estamos a fazer naquele momento. Lang (1968), substitui o termo emoção por estado emocional, cobrindo três aspetos: 1. Verbal e cognitivo; 2. Comportamento expresso (visível, motor); 3. Comportamento oculto (fisiológico, como p.e. Batimento cardíaco mais acelerado, porém isto não será visível exteriormente e há sempre a possibilidade de manipularmos o que passamos para o exterior de modo a que o que sentimos não corresponda ao que mostramos). No fundo, para Lang, um estado emocional corresponde a uma resposta integrada do corpo e da mente a um determinado estímulo. Assim, envolvem ativação fisiológica, comportamentos expressivos e experiências conscientes. Tomemos como exemplo quando vamos a andar na rua sozinhos, à noite, e ouvimos passos atrás de nós. Fisiologicamente, o nosso coração começa a bater mais depressa. Exteriormente, talvez aceleremos o passo e nos movamos em direção a um espaço com maior iluminação. Interiormente sentimos medo e pânico. Isto também está associado à experiência pessoal: geralmente, não associamos o facto de andar na rua sozinhos a algo positivo, mas sim a um sentimento de insegurança, principalmente se a cidade à nossa volta estiver vandalizada, mal cuidada, grafitada, etc, o medo será maior. Fraisse e Piaget (1975) vêm-nos falar de afetos (mais estável e mais longo) ou sentimentos(surge a questão de se apurar se sentimentos e emoções são construtos diferentes ou correspondem ao mesmo), manifestações neuro-vegetativas e expressões faciais e corporais percebidas pelo próprio (p.e. Ao corar) e pelo outro (começamos a notar os tiques, as microexpressões do outro e reagimos a isso - é uma constante interação de interpretação do comportamento e reação dos outros). Variáveis como a idade, o contexto, a cultura, etc. acabam por influenciar o modo como percecionamos e inibimos ou não as nossa expressões emocionais, sendo que estas são capacidades que podem sempre ser treinadas.

Reuchlin (1981) debruça-se sobre a vivência individual na emoção, na expressão facial/corporal e na alteração no funcionamento cerebral. (funcionamento corporal) Schwartz (1986) contrapõe autores prévios e refere que existem respostas simultâneas nos sistemas verbal, motor e fisiológico. Izard e Buechler (1980), Damásio (1995) e outros falam de uma tradução simultânea a nível fisiológico, comportamental e subjetivo (sentir do eu, expressar, pensar). Kleinginna & Kleinginna (1981) defendem a existência de uma interação complexa entre fatores objetivos e subjetivos, mediada por sistemas neuronais e hormonais e que pode provocar experiências afetivas de prazer ou desprazer (importância dada às bases biológicas; pode ser algo ativo - quando é algo positivo e bom - ou negativo - quando há uma ausência de desprazer), cognições para avaliar a situação e decidir rapidamente, ativação fisiológica para ajustar à situação, expressão facial/corporal e comportamentos nem sempre adequados. Fridja (1986) e Rodrigues et al. (1989) distinguem emoções de sentimentos, paixões e humor. - Emoções: são fenómenos afetivos intensos que surgem de forma brusca e desaparecem rapidamente; associados ao desgaste corporal e mental (no limite, matam por causa deste desgaste - o corpo está constantemente em ativação); - Sentimentos: fenómenos afetivos estáveis que resultam da reflexão cognitiva (=pensar sobre) sobre as emoções; mais duradouros e menos intensos; - Paixões: fenómenos afetivos intensos e não intelectualizados, duradouros; prejuízo pelo forte desgaste corporal e mental. Geralmente, diz-se que as paixões passam ao amor, porque o desgaste é menor e acaba por ser mais intelectualizado. O facto de procurarmos constantemente emoções fortes pode ser um traço de personalidade - “sensation seeking” - pode-se dizer que há uma explicação fisiológica para esta motivação intensa de certas pessoas: o limiar de excitação destas pessoas é menor, então, p.e., precisam de muito maior estimulação para morrer de medo (p.e. De ataque cardíaco). Por outro lado, também pode existir pessoas com hipersensibilidade. - Humor: conjunto de emoções ou estado emocional, tonalidade ou tendência afetiva num “momento” ou típica do sujeito (p.e. Deprimido, ansioso, alegre,etc.). Até a maneira como devolvemos as palavras ao sujeito - p.e. O uso do calão: “estou completamente passada” levamos como muito intenso, mas também temos palavras como zangada/o e furioso/a ue tomamos como menos intensas.

Também a questão do tempo é pertinente quando falamos de estados emocionais: de uma forma leiga poderemos associar a depressão ao pensamento excessivo no passado, o stress ao presente e a ansiedade ao futuro. Izard (1991) foi um autor muito associado à Psicologia do Desenvolvimento, que estudou desde a componente mais inata da emoção até à mais cultural (p.e. Como suprimir determinadas emoções é bem aceite culturalmente). Então, começa por diferenciar as emoções (partilham do caráter fisiológico) das pulsões (componente instintiva e imediata), das motivações (algo mais fisiológico e inato; drive; mas também há motivações cognitivas o que nos motiva? Se for algo agradável, repetimos; se for desagradável, evitamos/fugimos da situação), das necessidades e dos instintos. Partilham bases biológicas, mas apresentam como distinção relevante a cognição (raciocínio próprio - à medida que vamos evoluindo, vamos suprimindo e regulando as emoções; há também uma aprendizagem cultural, porque, p.e., quando somos bebés não temos tanto este raciocínio). A expressão facial/corporal assumem-se também como pistas na interação com o outro, tratando-se quase de um jogo emocional. Izard cataloga as emoções em duas grandes categorias: emoções primárias e secundárias. As emoções primárias são consideradas inatas e de base genética, expressas desde uma tenra idade e cuja expressão e explicação são comuns a diferentes culturas, sociedades e tempos. Assim, a expressão é comum aos animais, mas a cognição é o metor de ação que se assume como traço distintivo dos seres humanos. As emoções secundárias são em grande parte aprendidas e resultam da combinação de emoções primárias (p.e. Ansiedade mistura o medo, angústia, alegria). Para Izard, um estado ou traço (de personalidade) corresponde ao “estar” de uma determinada maneira, logo é como um espaço no contínuo entre o pólo negativo e positivo e são muito úteis o processamento rápido da informação semelhante (vs. condicionamento, trauma…). O traço de personalidade está mas associado a uma tendência para regir de uma certa forma: p.e. Ficar ansiosa/o. Com este autor surge a questão de apurar se as emoções e a sua expressão emocional pode ser verificada não só em humanos mas serem também aspetos inatos e comuns a outros seres vivos. Ou será apenas o ser humano a tentar projetar as suas emoções nestes seres vivos? Temos evidências suficientes para poder afirmar que os animais, principalmente os cães e os primatas devido á sua interação com os humanos também conseguem manifestar emoções e torna-se útil para a interação entre os seus iguais o recurso a estas. Apesar das suas formas de expressar emoções serem diferentes das dos humanos, os animais não só experienciam emoções e sentimentos, como também têm outros animais e humanos a serem a causa destas. Reeve (2009, p.299) define emoções como sendo um construto multidimensional, porque implicam aspetos subjetivos, biológicos, intencionais e sociais. Fazem um indivíduo sentir-se de um determinado modo (p.e. Alegre, irritado…) e mobilizam energia para o corpo se adaptar a algo (p.e. O medo prepara-nos para fugirmos) ou orientar para um objetivo (p.e. Agir ou lutar - porém, o mais instintivo continua a ser fugir), facilitam a interação social pela expressão (alerta do que o outro experiência - para além de que, quando falamos com alguém,

orientamo-nos para essa pessoa e socialmente acabamos por ver o que está a acontecer ao orientarmo-nos para um objeto qualquer que nos peçam. Todos nós sabemos o que sentimos, porém há uma dificuldade em definir e separar estes 4 aspetos. As emoções resultam assim da avaliação de uma situação importante, modificando as cognições e o funcionamento corporal. As reações que nós temos às situações muitas vezes ocorrem em frações de segundos, porém, do ponto de vista emocional, são segundos que se prolongam muito no tempo (conceito de tempo psicológico - parecem que segundos demoram muitos minutos). Assim, temos como resultado frases como “a vida passou-me toda à frente dos olhos”. No caso da ação, podemos tomar como exemplo um atleta de alta competição que está muito motivado para jogar e acaba por contrair uma lesão - ele pode nem sentir a dor na altura, ou até há casos em que os atletas deslocam um osso e acabam por agora com esse medo e tentam colocá-lo no sítio. Por vezes torna-se muito difícil separar a ligação mente/corpo - não sabemos ao certo se algo aconteceu de uma forma mais automática ou cognitiva. Estes acontecimentos verificam-se muito em situações de crise, podendo a ação das pessoas depender tanto de traços de personalidade, como de aprendizagem ao longo do tempo. Não há concordância em relação à definição de emoções, porém tentam sempre encontrar aspetos comuns. Até em termos da definição de emoções primárias, cada autor vem dar um contributo diferente: - Reeve (2009): define as emoções básicas como sendo 6 - medo, cólera, nojo, tristeza, alegria e interesse; - Ekman & Friesen (1975): define as emoções primárias como sendo medo, cólera, nojo, tristeza, alegria e desprezo; - Izard (1991) define as emoões primárias como sendo 11 - as seis anteriores, mais a surpresa, angústia, interesse, culpa e vergonha; - Darwin (1877) define 10 emoções primárias: tristeza, alegria, enfado, ódio, desprezo, nojo, culpa, surpresa, medo e vergonha (este autor considera as emoções tanto nos homens como nos animais); - Jack, Garrod & Schys (2014): face exprime dinamicamente apenas 4 emoções - alegria, tristeza, medo/surpresa (perigo em aproximação rápida) e nojo/cólera (perigo que se mantém). - Etc. Esta pluralidade nas definições de emoções e na delimitação das emoções primárias acaba por levar Ortony & Turner (1990) a fazerem uma coletânea de estudos, resumida num quadro com diferentes autores e a definição de emoções primárias destes.

Plutchik (1980) criou uma roda complexa de emoções, que apresentava as emoções básicas e as suas emoções básicas opostas:

Assim, as emoções básicas e as emoções básicas suas opostas seriam: - Alegria - Tristeza; - Confiança (aceitação) - Nojo; - Medo - Cólera; - Surpresa - Antecipação; A partir destas emoções básicas e da combinação delas, surgem as emoções secundárias:

Do ponto de vista da evolução histórica do conceito de emoção: - Descartes (1637) atribuía a razão ao ser humano e a emoção ao animal; - Desde Aristóteles até Wundt emergiu uma discussão sobre o conflito entre as alterações fisiológicas e a cognição; outros autores, pela mesma época, ainda consideravam a emoção como “desrazão” (Watson, Janet, Piéron); - William James (1884) descrevia as emoções como indo desde a perceção da situação, modificação corporal, consciência desta modificação, sentir a emoção até ao comportamento propriamente dito. Sem sensações corporais não existe a emoção, mas é necessário interpretar o estímulo em questão (p.e. Tremer porque se está com frio ou tremer de medo). Assim, William James já considera a importância da subjetividade e da cognição na emoção. - Lange (1885) valoriza a componente fisiológica e desvaloriza a cognição - fala-nos de um padrão fisiológico diferente para cada emoção; - A visão de James/Lange é oposta à de C  annon/Bard (1900), que defendiam padrão fisiológico comum a todas as emoções;

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Levenson (1988) afirma que a emoção é como uma organização rápida e adaptação do comportamento; Karli e Izard (1900…) definem a emoção como principal organizador do comportamento humano e da atribuição do significado.

Na Tese de Doutoramento da professora Cristina Queirós, (1997, p. 239), baseada na teoria do sujeito autopoiético de Agra (1990), as emoções são definidas como um processo complexo cujas manifestações e traduções abrangem três níveis: 1. Neurofisiológico: as alterações no funcionamento corporal do indivíduo, podendo ser ou não percebidas pelo próprio e raramente sendo percebidas pelos outros indivíduos

(p.e., modificações hormonais, viscerais, musculares, neuromusculares, alterações no S.N.). Os dados são recolhidos de forma objetiva através de técnicas como os índices fisiológicos ou substâncias no sangue, ou de forma subjetiva através de questionários sobre a perceção de sensações corporais; 2. Comportamental: ação motora, expressão e mímica faciais e corporais, postura corporal, comportamento do indivíduo, etc.; essencialmente percebido pelos outros e parcialmente pelo próprio indivíduo. Dados recolhidos objetivamente através da observação do comportamento visível do indivíduo e subjetivamente através de questionários sobre perceção de emoções; nível em que a emoção mais facilmente teria a sua tripla tradução; 3. Experiencial: vivência subjetiva e experiência individual do sujeito, só sentida pelo próprio e à qual teríamos acesso através do relato oral ou escrito efetuado pelo próprio indivíduo. Descrever as emoções sentidas implica tomar consciência destas, e na tomada de consciência interferem processos cognitivos.

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As emoções também se encontram muito associadas às cores, sendo que em grande parte esta nossa visão acaba por ser formatada pela noção de semáforo: o verde como algo positivo e o vermelho como algo negativo ou proibitório. Também os sinais de trânsito acabam por condicionar a nossa visão, ao terem a cor azul como permissão. Para além disso, todos nos recordamos quando éramos crianças e o nosso comportamento era registado através de “bolinhas” que estavam a sorrir, quando nos portávamos bem (verdes), que estavam com uma expressão neutra quando o comportamento era considerado como tendo sido “mais ou menos” (amarela) e bolinhas tristes/zangadas (vermelhas) quando nos portávamos mal. A publicidade aproveita-se destas influências e acaba por manipulá-las a seu favor, passando um determinada mensagem baseando-se nas cores. Para além disso, muitas vezes acabamos por associar as cores ao meio ambiente: as cores do ambiente à nossa volta mudam tendo e conta as estações do ano e conseguimos transpor a noção previamente aprendida de que o vermelho significa perigo para sinais de perigo de p.e. Perigo de choques elétricos. Em termos corporais, também podemos verificar como as diferentes emoções são representadas sob diferentes formais, sendo que também o calor de qualquer zona corporal é representado por tons mais próximos do vermelho, se este for quente e mais próximos do azul, se este for frio. 1.2. Breve descrição das principais teorias das emoções Segundo Strongman (2004) uma boa teoria deve possuir um resumo irrefutável (não pode ser colocado em questão do ponto de vista científico: mesmo que descordemos da teoria, temos de considerar que esta tem rigor científico) sobre um aspeto do mundo e conter um razoável poder de explicação. Lazarus (1992) aponta 12 aspetos que qualquer teoria da emoção deverá englobar: 1. Definição; 2. Distinção entre emoção e não emoção; 3. Emoção é ou não discreta (=independente; radicalmente diferente uma da outra - nas emoções básicas por exemplo, são completamente independentes, porém há teorias em que as diferentes emoções se interligam); 4. Papel desempenhado pela fisiologia; 5. Interdependência das emoções; 6. Ligação cognição-motivação-emoção; 7. Relação entre bases biológicas e socioculturais; 8. Papel da avaliação e da consciência; 9. Desencadear das emoções; 10. Desenvolvimento emocional; 11. Efeitos da emoção no desempenho e no bem-estar; 12. Influência da terapia na emoção.

Oatley (1992) refere sete postulados que, posteriormente irão ser a base da sua teoria com Johnson-Laird (1987):

1. 2. 3. 4. 5.

A função das emoções; Emoções discretas segundo teorias; Dificuldade em identificar...


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