Title | Psicologia e Emoções - parte 2 |
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Author | Francisca Morais |
Course | Psicologia e Emoções |
Institution | Universidade do Porto |
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Psicologia e Emoções - 2ª frequênciaFrancisca Morais 2. Áreas de aplicação do estudo das emoções2. Contextos de saúde e trabalho - parte 1● Stress; ● Stress pós-traumático e estados emocionais durante incidentes críticos; ● Stress ocupacional e burnout; ● Inteligência emocio...
Psicologia e Emoções - 2ª frequência Francisca Morais
2. Áreas de aplicação do estudo das emoções 2.2. Contextos de saúde e trabalho - parte 1 ● ● ● ● ● ● ●
Stress; Stress pós-traumático e estados emocionais durante incidentes críticos; Stress ocupacional e b urnout; Inteligência emocional; Cólera na condução; Reconhecimento emocional na esquizofrenia e autismo; Conflito trabalho-família.
1. Definição de stress O stress, hoje em dia, é um conceito para o qual toda a gente tem uma definição, logo ocorreu uma apropriação/popularização deste termo por parte do senso comum, que faz com que as pessoas desvalorizem este assunto (na depressão pode acontecer o mesmo). No fundo, todas as definições levam ao mesmo: o indivíduo, ao atribuir significado a uma circunstância que avalia como importante, sente que não tem recursos para a enfrentar. Toda a nossa vida temos decisões a tomar, portanto, por vezes desistir é a melhor Desistir também é uma opção, pois esta alivia o stress, que provoca tensão em todo o nosso corpo. Então, desistir muitas vezes é uma opção realista, fazendo-nos aprender e perceber qual a fonte de stress, porque é que constitui uma fonte de stress e o que podemos fazer para a gerir. Historicamente, o conceito de stress surgiu já no século XIV: ● Séc. XIV - “stringere” significava aperto/compressão, o que nos dá pistas em termos da evolução da palavra; ● Séc. XVII - Hooke ligou o conceito de pressão à engenharia e pontes: o veículo exerce pressão sobre a ponte, porém a ponte também tem uma resposta ao peso do veículo, não se deixando cair - assim, existe uma força (pressão) , que é exercida pela camião e uma oposição (antipressão) , pela pote para não cair. Este é uma das componentes que leva o sujeito a desistir; ● Séc. IX - Claude Bernard fala em stress como uma ameaça ao organismo, pois põe em questão o bom funcionamento do organismo. A resposta que o nosso organismo dá perante a ameaça ( qualquer coisa que o põe em perigo - por exemplo, quando falha a luz, os nossos olhos adaptam-se automaticamente à falta de luminosidade); ● Séc. XX:
○ Anos 30 - Cannon traz-nos o conceito de homeostasia, limitando-se ainda a um sentido físico do stress, como uma ameaça que perturba o bom funcionamento (equílibrio) do organismo; ○ 1936 - Hans Selye, um endocrinologista, inicia estudos empíricos acerca do stress com ratos, em laboratório. O seu objetivo era o de stressar fisicamente os ratos, através de situações imprevisíveis como ruídos muito altos, choques elétricos no chão, etc. Assim, faz com que os ratos estejam constantemente alerta, sendo que alguns destes acabaram por morrer de exaustão. Assim este investigador acaba por reconhecer que o stress, em casos extremos, pode matar, mas, mais tarde, também constata que o stress pode ser positivo; ○ 1974 - Hans Selye distingue o eustress do disstress - o disstress é a componente negativa do stress, aquilo que faz com que nos sintamos sem recursos suficientes para a situação em questão. O eustress é a componente positiva do stress, a que nos motiva a agir, trabalhar e nos lança um desafio, mas não exerce demasiada pressão - a situação pode ser exigente, mas sabemos que temos recursos para lhe fazer face. O stress, para Selye, era visto como uma Síndrome Geral de Adaptação ou uma resposta dos agentes patogénicos - uma resposta adaptativa do organismo quando perceciona uma ameaça (real ou imaginária). Tem várias fases (no animal): 1. Reação de alarme: primeiramente, ocorre uma ativação do SNV, com r esposta de luta ou fuga, o que permitiu a sobrevivência da espécie humana. O organismo depara-se com a questão de como irá reagir a uma determinada situação. Então, poderá optar por lutar, com os devidos gastos de energia, porém também a opção de fugir tem gastos energéticos - mesmo desistir de uma situação stressante implica gastos de energia. O fugir pode não só implicar fuga física, mas também o desmaiar ou então paralisar (não ter a capacidade de reagir). As emoções também têm um papel preponderante nesta resposta de sobrevivência: se vejo um elefante enorme pela primeira vez, perceciono-o como perigoso antes de agir; da segunda vez que isto ocorre, já fujo antes sequer de pensar; 2. Resistência: inverter o estímulo stressor ou adaptar a situação - h á uma avaliação dos recursos existentes para fazer face à situação e, depois desta, ocorre a fase da resistência. Quando não conseguimos dar resposta à situação, adaptamo-nos a esta - p.e. No caso do tao que não consegue ir à alvanca para parar os choques elétricos, este acaba por se apoiar em duas patas para não queimar as quatro. Também no caso das novas tecnologias e das redes sociais, as pessoas estão sempre online e sempre conectadas e, muitas vezes, isso acaba por conduzir a um stress constante. No caso de França, existe uma lei que determina que os trabalhadores podem desligar o telemóvel após o horário laboral de forma a que o “trabalho não invada a casa”; também no e-mail a informação está-nos constantemente a chegar e, do ponto de vista da exaustão, estamos constantemente a ser estimulados; 3. Exaustão: a energia esgota-se, leva à morte devido ao efeito cumulativo ( estímulos pequenos, mas repetidos) v s. intenso.
Lazarus & Folkman, 1984, f alam-nos de stress como uma discrepância entre as exigências da situação e os recursos do indivíduo para lhe fazer face. Porém, também falam do stress como um estímulo - é uma utopia viver sem stress; pode nem ser uma situação altamente stressante, porém há sempre algo que vai trazer stress. O stress assume-se ainda como uma resposta, que advém da gestão de recursos e adaptação à situação stressante.
Quando os níveis de stress são demasiado baixos, poderá ocorrer o aborrecimento e, no limite, leva à depressão devido à extrema monotonia - as situações não são desafiantes, levando a que as pessoas se sintam exaustas de não fazerem nada. Muitas profissões acabam por criar esta monotonia e a pessoa acaba por entrar em stress por falta de desafio (isto não foi considerado por esta teoria, é uma das falhas apresentadas). Assim, há um patamar ótimo de alerta, e os altos níveis de stress também são prejudiciais para o organismo.
2. Fatores causais Vaz Serra, 2002, traz-nos a noção de que, por vezes, as c ircunstâncias podem ser, por si só, i ndutoras de stress - ameaça (ainda não ocorreu mas é vista como negativa), dano (já ocorreu e o sujeito lida com as consequências indutoras de stress) e o desafio (ainda não ocorreu e o indivíduo não o perceciona como algo negativo, considerando que tem recursos disponíveis para o realizar). A nossa perceção do stress pode mudar em função das nossas características pessoais - todos podemos ver o stress como dano, desafio ou ameaça. Considera ainda um conjunto de o corrências que induzem stress: 1. Acontecimentos traumáticos ou traumas no desenvolvimento - fora do vulgar, por exemplo, casos de violações, negligências por parte de pais/professores/cuidadores, etc.; os traumas do desenvolvimento ocorrem numa etapa desenvolvimental em que já existem exigências próprias, como casos de mudar de casa, divórcio dos pais quando estão a mudar de casa, etc. potenciam o stress e o impacto deste torna-se ainda maior; 2. Acontecimentos significativos da vida (adaptação - p.e. O caso de entrar na faculdade, principalmente para as pessoas que mudam de cidade e afins acaba por requerer que a pessoa se adapte); 3. Acontecimentos desejados que nunca mais ocorrem ( incerteza - casos de querer muito engravidar ou ascender profissionalmente, ou de querer saber uma nota, mas ter medo de a saber, à semelhança de casos de consultas de fertilidade, em que a incerteza causa stress); 4. Situações crónicas indutoras de stress (trabalho); 5. Micro indutores de stress (dia a dia - p.e. Acordar todos os dias irritado/a por causa do barulho do despertador); 6. Macro indutores de stress ( contexto global - o contexto que está acima de nós, como casos de crise, inflação, desemprego, etc.; são situações que muitas das vezes estão fora do nosso controlo e o papel dos mass media também podem acabar por agravar o seu impacto). Estes fatores causais podem estar ligados a vários domínios: ● Ambiente físico: luz, ruídos, temperatura, tráfego - muitas vezes não damos valor a estas coisas, mas, se prestarmos atenção, funcionam como stressores adicionais porque vão sendo acumuladas: p.e. andar num metro cheio de pessoas logo de manhã, etc; ● Social/relacional: agressividade dos outros, conflitos, falta de tempo para pessoas afetivamente importantes, falta de suporte social; ● Financeiros: impostos, despesas imprevistas, aguentar até ao final do mês (gestão de despesas); ● Organizacional: regras, prazos da instituição, tarefas, etc; ● Acontecimentos de vida: morte ou perdas de familiares ou amigos de emprego, mudança de curso ou emprego ou local de emprego, casamento
divórcio, etc. ( até a mudança do local de emprego/ensino acaba por requerer múltiplas reorganizações no quotidiano da pessoa, que tem de se adaptar aos horários dos transportes, etc.; ● Estilo de vida: sono deficiente, aumento de cafeína ou consumo de substâncias, má alimentação, etc ( menos tempo ou mai stress no trabalho - p.e. No caso de ter menos tempo para fazer comida, acaba por se comprar comida feita e isso diminui a qualidade da alimentação); ● Estado psicológico: problemas de saúde, doenças, gravidez, agressões, acidentes ( dores crónicas, gravidezes imprevistas, etc. acabam por stressar e deixar a pessoa agressiva, ansiosa e irritada); Bensabat, 1989, fala em stress agudo e stress crónico. O stress agudo refere-se a um acontecimento imediato, ao stress pós-traumático e trauma no desenvolvimento ( p.e. Defender a tese de mestrado - algo para o qual não há treino e não é regular). O stress crónico refere-se a situações que muitas vezes a própria pessoa nem tem noção que são stressantes porque fazem parte do seu quotidiano e são de caráter prolongado, porém constituem-se como fontes de stress - quase temos de forçar a pessoa a dizer porque se sente stressada. Bensabat enfatiza muito esta dificuldade em identificar um agente stressor, indo a sua abordagem desde a mais médica, de Selye e das experiências com ratos, com os estímulos discretos e bem identificados, até à mais psicológica de Lazarus. Então, acaba por admitir que haja uma certa subjetividade na avaliação da situação e na perceção de stress - as fontes de stress para uma pessoa, podem não ser fontes de stress para outra: não podemos simplesmente falar em stress de uma forma tão global, mas sim de fatores de stress, que a própria pessoa perceciona como sendo stressantes. Holmes e Rahe, 1967, atribuem uma maior importância à parte psicológica, sendo que cada pessoa deverá avaliar os seus acontecimentos de vida e dizer se pensa que estes são stressantes ou não - mesmo os acontecimentos de vida que parecem ser mais positivos, poderão ser stressantes na ótica de alguma pessoa. Para tal, criou uma e scala de avaliação do significado dos acontecimentos de vida para cada indivíduo, revelando esta necessidade de saber como cada indivíduo interpreta estes. M esmo dentro da mesma família, acontecimentos com um divórcio, a saída de um filho de casa, etc. podem ser interpretadas de forma diferente pelos diferentes membros desta.
3. Consequências do stress As fontes de stress são constantes e viver sem stress é irrealista. Tal com uma máquina, também possuímos recursos limitados. Assim, temos de ter determinados recursos, potenciá-los e ir-nos adaptando às situações com as quais nos deparamos.
Geralmente, há uma enorme dificuldade de avaliação do stress: as pessoas tendem a ir a um médico primeiro e não a um psicólogo e muitas vezes acabam por consumir anti-depressivos, acabam por ir a consultas de clínica geral, no trabalho revelam absentismo e insatisfação, comportamentos de risco e hostilidade, etc. - consideram que é a vida normal e não é stress. Os sintomas (consequências de um estado emocional) do stress podem ser físicos, mentais e emocionais e/ou comportamentais: - As queixas físicas geralmente incluem pressão no peito, dores, tensão muscular, fadiga e insónias; - As queixas psicológicas geralmente incluem impaciênca, irritabilidade, agressividade, problemas de concentração e memória, angústia, depressão, violência, entre outros; - Também ocorre uma interação entre o físico e o psicológico, modificando os comportamentos e a personalidade da pessoa stressada, levando até a doenças físicas (como úlceras e hipertensão), auto e hetero agressividade.
4. Fatores de risco ou vulnerabilidade P orque é que as pessoas têm mais ou menos stress? 1. Características biológicas: r eação intensa ao estímulo stressor e dificuldade em retomar o nível basal; hiperativação - estar constantemente em ativação não é saudável, porém há pessoas que já nascem com um ativação superior - está ligado à prontidão para agir quase imediatamente - a outras e isso não se constitui como algo patológico, porém poderá tornar-se em patológico (no caso das pessoas denominadas simpáticas autónicas, estas demonstram sempre, no polígrafo por exemplo, subir e descer constantemente - esse é o seu estado natural: estão em constante prontidão para agir). No fundo, acabam por já ser traços da personalidade da pessoa: umas têem mais prontidão para agir do que outras, o que lhes pode facilitar ou prejudicar o seu percurso de vida; este consittui-se ainda como um fator de vulnerabilidade ao stress; todos nós nascemos com esta característica, mas podemos treiná-la ou inibi-la. No caso dos call-centers, por exemplo, as pesoas tem de inibir as suas reações emocionais, porque muitas das vezes querem reagir e não podem - têm de se conter e engolir “muitos sapos” e isso, a longo prazo, acaba por ser muito prejudicial, causando úlceras, etc. É sempre ter algum tipo de atividade física para desgastar o stress - é uma das estratégias ara gerir os níveis basais. Pelo contrário, as pessoas parassimpáticas autónicas são as que geralmente ficam a olhar e demoram bastante tempo a reagir - o estímulo stressor é tão forte para elas, que na linha basal (do polígrafo) a agulha desce e só depois é que faz um pico (primeiro a pessoa vai buscar energia - desce, queda, porque a pessoa não tem energia suficiente e só depois é que sobe. Até o facto de termos comido alguma coisa há pouco tempo influencia -tornamo-nos mais alerta. 2. Características sociais: f racas redes de apoio social ou dificuldade de lhes aceder, baixa literacia (menor capacidade de se adaptar, estilo de vida mais pobre e menos saudável) e estraot socioeconómico mais baixo (mais privações e adversidades;
recusa em aceitar o que não pode mudar, dificuldade em aproveitar o que pode mudar e aprender e resistir no futuro. P or exemplo, no caso dos casais deslocados, com a família longe - caso u dos filhos adoeça, muitas vezes não têm onde o deixar. 3. Traços de personalidade: s ão vários os que interferem com os níveis de stress: a. Neuroticismo: cria problemas a si próprio, tolera mal a frustração e a rigidez e tem más estratégias de coping; b. Ansiedade traço: a valia mal os estímulos, tendência a sentir-se ameaçado - cria problemas onde eles não existem; c. Pessimista: vê perigo em tudo; d. Hostil/colérico: auto-alimentação do stress - tem muita cólera, que permanece até duas horas após o estímulo e está geralmente associada a problemas cardiovasculares; e. Auto-estima pobre: receia ser criticado e rejeitado; segue os outros e não toma qualquer iniciativa; evita confrontos - não concorda, mas não tem coragem para dizer isso; f. Inteligência emocional pobre: exprime e compreende mal os fenómenos emocionais; rumina; g. Procrastinador: adia as tarefas e gere mal o tempo - “ainda tenho muito tempo faço depois…; h. Personalidade tipo A: colérico, impulsivo, competitivo, hipersensível às críticas, pouco capaz de descontrair; estabelece metas ambiciosas e com muitos objetivos, luta contra o tempo para os atingir; mede o seu valor pelo seu sucesso, tem uma baixa auto-estima (mas disfarça-a bem), procura reconhecimento social e poder; rigidez; fisiologicamente tem problemas cardiovasculares e descargas de adrenalina mais fortes - é um traço misto, porque é simultaneamente um fator de risco e um fator protetor.
5. Fatores Protetores 1. Bom a poio social e capacidade de o procurar/utilizar - conhecer bem o que me deixa de stressar e do apoio que temos e de como prevenir estas situações; 2. Personalidade e modo de reagir às situações: a. Instrumentalidade: capacidade de avaliar as situações como problemas a resolver e não como dados emocionais; como desafios para melhorar e não como ameaças - sente-se forte para os enfrentar e vê oportunidades para melhorar; b. Locus de controlo interno e auto-eficácia: a s consequências do comportamentos dependem de si; tenta ser eficaz a enfrentar os desafios; assume a responsabilidade; c. Personalidade tipo A: s entimento de controlo, competitividade e procura de reconhecimento social como forma de apoio social; d. Maturidade psicossocial e proatividade: a prender com os erros, antecipar situações, ser flexível e adaptar-se, pensar a longo prazo; avalia as situações com humor e reflete acerca do que lhe acontece; tem abertura de espírito; não é passivo/reativo, mas sim proativo e antecipa as situações; vê a longo prazo e
não fica frustrado com o fracasso imediato; tem identidade própria e age de forma matura, consciente e responsável; vê o significado na sua vida e tenta ser otimista, dinâmico e assertivo; e. Coerência e resiliência: v er a vida como um todo com significado que controla; ter esperança, otimismo, forte auto-conceito; não ruminar e resistir;
6. Relação entre stress, ansiedade e depressão
A ansiedade pode ser subdividida em ansiedade traço vs. ansiedade estado c omo potenciadora de sintomas de stress - acaba por se tornar um ciclo vicioso de estímulos stressores. A ansiedade traço é uma característica mais ligada à hiperativação da própria pessoa, enquanto que a ansiedade estado está mais ligada às razões que nos levam a estar ansiosos. Porém, temos de ter em conta que tanto uma como a outra são potenciadoras de stress o que leva, por vezes, a que os sintomas de stress sejam confundidos com os da ansiedade. No entanto, as causas que levam à ansiedade, geralmente são mais difusas do que a simples falta de recursos disponíveis para uma dada situação. A ansiedade é uma desordem que cada vez mais pessoas e mais jovens apresentam, principalmente nas gerações de hoje em dia. Muita desta ansiedade pode estar relacionada com uma angústia de separação: os pais colocam os filhos nos infantários e quase não têem tempo de os ver e de estar com eles no dia a dia.
Então, o stress é mais visto como uma resposta a um acontecimento ou situação que é ameaçadora para o indivíduo, mais temporário do que a ansiedade. A ansiedade é então uma reação ao stress, um problema mental, considerado em estado grave quando é prolongado no tempo e ocorre sem a presença de um evento traumático ou stressante que a provoque; interfere com as atividades do dia a dia. Os vários componentes da ansiedade podem ser físicos - os sintomas, cognitivos - os pensamentos e comportamental - o evitar, que muitas das vezes gera mais ansiedade ainda. È ainda muito importante saber distinguir a ansiedade “normal” e saudável do quotidiano de ansiedade que já se constitui como uma desordem mental e que leva tempo a lá chegar, tentando a pessoa resolvê-la e não consegue. É importante ainda reconhecer que a ansiedade e a depressão também então muito interligadas. A ansiedade faz parte do quadro clínico da depressão e está associada às alterações de humor e aos estados depressivos. Muitas pess...