R08 Relatório - Visita técnica - Construcao civil PDF

Title R08 Relatório - Visita técnica - Construcao civil
Author THAINNA FREIRE
Course Engenharia
Institution Universidade de Pernambuco
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Summary

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DE VEDAÇÃO EM ALVENARIA EM OBRA NA CIDADE DO RECIFE-PE...


Description

Universidade de Pernambuco – UPE Escola Politécnica de Pernambuco – POLI

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DE VEDAÇÃO EM ALVENARIA EM OBRA NA CIDADE DO RECIFE-PE

Recife 2017

Universidade de Pernambuco – UPE Escola Politécnica de Pernambuco – POLI

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DE VEDAÇÃO EM ALVENARIA EM OBRA NA CIDADE DO RECIFE-PE

Relatório referente à visita técnica realizada no dia 06/10/2017, tendo como objetivo principal a análise das etapas seguidas para a concepção da alvenaria de vedação da edificação em questão. O presente trabalho corresponde a parte componente da nota do primeiro exercício escolar referente à cadeia de Construção Civil II, ministrada por Alberto Casado e Yeda Póvoas, da Escola Politécnica de Pernambuco – UPE. Equipe: Danielle Barbosa, Lenilson Gustavo, Lucas Amorim, Pedro Rosa e Tatiana Souza

Recife 2017

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: À esquerda, vista do empreendimento analisado; à direita, registro do grupo em visita......................................................................................................................... 5 Figura 2: Alvenaria finalizada.........................................................................................6 Figura 3: Detalhe da face de um dos pilares e superfície externa de vedação chapiscada..................................................................................................................... 6 Figura 4: Estocagem de brita.........................................................................................7 Figura 5: Estocagem de areia grossa............................................................................8 Figura 6: Estocagem de materiais ensacados e blocos.................................................8 Figura 7: Central de corte de blocos..............................................................................9 Figura 8: Depósito de resíduos....................................................................................10 Figura 9: Almoxarifado.................................................................................................10 Figura 10: Refeitório.....................................................................................................11 Figura 11: Blocos cortados...........................................................................................12 Figura 12: Valores referência de produtividade para o serviço de alvenaria de vedação por blocos.................................................................................................................... 12 Figura 13: Escada com blocos cimentícios..................................................................13 Figura 14: Bloco cerâmico utilizado.............................................................................14 Figura 15: Blocos compensadores...............................................................................14 Figura 16: Avaliação de fornecedores..........................................................................15 Figura 17: Materiais utilizados.....................................................................................16 Figura 18: Verificação geral.........................................................................................17 Figura 19: Tela metálica aplicada entre fiadas.............................................................18 Figura 20: Aplicação da argamassa de assentamento.................................................18 Figura 21: Elevação da alvenaria.................................................................................19 Figura 22: Vedação através de assentamento de blocos cerâmicos............................19 Figura 23: Taliscas instaladas nas superfícies de alvenaria.........................................20 Figura 24: Detalhe de contraverga em janela..............................................................20 Figura 25: Detalhe de viga em abertura para recebimento de porta............................21 Figura 26: Detalhe para execução de encunhamento..................................................21 Figura 27: Detalhe de parede adjacente a elementos estruturais................................22 Figura 28: Práticas não recomendadas para a racionalização da alvenaria presentes na obra.........................................................................................................................22 Figura 29: Desperdício de materiais devido à falha de execução................................23

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Figura 30: Diferença nas espessuras da argamassa entre os blocos.........................................................................................

SUMÁRIO

1.

Introdução...............................................................................................................4

2.

Caracterização da obra...........................................................................................5

3.

Descrição do canteiro de obras e equipamentos....................................................6

4.

Projeto para produção...........................................................................................11

5.

Características da produção do serviço: Alvenaria de vedação............................13 5.1 Avaliação dos fornecedores................................................................................14

6.

Execução do serviço.............................................................................................15 6.1

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Execução da alvenaria de vedação...............................................................16

Considerações Finais...........................................................................................24

REFERÊNCIAS........................................................................................................... 25

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1. Introdução A vedação vertical é o subsistema da edificação que delimita os seus ambientes e controla a passagem de agentes como ruídos, vento, luz e animais para seu interior. É composta por vedo, esquadria e revestimentos. A alvenaria se trata do sistema construtivo mais largamente utilizado no Brasil para a execução de paredes; é também um elemento de potencial geração de desperdícios em obras. Isso torna necessária a racionalização dos métodos de construção, o que visa a garantia de qualidade, desempenho, cumprimento de prazos e boa relação custo/benefício. Para isso, o presente trabalho consiste na avaliação da execução de vedação em alvenaria em um edifício residencial localizado na Região Metropolitana do Recife – PE, empreitado pela CONIC, construtora atuante na área de edificações. Por meio de visita técnica ao empreendimento, foi realizada a análise das condições de materiais e serviços adotados, bem como da disposição dos elementos do canteiro de obras, a fim de entender o nível de racionalização da obra, indicando fatores que contribuem e desfavorecem a prática. 2. Caracterização da obra Localizado na Rua Mário Bhering, no bairro da Tamarineira da cidade do Recife – PE, o Edifício Freguesia Mario Bhering possui área construída prevista em projeto de 11.166,48m² disposta ao longo de 26 pavimentos tipo e três vazados. Foi iniciada em janeiro de 2016 e possui término estimado para o primeiro semestre de 2019. A obra possui certificações ISO 9001 e 14001.

Figura 1 À esquerda, vista do empreendimento analisado; à direita, registro do grupo em visita

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Algumas das superfícies externas de vedação estavam chapiscadas, consistindo em uma das etapas do processo de revestimento das mesmas. A alvenaria foi finalizada e, no dia da visita, estavam sendo instalados contramarcos nos vãos para recebimento das esquadrias. Paralelamente, as fundações da periferia da edificação estavam sendo executadas.

Figura 2: Alvenaria finalizada

Figura 3: Detalhe da face de um dos pilares e superfície externa de vedação chapiscada

3. Descrição do canteiro de obras e equipamentos O canteiro de obras pode ser definido como a área destinada à execução das atividades do ambiente da obra e instalação das ferramentas e equipamentos, que são de uso indispensável para realização dessas atividades (OLIVEIRA; SERRA, 2006). Sendo segundo a NR- 18 (1996), uma área de trabalho fixa e temporária, onde se desenvolvem operações de apoio e execução de uma obra. Ainda sobre o conceito, a NB-1367 (1991) descreve que o canteiro de obras é um conjunto de áreas destinadas à execução e apoio dos trabalhos da 6

indústria da construção, dividindo-se em áreas operacionais e áreas de vivência. Observou-se na visita técnica que o canteiro da obra ficou alocado no térreo e no primeiro pavimento, sendo suas áreas operacionais e de vivência associadas de forma mesclada, ou seja, tanto no térreo quanto no primeiro pavimento possuíam os dois tipos de áreas em funcionamento: Áreas operacionais: Portaria, escritório, almoxarifado, depósito de madeira, área para armazenamento de brita, areia grossa e areia peneirada, central de armazenamento de aço, central de armação, depósito de ensacados, guincho cremalheira, betoneira, central de corte de blocos, central de corte de madeira, grua, espaço direcionado para o armazenamento de resíduos gerados pela obra (metal, madeira, plástico, papel, material não reciclável e resíduos perigosos). Áreas de vivência: Vestiário, Instalações sanitárias, Refeitório, Cozinha, Área de lazer. As áreas ficaram dispostas na obra de acordo com o anexo D. 

Térreo: - Portaria: Autorização e controle ao acesso de pessoas e fornecimento de EPI para visitantes. - Depósito de madeira: Armazenamento em local seco e coberto. - Área de armazenamento de brita, areia grossa e areia peneirada: Ambiente localizado próximo ao vestiário e estocados ao ar livre.

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Figura 4: Estocagem de brita

Figura 5: Estocagem de areia grossa

- Central de armação: Localizado próximo à central de armazenamento de aço, ambos locados em ambientes cobertos. - Depósito de blocos e materiais ensacados: sacos de cimento e argamassa estocados em local seco e coberto, empilhados sobre pallets de madeira, próximos ao setor de armazenamento de agregados, no interior da edificação. Os blocos também se encontram na mesma condição de armazenamento, o que facilita seu transporte e os protege do contato com a umidade do assoalho.

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Figura 6: Estocagem de materiais ensacados e blocos

- Guincho cremalheira: Transporte vertical de cargas e pessoas. - Betoneira, central de concreto e argamassa: Localizados próximo ao guincho cremalheira. Local coberto. - Central de corte de blocos e madeira: uma das responsabilidades do setor é realizar detalhamentos relativos ao embutimento de instalações elétricas previstos em projeto, previamente à execução da alvenaria, o que contribui na compatibilização executiva do planejado para a obra e reduz o tempo de elevação das vedações, contribuindo, assim, para a produtividade da obra.

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Figura 7: Central de corte de blocos

- Grua: Transporte horizontal e vertical de materiais. Localizado de forma centralizada em relação aos depósitos de areia, brita, e madeira, assim como das centrais de cortes e da betoneira. - Resíduos de diversos materiais: Próximo ao portão de acesso, facilitando o recolhimento e descarte do mesmo.

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Figura 8: Depósito de resíduos

- Vestiário: Localizado atrás do depósito de resíduos. Contendo armários e instalações sanitárias, compostas por lavatório, vaso sanitário e chuveiro, foi instalado próximo ao acesso à obra, facilitando a saída dos operários no fim do expediente. 

Primeiro pavimento - Escritório: Dependências para os elementos de administração da obra, documentos e acomodação da equipe de técnicos e engenheiros. - Almoxarifado: Local fechado destinado a estocagem de materiais próximo ao escritório.

Figura 9: Almoxarifado

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- Refeitório, cozinha e área de lazer: Localizados em área que proporciona conforto térmico devido ao pavimento ser coberto e ventilação, devido à ausência de paredes até o momento.

Figura 10: Refeitório

4. Projeto para produção

Para a elaboração do projeto para a produção, primeiramente, foram realizadas análises de projetos de etapas anteriores, visando a compatibilização entre os mesmos. Além disso, foi estudada a modulação escolhida para compor a vedação, planta de primeira fiada e planta de detalhes construtivos. A concepção da alvenaria da obra em questão visou obter os menores níveis de desperdício, possuindo em seu canteiro uma central de cortes para adaptação de blocos às caixas de passagem, evitando a quebra dos blocos, reduzindo as perdas e evitando transtornos ou interferências aos demais processos. Além disso, a compra de blocos foi feita de acordo com a modulação com a qual foi elaborada a planta baixa dos apartamentos. O projeto de alvenaria e plano de execução não foram fornecidos pelos responsáveis pela obra. A produtividade atingida na obra, para a elevação da alvenaria foi de 12m²/homem/dia, segundo o supervisor responsável pelo serviço. Cada servente auxiliava dois pedreiros.

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Figura 11: Blocos cortados

Para analisar a produtividade relativa à execução de alvenaria de vedação com blocos cerâmicos foi utilizada a Figura 12: Tabelas de Composição de Preços para Orçamentos – TCPO (TCPO, 2008) e os dados coletados sobre este serviço. A tabela descreve as atividades contidas em cada serviço, sendo, nesse caso, relacionadas ao assentamento de blocos para alvenaria de vedação, e dividese em duas faixas de cores, sendo quando mais perto do valor mínimo (faixa azul), melhor o índice de produtividade.

Figura 12 Valores referência de produtividade para o serviço de alvenaria de vedação por blocos

A produtividade no canteiro para os pedreiros foi de 12m²/homem/dia e 24m²/homem/dia para os serventes, segundo informação concedida em visita. Sendo assim, considerando a jornada de trabalho de 8h, as produtividades de pedreiro e servente são 1,5m²/hora ou 0,67Hh/m² e 3,0m²/hora ou 0,33Hh/m², respectivamente. 13

A partir desses dados foi possível concluir que os pedreiros encontram-se na faixa de boa produtividade, com tendência ao valor de referência que delimita de boa a má produtividade (Intervalo faixa vermelha). Os serventes também estão localizados na faixa de boa produtividade, porém , diferentemente dos pedreiros, o seu valor tende ao menor valor de referência, indicando melhor produtividade (intervalo faixa azul). 5. Características da produção do serviço: Alvenaria de vedação

A execução da alvenaria de vedação seguiu os procedimentos recomendados pelas NBR 15270-1: Componentes cerâmicos Parte 1: Blocos cerâmicos para alvenaria de vedação – Terminologia e requisitos (ABNT, 2005) e NBR 8545: Execução de alvenaria sem função estrutural de tijolos e blocos cerâmicos (ABNT, 1984). Foram usados blocos de concreto de 9x19x39 cm e 9x19x9 cm nas vedações da escada e do poço do elevador, cerâmicos nas periferias (9x19x39cm mais compensadores) e blocos de gesso nas divisórias, com 7 cm e 10 cm de espessura.

Figura 13: Escada com blocos cimentícios

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Figura 14: Bloco cerâmico utilizado

Figura 15: Blocos compensadores

A argamassa empregada foi do tipo pronta, adquirida através do fornecedor Do Mestre. Quanto ao revestimento de pisos e paredes internas a ser adotado, serão dadas duas opções para o cliente, que poderá escolher a seu critério entre cerâmica e porcelanato Elizabeth, de linha de fabricação ainda não definida. Para as fachadas, serão utilizados componentes cerâmicos de alta vitrificação do mesmo fabricante.

5.1 Avaliação dos fornecedores Foi observado que a empresa possui um sistema próprio para avaliação dos fornecedores. Consiste em um quadro contendo a lista de nome dos fornecedores contratados, onde, os participantes da obra irão avaliar o serviço prestado pelos mesmos em níveis de qualidade. Pode variar de REGULAR – BOM – MUITO BOM Essa iniciativa contribui para a criação de um perfil relacionado à qualidade do serviço de cada fornecedor contribuinte, que servirá como base para as possíveis contratações futuras. Segundo informação concedida em obra, os blocos cerâmicos foram fornecidos pela Cerâmica Buenos Aires e os de concreto, pela DG Pré-moldados.

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Figura 16: Avaliação de fornecedores

6. Execução do serviço Os equipamentos utilizados na etapa, segundo consta na Instrução de Trabalho da obra, seguem abaixo:                  

EPI Colher de pedreiro Equipamento para transporte de argamassa e tijolos ou blocos Masseira com apoio Andaime Escantilhão Linha de nylon Pistola para cravação das telas Régua de alumínio Mangueira de nível Prumo de face e canto Trena Esquadro Vassoura Balde Desempenadeira Argamassadeira de eixo horizontal Caixote revestido com zinco ou PVC

Serão apresentados, a seguir, os procedimentos adotados para a execução da elevação da alvenaria de vedação. As informações foram cedidas por funcionários do empreendimento e acompanhamento dos processos.

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6.1 Execução da alvenaria de vedação O procedimento seguido para a execução de alvenaria de vedação da edificação em questão seguiu as seguintes etapas: 

Separação de materiais a equipamentos de segurança

serem

utilizados

e

verificação

de

Figura 17 Materiais utilizados

 Aplicação de chapisco rolado para preparo da estrutura  Materi lização do eixo: marcação no piso onde haverá a elevação da alvenaria 

Verificação do posicionamento dos primeiros blocos, correspondentes a aos blocos localizados em encontros de paredes, de pilares e aberturas de portas

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Locação dos pontos do alinhamento principal, que possui a marcação do esquadro do edifício, verificada através do projeto de alvenaria disponível



Execução da linha de prumo e medidas complementares necessárias



Verificação do nível geral para que não haja discrepância de alturas

Figura 18 Verificação geral

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Preparação de argamassa de assentamento, pelo auxiliar de pedreiro, seguido de atiramento das telas metálicas, com intuito de realizar a amarração entre os blocos de alvenaria



Marcação da alvenaria a ser executada, através da linha de eixo



Elevação

Figura 19 Tela metálica aplicada entre fiadas

Figura 20 Aplicação da argamassa de assentamento

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Figura 21 Elevação da alvenaria

Figura 22: Vedação através de assentamento de blocos cerâmicos

Na primeira visita técnica realizada, já havia sido realizado o taliscamento na alvenaria elevada. Na realização da segunda visita não foi possível acompanhar a execução do taliscamento na alvenaria, pois a etapa acompanhada era de elevação, o taliscamento seria realizado em outra fase. A etapa foi executada para receber emboço de, em média, 18 mm. 20

Figura 23: Taliscas instaladas nas superfícies de alvenaria

Figura 24 Detalhe de contraverga em janela

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Figura 25 Detalhe de viga em abertura para recebimento de porta

Figura

26 Detalhe para execução de encunhamento

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Figura 27 Detalhe de parede adjacente a elementos estruturais

Foram observados alguns furos realizados em blocos, cuja feição não se compatibiliza a um projeto de alvenaria com elevações bem paginadas. O erro pode refletir falhas na execução.

Figura 28: ...


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