Visita Técnica - Relatório PDF

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIA NÚCLEO DE GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE PETRÓLEO LOGÍSTICA DE ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL PROFª. MSC. ROSIVÂNIA DA PAIXÃO SILVA OLIVEIRA

VISITA TÉCNICA MINI - USINA DE BIODIESEL

BIANCA GABRIEL DE SOUZA GEOVANNA CRUZ FERNANDES ISABELLA RIBEIRO JAQUELINE TEIXEIRA DIAMANTINO JULIANE OLIVEIRA RODRIGUES

SÃO CRISTOVÃO – SE DEZEMBRO/2015

INTRODUÇÃO Atendendo à solicitação da professora Rosivânia da Paixão Silva Oliveira, da disciplina Logística de Armazenamento e Transporte de Petróleo e Gás Natural, foi realizada uma visita técnica à Mini Usina de Biodiesel, no dia 15 de dezembro de 2015, das 8h às 9h da manhã, localizada no povoado Lagamar, zona rural de Itabaiana – SE. A usina foi inaugurada em 2011, e foi implantada através da Cooperativa Central de Transportes Coletivos Municipal, Intermunicipal, Interestadual e Alternativo de Passageiros e Turismo do Estado de Sergipe, e atualmente é operada pela Texas do Brasil Oil and Gas. Como a usina foi implementada para auto consumo, o óleo produzido não é comercializado e a produção destina-se ao abastecimento de caminhões pertencentes aos membros da cooperativa. Além de beneficiar o meio ambiente, o biodiesel também beneficiará os caminhoneiros, uma vez que os mesmos terão suas despesas com combustível, parcialmente reduzidas.

OBJETIVOS Esta visita teve como objetivo demonstrar aos alunos o funcionamento de uma mini usina de biodiesel, a estratégia de produção, o processo de operação, de coleta de matéria prima até o escoamento da produção, as dificuldades no processo, a fim de confrontar as teorias das aulas expositivas com a realidade do ambiente no qual ocorre o processo.

ROTEIRO Durante a visita, fomos atendidos por um operador da usina, que atualmente é o único funcionário ativo, e o mesmo nos falou do processo de produção. A matéria prima é óleo residual de frituras, obtido através do recolhimento em residências, bares, restaurantes e outros estabelecimentos comerciais. O óleo coletado é armazenado em bombonas, que são destinados apenas para o armazenamento. O biodiesel é produzido através da reação química do óleo vegetal com metanol ou etanol (neste caso, utiliza-se o metanol) na presença de um catalisador básico. Este processo é conhecido como transesterificação. O óleo é aquecido e agitado, já na presença do metanol puro. A reação leva de 12 a 24 horas para se completar. Na usina, eles utilizam 500 litros de óleo e 20% de metanol.

Através do processo acima, também é extraído a glicerina, que é bastante utilizada na indústria farmacêutica, para produção de cosméticos.

Após a conclusão da reação, o produto é colocado em um tanque para descanso, no qual ocorre a separação de fases (biodiesel e glicerina), e o biodiesel é extraído por um sistema de drenagem. O álcool retirado retorna para o processo e a glicerina é estocada em bombonas. Essa glicerina não é comercializada, já que a empresa que opera a usina utiliza a mesma para pesquisas. O biodiesel produzido passa por uma lavagem com água e o processo é repetido três vezes para garantir o máximo de pureza. Após, ocorre a secagem do biodiesel para retirar a água. Quando a água é

retirada, o óleo é aquecido e passa por um filtro para retirada de impurezas, finalizando o processo. Em relação ao funcionamento da usina, o funcionário nos informou que a capacidade de produção da usina varia de 3 a 5 mil litros/dia. E quanto à rotatividade, atualmente o biodiesel produzido encontra-se estocado. A capacidade de armazenamento é de 15 a 20 mil litros. Durante o processo, o funcionário utiliza EPI’s (máscara, luvas, botas, óculos, capacete, macacão, etc) e o mesmo recebeu treinamento para lidar com princípios de incêndios e o local possui extintor. Até o presente momento, nunca houve acidentes na usina.

ANEXOS

FIGURA 1: TANQUE DE ARMAZENAMENTO DO ÓLEO CRU

FIGURA 2: PARTE DA ÁREA EXTERNA DA USINA

FIGURA 3: TANQUE DE LAVAGEM

FIGURA 4: TANQUES DE REAÇÃO E DECANTAÇÃO; AO FUNDO, BOMBONAS PARA ARMAZENAGEM DE GLICERINA

FIGURA 5: EQUIPAMENTO PARA SECAGEM

FIGURA 6: PRENSA PARA RETIRADA DE RESÍDUOS

FIGURA 7: FILTRAGEM DO ÓLEO CRU

FIGURA 8: ARMAZENAGEM DO BIODIESEL

FIGURA 9: PARTICIPANTES DA VISITA

CONCLUSÃO Esta visita teve uma contribuição bastante significativa do ponto de vista acadêmico, pois pudemos ter uma breve noção do processo de produção de biodiesel a partir de óleo residual de frituras, que é uma alternativa ao descarte do mesmo, ao passo que colabora para a produção de um combustível mais limpo. Também notou-se as dificuldades na usina e consequentemente a necessidade de melhorias na parte logística, técnica, visual, de segurança, armazenamento e a oportunidade de investirmos em pesquisas acadêmicas a fim de apresentar soluções para implementar essas melhorias.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS http://www.infonet.com.br/economia/ler.asp?id=114528 http://www.icf.edu.br/novo/noticia.php?id=755 http://www.centraldeprojetosprogramaagenda21.org/noticias/27-primeira-miniusina-de-biodiesel-do-brasil-e-inaugurada-em-itabaiana-se http://www.biodieselbr.com/biodiesel/processo-producao/biodiesel-processoproducao.htm...