REAÇÕES DE AGLUTINAÇÃO EM LÁTEX PDF

Title REAÇÕES DE AGLUTINAÇÃO EM LÁTEX
Course Imunologia Aplicada à Saúde
Institution Universidade do Vale do Paraíba
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Relatório de aula prática sobre reações de aglutinação em látex...


Description

UNIVERSIDADE DO VALE DO PARAÍBA – UNIVAP FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – FCS CURSO DE BIOMEDICINA

REAÇÕES DE AGLUTINAÇÃO EM LÁTEX

Imunologia Aplicada à Saúde Biomedicina São José dos Campos 2018

1. Introdução A formação do complexo antígeno-anticorpo (Ag-Ac) ocorre por meio de ligações não-covalentes, isto é, de caráter fraco e de forma reversível. Além desta união simples, ainda é possível formar um aglomerado de complexos AgAc, formando estruturas aglutinadas e visualmente em forma de grumos. O nome dado a essa reação é reação de aglutinação antígeno-anticorpo, que se divide em aglutinação direta, como nos exames de tipagem sanguínea em que a estrutura suporte é natural ao organismo, e aglutinação indireta, como os empregados em diagnósticos de determinadas doenças, utilizando suportes que não sejam da natureza do organismo. A reação de aglutinação em látex é uma aglutinação indireta que permite a formação de aglomerados utilizando o látex como estrutura suporte, em que os antígenos se situarão na sua superfície. A aglutinação utilizando este material suporte é utilizada em diagnósticos laboratoriais para doenças como toxoplasmose, sífilis e doença de Chagas. Nesta aula prática, a reação de aglutinação em látex, sendo o látex suporte para os antígenos de superfície Fator Reumatóide (FR), Proteína-C Reativa (PCR) e anti-estreptolisina O (ASLO). O Fator Reumatóide (FR) é um auto-anticorpo predominantemente de classe IgM presente no soro do paciente com artrite reumatóide. Ele é capaz de se unir com a porção Fc do IgG do próprio organismo, logo é considerado uma anti-imunoglobulina. No caso do teste clínico, as partículas de látex são laboratorialmente revestidas com anticorpo IgG e adiciona-se soro do paciente. Se aglutinar, o paciente apresenta reagente para fator reumatoide, caso não aglutine, não há reagente para este fator. A antiestreptolisina O (ASLO ou SLO) é um anticorpo produzido pelo organismo contra a toxina estreptolisina O liberada por quase todas as cepas de Streptococcus pyogenes. Tal toxina é responsável por causar febre reumática e glomerulonefrite aguda. No caso do teste, o látex será revestido por antígeno estreptolisina O, o qual será verificará presenta de anticorpo antiestreptolisina O ou não no soro do paciente. Já a Proteína-C Reativa (PCR) está presente no soro de pacientes com inflamação aguda ou necrose tecidual, sendo de extrema importância no

laboratório clínico de urgência e rotina para diagnosticar possíveis inflamações agudas e processos de necrose. Este teste baseia-se no látex recoberto de anticorpo anti-PCR, que quando adiciona-se soro do paciente, verifica-se a presença ou ausência de aglutinação.

2. Objetivo Analisar qualitativamente o soro humano reagente ou não reagente para FR, ASLO e PCR. O resultado será possível por meio da observação de aglutinação ou não do material no kit imunológico.

3. Metodologia 3.1 Material Utilizado o Teste de aglutinação em látex para determinação de FR ou PCR ou ASLO contendo: - Látex sensibilizado - Controle positivo: soro humano positivo para FR / PCR/ ASLO - Controle negativo: soro humano negativo para FR / PCR/ ASLO - Lâminas para teste - Bastões plásticos. o Pipetas e ponteiras, o Soro humano. o Equipamento de proteção individual como touca, jaleco e luvas. 3.2 Procedimento A bancada foi dividida para que cada dupla realizasse um tipo de teste (FR, ASLO ou PCR) e no fim da aula, os resultados foram compartilhados. A lâmina para teste foi dividida em: controle positivo (+), soro teste e controle negativo (-). Em seguida, com auxílio de uma micropipeta de volume fixo 20 ul, foi adicionada na lâmina teste 20ul de controle positivo na região “controle positivo”, 20 ul de soro do paciente na região “soro teste” e 20 ul de controle negativo na região “controle negativo”.

Em seguida,com outra ponteira,foi coletado 20 ul de látex sensibilizado do kit e adicionado em cada região dividida da lâmina teste,conforme a imagem 1.

Imagem 1

Com auxílio de bastões de plásticos, as gotas foram homogeneizadas, sendo cada região com bastões diferentes, para evitar contaminação. Obtendo os seguintes aspectos, visíveis na imagem 2.

Imagem 2

Após homogeneizar, a lâmina foi agitada por dois minutos para que a aglutinação ocorresse por inteiro na amostra.

4. Resultados A dupla em questão ficou responsável por verificar a presença ou ausência de Proteína-C Reativa (PCR) na amostra do paciente. Conforme o protocolo, não houve formação de aglutinação no soro. Logo, o paciente é não reagente para PCR. O resultado pode ser visto na imagem 3. No caso do teste PCR, ele foi realizado por duas duplas, confirmando em ambos o resultado não reagente para PCR.

Imagem 3

A dupla seguinte na bancada ficou responsável pelo teste com o fator reumatoide (FR). O resultado também é não reagente para FR, uma vez que não ocorreu aglutinação no soro teste, conforme a imagem 4.

Imagem 4

Por fim, a última dupla realizou o teste ASLO, ou antiestreptolisina O, obtendo como resultado ASLO não reagente, pois não foi obtido aglutinação do soro teste, conforme a imagem 5.

Imagem 5

Os resultados de todos os testes realizados foram organizados na seguinte tabela para facilitar visualização. Teste Proteína- C Reativa (PCR) – dupla 1 Fator Reumatóide (FR) – dupla 2 Antiestreptolisina O (ASLO) – dupla 3 Proteína C Reativa (PCR) – dupla 4

Resultado Não reagente Não reagente Não reagente Não reagente

A bula do Imuno-Látex PCR apresentou 100% de especificidade e 100% de sensibilidade. No entanto, deve-se considerar erros no manuseio e armazenamento do reagente. 5. Conclusão Os testes imunológicos são de suma importância para a rotina clínica, uma vez que auxiliam no diagnóstico de doenças, por meio de kits de rápida realização. No caso dos testes imunológicos por aglutinação, o resultado é de fácil visualização, devido às estruturas aglutinadas que formam. No caso de amostra positiva, há aglutinação com aspecto semelhante ao do grupo controle positivo, caracterizando o resultado como reagente para o antígeno em questão. Já no caso de amostra negativa, não ocorre aglutinação e o aspecto visual será semelhante ao do grupo controle negativo e o resultado será não reagente para o antígeno. Por isso, a realização dos grupos controle

positivo e negativo é necessária, uma vez que permitem a comparação visual da amostra com os padrões, facilitando o resultado. Para resultados positivos, é possível verifica-los de forma semi-quantitativa. Isto somente é possível devido às informações contidas na bula de cada teste, fornecidas pelo fabricante. Para ASLO reagente, a concentração da estreptolisina O presente no soro é detectável em concentrações a cima ou igual a 200 UI/ml. Já PCR reagente, as concentrações no soro são a cima ou igual a 6 mg/l. E para FR reagente, as concentrações no soro são a cima ou igual a 8 UI/ml. É relevante frisar que os reagentes devem ser corretamente armazenados em temperatura de 2°C à 8°C e manuseados, para evitar contaminação e perda destes materiais. 6. Questões 1) Explique o que é: FR, PCR, SLO e ASLO - FR: FR ou fator reumatóide é um auto-anticorpo predominantemente de classe IgM presente no soro do paciente com artrite reumatóide. Ele é capaz de se unir com a porção Fc do IgG do próprio organismo, logo é considerado uma anti-imunoglobulina. - PCR: Proteína-C Reativa ou PCR é uma proteína liberada no soro do organismo no caso de inflamação aguda ou necrose tecidual, logo é um marcador inflamatório. - ASLO: ASLO ou antiestreptolisina O é um anticorpo produzido pelo organismo contra a toxina estreptolisina O liberada por quase todas as cepas da bactéria Streptococcus pyogenes. 2) Qual a importância clínica da sorologia positiva para: FR, PCR, e ASLO? Em ambos os casos, quando ocorre sorologia positiva, é indicativo clínico para reagente positivo para o antígeno em pesquisa. Isto é, no caso de FR positivo, o paciente apresenta fator reumatoide circulante, diagnosticando artrite reumatoide. Para PCR positivo, o paciente apresenta proteína-C reativa no soro que é um marcador inflamatório, podendo auxiliar no diagnóstico de

inflamação aguda e necrose tecidual, como infarto agudo do miocárdio e insuficiência renal.

3) Explique: a) O que são reações de aglutinação? Reações de aglutinação são reações que promovem formação de agregados visíveis, devido a partículas recobertas com antígeno que se agregam com auxílio de anticorpos. b) Por que as reações de aglutinação podem ser classificadas como diretas ou indiretas (passivas). Na aglutinação direta, o antígeno faz parte naturalmente da célula e a estrutura de suporte também será natural do organismo, como as hemácias. Já na aglutinação indireta ou passiva, a estrutura suporte para o antígeno será uma partícula inerte e artificial, empregada apenas para a realização do teste, não sendo encontrada no organismo de forma natural. c) Qual a função das partículas de látex nas reações de aglutinação do látex? As partículas de látex serão utilizadas como estrutura de suporte ao antígeno, isto é, o antígeno irá recobrir a partícula. d) As hemácias de carneiro podem ser utilizadas nas técnicas de aglutinação? Explique como. Sim, as hemácias de carneiro são utilizadas como elemento revelador que permite visualizar a reação antígeno anticorpo, uma vez que nelas não estão presentes os antígenos do ser humano, semelhante ao tipo sanguíneo O. Assim, ao adicionar anticorpos, não há formação de aglutinação, podendo ser utilizado como teste padrão negativo. Ou ainda podem ser utilizadas como hemácia suporte para acrescentar antígenos em sua superfície.

4) Esquematize (desenhe) esses tipos de aglutinação do látex (com resultado positivo): a) pesquisa do FR: positivo com aglutinação.

b) Pes

5) Explique e esquematize uma reação positiva para a inibição da aglutinação do látex para pesquisa do -HCG Inicialmente, o látex é recoberto com -HCG, este será considerado o antígeno da reação. Em seguida a urina será misturada com anti-HCG, este será o anticorpo. No caso da urina de uma gestante, este já conterá o hormônio -HCG, saturando os anticorpos anti-HCG da reação, inibindo a aglutinação do látex.

l

7. Referências Bibliográficas Universidade de São Paulo – Faculdade de Ciências Farmacêutica de Ribeirão Preto. Setor de Imunologia (http://fcfrp.usp.br/setor-de-imunologia/#.W7DEVntKjIU). Acessado em: 30/09/2018 BARBOSA, Paulo José Bastos et al. Diretrizes Brasileiras para diagnóstico, tratamento e prevenção da febre reumática. Arq Bras Cardiol, v. 93, n. Suppl 4, p. 127-47, 2009. Bula Imuno-Látex: PCR. WAMA Diagnóstica: (http://www.wamadiagnostica.com.br/bulas/imuno-latex/PCR-1.pdf).Acessado em: 30/09/2018 Aglutinação direta – Biomedicina (https://www.biomedicinapadrao.com.br/2012/10/aglutinacao-direta.html) em: 30/09/2018

Padrão Acessado

Aglutinação Indireta – Biomedicina Padrão (https://www.biomedicinapadrao.com.br/2012/10/aglutinacao-indireta.html) Acessado em: 30/09/2018 Bula Imuno-Látex: ASLO. WAMA Diagnóstica: (http://www.wamadiagnostica.com.br/bulas/imuno-latex/ASLO-1.pdf) Acessado em: 30/09/2018 Bula Imuno-Látex: FR. WAMA Diagnóstica: ) (http://www.wamadiagnostica.com.br/bulas/imuno-latex/fr-fator-reumatoide-1.pdf Acessado em: 30/09/2018...


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