Renascimento Italiano - Relatorio PDF

Title Renascimento Italiano - Relatorio
Author Camila Martins
Course História Moderna I
Institution Universidade Estadual Paulista
Pages 2
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Summary

Resumo sobre acontecimentos importantes que ocorreram durante a idade moderna ...


Description

Renascimento Italiano BURKE, Peter. O Renascimento Italiano. São Paulo: Nova Alexandria, 2006 . pag. 9 – 53 No texto do autor Peter Burke, aqui analisado, é notório que o autor analisa principalmente o conceito de renascimento e alem disso as artes produzidas nesse período, com o objetivo de delimitar os avanços e modificações das épocas que precedem esse ressurgimento da cultura clássica. Ele ainda retrata, através da historia social e cultural o molde da sociedade dessas produções artísticas excepcionais. Segundo Burke, a visão convencional que o século XIX tinha das artes na Italia do Renascimento pode ser resumida assim: as artes floresceram, e seu novo realismo, secularismo e individualismo demonstram que a Idade Média estava encerrada e que o mundo moderno havia começado. Entretanto dizer que as “artes floresceram” em determinada sociedade significa dizer, certamente, que ali se produziu um trabalho melhor do que em muitas outras sociedades. Na Itália, os séculos XV e XVI foram, certamente, um período de inovação nas artes, uma época de novos gêneros, novos estilos, novas técnicas. Foi a época da primeira pintura a óleo, da primeira gravura em madeira, da primeira gravura em metal. As regras da perspectivas linear são descobertas e postas em uso por artistas. Na escultura, vemos a ascensão da estatua em pé, e do retrato. Na pintura, o retrato emerge seguido pela paisagem e pela natureza-morta. Na arquitetura, o desenvolvimento do planejamento urbano surge no século XV. Na literatura a ascensão da comedia, da tragédia e do pastoral. A admiração dos renascentistas pela Antiguidade Clássica permitiu-lhes atacar a tradição medieval como se fosse ela própria um rompimento com a tradição. Os contemporâneos geralmente afirmavam estar imitando os antigos e rompendo com o passado recente, mas na pratica emprestaram de ambas as tradições e não seguiram nenhuma das duas inteiramente. Os deuses e deusas clássicos não expulsaram os santos medievais da arte italiana, mas coexistiram e interagiram com eles. Outro traço marcante da cultura italiana do Renascimento é que ela foi, em relação a Idade Media, uma cultura secular. Ao tentar ir alem, os problemas conceituais tornam-se mais agudos, como ilustra o caso daquilo que se pode chamar de

“criptossecularizacao”. Quadros que oficialmente mostram São Jorge parecem dedicar cada vez menos atenção ao santo e mais ao fundo. Essa tendência sugere uma possível tensão entre o que os patronos realmente queriam e o que consideravam legítimos. A dificuldade é que os contemporâneo não faziam as distinções nítidas entre o sagrado e profano que vieram a se tornar obrigatórias no final do século XVI, depois do Concilio de Trento. Peter Burke, ainda, foi atrás das explicações pelas quais surgiram tantos artistas ímpares essa época. A explicação para o surgimento de tantos criadores excepcionais nesse período esta, segundo Leonardo Bruni, nas conquistas literárias dos florentinos. Vasari, apesar de enfatizar o ar como causa ultima do surgimento desses expoentes, forneceu explicações sociais, econômicas e psicológicas sobre esses fatos. Uma visão comum do Iluminismo era que a liberdade encorajava o comercio, e o comercio encorajava a cultura. Discutindo o Renascimento, Hegel sugeriu que o florescimento das artes, o reviver do aprendizado e a descoberta da América eram três exemplos relacionados de expansão espiritual. Marx e Engels sugeriram que a “superestrutura” cultural era moldada pela “base” econômica. Jacob Burckhardt, assim como Voltaire e Sismondi, enfatizava a importância da riqueza e da liberdade das cidades do norte da Itália para a cultura do Renascimento. Burckhardt acreditava também que “a conexão da arte com a cultura geral deve ser entendida como solta e ligeira. A arte tem vida própria e historia”. A mudança das condições materiais em que a arte era encomendada ou criada deve se limitar ao meio imediato ou estender-se à sociedade como um todo. Evidentemente é esclarecedor considerar a relação entre pinturas e o patrono do período, mas muitos historiadores gostariam de ir alem e colocar o que os sociólogos chamam de questões “macrossociais” sobre a relação entre patronato artístico e outras instituições sociais e o estado da economia. Segundo Robert Lopez, o Renascimento... foi condicionado por sua própria economia e não pela economia do passado. O valor da cultura “subiu no mesmo momento em que o valor da terra caiu....


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