Répteis - Resumo Introdução à Zoologia PDF

Title Répteis - Resumo Introdução à Zoologia
Course Introdução à Zoologia
Institution Universidade Federal do Rio de Janeiro
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Summary

Resumo de repteis ...


Description

Vivian Rocha

Módulo de Répteis

Prof.: Daniel

Vivian Rocha

Índice Amniotas .................................................................................................................................. 4 Formação do ovo amniótico ..................................................................................................... 5 Fenestração temporal do crânio................................................................................................ 5 Principais grupos de Amniota .................................................................................................. 6 Sauropsida ............................................................................................................................ 7 Mesosauria ............................................................................................................................ 7 Parareptilia ............................................................................................................................... 7 Eureptilia .................................................................................................................................. 7 Testudines (Tartaruga) ..................................................................................................... 8 Pleurodira ...................................................................................................................... 8 Cryptodira...................................................................................................................... 8 Posicionamento de Testudines dentro de Amniota ....................................................... 9 Sauropterygia.................................................................................................................... 9 Odontochelys .................................................................................................................. 10 Sistema Respiratório (Testudines) ......................................................................................... 10 Sistema Circulatório ............................................................................................................... 11 Sistema Urogenital ................................................................................................................. 11 Reprodução (Testudines)........................................................................................................ 12 Lepidosauria ........................................................................................................................... 12 Sphenodontidae ou Rhynchocephalia (Tuatara) ................................................................. 12 Squamata (“Lagartos” e Serpentes) .................................................................................... 12 “Lagartos”...................................................................................................................... 13 Respiração (Lepidosauria)...................................................................................................... 13 Exalação ativa ..................................................................................................................... 13 Exalação passiva ................................................................................................................. 13 Audição .................................................................................................................................. 14 Visão....................................................................................................................................... 14 Reprodução (“Lagartos”) ....................................................................................................... 14 Termorregulação .................................................................................................................... 14 Iguania .................................................................................................................................... 15 Amphisbaenia ......................................................................................................................... 15 Serpentes ................................................................................................................................ 16

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Vivian Rocha Reprodução............................................................................................................................. 16 Locomoção ............................................................................................................................. 16 Dentição e Veneno ................................................................................................................. 17 Alimentação ........................................................................................................................... 17 Scolecophidia ......................................................................................................................... 18 Alethinophidia ........................................................................................................................ 18 Archosauria (Crocodylia, Pterosauria, Dinosauria, Aves) ..................................................... 19 Tendências evolutivas......................................................................................................... 19 Crocodylia .............................................................................................................................. 20 Sistema circulatório................................................................................................................ 20 Respiração .............................................................................................................................. 21 Pterosauria .............................................................................................................................. 21 Dinosauria .............................................................................................................................. 21 Ornithischia ........................................................................................................................ 22 Saurischia ........................................................................................................................... 22

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Amniotas Quando falamos de répteis nos podemos pensar em grupo um pouco maior que são os amniotas (répteis, aves e mamíferos). Esses animais têm em comum o ovo amniótico. Esse ovo tem a característica ter uma casca mais rígida, mais resistente, que da uma maior proteção para o embrião, mas ao mesmo tempo essa casca precisa permitir que haja a troca gasosa entre o embrião e o meio externo. Os ovos amnióticos podem apresentar tanto uma casca coriácea como podem apresentar uma calcificação mais proeminente, sendo, portanto esta ultima uma casca mais rígida. Tanto um tipo quanto o outro tem a função principal de rodear a vesícula, essa casaca é uma proteção para o embrião. Outra característica que é extremamente importante na evolução dos amniotas é a questão da fenestração do crânio. Presença de fenestra temporal do crânio - aberturas na região temporal do crânio. Esse padrão de fenestração é extremamente importante para definição das diferentes linhagens de amniota. A função principal da fenestração é proporcionar um aumento na superfície de inserção de musculatura. A musculatura mais particular nesse caso é a musculatura de adução da mandíbula. Músculos adutores trazem a estrutura onde ele esta inserido para uma posição mais axial, mais próxima do eixo axial do corpo do animal. Se transportarmos isso para mandíbula especificamente, quando falamos na musculatura de adução da mandíbula, estamos falando de fechar a mandíbula. Então o músculo de adução de mandíbula vai fechá-la. Então o aparecimento de diferentes padrões de fenestração no crânio é uma característica que ate então não existia. Se pegarmos um tetrápode não amniota ou anamniota, essa musculatura não atinge a porção mais dorsal do crânio. Se pegarmos um amniota essas fibras musculares vão praticamente ate o topo do crânio, em outras palavras essas fibras musculares são maiores. Se uma fibra muscular é maior que a outra esta tem uma capacidade de contração maior, gerando mais força. O tamanho de uma fibra muscular esta relacionado com o grau de força que aquele músculo vai ser capaz de desempenhar. Em ultima instancia os amniotas com essa conformação da musculatura de adução tem um aumento do tamanho das fibras musculares, além disso, a quantidade de fibras musculares também aumenta. Associado a isso os amniotas possuem um músculo que ate então não estava presente em outros grupos que é o músculo pterigóide. O músculo pterigóide tem origem na barra pterigóide e vai se inserir na mandíbula. Esse músculo é exclusivo dos amniotas e proporciona um aumento da pressão estática, ou seja, o animal mesmo com a boca fechada consegue fazer força contra o que ele tiver ingerido. Então alem dos músculos que vão fechar a mandíbula, enquanto ela esta fechada tem outro músculo atuando, que consegue aumentar a pressão estática, aumentado ainda mais essa força. Outra novidade que aparece no tegumento dos amniotas é a presença de lipídios fazendo esse tegumento mais impermeável, diminuindo a capacidade de respiração cutânea. Que esta relacionado a uma maior independência da água, se um animal tem uma pele mais impermeável ele perde menos água para o ambiente externo. As costelas nos amniotas têm um papel fundamental na respiração. De maneira geral o movimento dos gases no trato respiratório é dado principalmente pelas costelas e pela musculatura

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Vivian Rocha intercostal (musculatura associada às costelas). A ventilação pulmonar é feita por costelas; sem respiração cutânea, economizando água. Outra particularidade esta nos membros posteriores, o tornozelo é formado pela fusão de dois ossos tarsais gerando o astrágalo. Outra particularidade do grupo é que região responsável pela articulação entre o crânio e a coluna vertebral tem uma forma mais arredonda em comparação aos tetrápodes não amniotas e ele é muito mais ossificado. Forame magno é o local de inserção da coluna vertebral e o côndilo occipital vai possibilitar uma articulação entre o crânio e a coluna vertebral. Répteis e aves possuem o côndilo occipital. Esse côndilo é formando pelo basioccipital e dois exoccipitais.

Formação do ovo amniótico Saco vitelínico é a fonte de energia que serve para suprir o desenvolvimento do embrião. O saco vitelínico nada mais é do que o inicio do desenvolvimento do trato digestório. Córion e âmnion são expansões da parede do corpo do embrião. O córion é uma camada mais externa é a primeira proteção mecânica do ovo e o âmnion a mais interna. O córion envolve tanto o embrião quanto o saco vitelínico o âmnion envolve somente o embrião, servindo somente para a proteção deste. O terceiro folheto é o alantóide que é uma expansão que vai originar no individuo adulto ou o intestino delgado. Ele possibilita a realização de trocas gasosas entre o embrião e o meio externo e vai ser responsável por armazenar e liberar todas as excretas geradas pelo embrião. Então córion, âmnion e alantóide são os três folhetos extraembrionário do ovo amniótico.

Fenestração temporal do crânio O padrão de fenestração temporal do crânio dos amniotas é uma característica extremamente importante do ponto de vista da diagnose e definição dos diferentes grupos de amniotas. Anapsida é o primeiro padrão de fenestração do crânio de um amniota é um crânio que não possui fenestração, ou seja, não tem nenhuma abertura na região temporal. A partir desse padrão vão derivar outros tipos de padrão de fenestração. A definição desses padrões de fenestração diz respeito a basicamente 4 ossos do crânio:  Pós-orbital (Po)  Esquamosal (Sq)  Jugal (J)  Quadradojugal (Qj) Esses são os ossos básicos que estão relacionados com os padrões de fenestração. Osso atrás da orbita do olho é chamado de pós-orbital, o osso que esta em uma posição mais posterior e dorsal do crânio é o esquamosal, em uma posição mais ventral do crânio o jugal, mais posterior no crânio quadradojugal. Tem um osso que é o principal osso do teto do crânio que é o Parietal (P), que pode auxiliar na definição entre alguns padrões. Na base dos amniotas estão linhagens Anapsidas, a partir dessa condição se originam dois tipos principais de crânio Synapsida e Diapsida.

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O crânio Synapsida tem uma abertura temporal ou uma fenestra temporal limitada dorsalmente por um arco formando pelos ossos pós-orbital e esquamosal. O crânio Diapsida tem duas aberturas temporais, sendo que a abertura temporal superior ou arco temporal superior é delimitado ventralmente (embaixo) pelo pós-orbital e pelo esquamosal e, além disso, o arco temporal inferior e limitado ventralmente principalmente pelo jugal e pelo quadrado jugal. Os representantes atuais que possuem o crânio Anapsida são os Testudines, que tem crânio Synapsida são os mamíferos, quem possui o crânio Diapsida típico Crocoyilia e plataquio. A partir do padrão Diapsida houve modificações nos diferentes grupos e que os definem. Uma primeira modificação leva as aves, uma segunda são lagartos de maneira geral, outra modificação são as serpentes.

Principais grupos de Amniota Os amniotas provavelmente se originaram a partir de uma linhagem de “Anthracosauria”, mais especificamente de uma linhagem de Diadectomorpha que é o provável grupo-irmão de todos os amniotas.

Sauropsida são todos os amniotas menos Synapsida, os Parareptilia (crânio Anapsida) são uma serie de linhagens, depois temos os Eureptilia (crânio Diapsida).

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Vivian Rocha Colocar Testudines na posição A significa que ele é uma linhagem de Parareptilia e que tem, portanto um crânio Anapsida, se colocarmos eles na posição B significa que ele é uma linhagem de Eureptilia tendo um crânio Diapsida. O crânio Anapsida que vemos nos Testudines (tartarugas) hoje seria uma modificação a partir de um ancestral Diapsida, ou seja, os Testudines atuais têm crânio Anapsida mais as linhagens ancestrais tinham crânio Diapsida e que foi modificado no padrão Anapsida que vemos hoje. Então nesse caso o padrão Anapsida dos Testudines seria o padrão derivado. Dentro de Diapsida temos dois grupos, os Lepidosauria e os Archosauria. O grupo-irmão de aves é Crocodylia, mais quando as linhagens fósseis são incluídas ele passa a não ser mais. Dinosauria, Petrosaurs e Saurischa são linhagens fosseis. Vendo através desse cladograma ave é uma linhagem de dinossauro. Obs.: Quando falamos Archosauria consideramos linhagens viventes, e quando falamos de Archosauromorpha consideramos linhagens fósseis. A mesma coisa vale para Lepidosauria e Lepidosauromorpha. Sauropsida As linhagens ancestrais ou basais de Sauropsida tinham uma boa visão colorida e por conta disso provavelmente o ancestral tinha linhagens com habito diurno. Possuem beta-queratina que é basicamente responsável pela formação de escamas e penas. As escamas ou penas dos Sauropsidas possuem origem epidérmica (escamas de peixes tem origem dérmica). Quando falamos de osteoderme estamos falando de ossos dérmicos logo abaixo da epiderme, se ele esta logo abaixo da epiderme ele esta abaixo das escamas. O osso dérmico é formado diretamente a partir da matriz óssea, não havendo uma matriz cartilaginosa que depois é substituída por uma matriz óssea. Outra característica do Sauropsidas é a regionalização de glândulas, essas glândulas são mais comumente encontradas no fêmur e na cloaca. Mesosauria Animais aquáticos, com crânio anapsida, focinho longo com dentes pontiagudos, os apêndices locomotores em forma de remo para auxiliar a natação, uma cauda comprimida lateralmente. Esses animais fósseis foram muito importantes como evidencias (primeira evidencia biológica) da deriva continental. Parareptilia O modo de articulação entre os dígitos posteriores e ossos do tornozelo, o tipo de articulação que ocorre neles é uma entre os parareptilia. Outra característica é a questão do crânio anapsida (sem aberturas na região temporal). Além dessa questão do crânio outra coisa importante é que esses animais possuem uma projeção caudal do crânio. Essas são algumas características que definem parareptilia. Eureptilia Além terem o crânio diapsida, nas linhagens atuais os membros pelvinos (membros posteriores) são maiores que os peitorais, em outras palavras as pernas são maiores que os braços.

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Vivian Rocha Testudines (Tartaruga) Possuem um casco que é composto por duas partes uma porção dorsal chamada de carapaça e uma porção ventral chamada de plastrão. As costelas são externas a cintura escapular e a cintura pelvina. O casco dos testudines tem uma camada mais interna que é a camada de ossos dérmicos, dependendo da região que eles estão na carapaça vão possuir uma nomeclatura, a fileira onde se encontra a coluna vertebral são os ossos neurais ou ossos vertebrais, os ossos laterais a estes são ossos pleurais ou ossos costais, os da borda da carapaça são os ossos marginais. Os ossos neurais estão fundidos aos arcos neurais e os ossos pleurais estão ligados as costelas. O plastão também possui ossos dérmicos: epiplastrão (associados à clavícula), endoplastrão (associado com a interclavicula), hioplastrão (faz a conexão entre carapaça e plastrão), hipoplastrão e xifiplastrão. Por cima disso tem uma segunda camada essa camada mais externa é composta por escudos epidérmicos que é o que enxergamos quando vemos o animal. Algumas linhagens de testudines que possuem a estrutura do plastrão flexível, possibilitando que esse plastrão tenha uma mobilidade esses pontos onde plastrão é móvel são chamados de charneira. As linhagens mais derivadas de testudines possuem um bico córneo recobrindo os ossos prémaxilar, maxilar e dentário. Eles também perderam alguns ossos entre eles o supratemporal e lacrimal, os animais que perderam o lacrimal também perderam o duto lacrimal. Possuem as cápsulas óticas aumentadas em relação a outros grupos e em relação a linhagens mais basais de testudines. Cápsulas óticas são os ossos que protegem os órgãos relacionados com a audição. Por conta dessas cápsulas serem aumentadas há a formação de um processo chamado de processo troclear e onde este vai se formar e como ele se forma é uma característica que vai dividir os grupos de testudines, esse processo troclear vai proporcionar que a musculatura de adução se estenda caudalmente. Dentro de Testudines temos duas linhagens:  Cryptodira  Pleurodira A principal diferença e a característica mais marcante são o modo de retração do pescoço para dentro do casco e a associação entre a cintura pelvina e a coluna vertebral. Pleurodira retraem a cabeça curvando o pescoço horizontalmente, a cintura pelvina e a coluna vertebral são mais associadas entre si, então a cintura pelvina é fortemente fusionada a carapaça e consequentemente a coluna vertebral, por conta disso a região sacral é menor distinta morfologicamente. O osso pterigóide possui um processo lateral. Chelidae Cágados e Mata-matás. Pescoço longo para captura da presa. Elementos mesoplastrais ausentes. Cryptodira retraem a cabeça curvando o pescoço em um S vertical, a cintura pelvina não é tão fortemente associada à coluna vertebral e por isso é possível distinguir ao menos 2 vertebrais sacrais associadas a costelas alargadas. O processo troclear é formando na porção mais cranial da cápsula ótica. Ex.: Jabuti.

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Vivian Rocha Cheloniidae São tartarugas marinhas caracterizadas por possuírem grandes escudos epidérmicos na carapaça, os membros são modificados em nadadeiras, não retraem o pescoço. Dermochelyidae Escudos dérmicos ausentes, cristas longitudinais na carapaça, ossos recobertos por cartilagem coriácea. Membros posteriores conectados a cauda, membros anteriores modificados em nadadeiras. Única espécie vivente. Testudinidae Jabutis, terrestres com carapaças altas e patas colunares. Machos com plastrão côncavo e fêmeas maiores com cauda curta. Grande amplitude ecológica. Emydidae Maiores e mais diversa famíl...


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