Resenha Crítica de \"O diabo veste prada\" PDF

Title Resenha Crítica de \"O diabo veste prada\"
Author Geovanna Alice Coelho
Course Métodos e Técnicas de Pesquisa I
Institution Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
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Summary

O DIABO veste Prada. Direção: David Frankel. Produção: Wendy Finerman; Karen Rosenfelt. [S.l]: Fox 2000 Pictures; 20th Century Fox; Peninsula Films; Fox Film do Brasil, 2006. 109’31”. Disponível em: . Acesso em setembro de 2016...


Description

O diabo veste Prada

O DIABO veste Prada. Direção: David Frankel. Produção: Wendy Finerman; Karen Rosenfelt. [S.l]: Fox 2000 Pictures; 20th Century Fox; Peninsula Films; Fox Film do Brasil, 2006. 109’31”. Disponível em: . Acesso em setembro de 2016.

“Independente das inúmeras formas pelas quais pode ser interpretada, uma comédia, produzida de maneira inteligente, pode nos induzir a questionar os padrões estabelecidos analogamente ao desenvolvimento do sistema capitalista no mundo contemporâneo”. O filme “O diabo veste Prada” – adaptação cinematográfica do best seller literário de 2003, da autora Lauren Weisberger – retrata a estória da jornalista Andrea Sachs (Anne Hathaway), recém graduada, ao conquistar o “emprego dos sonhos de muitas garotas”, como dito no filme, e não conseguir se habituar ao seu novo contexto; no caso, o mundo da moda. A história do filme é baseada em reflexões acerca das construções as quais os indivíduos são condicionados, por consequência dos padrões do sistema, e do machismo, presente, também, no âmbito da moda, com uma pitada de humor e muita consistência nas críticas, as quais podem ser percebidas nos mínimos detalhes do filme; como, por exemplo, em algumas das falas e ações dos personagens. A principal simbologia dessa história está representada nas personagens Miranda Pestley (Meryl Streep); a qual, diferentemente do sugestivo título do filme, não é um “diabo”. Todavia, pelo fato de ser mulher e estar à frente de um cargo tão importante, editora chefe da Revista Runway, – geralmente associado ao universo masculino –, é tida como tal; e Andrea, ou Andy; uma jornalista que acaba trabalhando subordinada à Miranda, sofrendo, assim como os outros funcionários da revista, pela forma como são tratados pela chefe “tirana”, e sendo piamente criticada e mal vista principalmente pelo fato de que ela não se portava de acordo com os padrões estabelecidos no mundo da moda. O enredo gira em torno da vontade de ascensão da jovem jornalista, em meio a tantas coisas acontecendo em sua vida, e pela ânsia por, cada vez mais, destaque, por parte da personagem de Streep. A história segue morna até o momento no qual acontece, talvez, o maior clímax do filme; quando Andy revoluciona seu estilo de vida e, principalmente, de se vestir e passa a se portar aos moldes da sua líder; ganhando, assim um singelo reconhecimento. A história toma um rumo interessante, na qual surgem mais conflitos, desta vez, entre Andy e sua “parceira” de trabalho, Emily – a assistente número 1, a qual aspirava à

viagem ao evento de moda em Paris conquistado por Andrea. A trama segue com colapsos da jovem jornalista ao perceber que abdicou de muitos prazeres da vida, como os amigos e a família, pelo trabalho. Independente de ser um filme totalmente voltado ao entretenimento, “O diabo veste Prada” promove uma reflexão, a partir de seus mínimos detalhes, acerca das falhas humanas e do próprio sistema capitalista como sendo o vilão por trás dos conflitos sociais; além de denunciar os males da ditadura da beleza e da guerra constante por poder – o que é expresso, especialmente, no momento que Andrea abdica do tão sonhado cargo ao lado da majestosa e poderosa Miranda. Sendo icônico quanto à promoção de uma rica análise acerca dos fatores citados anteriormente, e mesmo com altos e baixos; levando em consideração alguns momentos óbvios no enredo; possuindo clímax pertinentes, paralelos à exuberância mostrada pela estória, tal obra cinematográfica é de uma perfeição sem tamanho em todos os âmbitos, desde o roteiro à seleção dos atores e à produção dos trailers e do filme em si. Em suma, o filme promove uma sensação de deleite a quem o assiste, mesmo com um final não tão quente; levando em consideração os momentos de pico da estória; e faz com que o espectador se delicie com muito humor e, ao mesmo tempo, desconstruções dos padrões impostos pelo sistema aos indivíduos, os quais podem ser percebidos no incrível roteiro – escrito por Aline McKenna. Por esses, e outros, motivos recomendamos o filme, aos mais diversos tipos de públicos, para que mais ricas tornem-se as interpretações dessa importante produção cinematográfica.

Geovanna Alice Coelho, Rafael Pereira Maia e Vivianne Melo de Morais Vale são estudantes do curso de História pela Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais (FAFIC) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).

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