Sociologia - \"O CORTE\" (resenha de Filme) PDF

Title Sociologia - \"O CORTE\" (resenha de Filme)
Course Sociologia
Institution Ensino Médio Regular (Brasil)
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Summary

Resenha do filme "O Corte", de 2005, solicitada na disciplina de Sociologia, já corrigida, que tem como tema o desemprego no capitalismo....


Description

SOCIOLOGIA

RESENHA DE FILME

O CORTE. GRAVAS, Costa. 2005.

O filme francês “O Corte”, dirigido por Costa-Gravas em 2005, relata a vida de Bruno, que após ser demitido da empresa que trabalhava há 15 anos devido a uma fusão, fica desempregado por 2 anos, mesmo com qualificação. Ao deparar-se com o desemprego, Bruno não fica parado e realiza diversas entrevistas de emprego, mesmo fora de sua área, o campo de papel de celulose, após receber vários “nãos”. Com o tempo passando mais do que ele tinha a esperança de se empregar novamente, Bruno começa a entrar em desespero, e sua esposa, mãe de seus dois filhos, trabalha em dois empregos para manter a família. Na busca por trabalho, ele percebe que não é o único nessa situação, mesmo no seu nicho, e que muitos outros trabalhadores da celulose também se encontravam desempregados em busca por ocupação, na mesma região que ele. Deparando-se com essa forte concorrência, Bruno se entendeu numa situação de grande competição cada vez mais intensa entre os próprios trabalhadores, que ele os via como muito mais qualificados, e como resolução, ele termina por ir em busca de assassinar todos esses concorrentes. É do caráter ineliminável do capitalismo, seguindo a vertente marxista, a tendência à concentração e centralização do capital. E como forma de expandir o capital acumulado, muitas empresas se fundem, através de trustes, holdings, compras de capitais menores pelos maiores, por exemplo. E é isso que ocorre na empresa que Bruno trabalhou por 15 anos, que para aumentar o lucro, se fundiu, porém como consequência demitiu inúmeros trabalhadores, incluindo ele.

Além de Bruno, todos esses outros trabalhadores do ramo da celulose – todos assassinados por ele – eram qualificados e experientes, com currículos extensos. Todavia, isso não foi suficiente para lhes garantir uma vaga de emprego, mesmo com muito empenho deles de procurar. Ou não era o procurado pela empresa, ou eram qualificados demais, e por isso instalavamse em outros tipos de trabalho que não exigia qualificação, como garçons ou vendedores em lojas para conseguirem se manter, mesmo após ocuparem por décadas cargos muito mais “elevados” que esses. Logo, analisando o filme sob uma vertente marxista, percebe-se como o modo de produção capitalista, independente do seu estágio, é maléfico aos trabalhadores assalariados, e o único beneficiário é o capital. Mesmo dependendo da força de trabalho para existir e se expandir, ele se desenvolve em formas cada vez intensas de superexplorar a força produtiva do trabalhador, deixando-o a mercê e desesperado por qualquer cargo de trabalho ou um mínimo salário para garantir a sua subsistência, colocando-os uns contra os outros, como se seus verdadeiros inimigos fossem o concorrente ao lado, e não a ordem vigente do capital...


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