Resenha Filme Juno - DH II PDF

Title Resenha Filme Juno - DH II
Author JULIA CHOQUERES
Course Psicologia do desenvolvimento II
Institution Universidade Federal de Rondônia
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Summary

Resenha crítica para Desenvolvimento Humano II - Adolescência ...


Description

Curso: Psicologia Disciplina: Desenvolvimento Humano II- Adolescência Resenha crítica ao filme Juno, de 2008 O Filme retrata a história da menina Juno, de 16 anos, que engravida do seu amigo Paulie. Por não ser uma gravidez desejada e ela não ter condições financeiras nem psicológicas de criar essa criança, ela decide que não a terá. O Filme então aborda toda a trajetória durante a gestação da menina, que vai desde querer fazer um aborto, até a escolhas de famílias para adotar seu filho e todo os problemas que uma adolescente grávida pode enfrentar. Após escolher os pais adotivos de seu bebê, Juno decide viver sua vida normalmente como se fosse uma fase temporária que iria acabar em breve, mas passa por todo um processo de amadurecimento e preconceito e bullying das pessoas, principalmente na escola. Juno se mostra uma menina independente e decidida, mas tem seus traumas, principalmente no que diz respeito à sua família. Seus pais se separam quando ela era criança, ambos casaram novamente e tiveram filhos. Juno mora com o pai e se sente abandona por sua mãe, que foi morar em outro estado e lhe manda cactos de presente ao longo dos anos. Esses traumas refletem muito em sua escolha dos pais adotivos de seu bebê já que ela quer que ele cresça em uma família idealizada por ela como perfeita, diferente da dela. Para muitos, a gravidez na adolescência é algo negativo visto que é uma grande mudança na vida da pessoa em qualquer fase da vida, imagine na fase de maior transformação biológica e comportamental. O número de adolescentes que se tornam mães ao redor do mundo é de 7,3 milhões, sendo 2 milhões menores de 15 anos. De acordo com uma pesquisa da ONU, o Brasil tem 68,4 bebês nascidos de mães adolescentes a cada mil meninas de 15 a 19 anos. Os riscos também são altos, que podem incluir um aborto natural, Nascimento prematuro, ruptura do colo do útero, mortalidade materna, além de que grande parte das mães acabam abandonando os estudos, o que as prejudica futuramente, quando querem arranjar empregos, construir carreira e ter estabilidade financeira. A sexualidade é algo que deve ser conversado com os adolescentes desde cedo, para maior entendimento, responsabilidade e prevenção, porém esse tipo de conversa ainda é visto como tabu. Os métodos contraceptivos evitam não só gravidez, como as doenças sexualmente transmissíveis; a forma de contracepção mais comum é a camisinha. As mulheres também podem optar por métodos anticoncepcionais ou métodos comportamentais como tomar pílulas ou injeção e fazer tabelinha. A gestação nessa fase acaba sendo difícil já que o organismo ainda está em desenvolvimento, portanto não está preparado para gerar um bebê; pela falta de apoio da família na maioria das vezes, a falta de conhecimento que faz com que não se tenha um acompanhamento correto e informações necessárias como pré natal, alimentação materna, amamentação e vacinação.

Inicialmente, Juno opta pelo aborto, que também é a primeira e as vezes única opção de muitas adolescentes. Cerca de até 3,2 milhões de abortos inseguros de adolescentes acontecem todo ano em países em desenvolvimento, com adolescentes de 15 a 19 anos. Por serem feitos de forma ilegal e insegura, muitas meninas morrem durante ou após o procedimento. Juno vai à clínica e encontra uma colega de sua escola fazendo campanha contra o aborto; la dentro Juno observa as mulheres e repensa sua decisão, acaba por descartar essa possibilidade. Nesse momento ela decide dar seu filho para doação. Em busca da família perfeita, Juno tenta ao máximo suprir suas próprias expectativas ao procurar, ela idealiza um formato de casamento e as personalidades do casal, ela queria que fosse o primeiro filho de um casal que estivesse com dificuldades de engravidar. Então ela achou Mark e Vanessa, ricos, bonitos e interessados. Ela então conta de sua condição a sua família, que também vê a gravidez como indesejada e negativa, concordando e apoiando o fato de a menina dar o bebê a outra família, o que reforça seu desinteresse na maternidade. No meio de todo esse dilema, acontecem alguns problemas. Mark e Vanessa decidem se separar, o que mexe em uma ferida antiga de Juno: sua própria família, fazendo com que ela repense sobre a adoção. Ela também desvincula totalmente Paulie do seu papel de pai, e ele não a convida para o baile da escola, o que mexe com ela. Após refletir, Juno percebe que não poderá controlar o futuro dessa criança e de tudo que ela poderá viver, então decide entregar o bebê a Vanessa, mesmo após sua separação. E também se abre para a possibilidade de um romance com Paulie. O bebê nasce, Juno e Paulie não tem nenhum contato com ele e a adoção é feita. O modo como a adoção é retratada no filme ajudou muito para o final que se teve. A família apoiando o ato, vendo a gravidez como indesejada, não vendo o bebê como parte da família em momento algum e a disponibilidade e vontade de ser mãe pela parte e Vanessa, tudo isso propiciou a Juno uma experiência positiva em relação a adoção. No Brasil, processo de adoção envolve regras básicas, ainda desconhecidas da maioria. Um dos pré-requisitos ao interessado, com idade igual ou superior a 18 anos, é encaminhar-se a uma vara da Infância e Juventude e preencher um cadastro com informações e documentos pessoais, antecedentes criminais e judiciais. Depois de colhidas as informações e os dados do pretendente, o juiz analisa o pedido e verifica se foram atendidos os pré-requisitos legais. A partir daí, os candidatos serão convocados para entrevistas e, se aprovados, passam a integrar o cadastro nacional, que obedece à ordem cronológica de classificação. Um pretendente pode adotar uma criança ou adolescente em qualquer parte do Brasil por meio da inscrição única. Quando a criança ou adolescente está apto à adoção, o casal inscrito no cadastro de interessados é convocado. Algo importante de se destacar, é o luto da família que não pode gerar seu próprio bebê e em como elas idealizam e buscam perfeição na hora de escolher uma criança para adotar. E também no luta de algumas famílias que entregam seus filhos para a adoção. No filme, não ocorreu um processo de adoção como no Brasil, eles fizeram uma adoção arranjada, que era muito

comum antigamente e ainda existe nos dias atuais. Porém o cadastro e o processo com suas etapas é o ideal, pois garante maior segurança de todas as partes, para cortar e estabelecer novos vínculos e o adotado perca contato com sua família biológica....


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