Resenha - MARINHO, Marildes. A escrita nas práticas de letramento acadêmico. Revista Brasileira de Linguística Aplicada. Belo Horizonte, v. 10, n. 2, p. 363-386, 2010 PDF

Title Resenha - MARINHO, Marildes. A escrita nas práticas de letramento acadêmico. Revista Brasileira de Linguística Aplicada. Belo Horizonte, v. 10, n. 2, p. 363-386, 2010
Author Marco Aurélio Neri Torres
Course Leitura e Produção Textual
Institution Universidade Federal do Maranhão
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Resenha - MARINHO, Marildes. A escrita nas práticas de letramento acadêmico. Revista Brasileira de Linguística Aplicada. Belo Horizonte, v. 10, n. 2, p. 363-386, 2010...


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UINIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO CENTRO DE CIENCIAS HUMANAS - CCH DEPARTAMENTO DO CURSO DE ESTUDOS AFRICANOS E AFROBRASILEIROS CURSO: GEOGRAFIA

LEITURA E PRODUÇÃO TEXTUAL

São Luís 2017

Resenha

Apresentada ao curso de Licenciatura em Estudos Africanos e Afro-Brasileiros da Universidade Federal do Maranhão - UFMA, como requisito da cadeira de Leitura e Produção Textual.

São Luís 2017

MARINHO, Marildes. A escrita nas práticas de letramento acadêmico. Revista Brasileira de Linguística Aplicada. Belo Horizonte, v. 10, n. 2, p. 363-386, 2010 O

texto

vem

questionar

de

como

os

processos

que

estão

institucionalizados dentro das universidades brasileiras, e de como as formas de letramento específico que é empregada para a comunidade acadêmica em geral é perpassada aos alunos. Contudo, o autor separa seu pensamento em cinco capítulos específicos que visam explicitar e discutir estes processos, os capítulos são: a experiência como um fator determinante do aprendizado de um gênero discursivo; uma relação tensa com os gêneros acadêmicos na universidade; gêneros acadêmicos nas práticas de formação de professores; a perspectiva etnográfica da pesquisa sobre letramento acadêmico e a produção de resenha em um evento de letramento acadêmico. Ao tratarmos da prática da escrita e de todas as concepções e nomas fundamentadas dentro do universo acadêmico para a escrita normativa que é exigida no meio universitário, percebemos que se pautam nos rigores das normas da ciência em nível mundial, nacional e regional. Todavia, se evidencia grande problema nos seios das universidades brasileiras em geral, sejam elas de caráter público, sejam elas de caráter privado. No capítulo um que trata das experiências com fator determinante do aprendizado de um gênero discursivo, que conforme Kavakama (2001) destaca que “as universidades brasileiras tiveram grande influência do modelo americano de universidade, mas não herdaram desse modelo a prática de pesquisa e ensino da escrita que lhes garante a produção e a circulação do conhecimento”. É importante ressaltar aqui que mesmo que no seu surgimento, a universidade no Brasil tenha sido feita os moldes das considerados melhores no sistema de ensino superior e também em termos copiado esses mesmo modelos, isso de forma alguma vem refletir sobre os processos históricos sociais e políticos que regem a educação no Brasil, portanto, mesmo seguindo modelos considerados melhores ou de excelência na atualidade, se não adequarmos isso ao contexto brasileiro, em grande parte será ineficaz. A discussão relacionada a criação de disciplinas específicas que envolvem o letramento acadêmico e envolvem a produção e discussão correta que é gerida na

universidade é de forma bem ampla, até mesmo pelo motivo de que dentro do ambiente universitário existem diversos meios de se conduzir as ciência, ou seja, é evidente que um curso de filosofia não irá cobrar as forma de escrita e discussão acadêmica dos mesmo jeito que um curso de engenharia elétrica por exemplo, pois apesar se extar situado dentro de um mesmo ambiente, onde a própria universidade é feita por diferentes pluralidades que vão além das relações gerais, se pautam na individualidade do conhecimento de cada campo do saber e de indivíduos. A destacar o caso de uma aluna que “declarou ter chorado intensamente por decepção quando recebeu de um professor a sua resenha com correções, sugestões e com uma nota equivalente a setenta por cento dos pontos destinados a essa tarefa”. Fica evidente aqui pensarmos que ao entramos no nível superior existem uma quebra epistemológica em nossas concepções educacionais, pois conforme afirma o autor “em primeiro lugar, destaca-se a lista de autores e textos que lhes são apresentados aos quais poderíamos juntar tantos outros, Marx, Bakhtin, Vigotsky, Geertz.” Isto refletem em um intenso processo de desconstrução e de inserção de novos conhecimentos, todavia, por vez os profissionais do ensino superior que em muitos casos se enquadram dentro de uma perspectiva tradicional e maçante de ensino, não adequam ou preparam os alunos para esse enfrentamento das normas e dos textos acadêmicos, por vezes eu mesmo nos primeiros anos do ensino superior me sentia desnorteado quanto aos textos, estes muita das vesses extremamente burocráticos, de um rigor de leitura muita das vezes cansativos, não se enquadrando a realidade dos alunos iniciantes no espaço universitário. Conforme o exemplo supracitado, penso que deve ser pensado nas diferentes

coordenações

e

departamentos,

a

institucionalização

de

acompanhamentos pedagógicos por parte dos professores do ensino superior, revendo em alguns casos as práticas tradicionais empregadas no ensino universitário. Porém, se analisarmos de outra perspectiva, pelo lado dos alunos, os quais deveriam trazer consigo dos anos anteriores, mas respectivamente na sua formação do ensino fundamental e médio uma boa introdução de leituras que os preparam-se para tais questões vivenciadas no ensino superior também teremos uma relação problemática. Conforme exemplifica a decepção de uma aluna do curso de

pedagogia que “declarou ter chorado intensamente por decepção quando recebeu de um professor a sua resenha com correções, sugestões e com uma nota equivalente a setenta por cento dos pontos destinados a essa tarefa”. Cabe ressaltar que o problema da falta de interação dos alunos do nível superior com os textos e com as formas de escrita acadêmica, resenha, resumo, fichamentos, artigos, etc., vai além do espaço universitário e nos trás para a sua formação anterior, principalmente do ensino médio, onde tais temas devem ser dados pelo menos em estudos inicias e em sua grande maioria não são repassados aos alunos, pois os molde do ensino médio estão pautados no repasse massivo de conteúdos para a inserção dos alunos no ensino superior (ou ao mercado de trabalho). Cabe discutir que a educação nas séries inicias também são bem diferente quando tratamos do ensino privado e o público, existem diferenças severas nos mesmo que podem refletir no próprio ensino superior. No capítulo final do artigo, o autor nos leva a uma estratégia de ensino para a produção de uma resenha juntamente com alunos do curso de pedagogia de uma universidade específica, o objetivo do mesmo era retratar o de como os alunos estavam ambientados com o texto da resenha e tentar demostra através de estratégia pedagógicas para a efetivação da resenha. Foi escolhido para que os alunos fizessem uma resenha jornalística a respeito de uma conferência realizada por um professor de outra universidade. Na ocasião evidenciada acima, relata que através de atividades práticas que consiste na escrita da resenha, na correção da mesma, e reescrita. A reescrita como uma chave de sucesso para a boa produção da mesma por parte dos alunos, sendo que o professor mediador nesse sentido, está a parte de todas as etapas do processo de produção, fazendo as devidas considerações para que o trabalho final saísse da forma adequada, ou seja, dentro do que se espera de uma resenha e muito diferente do que os alunos tinham em mente. Venho propor que para o bom desenvolvimento dessas estratégias de ensino voltadas para esse tipo de produção, se faz interessante não só a estratégia conciliada e meditativa por parte do professor, fazer uma avaliação pedagógica indicando o perfil da turma com o intuito de observar suas dificuldades nos processos de aprendizado no ensino superior e tentar entendê-las é de extrema relevância,

tendo em vista que mesmo no ensino superior, as dificuldades educacionais são imensas tanto da parte que diz respeito aos alunos entenderem os conteúdos com todas as suas possibilidades, quanto na parte em que os professores discorreram sobre o conteúdo por meio dessa estratégias com toda a sua potencialidade....


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