Title | Resumo das matérias lecionadas para o 1ºteste |
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Author | Daniel Santos |
Course | Modelos E Técnicas De Comunicação |
Institution | Instituto Politécnico de Leiria |
Pages | 7 |
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Modelos e técnicas de comunicaçãoO que é a comunicação?A comunicação é um processo de envio e recessão de mensagens, no qual duas ou mais pessoas trocam/partilham (informação, sentimentos, opiniões, conhecimentos) de forma consciente ou inconsciente utilizando a oralidade, a escrita, a língua gestua...
Modelos e técnicas de comunicação O que é a comunicação? A comunicação é um processo de envio e recessão de mensagens, no qual duas ou mais pessoas trocam/partilham (informação, sentimentos, opiniões, conhecimentos) de forma consciente ou inconsciente utilizando a oralidade, a escrita, a língua gestual e o olhar. Assim a comunicação pode ser entendida como um processo de partilha de mensagens com os indivíduos que integram os espaços sociais e comunitários a que pertencemos, sendo uma forma de reforçar os nossos laços com os indivíduos, grupos ou comunidades a que pertencemos. Concluímos que a comunicação pode ser definida como a interação social através de mensagens. Pressupostos para o seu estudo:
Multidisciplinaridade: reunir várias disciplinas para chegar a um único objetivo Toda a comunicação implica signos e códigos Todos os signos e códigos são transmitidos aos demais elementos de uma comunidade, e essa transmissão (ou receção) é a prática das relações sociais. Signos: construções significantes, ou sejam, são factos que se referem a algo e não a eles próprios Códigos: sistemas nos quais os signos se organizam e que determinam a forma como se podem relacionar uns com os outros. (levantar a mão, acenar,etc) A comunicação é central para a vida de uma cultura. Logo, o seu estudo implica também o estudo da cultura em que esta se integra.
Escolas da Comunicação Processual
Vê a comunicação como transmissão de mensagens É o processo pelo qual uma pessoa afeta o comportamento ou estado de espírito de outra. Estuda o modo como os emissores e recetores codificam e descodificam a informação e o modo como os transmissores usam os canais e meios de comunicação; Estuda assuntos como a eficácia (a mensagem chega ao recetor atingindo o objetivo do emissor) e a exatidão (grau de compreensão do recetor); Quando o efeito é menor do que aquele que se pretendia, esta escola tende a falar em termos de fracasso de comunicação; Quando o efeito é maior do que aquele que se pretendia, diz-se que a comunicação foi um sucesso Aproxima-se das ciências sociais (sociologia, psicologia) e debruça-se sobre os atos de comunicação; Mensagem – o que é transmitido pelo processo de comunicação, ou seja, é o que o emissor coloca nela, independentemente dos meios utilizados (enfoque no emissor e a mensagem); Interação social – modo como as pessoas se relacionam e afetam o seu comportamento;
Semiótica
Vê a comunicação como produção e troca de significados Estuda o modo como as mensagens interagem com as pessoas de modo a produzir significados (o papel dos textos numa dada cultura); Considera que o fracasso de comunicação resulta de diferenças culturais entre o emissor e recetor Aproxima-se da linguística e das disciplinas de arte e debruça-se sobre os trabalhos de comunicação; Interação social – aquilo que constitui um indivíduo como membro de uma cultura ou sociedade; Mensagem – construção de signos que, pela interação com o recetor, produz significados (enfoque sobre o recetor)
Fatores e Funções da Comunicação Fatores de comunicação Os elementos têm de estar sempre presentes para que a comunicação exista, ou seja, são obrigatórios. De acordo com a escola processual, para que a comunicação seja possível, é necessário que estejam sempre presentes 6 fatores dos quais se podem associar o Feedback e o Ruido que influenciam o seu grau de sucesso. Emissor Dá início á comunicação Intencionalidade comunicativa, ou seja, tem um objetivo que o leva a comunicar Tem o papel de codificação, ou seja, da criação da mensagem Adequação comunicativa, ou seja, aperfeiçoamento da qualidade da mensagem face ao feedback recebido Recetor Predisposição comunicativa, ou seja, grau de recetividade á comunicação por parte do recetor Tem o papel de descodificação, ou seja, de interpretação do significado da mensagem Contexto Estabelece a relação entre a realidade e a mensagem Verbal: linguagem Situacional: evento ou realidade que se comunica Referencial: objetos que a comunicação se refere Código Tanto o recetor como o emissor tem que apresentar o mesmo Canal Tem de haver um suporte que permita o envio e a receção da mensagem (ar, internet, toque) Meio Instrumentos que utilizamos para produzir a comunicação. Estes dividem-se em: o Apresentativos: os que produzem comunicação imediata entre o emissor e o recetor (ex: corpo humano usado para comunicar, a voz, o olhar, postura, gesto, imagem)
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Representativo: os que produzem a comunicação ao longo do tempo(de forma diferida). O que permite fixar a comunicação na sua origem e fechar o ciclo dela no futuro. (ex: o jogo aconteceu ontem e hoje é que é transmitido) Mecânico: toda a tecnologia que usa para comunicar. (ex: vídeos, ficheiros áudio, jornais, revistas, pinturas)
Mensagem Feedback Resposta que o emissor recebe do recetor Transmissão da reação do recetor de volta ao emissor Ruído Todo e qualquer obstáculo que surge durante o processo de comunicação e dificulta ou impossibilita a comunicação. (ex: silêncio, barulho do local; voz baixa) Funções da comunicação A abordagem semiótica, por sua vez, entende que todos os fatores da comunicação adicionam algo mais ás situações comunicativas, sendo por isso necessário ter em consideração todas as informações adicionais que delas podemos extrair. Emotiva Emissor Conjunto de informações sobre o emissor que são captadas pelo o recetor sem ser através das palavras A mensagem centra-se nas emoções, opiniões, atitudes, estatuto, classe do emissor São mensagens subjetivas e pessoais Ex: Chorar, sorrir, acenar, etc Conotativa Recetor O modo como o emissor consegue influenciar e chamar atenção do recetor Ex: Seja bom aluno. Tenha calma. Tudo a seu tempo Referencial Contexto Tudo aquilo que permite colocar na comunicação um objetivo de a tornar real Ex: textos jornalísticos Fática É tudo o que utilizamos na comunicação para garantir que os canais estão desbloqueados e que a comunicação é possível Ex: cumprimentos, início de conversa Metalinguística Ligação ao código É tudo aquilo que na comunicação nos permite identificar os códigos, ou seja, temas e assuntos que estão a ser desenvolvidos Poética Ligação á mensagem Mostra o grau de efetividade das pessoas enquanto estamos a falar Ex: Só dá apoio moral no trabalho em vez de dizer não fizeste nada no trabalho A comunicação interpessoal Enquanto seres humanos, desenvolvemos, neste contexto, comportamentos diferentes de acordo com o interlocutor. Tipos de comportamentos:
Passivo o Incapacidade total de expressar o ponto de vista em qualquer circunstância, temendo ser julgado ou criticado o Tem como prioridade satisfazer as necessidades e desejos dos outros, vendo este como algo superior o O seu objetivo é passar de forma discreta, aceitando tudo sem rejeitar algo o Ex: opta por postura curvada em tartaruga, não estabelece contacto visual duradouro, é aquela pessoa porreira Agressivo o Alguém que fala acima do próximo, pondo a sua opinião de forma a ter razão o Mostra total desinteresse pelos outros o Assume postura de superioridade e poder, tentando invadir o espaço dos interlocutores, olhando fixamente com expressões ameaçadoras Passivo-agressivo o Na sua origem é agressivo, mas muda com as relações de poder Assertivo o Expõe a sua opinião de forma clara, fazendo com que esta tenha impacto na pessoa o Critica comportamentos e resultados, ou seja, factos e não propriamente as pessoas o Atitude de consideração, respeito e defesa de si mesmo e do outro o Opta por uma postura honesta, respeitosa e direta como o outro, sendo capaz de ter uma comunicação consoante a personalidade da pessoa com quem esta a comunicar
Tipos de comunicação:
Verbal Não-verbal o Proxémica o Cinésica
Comunicação verbal: aquela que concretizamos com o uso de palavras de duas formas distintas(oralidade e escrita). De notar, neste âmbito:
As palavras parónimas, muitas vezes alvo de erros de pronúncia e de escrita (Ex: deferente/diferente; evasão/invasão; conjuntura/conjetura; procedente/precedente); As palavras homófonas cuja distinção ortográfica se faz na escrita (Ex: acento/assento; cela/sela; concelho/conselho; elegível/ilegível; emergir/imergir).
Também interessa estarmos atentos às formas que enriquecem o nosso discurso, a saber:
As palavras sinónimas (Ex: topar; concordar; anuir); As figuras de estilo, dentro das quais a metáfora tem um lugar preponderante no nosso quotidiano.
Comunicação não verbal: é a comunicação sem palavras, através de gestos, expressões faciais, postura corporal, etc
Existem duas formas de comunicação não verbal:
Comunicação cinésica: estudo do corpo em movimento enquanto ferramenta de comunicação. Integrando os gestos, a postura, a movimentação do individuo no espaço de comunicação, as expressões faciais, o olhar e a própria imagem. Comunicação proxémica: dependendo do tipo de relacionamento que mantemos com uma determinada pessoa, também a distância que dela nos separa poderá aumentar ou diminuir. Provocando determinadas reações e nem sempre positivas. o Distância íntima: Até aos 50 cm. o Distância pessoal: Dos 40 cm aos 120 cm. Utilizada, muitas vezes, com amigos; o Distância social: Do comprimento de um braço até 4 metros. Utilizada frequentemente em ambiente laboral ou impessoal; o Distância pública: Dos 4 aos 9 metros.
A voz No que diz respeito à voz, devemos ter em conta os seguintes aspetos:
respiração; articulação (ato de pronunciar os sons, as sílabas, as palavras); intensidade (tom de voz); entoação (movimento melódico da voz) o débito (velocidade com que falamos).
Comunicação oral em público Há diferentes etapas de sessão, sendo que estas tomam diferentes ordens de prioridade. Metodologia de preparação 1) Estipular o objetivo Porque vou fazer esta apresentação? o Convencer o Ensinar/informar o Divertir Que resultado espero obter? o Público compreenda o assunto abordado o Público consiga aplicar o que foi abordado na apresentação o Público se divirta Quais os métodos de apresentação o Formação 1º avaliação das necessidades de uma sociedade/organização, ou seja, detetar os problemas 2º Intervenção de modo a alterar os comportamentos da sociedade/organização, ou seja, proporcionar as soluções Formação interativa Recurso a um manual de formação o Discurso Público Envolve uma pessoa que se apresenta perante um público com o objetivo de convencer, informar ou divertir Introdução/Desenvolvimento/Conclusão
2) Analisar o público Que expectativas/necessidades? o Faixa Etária o Género dominante o Estatuto económico o Estatuto académico médio o Religião o Política o Profissão o Tipo de cultura o Qual o interesse do público em relação ao tema o A atitude em relação a mensagem é positiva, negativa ou neutra Perfis dominantes? o Passivo o Agressivo o Passivo-agressivo o Assertivo 3) Elaborar um plano Tema; Objetivos; Público; Ideias principais; Suportes 4) Selecionar informação relevante Que recursos e em que quantidade? o Bibliotecas o Internet o Informação impressa fornecida pelas organizações o Entrevistas o A nossa própria experiência Tempo disponível e objetivos? No canto superior deve estar o logotipo verde da ESTG, licenciatura e unidade curricular. No canto inferior direito deve estar o nome e o número de estudante. 5) Estruturar o discurso O início do discurso deve ter como objetivo despertar curiosidade (através de citações, referências históricas, episódio), introduzindo o tema e motivos, ou seja, introduzir as ideias chave de forma clara Há vários tipos de abertura, podendo ser direta, indireta, humorística, factual O discurso deve ser desenvolvido abordando a temática: o Cronologicamente (sequência temporal) o Espacialmente (sequência espacial) o Casualmente (relação causa-efeito) o Por tópicos o Problema/resolução Por fim deve haver um resumo adequado, apresentando as ideias-chave, e resposta a questão colocada inicialmente 6) Treinar e avaliar Autoconfiança e pose Correção de falhas
Materiais de apoio Simular a apresentação diante de um espelho de forma a estudar o nosso olhar, este é um passo fundamental para as pessoas mais tímidas
Erros frequentes em apresentações
Material textual excessivo Imagens desnecessárias e de má qualidade Gráficos complexos ou pequenos Design para impressionar Ausência do espaço de respiração visual
Relação orador/material
Apresentação do diapositivo completo Ausência de tempo para a compreensão do conteúdo Falar para a imagem Leitura da palavra a palavra da informação escrita
Estrutura: o público tem de compreender bem a informação Coerência: fazer a mesma coisa sempre da mesma maneira Funcionalidade: o projetado tem de estar em sintonia com o discurso Estética: visual especulativo...