Resumo do Livro Justiça (Michael J. Sandel) Cap 10 PDF

Title Resumo do Livro Justiça (Michael J. Sandel) Cap 10
Course Ética E Cidadania
Institution Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte
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Resumo do Capítulo 10 – A justiça e o bem comum. (Com citações)...


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FICHAMENTO SANDEL, Michael J. Sandel. Justiça: O que é fazer a coisa certa? Capítulo 10 – A justiça e o bem comum. “Eu acredito que a posição religiosa de um presidente seja um assunto particular”, afirmou Kennedy [...] A visão de Kennedy da religião como uma questão privada, e não pública, demonstrava mais do que a necessidade de desarmar o preconceito contra o catolicismo. Ela refletia uma filosofia pública que atingiria sua plena expressão nas décadas de 1960 e 1970 — uma filosofia segundo a qual o governo deveria manter-se neutro quanto a questões morais e religiosas para que todos os indivíduos pudessem escolher livremente suas concepções da vida boa.” Comentário: O autor trás a afirmação do candidato democrata John Kennedy à presidência dos Estados Unidos da América em 1960, em que o mesmo sugere que o presidente, bem como o Estado como um todo se mantenha neutro quanto a questões morais e religiosas, deve haver separação. Por exemplo, a vida particular de uma pessoa budista ou islamista, não deve ser afetada por valores cristãos, pelo simples fato de que o cristianismo ser a religião predominante em um determinado país. “Rawls aceitava a possibilidade de um “eu” fortemente constituído e moralmente comprometido. Mas ele insistia em que tais lealdades e apegos não deveriam ser a base de nossa identidade como cidadãos. Na discussão sobre justiça e direitos, devemos deixar de lado nossas convicções morais e religiosas e discutir a partir de uma “concepção política do indivíduo”, independente de quaisquer lealdades, apegos ou concepções particulares da vida boa.” Comentário: Mais uma vez, ao meu ver, o autor trás uma ideia sobre como decisões que afetem uma população de maneira geral (leis, regras, decretos, etc.) não devem ser influenciadas por valores éticos, morais ou religiosos de um determinado grupo. “Aqueles que defendem o direito da mulher de decidir por conta própria se deve pôr fim a uma gravidez devem enfrentar o argumento de que o feto em desenvolvimento é equivalente a uma pessoa e tentar mostrar por que ele está errado. Não basta dizer que a

lei deve ser neutra quanto às questões morais e religiosas. O argumento para permitir o aborto não é mais neutro do que o argumento para proibi-lo. [...] No que se refere ao aborto e às pesquisas com células-tronco embrionárias, não é possível resolver a questão legal sem considerar a questão moral e religiosa implícita. Em ambos os casos, é impossível manter a neutralidade, porque se trata de saber se a prática em questão envolve tirar a vida de um ser humano. Evidentemente, a maioria das controvérsias morais e políticas não envolve questões de vida ou morte. Portanto, os defensores da neutralidade liberal podem alegar que os casos de aborto e células-tronco são especiais. A não ser quando o que está em pauta é a definição de ser humano, podemos resolver as discussões sobre justiça e direitos sem tomar partido nas controvérsias morais e religiosas Comentário: Nesse ponto, já é apontado o fato de que é impossível discutir sobre determinadas questões sem envolver princípios morais e religiosos, há certas coisas enraizadas na história da humanidade, quando se discute assuntos como os citados acima, é inevitável argumentos sobre o valor da vida e afins, dessa forma ele começa a propor que em diversas situações não é possível ser cem por cento neutro, [...] Entretanto, o PIB não garante a saúde de nossas crianças, a qualidade de sua educação ou a alegria de suas brincadeiras. Não inclui a beleza de nossa poesia ou a solidez de nossos casamentos, a inteligência de nossos debates públicos ou a integridade das autoridades de nosso governo. Ele não mensura nosso talento ou nossa coragem, nossa sabedoria ou nosso aprendizado, nossa compaixão ou nossa devoção a nosso país. Ele tem a ver com tudo, em suma, exceto com aquilo que faz com que a vida valha a pena. E ele pode nos dizer tudo sobre os Estados Unidos, exceto o motivo pelo qual temos orgulho de ser americanos.

“Ao ouvir Kennedy ou ler esse trecho, você poderia dizer que sua crítica ao hedonismo e às preocupações materiais de seu tempo nada tinha a ver com seu ponto de vista sobre as injustiças da pobreza, da Guerra do Vietnã e da discriminação racial. Mas ele via aí uma ligação. Para reduzir essas injustiças, Kennedy considerava necessário combater o modo de vida complacente que observava a seu redor. Ele nunca hesitou em ser crítico. Ainda assim, ao invocar o orgulho que os americanos sentiam de seu país, apelou também para um sentimento de comunidade”

Comentário: Com a citação de Kennedy colocada anteriormente, o autor nos possibilita perceber de maneira clara a afirmação dele de que melhorar economicamente a situação de um país não significa melhorar um país como um todo, pois os problemas de um país vão muito além disso, são principalmente referentes a questões humanas e sociais. “O analista político Michael Kinsley defende essa diretriz como a saída para o que ele considera um conflito sem perspectiva de solução. Os partidários do casamento gay queixam-se de que restringir o casamento aos heterossexuais é um tipo de discriminação. Já os opositores argumentam que se o Estado sancionar o casamento gay estará deixando de simplesmente tolerar a homossexualidade para endossá-la e dar-lhe “um selo governamental de aprovação”. A solução, segundo Kinsley, é “eliminar a instituição do casamento sancionado pelo governo” e “privatizar o casamento”. Ele propõe deixar que as pessoas formalizem seus casamentos como quiserem, sem sanção ou interferência do Estado.” Deixemos que a Igreja e outras instituições religiosas continuem a realizar cerimônias de casamento. Deixemos que as lojas de departamento e os cassinos entrem em ação como quiserem (...) Deixemos os casais celebrarem suas uniões como bem entenderem e se considerarem casados quando quiserem (...) E, ainda, se três pessoas quiserem se casar, ou se uma pessoa quiser se casar consigo mesma, e outra pessoa estiver disposta a realizar a cerimônia e declarálas casadas, que o façam.

Comentário: A opinião de Kinsley trazida pelo autor, traduz praticamente com cem por cento de clareza a minha opinião sobre casamentos homossexuais, pois ao meu ver, ninguém deve ser impedido de casar-se com outro, ou outros, pelo fato de que a moral e os bons costumes ou valores religiosos vão contra tal, a orientação de alguém não deve ser incômodo pra mim ou para quem quer que seja, é algo que só desrespeita a ele ou ela mesma, o discurso de que influencia as novas gerações, é totalmente errôneo, a orientação sexual de alguém depende somente dos seus sentimentos particulares, não faz sentido afirmar que alguém filho de pais homossexuais, consequentemente seria homossexual, se fosse dessa maneira, teoricamente, uma pessoa que é filha de um casal heterossexual, não seria gay, lésbica, trans, etc. Por fim, digo que a afirmação quanto ao assunto mais equivocada de todas é a de que é algo errado, jamais será errado ser quem é ou amar quem quer que seja. “Ainda que, como argumentei, não seja possível ao governo permanecer neutro nessas divergências, será possível conduzir nossa política com base no respeito mútuo? A

resposta, creio eu, é sim. Mas precisamos de uma vida cívica mais sadia e engajada do que essa à qual estamos habituados. [...] Uma política de engajamento moral não é apenas um ideal mais inspirador do que uma política de esquiva do debate. Ela é também uma base mais promissora para uma sociedade justa.” Comentário: O autor finaliza o capítulo com os parágrafos colocados acima, onde ao meu ver, o mesmo apresenta que o respeito e neutralidade não se referem a não mencionar a moral e a religião, mas sim, a liberdade de falar sobre tudo, sobre os valores e costumes de cada grupo, mas sem querer impor e sim, deixando o indivíduo livre para escolher no que acredita e decidir de acordo com o que, deseja viver....


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