Resumo do livro Sermões do Padre Antônio Vieira PDF

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Resumo principais sermões....

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SERMÕES DO PADRE ANTÔNIO VIEIRA Padre e os Sermões: . Pe. Vieira 16081697 : português, jesuita, orador e escritor sacro. Considerado o maior orador sacro de nossa história. Escreveu (3) PROFECIAS, (+/-500) CARTAS, (+/-200) SERMÕES RETORICA e ORATÓRIA. exemplares - tom persuasivo Profundo conhecedor da Biblia: argumento de exemplificação; citações em latim. Sermão do Bom Sucesso das Armas de Portugal contra as de Holanda Pregado em 1640, na Igreja Nossa Senhora da Ajuda. Contexto histórico: invasão dos holandeses em Pernambuco e ameaça na Bahia - derrota dos portugueses. Divididos em V partes - modelo tradicional Ajuda, súplica. Tom de abandono. Epígrafe: Exurge, Domine, adjuva nos et redime nos propter nomen tuum. (Levanta-te em nosso auxílio e resgata-nos por amor das tuas misericórdias. Simula um diálogo com Deus, pressupondo as falas do Criador. Argumentação: o castigo de Deus para com os portugueses respingaria no próprio Deus, já que prejudicaria a catequização dos indígenas e negros no Brasil. Semelhante aos poemas religiosos de Gregório de Matos. Portugueses (católicos) X Holandeses (luteranos, calvinistas) As cinco partes: I- Exórdio: É o início Vieira explica que se dirigirá a Deus e não aos homens e expõe o tema dos sermões, a saber, a súplica por uma ajuda divina. II - Narração: Vieira narra as derrotas e os sofrimentos dos portugueses diante dos holandeses, que são hereges. Começa a argumentar que Deus vai sair prejudicado por esses atos. III - Confirmação: É a argumentação propriamente dita. Explica que os portugueses atenderam ao chamado de Deus, e que agora Ele está os condenando. Menção a Jó. IV – Refutação: Resposta a uma possível contra argumentação divina. Parábola do Banquete e das Dez Virgens. Imaginação de um cenário futuro do Brasil com os hereges. V - Epílogo: Vieira pede perdão pelo embate e pelos portugueses; e justiça, por causa do sofrimento lusitano. Sermão de Santo Antônio aos Peixes Pregado em Maranhão, em 1654. Interlocutor: peixes - caráter alegórico. Intertextualidade: lenda de Santo Antonio (ele é usado como modelo) Epígrafe: Vostis estis sal terra (Vós sois o salTerra) Sal: pregador / Terra: ouvintes Estrutura: I- Exórdio: Vieira mostra a passagem do dia e relembra Santo Antônio. Já nesse início, o padre afirma que o problema está com os ouvintes e, por isso, ele pregou aos peixes, como fez Santo Antônio. II - V - Narração/Confirmação: Nessas quatro sessões do sermão, Vieira se ocupa em exaltar as qualidades dos peixes, comparando-as com Santo Antônio; e condenar OS defeitos dos comparando-os com os dos homens. VI - Epílogo: Vieira traz o dia do Juízo Final para mostrar aos homens que eles devem peixes, chegar nesse dia ainda "vivos"; para isso, deveriam louvar a Deus.

Qualidades dos Peixes: Qualidades em geral: obediência, pois atenderam Sto. Antonio. Além disso, são os animais mais afastados dos homens e os únicos que sobreviveram ao Dilúvio. Qualidades em particular: comparadas as de Santo Antonio. Repreensões aos Peixes: Repreensões em geral os peixes se alimentam uns dos outros, deixam-se iludir por uma isca. Repreensões especificas: comparando com os homens.

Sermão da Sexagésima Proferido na Corte Portuguesa, em 1655. Dividido em X sessões -> poema épico -> obra prima METALINGUAGEM: tratado de como se deve constituir um sermão. Ataque aos padres dominicanos Epígrafe: Semen est verbum Dei. (A semente é a palavra de Deus.) É o mais "organizado" dos três sermões. Chega a uma conclusão diferente a do Sermão aos Peixes A Estrutura: I-II- Exórdio: Introduz a parábola do semeador e coloca a pergunta-chave do sermão. III Narração: Vieira mostra que são três possibilidades de problema e afirma qual é. IV-VIII - Confirmação/Refutação: Vieira lança cinco possibilidades, analisa uma por uma e sempre acaba por concluir por um exemplo que não é a possibilidade correta. IX - Confirmação: Vieira por fim lança a explicação de porquê a Palavra de Deus não está sendo semeada: porque o que os pregadores pregam não é a Palavra de Deus. X - Conclusão: os pregadores devem cumprir seu ofício sem se preocuparem com os ouvintes. Problema Central: "Se a palavra de Deus é tão eficaz e tão poderosa, como vemos tão pouco fruto da palavra de Deus?" Possibilidades: A PESSOA: "uma coisa é o pregador, e outra o que prega. O semeador e o pregador é o nome; o que semeia e o que prega é ação.". "Se quando os ouvintes percebem os nossos conceitos, têm diante dos olhos as nossas manchas; como hão de as conceber virtudes? (..) se uma coisa é o semeador, e outra o que semeia; como se há de fazer fruto?". REFUTAÇÃO: Jonas O ESTILO: "Não fez Deus o Céu em xadrez de estrelas, como os pregadores fazem o sermão em xadrez de palavras.". "Como há de ser as palavras? Como as estrelas. As estrelas são muito distintas e muito claras. Assim há de ser o estilo da pregação, muito distinto e muito claro.". Crítica ao Cultismo REFUTAÇÃO: Autores clássicos A MATÉRIA: "O Sermão há de ter um só assunto e uma só matéria." "De maneira que Jonas em quarenta dias pregou um só assunto; e nós queremos pregar quarenta assuntos em uma hora? Por isso não pregamos nenhum.". "Uma coisa é expor, e outra pregar: uma ensinar, e outra persuadir."

Metáfora da árvore REFUTAÇÃO: Alguns pregadores católicos A CIÊNCIA: "Eis aqui por que muitos pregadores não fazem fruto, porque pregam o alheio e não o seu." "Com armas alheias ninguém pode vencer, ainda que seja Davi. As armas de Saul só servem a Saul, e as de Davi a Davi e mais aproveita um cajado e uma funda própria que a espada e a lança alheia.". "Mateus fácil, João misterioso, Pedro grave, Jacó forte, Tadeu sublime: e todos com tal valentia no dizer que cada palavra era um trovão, cada cláusula um raio, e cada razão um triunfo." REFUTAÇÃO: São João Batista A VOZ: "Antigamente pregavam bradando, hoje pregam conversando." "De maneira que Cristo tinha por si a razão e tinha contra si os brados. E qual pôde mais? Puderam mais os brados que a razão. A razão não valeu para o livrar, os brados bastaram para o pôr na Cruz.". REFUTAÇÃO: Moisés Conclusão: a resposta "É porque as palavras dos pregadores são palavras, mas não são palavras de Deus.". "Se os pregadores semeiam vento, se o que se prega é vaidade, se não se prega a palavra de Deus; como não há a Igreja de Deus de correr tormenta em vez de colher fruto?". "As palavras de Deus pregadas no sentido em que Deus as disse são palavras de Deus, mas pregadas no sentido que nós queremos, não são palavras de Deus, antes podem ser palavras do Demônio." "Sarem, e não gostem: salvem-se, e amargo lhes; que para isso somos médicos das almas." "A pregação que frutifica, a pregação que aproveita, não é aquela que dá gosto ao ouvinte, é aquela que lhe dá pena." "não que lhes pareçam bem os nossos conceitos, mas que lhes pareçam mal os seus costumes, as suas vidas, os seus passatempos, as suas ambições e, enfim, todos os seus pecados." O bom sermão NÃO deve agradar aos ouvintes....