Resumo - Escoliose - Anotações de aula 1-7 PDF

Title Resumo - Escoliose - Anotações de aula 1-7
Author william mota
Course Fisioterapia nas disfunções ortopédicas e traumatológicas
Institution Universidade de Santo Amaro
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Anotações sobre a aula de escoliose aplicada ao curso de Medicina na Universidade de Santo Amaro no ano de 2018...


Description

Resumo - Escoliose Escoliose: desvio postural da coluna vertebral, caracterizada por uma curvatura anormal no plano frontal, superior a 10º, associada ou não à rotação dos corpos vertebrais nos planos transverso e sagital. Como a coluna vertebral não pode se flexionar lateralmente sem rodar, a escoliose envolve tanto a flexão lateral quanto a rotação das vértebras envolvidas. A escoliose é considerada patológica quando a curvatura é maior que 10º, e, pode ser classificada em idiopática, neuromuscular, congênita e adulta. A classificação é descrita mediante sua gravidade, sendo: leve (entre 10º e 20º); moderada (entre 20º e 40º) e severa (maior que 40º ou 50º).  



Idiopática: ocorre durante a fase de crescimento dividindo-se em: infantil, juvenil e adolescente; Neuromuscular: relacionada ao resultado natural de uma patologia do sistema neuromuscular, onde a lesão neurológica afeta o músculo, levando a graus variados de paralisia; Adulta: eclode em indivíduos cujos centros de crescimento ósseos já estão fundidos.

Pode ser classificada em estrutural e não-estrutural:  

Estrutural: envolve uma curvatura lateral irreversível com rotação fixa das vértebras. Não-estrutural: também denominada de escoliose funcional ou postural, é reversível e pode ser alterada com mudanças de posição.

Presente em 1 a 3% dos adolescentes, sendo as meninas as mais afetadas (proporção: ~4:1). O tipo mais comum na população é a idiopática (a causa é desconhecida). A maioria das escolioses idiopáticas adolescente é assintomática antes de atingir grandes angulações, normalmente produzindo sintomas acima de 40° Cobb. Mesmo assintomática a escoliose poderá alterar a distribuição de forças e a atividade muscular na coluna predispondo a seu desgaste precoce. Casos mais graves: afeta o sistema musculoesquelético da região torácica, podendo levar a restrições da função cardiopulmonar. A escoliose conduz a desequilíbrios de força e comprimento musculares no tronco, tornando a musculatura do lado côncavo retraída, e mais alongada no lado convexo, o que irá caracterizar um problema de disposição muscular, com

consequentes sobrecargas assimétricas. Isto poderá levar ao aparecimento de outras patologias como a osteoartrite e a hérnia de disco. A escoliose apresenta os seguintes tipos de curvatura: estruturais e funcionais, podendo apresentar-se em forma de “C” única curva ou “S” dupla curva, sendo que, nesse caso, a curvatura maior deve ser considerada a primária. A curvatura secundária ou compensatória se desenvolve acima, ou abaixo da curvatura primária, e, como o próprio nome já diz, é uma curvatura que busca compensação a fim de recuperar o alinhamento corpóreo A detecção precoce aumenta em 3x a chance de sucesso com o tratamento conservador. 

Na curvatura estrutural surge uma proeminência devido ao componente rotacional, chamado gibosidade, vista no lado convexo da curva e observada através do Teste de Adams  é realizada uma flexão anterior do tronco e verificado uma proeminência do lado da convexidade e uma depressão do lado da concavidade.

Existem vários métodos fisioterápicos citados para o tratamento da escoliose, como: Reeducação Postural Global (RPG), Isostretching, Osteopatia, Cadeias Musculares, Pilates, método Klapp, método Schroth, exercícios com Bola Suíça, fortalecimento muscular (pode ser usado corrente Russa ou Aussie), alongamento e Mézières. 



É ideal que o tratamento conservador da escoliose seja baseado em cinesioterapia, abrangendo alongamentos, fortalecimento muscular e conscientização postural. Independente da forma, da fase do aparecimento e do tipo da escoliose, observa-se desequilíbrio musculoesquelético com deformidade visível, déficit de conscientização postural e dor progressiva aos indivíduos.

Tratamento com órtese: a órtese tem objetivo inicial de melhorar a deformidade, sendo capaz de evitar a progressão da curva por longos períodos de tempo, geralmente até que o paciente atinja maturidade esquelética ou até que a fusão consolide (p. ex. colete de Milwaukee, Charleston, Boston, Providence e Spine-cor). Quanto mais novo for o paciente e, quanto mais inibida está a curva no colete, menor é a necessidade de tratamento cirúrgico. 

Nas curvaturas maiores que 40º em jovens e curvaturas maiores que 50º em adultos, é indicado o tratamento invasivo.

Os diferentes métodos fisioterapêuticos encontrados para tratamento da escoliose, Isostretching, Quiropraxia, Pilates, RPG (Reeducação Postural Global), Corrente Russa, Klapp e a Reeducação Tridimensional, associados ou

não, são efetivos no tratamento da curva escoliótica, porém, dependente do tipo de escoliose, das características dos indivíduos, bem como da adesão e adequação do paciente ao tratamento. Duração do Tratamento (em semanas) em Relação à Técnica Empregada Bola Suíça Klapp Quiropraxia Pilates Mobilização Alongamento Energia Muscular Isostretching RPG Manipulação Fortalecimento Muscular McKenzie SEAS (Scientific Exercises Approach to Scoliosis)

8 10 12 12 16 16 16 17 23 24 26 36 48

Adaptado de: ALVES, A. L. et al. Tratamento Fisioterápico na Escoliose. Pós em Revista, Betim, v., n., p.274-282, 2012.

Fonte: ALVES, A. L. et al. Tratamento Fisioterápico na Escoliose. Pós em Revista, Betim, v., n., p.274-282, 2012.

Técnica utilizada

Tempo de aplicação

Resultados

Quiropraxia e Pilates

8 semanas

Iso-stretching e Bola Suíça

24 sessões

Terapia Manual

16 semanas

Iso-stretching

24 sessões

Colete, Cinesioterapia e RPG

5 sessões de Cinesioterapia e 10 sessões de RPG

Klapp

20 sessões

RPG

5 sessões

RPG + Corrente Russa

8 sessões

Pilates RPG e Pilates Reeducação Tridimensional (Alongamentos e Fortalecimento dos músculos da coluna

24 sessões 20 sessões 10 sessões

Diminuição da dor e melhora na função, sendo recuperadas algumas atividades de vida diária. Não houve diminuição significativa da curva escoliótica, porém houve diminuição das retrações musculares, melhora do padrão postural e diminuição da dor. Diminuição significativa da curva escoliótica, da dor, aumento da força muscular e realinhamento postural Diminuição da curva escoliótica em 55,5%, melhora na mobilidade e aumento da expansibilidade torácica. Os que seguiram corretamente o protocolo, tiveram diminuição de 5,43º da curva escoliótica. Melhora quantitativa da flexibilidade da coluna, da simetria dos ombros e do triangulo de tales esquerdo. Melhora significativa nos alinhamentos posturais, angulações escolióticas, melhorando a qualidade de vida dos indivíduos tratados com o RPG Melhora na flexibilidade e diminuição significativa na angulação da curvatura escoliótica Diminuição significativa da dor Diminuição significativa da dor Observado aumento da ADM da coluna vertebral, redução do quadro álgico e redução do ângulo de Cobb

Adaptado de: PETRINI, A. C. et al. Fisioterapia Como Método de Tratamento Conservador na Escoliose: Uma Revisão. Revista Científica da Faculdade de Educação e Meio Ambiente, Ariquemes, v. 6, n. 2, p.17-35, 2015.

(Hiper) Cifose Hipercifose: é um exagero da curva normal observada na coluna torácica. Deformidade estrutural que ocorre no plano sagital na coluna vertebral torácica,

onde, este desvio patológico da coluna é evolutivo e pode vir acompanhada com a idade. A cintura escapular projeta-se para frente, ocorrendo um deslocamento das escápulas para baixo e para frente e a musculatura peitoral fica hipertônica e a dorsal hipotônica. Já a cabeça é projetada para frente da linha da gravidade gerando hiperlordose cervical. Com o aumento da curvatura ocorrem alterações na anatomia como gibosidade, dorso curvo, encurtamento vertebral, déficit respiratório, diminuição da expansibilidade torácica; redução da capacidade de sustentação da coluna vertebral, deslocamento das escápulas para baixo e para frente, cintura escapular projetada para frente, hiperlordose cervical. Causas variadas: tuberculose óssea, fraturas por compressão vertebral, doença de Scheuermann, espondilite anquilosante, osteoporose senil, tumores, compensação em conjunção com a presença de hiperlordose e anomalias congênitas.



Etiologia pode ser por má formação dos corpos vertebrais e defeitos intervertebrais (congênitos). Vem acometendo os jovens, principalmente nas más posturas adotadas durante a maior parte do dia, onde não se preocupam com a postura adequada, levando a este desvio postural e a esta disfunção músculoesquelético. A doença ou cifose de Scheuermann: cifose fixa que se desenvolve perto da época da puberdade; tem origem desconhecida onde a deformidade é causada por anormalidades de acunhamento típicas na coluna dorsal e dorsolombar que resultam em uma diminuição na altura anterior das vértebras. Caracteriza pela necrose da epífise de crescimento dos corpos vertebrais constituintes do centro da curva dorsal, 6ª a 9ª vértebra dorsal. Hipercifoses posturais: podem ser corrigidas ativa ou passivamente.



Podem ser consideradas como variações posturais do equilíbrio sagital fisiológico. Hipercifose patológica: caracterizada pela sua rigidez.

 



Existem quatro tipos de hipercifose: 1. Dorso curvo, na qual o paciente apresenta uma longa curva arredondada; 2. Cifose tóracolombar, frequentemente apresenta o tronco flexionado para frente e diminuição da curva lombar;

3. Corcunda ou Giba, na qual existe uma angulação posterior acentuada localizada na coluna torácica, costas chatas, o paciente apresenta diminuição da inclinação pélvica para 20° e uma coluna lombar móvel; 4. Corcunda de Viúva, que é frequentemente observada em pacientes mais velhos, especialmente mulheres, sendo comumente causada pela osteoporose, na qual os corpos vertebrais torácicos começam a degenerar e apresentar um encunhamento na direção anterior, acarretando a cifose. Tratamentos Utilizados na Hipercifose: Fisioterapia Convencional – Cinesioterapia: No tratamento da Fisioterapia convencional são utilizados exercícios que alongam e fortalecem os músculos anteriores e posteriores do tronco, iniciando com alongamentos da região peitoral, abdução dos ombros e dos braços, adução das escapulas e fortalecimento abdominal e lombar, objetivando evitar compensação com a lordose lombar. Reeducação Postural Global – RPG: A técnica de RPG utiliza posturas de estiramento muscular ativo, alongamento dos músculos estáticos antigravitacionários, rotadores internos e músculos inspiratórios, sendo que a tensão colocada e sempre de maneira delicada, suave e progressiva. Pilates: Os exercícios do Método Pilates que devem ser realizados em paciente com hipercifose são todos aqueles que fortaleçam a musculatura posterior do tronco e alonguem a musculatura anterior, podendo ser realizados no solo e nos aparelhos. Fortalecimento dos músculos eretores da coluna e, consequentemente, o alongamento da musculatura flexora do tronco. O fortalecimento da musculatura abdominal também se faz necessário visto que nos quadros de hipercifose, apesar da diminuição do comprimento muscular dos retos abdominais, também é recorrente a fraqueza de tais músculos. O protocolo de exercícios propõe uma duração total de 50 minutos, sendo 3 minutos destinados ao aquecimento articular, 40 minutos de exercícios específicos de força e flexibilidade e 7 minutos destinados ao relaxamento no final do atendimento. A sugestão é de que os exercícios de força e flexibilidade sejam realizados na seguinte sequência:   

Iniciantes: 2 séries de 5 repetições cada Intermediários: 2 séries de 10 repetições Avançados: 3 séries de 15 repetições

Quanto à resistência imposta na execução dos exercícios, sugere-se a utilização das menores cargas no princípio do tratamento, em relação às molas dos aparelhos, seguindo-se a graduação das molas específicas de cada aparelho. Tratamentos (Sessões e Tempo) Cinesioterapia e Hidroterapia (sessões e tempo não definidos)

Isostretching (Sessões: mais de 30 / 1 hora, 3x semana)

RPG (8 sessões, 1x semana)

Water Pilates (20 sessões, 50 min.)

Resultados A cinesioterapia associado a hidroterapia só trarão resultados satisfatórios, uma vez que irão ajudar na recuperação deste distúrbio funcional, reabilitando o mais rápido possível pela união dos dois. Eficaz na melhora do alinhamento da coluna vertebral torácica, independente do número de sessões, e propiciou maior flexibilidade da cadeia posterior. Redução do grau de cifose, melhora dos valores das pressões respiratórias máximas, melhora da mobilidade tóracoabdominal e qualidade de vida. Diminuição das angulações nas curvaturas vertebrais e melhora do alinhamento corporal.

Adaptado de: BARBIERI, L. G. et al. Revisão Integrativa Sobre Hipercifose: Análise dos Tratamentos Fisioterápicos. Revista Pesquisa em Fisioterapia, Sobral, v. 4, n. 1, p.55-61, 2014.

(Hiper) Lordose A lordose lombar fisiológica, de acordo com a Scoliosis Research Society, pode variar entre 31º e 79º. O diagnóstico de hiperlordose lombar é feito quando se identifica uma curva com um ângulo superior ao fisiológico. Pode ser harmoniosa ou não, flexível ou rígida, isolada ou associada a outro desvio. Na maioria dos casos é assintomática. Pode causar dor, diminuição da flexibilidade ou, raramente, compressão neurológica. A lordose lombar é influenciada pela incidência pélvica, inclinação pélvica e ângulo sagrado. O aumento da incidência pélvica e ângulo sagrado e a inclinação pélvica anterior (anteversão da bacia) determinam o aumento da lordose lombar. 

Incidência pélvica: ângulo entre a linha que une o meio da plataforma superior de S1 ao meio do eixo do quadril (linha que une os dois eixos das cabeças femorais) e a perpendicular à tangencial da plataforma superior de S1.

 

Inclinação pélvica: ângulo entre o eixo vertical de referência e a linha do meio da plataforma superior de S1 ao meio do eixo do quadril. Ângulo sagrado: ângulo entre o eixo horizontal de referência e a linha tangencial à plataforma superior de S1.

A lordose lombar influencia a cifose torácica e a posição do quadril e joelhos. Os estudos realizados associam o aumento da lordose lombar ao gênero feminino, raça negra, ortostatismo, aumento do índice de massa corporal (IMC), diminuição da atividade física e movimento de extensão da coluna lombar. 

A diminuição da lordose lombar está associada à idade avançada, gênero masculino, sedestação, diminuição do IMC, aumento da atividade física e movimento de flexão da coluna lombar.

O aumento do ângulo de lordose lombar é provocado pelo aumento da força e retração dos flexores do quadril (iliopsoas) e paravertebrais lombares (extensores da coluna lombar), pela diminuição da força dos extensores do quadril (glúteo máximo) e abdominais (flexores da coluna lombar) e pela retração dos isquio-tibiais. Classificação: 1. Postural: Tipo mais frequente. Pode ter duas formas: constitucional e atitude hiperlordótica.  

Constitucional: associado a um morfotipo familiar; verifica-se um aumento da incidência pélvica e do ângulo sagrado. Atitude hiperlordótica: hiperlordose lombar é flexível, redutível e melhora com a reeducação postural; pode ter várias causas: obesidade, gravidez, deambulação com saltos altos, decúbito ventral prolongado, sedestação em cadeiras sem apoio, hipotonia abdominal e síndrome de hipermobilidade articular.

Tratamento: evitar o ortostatismo prolongado e a atividade física que envolva hiperextensão lombar, controlar o peso e, em caso de lombalgia, utilizar agentes físicos e/ou medicação sintomática. Cinesioterapia: reeducação postural para o correto alinhamento pélvico, exercícios de báscula pélvica, flexão da coluna lombar, alongamento e relaxamento dos paravertebrais lombares e flexores do quadril, fortalecimento dos abdominais e extensores do quadril e alongamento dos isquiotibiais e quadríceps. Os exercícios de flexão de Williams promovem a flexão do tronco e

o fortalecimento dos abdominais e extensores do quadril. Os exercícios do método de Mézières promovem o alongamento dos paravertebrais lombares. 2. Congênita Resulta de anomalias do desenvolvimento vertebral embrionário. Está presente no nascimento, mas pode só ser identificada com o crescimento, passagem ao ortostatismo ou ser um achado radiológico acidental. Caracteriza-se por curvas de grande magnitude, rígidas e progressivas. Na maioria dos casos, ocorre por um defeito da segmentação e do crescimento dos elementos vertebrais posteriores num ou vários níveis, de que resulta a perda da sua flexibilidade, tornando-se rígidos. Os elementos anteriores das vértebras continuam o processo de crescimento, constituindo a força deformante. O tratamento da hiperlordose lombar congênita é cirúrgico. Pode seguir-se o uso temporário de uma órtese de tronco, para manter a diminuição do ângulo obtida. 3. Pós-laminectomia Forma iatrogênica de hiperlordose. Pode ocorrer na artroplastia total dos discos intervertebrais lombares no tratamento da lombalgia discogênica; cirurgia de rizotomia dorsal lombar no tratamento da espasticidade; cirurgia de shunts lombo-peritoneais no tratamento da hidrocefalia. A terapêutica é cirúrgica. Pode utilizar-se uma órtese de tronco para estabilização pós-operatória da coluna lombar. 4. Neuromuscular Rara e frequentemente progressiva. Está associada ao aumento da incidência pélvica e do ângulo sagrado por anteversão pélvica e horizontalização do sacro. Resulta de desequilíbrios da postura, tônus e força muscular. Causa má postura em sedestação, lombalgia e oclusão intestinal. O mielomeningocelo é a etiologia mais comum. A hiperlordose pode ser causada por flexum do quadril (devido a medula ancorada ou desequilíbrio entre flexores e extensores do quadril favorecendo os flexores) ou ocorrer para compensar a anteversão pélvica (que resulta do mau alinhamento corporal ou contratura em abdução ou adução do quadril). 

Na paralisia cerebral espástica, a hiperlordose lombar é causada pela hipertonia dos paravertebrais lombares e flexores e adutores do quadril,



que predominam em relação aos abdutores e extensores, com consequentes contraturas em flexão e em adução. Na distrofia muscular de Duchenne, a hiperlordose lombar deve-se ao desequilíbrio da força muscular entre flexores e extensores do quadril, com preponderância da ação do psoas e consequente contratura em flexão do quadril e hiperextensão da coluna lombar.

Cinesioterapia deve privilegiar o tratamento das contraturas articulares e dos grupos musculares com espasticidade. O tratamento com órteses permite a redução do ângulo de lordose, impede a progressão da curva, contribui para o tratamento das contraturas e proporciona alívio das queixas álgicas (uso deve ser feito 16 a 23 horas por dia e ser acompanhado por exercícios de alongamento, atividade física regular e exercícios respiratórios). A cirurgia tem indicação na hiperlordose rígida de início na infância, de grande magnitude, rápida progressão, sintomática e refratária à abordagem conservadora. 5. Hiperlordose lombar secundária a espondilólise Causa aumento da lordose lombar, incidência pélvica, inclinação pélvica e ângulo sagrado. É comum em adolescentes do gênero masculino que praticam esportes com hiperextensão lombar repetitiva (ex: futebol, judo, halterofilismo, ginástica rítmica, salto em altura), o que provoca microtraumatismos repetidos e predispõe a fraturas de stress mecânico do istmo. Os tratamentos de cinesioterapia visam o alongamento dos isquiotibiais e a flexão da coluna lombar. Os exercícios de flexão de Williams reduzem o stress no arco posterior. As órteses de Boston ou de Williams facilitam a consolidação óssea e proporcionam alívio sintomático, devendo ser usadas durante 3 a 6 meses. Para o alívio da...


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