Resumo músculos do braço PDF

Title Resumo músculos do braço
Course Anatomia I
Institution Centro Universitário de Anápolis
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Resumo sobre músculos e inervação do braço, fossa cubital....


Description

Resumo: Musculatura do braço

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O braço estende-se do ombro até o cotovelo. A articulação do cotovelo, entre o braço e o antebraço, faz dois tipos de movimentos: flexão -extensão e pronação - supinação. Os músculos responsáveis por esses movimentos são divididos em grupos anterior e posterior, separados pelo úmero ou septos intermusculares medial e lateral. A principal ação dos dois grupos de músculos ocorre na articulação do cotovelo, mas alguns músculos também atuam na articulação do ombro. A parte superior do úmero é o local de fixação dos tendões dos músculos do ombro.

Bíceps Braquial Músculos do Compartimento Anterior Músculos do braço

Braquial

Córacobraquial Músculos do Compartimento Posterior

Tríceps Braquial

Músculos do Braço Compartimento Anterior Flexor 

Bíceps Braquial A fixação proximal desse músculo fusiforme geralmente tem duas cabeças, que são originadas por fixações tendíneas aos processos da escápula, e seus ventres carnosos unem-se imediatamente distais à parte média do antebraço. Cabeça Longa  passa por dentro do sulco tubercular. Cabeça Curta  vem do processo coracóide. Existe um único tendão do músculo bíceps braquial distal, que se fixa principalmente ao rádio. Embora o músculo bíceps braquial esteja localizado no compartimento anterior do braço, não se fixa ao úmero. Ele é um músculo triarticular, que cruza e é capaz de realizar movimentos nas articulações do ombro, cotovelo e radioulnar, embora atue principalmente nas duas últimas. Quando o cotovelo está fletido a cerca de 90° e o antebraço está em supinação, o músculo bíceps braquial é mais eficiente na produção de flexão. Por outro lado, quando o

antebraço está em pronação, o músculo bíceps braquial é o principal (mais forte) supinador do antebraço. O tendão arredondado da cabeça longa desse músculo, que se origina do tubérculo supraglenoidal da escápula e cruza a cabeça do úmero dentro da cavidade da articulação do ombro, continua a ser circundado pela membrana sinovial enquanto desce no sulco intertubercular do úmero. Uma faixa larga, o ligamento transverso do úmero, segue do tubérculo menor até o tubérculo maior do úmero, e converte o sulco intertubercular em um canal. O ligamento mantém o tendão da cabeça longa do músculo bíceps braquial no sulco. Na parte distal, a principal fixação do músculo bíceps braquial é à tuberosidade do rádio, através do tendão desse músculo. Entretanto, uma faixa membranácea triangular, denominada aponeurose do músculo bíceps braquial, parte do tendão do músculo bíceps braquial, atravessa a fossa cubital e funde-se à fáscia do antebraço, cobrindo os músculos flexores na face medial do antebraço. Fixa-se indiretamente à fascia subcutânea da ulna. A aponeurose do músculo bíceps braquial protege essas e outras estruturas na fossa cubital. Também ajuda a reduzir a pressão do tendão desse músculo sobre a tuberosidade do rádio durante a pronação e a supinação do antebraço. 

Braquial O músculo braquial é fusiforme e achatado e está situado posterior (profundamente) ao músculo bíceps braquial. A fixação distal cobre a parte anterior da articulação do cotovelo. O músculo braquial é o principal flexor do antebraço. Flete o antebraço em todas as posições, não sendo afetado pela pronação nem pela supinação; durante movimentos lentos e rápidos; e na presença ou ausência de resistência. Quando o antebraço é estendido lentamente, o músculo braquial estabiliza o movimento por meio do relaxamento lento – isto é, contração excêntrica. O músculo braquial sempre se contrai quando o cotovelo é fletido e é o principal responsável pela manutenção da posição fletida. É considerado o carro-chefe dos flexores do cotovelo.



Coracobraquial O coracobraquial é um músculo alongado na parte superomedial do braço. O músculo coracobraquial faz flexão e adução do braço e estabiliza a articulação do ombro. Com o músculo deltoide e a cabeça longa do músculo tríceps braquial, atua como um músculo direcional, resistindo à luxação da cabeça do úmero para baixo, como ao carregar a mala pesada.

Obs: o Os músculos flexores do compartimento anterior são quase duas vezes mais fortes do que os músculos extensores em todas as posições; somos melhores na tarefa de puxar do que na de empurrar. Compartimento Posterior  Extensor 

Tríceps Braquial O tríceps braquial é um grande músculo fusiforme no compartimento posterior do braço.

Tem três cabeças: longa, lateral e medial. É o principal extensor do antebraço. Como a cabeça longa cruza a articulação do ombro, o músculo tríceps braquial ajuda a estabilizar a articulação do ombro aduzida, servindo como músculo direcional e resistindo ao deslocamento inferior da cabeça do úmero. A cabeça longa também ajuda na extensão e adução do braço, mas é a menos ativa. A cabeça medial é o carro-chefe da extensão do braço, ativa em todas as velocidades e na presença ou ausência de resistência. A cabeça lateral é mais forte, porém é recrutada principalmente na atividade contra resistência. A pronação e a supinação do antebraço não afetam a operação desse músculo. Imediatamente proximal à fixação distal deste músculo há uma bolsa subtendínea do músculo tríceps braquial, redutora de atrito, entre o tendão do músculo tríceps braquial e o olecrano. 

Ancôneo O músculo ancôneo, um auxiliar do músculo tríceps braquial posicionado distalmente, também está no compartimento posterior. É um músculo pequeno, triangular, situado na face posterolateral do cotovelo, em geral, apresenta-se parcialmente fundido ao músculo tríceps braquial. O músculo ancôneo ajuda o tríceps braquial a estender o antebraço e tensiona a cápsula da articulação do cotovelo, evitando que seja pinça durante a extensão. Também abduz a ulna durante a pronação do antebraço.

Nervos do Braço Quatro nervos principais atravessam o braço: musculocutâneo, radial, mediano e ulnar. Os nervos mediano e ulnar não enviam ramos para o braço.  Nervo Musculocutâneo O nervo musculocutâneo começa no oposto à margem inferior do músculo peitoral menor, perfura o músculo coracobraquial, e continua distalmente entre os músculos bíceps braquial e o braquial. Após suprir os três músculos do compartimento anterior do braço, o nervo musculocutâneo emerge lateralmente ao músculo bíceps braquial como o nervo cutâneo lateral do antebraço.Torna-se realmente subcutâneo quando perfura a fáscia muscular proximal à fossa cubital. Após cruzar a face anterior do cotovelo, continua a suprir a pele da face lateral do antebraço.  Nervo Radial O nervo radial no braço supre todos os músculos no compartimento posterior do braço (e antebraço). O nervo radial entra no braço posteriormente à artéria braquial, medialmente ao úmero e anteriormente à cabeça longa do músculo tríceps braquial, onde emite ramos para a cabeça longa e medial deste músculo. O ramo do nervo radial para a cabeça curta do músculo tríceps braquial origina-se no sulco radial.

Quando chega à margem lateral do úmero, o nervo radial perfura o septo intermuscular lateral e continua inferiormente no compartimento anterior do braço entre os músculos braquial e braquiorradial até o nível do epicôndilo lateral do úmero. Anteriormente ao epicôndilo lateral, o nervo radial divide-se em ramos profundo e superficial.  A distribuição do ramo profundo do nervo radial é totalmente muscular e articular.  A distribuição do ramo superficial do nervo radial é totalmente cutânea, sendo responsável pela sensibilidade do dorso da mão e dos dedos.  Nervo Mediano O nervo mediano no braço segue distalmente na face lateral da artéria braquial até chegar ao meio do braço, onde cruza a face medial e toca o músculo braquial. O nervo mediano desce até a fossa cubital, onde se situa profundamente à aponeurose do músculo bíceps braquial e à veia cubital mediana. O nervo mediano não tem ramos na axila nem no braço, mas envia ramos articulares para a articulação do cotovelo.  Nervo Ulnar O nervo ulnar do braço segue distalmente a parte da axila, anteriormente à inserção do músculo redondo maior até a cabeça longa do músculo tríceps braquial. O nervo ulnar passa atrás do epicôndilo medial e medialmente ao olecrano até entrar no antebraço. Posteriormente ao epicôndilo medial, onde é conhecido pelos leigos como a parte do cotovelo que causa uma sensação de choque após um golpe, o nervo ulnar é superficial, facilmente palpável e vulnerável à lesão. Como o nervo mediano, o nervo ulnar também não tem ramos no braço, mas também envia ramos articulares para a articulação do cotovelo. Fossa Cubital A fossa cubital é observada superficialmente como uma depressão na face anterior do cotovelo. Profundamente, há um espaço preenchido por uma quantidade variável de gordura anterior à parte mais distal do úmero e à articulação do cotovelo. Os três limites da fossa cubital triangular são: 1. Superiormente, uma linha imaginária que une os epicôndilos medial e lateral. 2. Medialmente, a massa de músculos flexores do antebraço originados na fixação comum dos flexores ao epicôndilo medial; mais especificamente, o músculo pronador redondo. 3. Lateralmente, a massa de músculos extensores do antebraço originada do epicôndilo lateral e da crista supraepicondilar, mais especificamente, o músculo braquiorradial. O assoalho da fossa cubital é formado pelos músculos braquial e supinador, do braço e antebraço, respectivamente. O teto da fossa cubital é formado pela continuidade das fáscias do braço e do antebraço (muscular) reforçadas pela aponeurose do músculo bíceps braquial, tela subcutânea e pele. O conteúdo da fossa cubital consiste em:  

Artérias braquial, radial e ulnar. Veias acompanhantes (profundas) das artérias.

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Tendão do músculo bíceps braquial. Nervo mediano. Nervo radial

Observações: 

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Músculos Direcionais: Córacobraquial, Deltóide e Cabeça Longa do Tríceps. A inervação de cada um desses músculos é diferente, porque se houver uma lesão em algum, os outros não serão afetados. O músculo córacobraquial não tem função na articulação do ombro, apenas na do cotovelo. O músculo braquial se origina no úmero e se insere na ulna. Faz flexão (independentemente da posição do braço). O nervo radial passa entre a cabeça medial e lateral. O ancôneo puxa a cápsula articular na hora do movimento de extensão, para não comprimir. Se houver fratura do úmero, pode haver lesão do nervo radial, porque está muito próximo. O espaço quadrangular é delimitado pelo úmero, cabeça longa do tríceps e redondo maior e menor. O nervo que passa nesse espaço é o axilar. Os limites do intervalo triangular são redondo maior, úmero e cabeça longa do tríceps. O nervo radial passa por ele. O espaço triangular tem como limite o redondo maior, o redondo menor e a cabeça longa do tríceps. Não tem nenhum nervo passando. Fáscias = tecido conjuntivo que envolve o compartimento muscular. Ocorrem para organizar as fibras musculares Aponeurose = estruturas mais resistentes, formas de inserção do músculo Sinal do Popeye = lesão ou ruptura do tendão da cabeça longa do bíceps

Relação dos nervos com o úmero   

Fratura no colo cirúrgico do úmero = possível lesão no nervo axilar Fratura no epicôndilo medial do úmero = possível lesão no nervo ulnar Fratura mais na diáfise (corpo) do úmero = possível lesão no nervo radial

Reflexo Miotático Bicipital É um dos vários reflexos tendíneos profundos avaliados na rotina do exame físico. A resposta normal (positiva) é a contração involuntária do músculo bíceps braquial palpada como uma tensão momentânea do tendão, geralmente com uma rápida flexão espasmódica do cotovelo. A resposta positiva confirma a integridade do nervo musculocutâneo e dos segmentos C5 e C6 da medula espinal. Respostas excessivas, diminuídas ou prolongadas (lentas) podem indicar doença do sistema nervoso central ou periférico, ou distúrbios metabólicos (p.ex., doença da glândula tireoide).

Tendinite do Músculo Bíceps Braquial

O tendão da cabeça longa do músculo bíceps braquial é revestido por uma bainha sinovial e movimenta-se para a frente e para trás no sulco intertubercular do úmero. O desgaste desse mecanismo pode causar dor no ombro. A inflamação do tendão (tendinite bicipital), geralmente causada por microtraumas repetidos, é comum em esportes de arremesso e uso de raquete. Um sulco intertubercular apertado, estreito e/ou áspero pode causar irritação e inflamação do tendão, provocando dor à palpação e erepitação (um ruído semelhante à estalinhos).

Luxação do Tendão da Cabeça Longa do Músculo Bíceps Braquial A ruptura do tendão geralmente resulta do desgaste de um tendão inflamado que se movimenta para a frente e para trás no sulco intertubercular do úmero. Essa lesão geralmente ocorre em indivíduos maiores de 35 anos de idade. Em geral, o tendão é arrancado de sua fixação ao tubérculo supraglenoidal da escápula. A ruptura costuma ser dramática e está associada a um estalido ou estouro. O ventre do músculo separado forma uma bola perto do centro da parte distal da face anterior do braço (deformidade de Popeye). A ruptura do tendão do músculo bíceps braquial pode resultar da flexão forçada do braço contra resistência excessiva, como ocorre em levantadores de peso. Na maioria das vezes, porém, a ruptura do tendão é consequência de tendinite prolongada que o enfraquece. A ruptura resulta de movimentos repetitivos acima da cabeça, como ocorre em nadadores e arremessadores de beisebol, que rompem o tendão enfraquecido no local que atravessa o sulco intertubercular.

Fratura do Corpo do Úmero A fratura da região média do úmero pode lesar o nervo radial no sulco radial do corpo do úmero. Quando há lesão desse nervo, a fratura não deve causar paralisia do músculo tríceps braquial em face da origem alta dos nervos para duas de suas três cabeças. A fratura da parte distal do úmero, perto das cristas supraepicondilares, é chamada de fratura supraepicondilar. O fragmento ósseo distal pode ser deslocado anterior ou posteriormente. As ações dos músculos braquial e tríceps braquial tendem a tracionar o fragmento distal sobre o fragmento proximal, encurtando o membro. Qualquer um dos nervos ou ramos dos vasos braquiais relacionados ao úmero pode ser lesado por um fragmento ósseo deslocado.

Lesão do Nervo Musculocutâneo A lesão do nervo musculocutâneo na axila (rara nessa posição protegida) na maioria das vezes é causada por uma arma como a faca. A lesão do nervo musculocutâneo resulta em paralisia dos músculos coracobraquial, bíceps braquial e braquial. A flexão na articulação do ombro pode ser fraca em razão da lesão do nervo musculocutâneo, que afeta a cabeça longa dos músculos bíceps braquial e coracobraquial. Desse modo, há enfraquecimento acentuado, mas não perda, da flexão da articulação do cotovelo e da supinação do antebraço. Ainda é possível realizar flexão fraca e supinação, produzidas pelos músculos braquiorradial e supinador, respectivamente, ambos supridos pelo nervo radial. Pode haver perda da sensibilidade na face lateral do antebraço suprida pelo nervo cutâneo lateral do antebraço, a continuação do nervo musculocutâneo.

Lesão do Nervo Radial no Braço

A lesão do nervo radial acima da origem de seus ramos para o músculo tríceps braquial causa paralisia dos músculos tríceps, braquiorradial, supinador e músculos extensores do punho e dos dedos. Também há perda da sensibilidade em áreas de pele supridas por esse nervo. Quando o nervo é lesado no sulco radial, geralmente não há paralisia completa do músculo tríceps braquial, apenas enfraquecimento porque somente a cabeça medial é afetada; entretanto, há paralisia dos músculos do compartimento posterior do antebraço, que são supridos por ramos mais distais do nervo. O sinal clínico característico da lesão do nervo radial é a queda do punho (lesão do punho caído) – incapacidade de estender o punho e os dedos nas articulações metacarpofalângicas. Em vez disso, o punho relaxado assume uma posição de flexão parcial em razão do tônus dos músculos flexores, sem oposição, e da gravidade....


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